O Namorado da Minha Melhor Amiga escrita por Naty Valdez


Capítulo 20
Capitulo 20 - A Teimosa


Notas iniciais do capítulo

Hey Peoples *--*
Tá, eu não demorei anto assim, Okay? Mas se demorei perdão! É que eu tive que que curtir as minhas férias! Sério, eu ia postar na sexta-feira, só que eu viajei pro Rio e não deu tempo. Alguém aí mora em Niterói? Se viram uma garota morena, com All Star colorido, blusa de fio cinza e short jeans lá naquele negócio que parece um disco voador, por contar que não sou eu! kkkkkk’ Mentira, sou eu sim hehehehe’
Enfim, quero agradecer aqueles comentários divos que vocês deixaram *------* Se eu pudesse, eu iria na casa de vocês e pedia todo mundo em casamento! Está bem, exagerei! Hihihihi’ Enfim, OBRIGADA *--------*
Vamos ao capitulo! Aproveitem!



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Pov’s Annabeth

Ele está drogado.

Esta foi a primeira coisa que me veio a cabeça naquele momento. Ele está completamente drogado! E deve ser o pior tipo de droga. Crack? Cocaína? Ou será que é maconha mesmo? Ele tem licença pra isso? Seja o que for, o deixou completamente louco! Bem, mais louco do que ele já é de costume.

Está bem, crianças, eu estou exagerando. Mas é que simplesmente não consigo acreditar no tamanho do meu azar. E, quando digo “tamanho” refiro-me a altura do monte Everest. Enfim, como ele pode estar apaixonado por mim? É tão... Impossível. Isso mesmo. Impossível.

Me diz, eu fiz algo que o levasse a se apaixonar por mim? Não! Eu só brigava com ele, só o xingava, implicava, ofendia, tudo o que o levasse a me odiar com todas as forças que fosse possível. Eu fiz isso, não fiz?

Oh, não. Acabei de me lembrar da logica sobre a mente masculina que ouvi em algum lugar. De acordo com ela, quanto mais você implica, mais ignora e mais rejeita um garoto, mais ele gosta de você. Bem, essa é logica, embora não faça sentido algum.

Bem, então, se for esse mesmo o caso, posso dizer que tenho o Jackson aos meus pés, porque, sério, o que eu mais fiz a ele foi implicar, ignorar e rejeitar.

Ah, sim. Minha vida é mesmo uma droga!

Enfim, tenho certeza de que minha cara foi hilária, pelo tamanho do meu choque. Segui Percy com o olhar até o mesmo desaparecer por trás da parede. Não consegui ver a sua expressão.

O que eu fiz? Eu me bati. E, digo, literalmente. Foi um belo tapa no rosto. Tá bem, não foi tão forte. Afinal, que ser humano se auto agride com força? Bem, existem casos sim, mas não é o meu, Okay?

Depois dessa agressão física, fui novamente até a outra sala de espera, mas ninguém estava lá. Provavelmente, o horário de visitas já havia acabado. Então eu, como uma garota muito rebelde, fui escondida até o quarto da Rachel, mas não entrei. Fiquei simplesmente olhando pela janelinha de vidro.

Vi Percy depositar um beijo na testa da Rachel e em seguida se sentar em um banco ao lado da mesma, segurando sua mão. Provavelmente, ela iria dormir.

E, com isso, eu fui para o apartamento.

Chegando, notei a minha fome. Não havia comido durante a tarde toda! E, como de costume, a minha preguiça era muita. Então resolvi fazer aquela comida dos deuses: o miojo. E, sim, eu me lembrei do dia em que o Jackson chegou aqui. Agora tudo parece tão engraçado... Como se não fosse eu que tivesse vivido aquilo. Fico pensando em como eram bons àqueles tempos. Pelo menos naquela época eu tinha certeza do que eu queria.

Após comer, fui dormir. Logo pela manha, as sete, pra ser exata me arrumei rapidinho. Por quê? Ah, eu voltaria ao hospital. E o fiz.

Chegando ao hospital, liberaram a minha entrada. Era o horário de visitas da manha. Dirigi-me ao quarto da Rachel e abri a porta.

Rachel dormia. Tomava o soro na veia e tudo indicava que ela estava bem. Foi só naquele momento que percebi o quão magra ela estava.

