Cartas para você - Cato e Clove escrita por Scoutt


Capítulo 39
I'm on the highway to hell


Notas iniciais do capítulo

Não me matem pessoinhas lindas (se é que alguém ainda lê isso)
Eu estou na faculdade e não deu pra escrever, só agora eu consegui ;-;
Mas antes de me mandarem pro inferno, saibam que eu já estou lá (vida de universitário é oh, uma bosta)

I'm on the highway to hell
Highway to hell
On the highway to hell
I'm on the highway to hell



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/440163/chapter/39

Acordei um pouco dolorida, só então lembrei que estava dormindo na poltrona do aero, isso explicava enfaticamente meu pescoço travado, mas ver a cara de Cato descansando ao meu lado suavizou qualquer dor, não que a força do amor tenha a curado, oh eu não acreditaria nisso nem em mil anos, mas vê-lo quase babando foi tão divertido que me fez esquecer a dor, e foi enquanto eu o olhava descaradamente que uma voz soou acima de nós, Cato se remexeu parecendo desconfortável com o som, passei a mão na sua bochecha e então ouvi a aeromoça no microfone “senhores passageiros, pousaremos em Panem dentro de 30 minutos, permaneçam em seus acentos quando a luz vermelha acender, obrigado.”, pensei nisso e sorri, em meia hora estaríamos em Panem, e em alguns dias estaríamos casados? Como será que Katniss se sentiu quando casou? E Annie? Eu estava simplesmente maravilhada com a ideia.

Peguei o tablet e passei todas as coisas que havíamos escolhido, Cato do meu lado nem sequer se moveu, dormiu pesadamente durante toda à meia hora seguinte e só acordou quando a aeromoço tocou um sinal para que colorássemos os cintos.

– Chegamos? – ele me perguntou ainda sonolento, aquela cara de sono o deixava tão jovem.

– Estamos pousando. – dei-lhe um beijo na bochecha, enquanto ele apertava seu sinto.

– Odeio aeros. – sorri, sabia o que queria dizer, e compreendia – Exceto que o último que eu peguei me levou para a melhor lembrança da minha vida, e esse está me trazendo para a futura melhor lembrança da minha vida, mas eu vou lembrar as duas. – fez uma careta, peguei as suas bochechas e apertei, plantando um selinho em seus lábios.

– Da minha vida também. – ele sorriu doce, oh merda, eu nunca tinha pensado numa expressão que envolvesse “doce” se referindo a alguém, eu era uma boba apaixonada agora! E estava adorando isso.

– Pombinhos a bordo, abram as janelas antes que eles decidam cag... Hughhughhugh. – viramos para ver Céci, estava bem óbvio que minha amigava decidira beber um pouquinho, um pouquinho acima de sua baixa tolerância.

– Desculpem. – Rocco estava com uma mão na boca dela, impedindo-a de continuar a frase e todos no corredor olhavam a cena, eu e Cato rimos, olhei para Emmett e Chloe, mas esses estavam ocupados demais olhando as próprias mãos juntas, conversando e trocando sorrisos cúmplices.

•••

Chegamos à casa de Cato, por algum motivo havia deixado-o me arrastar até lá, e quando ele falou para a mãe a ‘grande notícia’, eu percebi que ele ainda não havia “pedido permissão” para fazer o que fez, mas o abraço apertado que ganhei provou que a permissão havia sido concedida.

Ele avisou a mãe e ao pai que iria precisar passar uns dias em Atlanta, me ajudando - ai meu deus que fofo! –ele avisou-me que subiria para o quarto, ‘pegar roupas limpas’ ele disse, me pegou pela mão e me conduziu ate as escadas, vendo o olhar dos seus pais à cena eu fiquei sem graça, preferi fingir que queria dar uma volta pelos campos, que me foi concedida com um lindo dar de ombros e um selinho, olhei para senhora Laurie, que tinha um sorriso simpático no rosto e se não estivesse imaginando parecia que ia cair no choro, o pai de Cato apenas havia se voltado para a xícara de café a mesa e murmurado ‘esse é meu garoto, amém’, e eu, bem eu basicamente corri porta afora.

•••

Kaela

Sai de dentro de casa e sentei-me na varanda pensando em como matar Kali, ou como me matar, qualquer uma das duas ideias ajudaria, quando eu vi uma miragem, Clove estava saindo da casa de Cato e subindo o morrinho bem depressa para aquelas pernas curtas, mas de repente eu percebi que não era uma miragem, e sim Deus que deveria estar me ajudando, ou querendo jogar toda merda no ventilador de vez, corri até ela.

