A História de Uma Semideusa - Os Jogos escrita por Rebeca R


Capítulo 15
Como Matar Cães Infernais


Notas iniciais do capítulo

E ai semideuses? Semana que vem eu irei viajar, por isso vou tentar terminar a fic essa semana para programar os capitulos e postar um por dia para vocês. Mas essa semana eu ainda estarei aqui.
Fiz esse capitulo enquanto ouvia 1D, mas não tem nada a ver, então ignorem esse meu comentário.



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Estavam todos lá. Quer dizer, quase todos. Grus não estava lá, provavelmente tratando do ferimento. Mark também não, fazendo a mesma coisa imaginei. E Mandy ainda devia estar com o corpo inchado ainda. Summy estava sentado no sofá com Carol. Ela conversava animadamente com ele e ele parecia prestes a sair correndo. Admito que o ciúmes dominou. Sentei-me do lado de Summy.

– Oi. – falei.

– Oi Beky. – falou Summy.

– Beky! Estávamos falando sobre você agorinha! – exclamou Carol animadamente.

– Hum, estávamos? – indagou Summy.

– Sim. – ela lançou um olhar mortal para ele.

– Já se decidiram se estavam ou não? – eu ri.

– Estávamos. – confirmou Carol.

– Falando o que exatamente? – eu indaguei.

– Por que você estava demorando tanto. – disfarçou a filha de Afrodite, mas eu sabia que não era isso.

– Ok. – tentei parecer convencida.

– Eu, hum, esqueci uma coisa lá no quarto. – falou o filho de Ares. – Já volto.

Ele saiu e eu me virei para Carol. Ela parecia muito interessada em seu tênis de corrida rosa.

– Pode agora me dizer o que foi isso? – perguntei.

– Isso o que? – ela fingiu confusão.

– Você sabe muito bem do que eu estou falando.

– Realmente não foi nada. Estávamos realmente nos perguntando por que você estava demorando tanto.

– Ah claro, vou fingir que acredito e olha que eu não finjo muito bem.

– Eu realmente não posso falar...

– Por que não? Eu te ensinei a lutar mesmo você sendo uma adversária. E além do mais, se você não me contar vai ser muito mole seu.

– Está bem... Eu conto.

Mas infelizmente ela acabou não contando. Por que no exato momento Summy entrou na sala e esta começou a subir. Eu não tinha me esquecido do próximo desafio, só que ele me assustava muito, então eu tentei não pensar nele. Mas é claro, foi impossível não entrar em pânico. Digamos que eu não estava muito diferente do resto dos semideuses. Eu estava tremendo. Nesse momento eu percebi que quem não estava lá antes tinha aparecido (Grus, Mark e Mandy). Grus tentava esconder, mas dava para ver que ele estava chorando.

Aparecemos de novo na cúpula de vidro. Do lado de fora a floresta se estendia. A trombeta soou ao longe, como sempre, e todos se dirigiram para os seus túneis. A floresta parecia mais densa dessa vez, mas havia uma trilha. Eu segui o caminho. Fiquei me perguntando quem Hera teria aprisionado. Eu esperava que fosse ou minha mãe ou meu pai, porque pelo menos eles eram jovens e conseguiriam se defender de alguma coisa.

O caminho parecia infinito na minha frente. Pelas minhas contas já havia se passado uma hora desde que eu sai do meu túnel. Ouvi um ruído e saquei minha espada. Aproximei-me lentamente por entre as árvores, saindo um pouco da trilha. Foi então que eu vi.

Minha mãe estava dentro de uma jaula, igual àquela que você vê no zoológico. Era horrível de se ver. O monstro que a estava protegendo era um cão infernal. Fácil demais. Pensei. Mas isso pelo menos era o que parecia até que eu vejo que na verdade são três cães infernais. Droga. Agora as coisas tinham realmente complicado! Quem mandou eu reclamar?