Já Percy ainda estava sentado no banco, com cabeça apoiada na cama, e ainda segurava a mão da Rachel. Ele podia estar apaixonado por mim, mas ele não abandonou a Rachel por isso, o que não me surpreende. Enfim, imaginei a noite que ele havia passado. Balanceio devagar pelo ombro.

– Hum? – ele se assustou, olhando ao redor e, finalmente, pra mim.

– Ah... Oi – eu disse.

Tentei não parecer nervosa. Tentei ser a mesma de sempre. Tentei fingir que nada havia acontecido: que ele nunca tinha me beijado, que não tinha se “declarado” e que eu não nem me incomodei com isso. Mas, a verdade? Eu queria sair correndo, gritando, suplicando para um piano cair em cima de mim.

– Como ela passou a noite? – foi à única coisa que me passou a mente pra dizer.

– Ah... – ele levantou-se do banco, e desgrudou sua mão da de Rachel delicadamente – Ela dormiu tarde, e eu fiquei acordado com ela.

– E a que horas ela dormiu?

– Era... – ele olhou pra ela, como se ela, dormindo, fosse lhe informar as horas – Acho que era umas... Três da manha. – ele bocejou.

O que? Ele ficou acordado até as três da manha? E eu, toda eu, chego aqui e o acordo. Foi só ai que eu percebi suas leves olheiras, e sua aparência cansada. Afinal, Percy tinha ficado aqui o dia inteiro e praticamente virado a noite em claras. Deveria estar completamente exausto.

– Três da manha?! – indaguei – Ah... Percy... Vá para o apartamento. Durma, tome um banho. Descanse um pouco. Eu fico aqui com ela.

Ele meio que bocejou e riu ao mesmo tempo.

– Você ficar aqui com a Rachel? – disse – Não acho uma boa ideia. Melhor eu ficar aqui e evitar barracos no hospital.

– Deixe de ser idiota, por favor. – devolvi, irônica. – Não tem problema, ela vai ter que aceitar. É isso, ou ela fica sozinha.

– Acho que ela vai preferir ficar sozinha.

– Acha que ela está tão brava assim comigo? Tão brava ao ponto de preferir ficar aqui, solitária, sem companhia, a minha presença?

Ele me estudo, seus encantadores olhos verdes preocupados.

– Sem querer acabar ainda mais com a sua autoestima antes elevada, eu acho que sim.

– Está dizendo que eu estou pra baixo? – perguntei, desafiadora.

– Ei – ele riu comigo – Não disse nada disso. Mas, enfim, eu prometo que vou falar com ela sobre isso quando ela acordar. – ele deu um passo à frente – E... Mesmo sabendo que ela vai brigar comigo, talvez.

O estudei calculadamente.

– Percy... Não... Não precisa. – disse sem jeito – Eu e a Rachel resolvemos os nossos problemas sozinhas. Não precisa...

– Ei, eu quero. – ele deu mais um passo.

– Mas eu não quero – já estava me alterando um pouco agora, e não consegui segurar minha expressão emburrada e meu ato de cruzar os braços.

– Ok – ele ergueu as mãos em sinal de rendição – Mas se caso eu desobedecer você, não se surpreenda.

– Discutir com você não vai levar a nada, não é?

– Aprendi isso com você, Sabidinha.

Rimos. Era quase inacreditável que estivéssemos conversando como sempre, sem aquele clima estranho. Mas o Cabeça de Alga tinha que estragar tudo.

– Olha, eu vou embora, como você pediu. Mas eu não acho boa ideia que você fique aqui com a Rachel.

– Então quem vai ficar? Ela vai ter que ficar sozinha?

Vi Percy balançar levemente a cabeça.

– Percy...

– Ou então eu fico aqui. – ele se sentou novamente no banco.

Ele estava me testando? Será que ele sabia que eu não o deixaria aqui, sem dormir, sem banho e, provavelmente, com fome? Será que sou tão previsível assim?

– Ah, Percy! – disse em tom de advertência – Quer, por favor, parar de ser teimoso?

– Que engraçado você dizer isso. Afinal, você também está teimando comigo. – ele se levantou novamente – É serio, Annabeth. Não vou deixar você aqui, pra brigar com a Rachel, e depois ficar daquele jeito. Não quero ver aquilo de novo...

