The rose in solitude escrita por Mione St


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Aparição de Saori Kido, como uma mulher normal. Lembre-se, eu disse, nada de deusa Atena.
E talvez de um dos mais gatos do Santuário... ( na minha nada humilde opinião)



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Ela olhou sua agenda para ver quem estava marcado com a doutora Saori , a médica da área cancerígena do hospital. Viu o nome de Anna. Uma semana de internação. Suspirou. Anna Coppelli Peters... a conhecia bem. Linda, meiga, graciosa... e com os dias contados. As duas eram boas amigas. Se conheceram quando Anna viera para uma de suas milhares internações. E acabaram ficando íntimas. Luna sofria verdadeiramente em ver uma menina com potencial sendo consumida por uma doença. Mas era uma médica. E agiria como tal.
Ela suspirou e bateu no consultório de Saori Kido.
Saori: Entre.
Luna : Com licença doutora. Mandou me chamar?
Saori: Mandei. Sente-se.
Luna se sentou. Saori suspirou.
Saori :Dois dias de plantão direto Luna . Sem descanço, sem comida e sem diversão. O que quer fazer com a sua vida?
Luna nada respondeu.
Saori: Não sei como se sente nem porque trabalha desse jeito... mas não posso deixá-la se desgraçar dessa maneira. você é a nossa melhor residente mas... tem que ter uma vida saudável.
Luna : Minha vida é saudável.
Saori: Não é não. Você não sai. Vive nesse hospital. Dorme o mínimo necessário e toma mais café do que eu em 10 anos. E quer pegar mais plantões... chega Luna . Sei que quer provar algo, mas não sei o que. Só sei que você não irá desgraçar a sua vida enquanto eu for a sua chefe.
Luna : E isso quer dizer...
Saori: Que você não pegará o plantão de hoje e irá para casa.
Luna : Mas doutora... eu quero atender a Anna. Sei que ela tem consulta hoje.
Saori: Sei que a Anna é sua amiga, mas estou firme em minha decisão. Vá para a casa e só volte daqui a dois dias. E chega Luna . Se me desobedecer, será demitida. A vida é sua, eu sei, mas eu sou sua chefe. Estamos entendidas?
Luna : Estamos doutora.

Que ódio, foi tudo o que Luna pensou quando saiu da sala de Saori e pegou sua bolsa para ir embora.
Enquanto se trocava, Luna ficou bufando. Saori Kido... excelente médica e ótima chefe. Prezava a saúde de todos, inclusive dos funcionários. Mas Luna a via como um empecilho.
Ela queria trabalhar mais e Saori não permitia. Preocupação? Sem dúvida. Mas Luna não queria preocupação. Não precisava disso.
Ela já estava trocando a roupa branca por uma limpa quando ouviu uma correria no hospital. Preocupada, saiu do vestiário e foi ver o motivo do tumulto. Viu um homem sendo levado em uma maca para a sala de cirurgia enquanto os médicos corriam.
Médica: Maldito Afrodite... ele faltou de novo. E precisamos de um residente. Mas não há nenhum disponível.
Enfermeiro: O que vamos fazer?
Médica: Vamos ter que improvisar.
Luna suspirou. Saori que fosse para o inferno. Ela não deixaria um paciente mal por falta de profissionais quando ela estava lá.
Luna : Com licença. Sou Luna Rey. Sou residente. E estou disponível.
Médica: Ah sim. Você é da área da Saori não?
Luna : Sou sim, mas sou boa em cirurgias. Se quiser...
Médica: E como eu quero. Precisamos de uma residente já. Mas não está cansada? Esteve em plantão tempo demais.
Luna : Meu descanso pode esperar. O paciente não.
Médica: Certo. Venha comigo.
As duas começaram a caminhar, rapidamente até a sala de cirurgia.
Luna : Quem é o paciente?
Médica: Não sabemos. Indigente. Foi atropelado hoje cedo. O motorista trouxe ele para cá.
Luna : Nenhum nome? Nenhum dado?
Médica: O paciente gemeu enquanto era transportado. Falou um nome. Mas não sabemos se era o dele ou não.
Luna : Bem, nome não interessa. Como ele está?
Médica: Mal. Fraturou uma perna e bateu com a cabeça. Cirurgia de risco. Pode ficar paralítico. Temos que ser rápidas. Acha que dá conta?
Luna : Terei que dar não?

Luna entrou na sala de cirurgia com a médica. Ela observou o paciente e fez uma careta. Ele não cheirava muito bem. Era visivelmente um mendigo.
Ela fitou e viu que ele estava mal. A barba longa aumentava a idade, mas observando suas feições, ela viu que ele era jovem. Deveria ter a idade dela.
Ele gemia, a dor era visível em seus olhos.
Luna : Ele ainda não está sedado?
Médica: Ainda não. Precisávamos ver o estado dele.
Ele gemia de dor e cada vez mais alto. Luna fez as anotações necessárias e o observou de perto. Ele tinha um belo rosto... pena que a vida o desgastara. De repente, ele abriu os olhos e ela sentiu sendo invadida e analisada pelo olhar dele.
Luna : Está tudo bem. Nós vamos cuidar de você.
Ele nada disse. Apenas gemeu de dor.
Luna : Você tem um nome? Algum dado que possa nos dar?
Ainda o silêncio. Luna suspirou. Tocou a pele dele e viu que tinha febre. Ele ainda a encarava.
Luna : Não se preocupe. Vai ficar tudo bem. Descanse.
Ela pegou uma seringa e passou para o anestesista. Será uma cirurgia difícil. O homem a fitou assustado.
Luna : Vai ficar tudo bem. Não tenha medo.
Homem: Não estou com medo.
Luna : Então por que me olha assim?
Homem: Sempre tive pavor de ser picado... e ser aberto por médicos... mas será necessário não?
A fala impecável e a maneira de conversar, indicava que ele fora rico no passado, ou que ao menos tinha cultura. Luna se debruçou sobre a cama e o olhou intrigada para aquele homem, tentando reconhecer seu rosto.
Luna : Quem é você?
Homem: Não é melhor perguntar quem eu era?
Ela nada respondeu. A voz dele morreu com a picada que recebera, enquanto ele lentamente fechava os olhos e pendia a cabeça para o lado.


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Notas finais do capítulo

E aí?

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