– CLOVE! – ela virou-se para mim e esperou, quando cheguei perto ela fez uma careta.

– Oh, que maravilha, mal eu chego e tenho que te aturar? Por favor, eu já cansei de suas armaçõezinhas, que foram poucas, mas o suficiente para mim. – ok, ela não me amava, mas ela amava Cato, e seria um problema ter Kali atrás dele, não?

– Olhe, me desculpa, eu sei que o que eu fiz foi errado...

– Ah, jura? – ela continuou andando, segui-a mantendo o mesmo passo.

– Acho que você vai ter um problema maior que eu. – ela me olhou erguendo a sobrancelha.

– Fale.

– Digamos que uma pessoa que conheço, e que ferrou toda minha vida voltou...

– Ferrou você? Uou dê-lhe os parabéns.

– Hey, não, é sério, eu acho que não seria assim se não fosse aquela maldita, ela foi... Ela foi... –pensei em uma exemplo, então tão claro quanto o dia ele apareceu na minha mente – Foi como a Glimmer da minha arena, misturada com Tresh!

– Credo, tem como alguém ser assim? Deu até um calafrio aqui. – Clove soou engraçada até, mas acho que ela realmente ficou com um pouco de medo quando disse ‘Tresh’. Andamos um pouco pela campina e sentamos no alto do morrinho, ela ia me ouvir, o que era uma vitória. – Ok, me conte sobre esse projeto de demônio, se é que existe.

Contei-a sobre Kali, sobre tudo que ela andou fazendo e sobre o que ela deveria ter dito a Cato, falei também sobre Kali ter mostrado interesse em Cato, o que fez algo brilhar nos olhos dela, acho que hoje as facas iriam brilhar vermelhas.

– ... Bem, é isso. Eu queria apenas pedir desculpas e te prevenir, eu nunca tive ódio de você Clove, era apenas ciúme – ela me olhou sugestivamente -, oh não, não por Cato ou por você, mas por vocês dois se gostarem tanto, ninguém nunca gostou tanto de mim, nem minha mãe, Kali destruiu minha imagem e todos me viam como a personagem que ela havia criado, eu era fútil, mimada e malcriada, mas eu nunca pensei em ser má de verdade, em fazer coisas que me prejudicassem fazendo os outros me odiarem. – nesse ponto eu estava chorando, pensando em quem eu não queria pensa, pensando em Kent.

•••

Ver Kaela chorando não devia ter me amolecido tanto, mas algo nas palavras dela e naquele sussurro que escapou enquanto ela chorava me fez acreditar, eu havia ouvido tudo ceticamente até agora, mas quando ouvi “Kent”, eu entendi, ela havia perdido alguém, ou talvez nunca o tido.

– Você o amava? – me peguei perguntando. – Desculpe, esquece.

– Hã, amava quem? – ela secou os olhos, se recompondo.

– Kent, você sussurrou isso quando caiu no choro, eu acabei ouvindo, foi mal.

– Eu não sei, Keaton era meu amigo de infância, ele acabou indo para a Capital com os pais ainda garoto, longa história, eu sentia saudades, mas eu nunca pensei que poderia ter amado ele, ou alguém, Kali me dizia que o amor era para idiotas, e no final eu também comecei a achar eu amizade era para idiotas, afinal eu a aceitei e ela me ferrou.

– Bem, ela não vai me ferrar, e nem a você de novo, você está indo para Atlanta comigo e vai me ajudar, porque se ela tem interesse no meu namorado e é tão persistente, eu tenho certeza que ela estará lá em breve. – Kaela sorriu, e eu também – Agora vá pegar algumas roupas que eu vou amansar uma certa fera omitindo algumas coisas. – pisquei e desci o morro, deixando para trás uma Kaela que parecia ter tirado um peso de uma tonelada das costas, eu estava na estrada para o inferno, ninguém ia me parar, mas lá eu não iria sofrer lá eu iria mandar. Kali, você está indo para o meu inferno; meu inferno, minhas regras, se prepare.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo capítulo é rumo ao final, isso se não for o final, e dessa vez eu planejo postar essa semana ainda, quinta eu espero, espero msm, ter postado algo pra vcs.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cartas para você - Cato e Clove" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.