– Porque está dizendo isso? – perguntei, sem pensar.

– Você sabe o porque.

É. Ele conseguiu fazer aquele clima estranho aparecer. O jeito mais rápido de acabar com isso era aceitando.

– Tudo bem, Percy. – eu disse – Eu te levo. E não fico aqui com ela. Mas eu vou pra escola. Afinal, um de nós três tem que estudar.

– Ah, obrigado – ele se aproximou de mim e me abraçou.

Eu não devia, não podia, mas sentir seu corpo contra o meu era reconfortante. Trazia-me paz, tranquilidade, e ainda havia vestígios de seu perfume masculino que era muito bom.

– Tá, chega Percy. Aqui não. – separei-me dele – Vá avisar as enfermeiras que você vai sair.

– Está bem. – ele sorria – Já vou. – ele saiu andando, mas não antes de me lascar um beijo na bochecha.

Sorri involuntariamente. Não podia falar que ele é um tremendo idiota... Tá, posso sim. Mas um idiota que mexe comigo pra caramba.

Aproximei-me de Rachel e sentei no banquinho que Percy estava sentado. A aparência de Rachel era mesma de sempre: os cabelos ruivos soltos em volta do rosto, a pele mais pálida que o costume.

– Ah, Rachel, queria tanto que você entendesse...

No mesmo instante, ela começou a se retorcer. Cerrou os dentes e começou a murmurar alguma coisa. Era sonho, com certeza, um sonho não muito bom.

– Oc... Oc...

Oc o que? Era difícil entender!

– Oc... Não... Não, Octavian...

OCTAVIAN? Ela está murmurando o nome do Octavian? Mas o que?

Ouço a porta se abrir, e imagino imediatamente que seja Percy. Mas não é. É a enfermeira. Ela se aproxima de Rachel e avalia a mesma.

– Com licença – eu digo – É que é a primeira vez que eu fico com ela... E... Ela sempre fica murmurando esse nome?

– Ah... – a enfermeira demorou a entender – Ah, sim! Na noite em que ela ficou sozinha, ela sonhou com esse nome a noite inteira.

O QUE?

– Ah, obrigada. – agradeci.

Percy aprece na janela e me chama. Vou até a porta me perguntando se Percy sabe desses sonhos da Rachel. Quando chego perto dele, o mesmo sorri com uma alegria inacreditável. Vamos até a saída e pegamos minha velha. Partimos pra casa.

***

Na escola, após deixar Percy no apartamento e pegar minha bolsa, topei de cara com os meus amigos.

– Annie, e a Rachel? – perguntou Bianca.

– Ela está bem? – perguntou Frank.

– Já teve alta? – perguntou Léo.

– Vai ficar mais quanto tempo lá? – perguntou Thalia.

Só pra estressar! Ok, eles são meus amigos e tudo mais, mas sabe àquela hora em que você tem vontade de mandar uma freira pra PQP? Pois é, eu estava assim agora. Mas eu me controlei, pondo as mãos nas fontes, me controlando o suficiente pra não xingar ninguém!

– Annie, RESPONDE A DROGA DA PERGUNTA! – alguém gritou. E eu me descontrolei.

– CHEGA DE GRITAR NO MEU OUVIDO, DROGA! EU JÁ TENHO PROBLEMAS O SUFICIENTE E NÃO PRECISO DE MAIS NENHUM! QUE SACO! VÃO CAÇAR UM CABRITO PRA VOCÊS MAMAREM E ME DEIXEM EM PAZ!

Foi quando me liguei do que tinha feito, e tampei a boca com tudo. Meus amigos me olhavam como se eu tivesse me pintado de Patata e feito uma piada sem graça. Léo disse:

– Ah... Annie? Sem querer te estressar ainda mais, mas eu acho que cabritos não dão leite.

Isso aliviou um pouco a tensão.

– Desculpa, gente – eu disse – Eu estou... Um pouco chateada com uma coisa e... Ah, me desculpem.

E sai andando para os corredores. Sem rumo da vida.

Ok, eu não sei por que eu estou assim. sei lá, acho que foi desde hoje de manha, quando eu vi Rachel chamar o nome do Octavian. Fiquei completamente intrigada. Porque ela dizia não pra ele? O que ele queria com ela? E porque ela anda sonhando com ele toda a noite? Seja o que for, tenho certeza de que Percy não sabe.