Decidi que o melhor a fazer era tentar passar despercebida por eles. Rolei por entre as árvores, tomando cuidado para não fazer barulho. Parei atrás de um arbusto. Tinham dois intervalos de árvores até chegar à jaula. Acidentalmente eu quebrei um graveto. Eu sei que isso sempre acontece nos filmes, mas felizmente eu não fui vista. Acho que pelo fato de eu não ter um sangue divino muito concentrado. Um dos cães se aproximou de onde eu estava e cheirou, mas ele só balançou a cabeça e voltou para o mesmo lugar de antes.

Não tinha percebido que eu estava segurando o ar até eu solta-lo. Continuei passando pelas árvores. Fui bastante rápida e logo cheguei perto da jaula. Minha mãe não tinha me visto ainda. Cheguei um pouco mais perto, ainda me mantendo longe do campo de visão dos cães infernais.

– Mãe. – eu chamei, quase em um sussurro.

– Filha? – ela perguntou falando baixo também.

– Aqui.

Eu me movi um pouco para que ela percebesse minha presença. Ela me viu e se aproximou das grades.

– Você precisa sair daqui, logo os cães vão perceber a sua presença.

– Não se preocupe mãe. Faz parte do desafio e você sabe que eu já lutei com coisas bem piores.

– Esta bem, mas como você vai abrir o cadeado.

Eu não tinha pensado nisso. Havia três cadeados, o mesmo número de cães... Olhei para eles. Todos usavam uma coleira negra e nela estava pendurada uma chave. Três chaves para três cadeados.

– Já sei. – sussurrei para a minha mãe.

Eu entrei no campo de visão dos cães infernais. O primeiro me viu e investiu. Eu mantive minha espada levantada e quando ele chegou bem perto, tomei impulso e pulei em cima dele. Com tristeza me lembrei de Bob. Foco. Disse a mim mesma. O cão se sacodiu, mas eu me agarrei firmemente a sua coleira. Consegui gira-la e peguei a chave. Ele deu um solavanco forte, mas não conseguiu me derrubar. Eu joguei a chave para a minha mãe.

O cão em que eu estava agora corria igual a um louco pela clareira. Consegui com muita dificuldade levantar a minha espada e encravar em suas costas, caindo em uma pilha de pó dourado. Isso deixou os outros dois muito bravos, porque eles investiram contra mim. Cada um vinha de um lado e então eu tive uma ideia.

Quando eles estavam quase me esmagando eu pulei para o lado, o que fez com que eles se chocassem. Como eu não tenho sorte, isso não os matou, mas os deixou bastante tontos e confusos. Um deles caiu no chão, mas o outro logo se recuperou e foi na minha direção. Eu girei para o lado e investi com a minha lâmina na lateral dele. Pó dourado caiu por cima de mim e no meio da pilha eu achei a outra chave. Joguei-a para a minha mãe e fui cuidar do outro cão.

Ele estava caído ainda e chorava. Fiquei com pena e acabei não o matando. Peguei a chave que estava na sua coleira com muito cuidado e fui até a jaula da minha mãe. Os dois primeiros cadeados já estavam livres. Girei a chave no terceiro. A porta fez um CLICK! e se abriu. Minha mãe me deu um abraço de urso.

– Como você esta? – ela perguntou preocupada.

– Já tive desafios piores. E você? – respondi.

– Nada de mais. Eu consegui guardar uma faca no meu bolso, mas não foi necessário.

Ok. Aquilo me surpreendeu. Minha mãe guardou uma faca no bolso? Tudo bem que ela era uma semideusa e tudo mais, mas nunca imaginei isso. Eu e ela nos levantamos bem na hora em que uma voz anunciou no microfone.

– Brian Hoss teve que ser retirado do desafio.


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Notas finais do capítulo

Eu gosto de reviews e acho que quando vocês postam fic também gostam. Que tal me deixarem felizes com alguns reviews? Estarei esperando.



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