Perdida em pensamentos e passeando pelos corredores aleatoriamente, sinto uma mão em meu ombro direito. Viro-me assustada e dou de cara com Nico. Oh, não. Outro problema.

– Nico – eu disse na hora.

Ele me puxou, sem dizer nada e me abraçou. Não ouve o mesmo efeito que há quando eu abraço o Percy. Ah, ótimo! Agora eu estou comparando Percy com o Nico. Isso, Annabeth, parabéns!

– Desculpe por ontem – eu disse, assim que nos separamos.

– Não tem problema – ele falou, e eu reparei uma pequena mancha vermelha no canto de sua boca – Não foi sua culpa. Mas... É... O que ele queria com você?

– Comigo? – questionei, pois não me lembrava do fato anterior antes de Percy falar comigo, até que me veio a mente – Ah, ele queria... – Ah, Zeus o que eu diria? Eu não podia dizer a ele o que o Percy realmente queria falar comigo. Pense, Annabeth, pense! – Ah, bem, você sabe. Ele estava desesperado com a Rachel e queria a minha ajuda. Afinal, ainda precisamos descobrir porque ela estava fazendo aquilo.

– Certo. E depois ele conhece a namorada! – Nico revirou os olhos – Mas, então, já descobriram?

– Não, ainda não. Tudo o que sabemos foi que ela chegou de Washington assim. o médico a receitou um psicólogo. Não sei se ela vai querer...

– É... – Nico passou os dedos no canto da boca machucada – Eu vi você gritando com o pessoal hoje. Porque fez isso?

– Não... Não sei. Acho que pedi o controle. Você sabe, a TPM feminina. – menti.

– Entendo – Nico sorriu – Olha, Annie, eu não sei se é uma boa hora, mas é que... Bom, não vou desperdiçar a chance. É... Você aceitaria ir ao baile... Você sabe, o baile da escola... Comigo?

Ah, o baile. Tinha até me esquecido dele. Afinal, quem se preocupa com um baile quando se passa pelo o que eu passei?

Mas, será que eu deveria aceitar? Sim, eu deveria. Afinal, Percy não vou o único que se “declarou” pra mim ontem, e eu deveria me lembrar disso. Sei que não posso dar-lhe esperanças ainda, por que eu nem sei o que quero da vida, mas o que custa ir com ele ao baile? Absolutamente nada.

– Ah... – comecei gaguejando.

– E ai? Aceita? – Nico perguntou.

– Claro que aceito – sorri.

Ele sorriu comigo e aproximou o seu rosto do meu. Imaginei na hora o que ele queria fazer e coloquei minha mão na frente de meu corpo, o impedindo de se aproximar.

– Mas – comecei – Vamos como amigos. Pelo menos por enquanto, di Ângelo. Só até... Bem, não importa. Aceita minha condição?

– Tá, eu aceito – ele disse meio irritado – Mas podemos ter aquele tipo de amizade colorida? – ele sorriu como uma criança.

Gargalhei.

– Ah... Claro que não, Nico. – eu disse, ainda rindo – É sério, isso foi ridículo.

– Eu sei, só estava criando esperanças. Mas Okay Annabeth! Eu espero a sua... Decisão.

– Obrigada.

Sorrimos.

– Vamos pra sala? – ele disse – Bom, posso te acompanhar até lá, certo?

– Certo! – rimos e fomos.

***

A aula acabou e eu segui pra casa. Aproveitei ao máximo o caminho sozinha, dirigindo, uma musica nas alturas, cantando que nem uma louca varrida.

Mas logo cheguei em casa, e minha folga acabou. Já entrando no apartamento, percebi que tudo estava silencioso. Joguei minha mochila em cima do sofá e caminhei pelos corredores.

– Percy? – chamei.

Ninguém respondeu. Olhei na cozinha, nada. O lugar mais logico a seguir foi seu quarto. Abri devagar a porta.

Percy estava deitado em sua cama, de barriga pra baixo, virado para o lado oposto da porta e sem camiseta. E dormia profundamente.

Não resisti ao impulso de entrar no quarto e fechar a porta. Aproximei-me dele e sentei ao seu lado, na cama. Ele respirava de leve, seu cabelo bagunçado como sempre. Também não resisti o impulso de passar a mão por eles carinhosamente, como ele fez comigo há dois dias.

Vamos lá, Annabeth! Você tem que deixar claro que não pode ter nada com ele! Se ele está mesmo apaixonado por você... Ele tem que saber que é melhor te esquecer.

Abro a boca pra chamar seu nome, mas vacilo. Eu não consigo dizer isso. Não consigo por que... Ah, a resposta me assusta, me da raiva. É injusto tudo isso. A vida em me pregando peças desde sempre. Mas agora ela me mandou uma das grandes.

Paro de passar a mão em seus cabelos e me levanto. Estou dando as costas pra ele, quando o mesmo me segura pela mão.

– Você não sabe o quanto isso estava bom. Porque não continua? – ele disse, ainda de olhos fechados e virado de costas pra mim.

Essa peste lenta estava acordada?! Como pude ser tão idiota?

– Ah... – começo a falar, mas a minha voz não sai. – Você estava...

Vejo que ele sorri. Ele se vira e se senta com os pés no chão, ainda segurando a minha mão. Eu inda estou em pé, paralisada na sua frente.

– É claro. Você é muito barulhenta, Annabeth! – ele disse rindo – Até quando não quer, você é.

Podia sentir meu rosto esquentando. Como eu poderia explicar isso a ele?

– Ah... Percy, eu... – abaixei o olhar.

– Não, não explique nada, por favor – ele falou – É melhor. Afinal, eu vou saber que você está mentindo, então não vai adiantar nada.

– Idiota... – murmurei, pra ele não ouvir.

Mas ele ouviu.

– Não, não. Esperto. Agora relaxe.

Ele está me mandando ficar relaxada com esse abdômen aparecendo? Ah, fala sério, Jackson! E, aliás, ele não percebeu o que eu estava fazendo? Mas, enfim, eu consegui me acalmar, e não sair correndo.

– O que você veio fazer aqui? – ele perguntou.

– Ah... Eu vim...

– Já vi que é mentira.

Argh! Ele é muito esperto, isso mesmo! Vamos, Annabeth, relaxe.

– Cale a boca e me deixe falar! – eu disse, com firmeza. Ele sorriu, mas eu continuei – Eu vim te dizer que... Olha, aquele lance de você estar apaixonado por mim não pode ser verdade, Percy. Eu nunca te dei motivos pra isso. Isso é mais estranho do que ver Michael Jackson dançando balé.

Ele riu. Tá, eu não consegui segurar essa ultima frase.

– Não ria – continuei – Percy, se você está mesmo apaixonado por mim, me esqueça. Você está namorando a Rachel e eu... Eu atrapalhei desde o começo. Me enganei sobre você. Você é sim bom pra ela, eu entendo porque ela gosta de você e tudo mais, então, por favor, não estrague a relação de vocês. Me esquece, por favor. Você realmente não pode estar apaixonado por mim. É impossível – eu estava com vontade de chorar, mas não iria faze-lo.

Percy soltou minha mão e olhou pra baixo. Quando olhou pra, sua expressão de duvida e ironia, disse:

– Você não tem ideia do efeito que causa, não é?

Eu não disse nada. Percy se levantou, ficando de frente pra mim, e voltou a falar.

– Ainda duvida de tudo o que eu disse? Ainda duvida que alguém possa gostar de você? Annabeth, você acha que eu falo isso porque você é bonita? Você, que me conhece o suficiente pra saber quando estou mentindo, acha que eu menti quando disse tudo aquilo? Eu sei que não! Annabeth, quando eu e o Nico dissemos aquilo pra você, tenho certeza de que não foi da boca pra fora.

– Você...

– Sim, eu ouvi tudo. Eu só interrompi a hora do beijo por que... Argh! Eu não ia aguentar ver aquilo. Annabeth, eu gosto de verdade de você. Você não sabe o quanto é incrível! Acha que suas birras, suas encrencas, te tornam desmerecedora do fato? Não! Sua personalidade é apaixonante! Seu jeito... Suas ações... Desde o momento que eu cheguei aqui, minha maior meta foi sempre provar pra você que estava enganada sobre mim... E agora eu sei por quê.

Eu não conseguia falar nada.

– E o Nico? – ele continuou – Tenho certeza de que é pelo mesmo motivo. Você encanta a todos, Annabeth. E me encantou também.

Ele virou-se de costas. E agora, como eu poderia duvidar de alguma coisa? Continuei em silencio um bom tempo.

– E você? – ele virou-se.

– Eu o que?

– O que você sente por mim?

Ah, ótimo. Eu não conseguiria mentir de jeito nenhum sem ser descoberta. Mas eu tentei, porque sou muito teimosa.

– Eu... Gosto de você... Mas como amigo.

Agora ele sorriu sarcástico.

– Bem, acho que adivinhei que você diria isso. E eu não acredito, claro.

– Você não pode ler minha mente, Percy – agora eu estava com raiva – Você deveria estar preocupado com a sua namorada e não comigo e com o que eu sinto. No estou apaixonada por você. Entenda isso.

– Não. Não consigo entender. E olha só por que. – ele deu um passo até mim, segurou minha nuca e me puxou pra um beijo.

Sabe àquelas horas em que você não consegue mais pensar no que está fazendo? Aquele momento em que você não é mais dono de si mesmo? Pois é, pense desse jeito e você vai saber o que eu senti.

Eu não consegui recusar o beijo. Era... Impossível. Seus lábios sincronizados com os meus, me levavam as nuvens. Minhas mãos foram pra seus cabelos, e as dele seguravam o meu rosto como se estivessem com medo de que eu me afastasse. E com razão. Mas eu não consegui me afastar. Era impossível largar.

Admito que o beijo foi longo. Bem longo. Quando o ar me faltou e eu me separei, suas mãos ainda estavam em meu rosto, me mantendo perto.

– Viu porque eu não acredito? – ele sussurrou. – Você não consegue mentir pra mim.

Demorei pra responder.

– Eu não gosto de você.

Ele sorriu.

– Teimosa.

Suspirei.

– Eu vou ao baile com o Nico. Ele também gosta de mim, só que ele não tem namorada. Eu quero lhe dar uma chance.

– Annabeth...

– Percy. Não entende que eu não gosto e não quero ficar com você? Ou será que é tão lerdo que não caiu ficha?

– Você é persistente. – ele levantou o meu rosto, e agora o encarava nos olhos – Ok. Dê uma chance a ele. Saiba que mesmo ele gostando de você, eu não acredito muito em sua pose de bonzinho. Mas me escute: no dia em que você admitir, eu termino com a Rachel, e fico com você.

Isso soou cruel. Era cruel. Mas ele disse com tanta sinceridade que eu não consegui discutir com ele por isso.

Ele me soltou e se virou, pondo as mãos no rosto. Será que estava arrependido de ter dito aquilo?

– Eu também quero que me escute – eu disse, firme – Ela não merece isso. Não merece o que nós dois estamos fazendo. E se você tiver um pingo de consideração por ela, e por mim, não termine com ela. Não, cruelmente. No sabe o quão mal ela vai ficar se isso acontecer.

Vire-me e me dirigi a porta. Quando eu estava chegando lá, ele disse:

– Eu sei sim.

Saio do quarto.


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Notas finais do capítulo

Campanha #AnnieDeixaDeSerTeimosa! u.u Acho que me precipitei nesse capitulo, mais é que ainda tem muita coisa pra acontecer! Próximo capitulo vai... Bem, só comentando pra saber u.u

Cara, já deve tá todo mundo podre de saber, mas eu ainda não acredito naquela goleada que o Brasil tomou terça passada! Gente, foi humilhante! E sábado, eu não vi o jogo, mas eu sei, perdeu de novo pra Holanda. E, ontem, pra finalizar, a Alemanha ganha a copa! Serio, admito que estava torcendo pra Argentina por causa da raiva que eu estava da Alemanha kkkkkkk’ Mas, no fim, eu aceitei u.u

Gente (sim, hoje eu estou pra falar) eu achei um vídeo em um pagina do Facebook que está no You Tube do Trailer do Sangue do olimpo! Sabe deus se é oficial, provavelmente não, mas é muito foda! Vejam e me digam o que acharam seja por reviews ou Mps. Sério, tirei muitas conclusões com ele, mesmo não sendo oficial.

Enfim galera! Por hoje é só da parte da Tia Naty! Comentem, favoritem e recomendem, Okay? *---* Beijos ♥