Red Ice Klaroline escrita por Jenniffer, Pedro Crows Nest


Capítulo 11
Capitulo 11 - Kisse me Take me‏


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gente. Em primeiro lugar quero pedir desculpa pelo atraso massivo. Em segundo lugar quero agradecer por vocês continuarem aqui. A fanfic já está batendo os 4000 acessos. xD Em terceiro lugar: Boa leitura!



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"I got a dirty mind

I got filthy ways

I'm trying to bathe my ape

In your milky way

I'm a legend, I'm reverend, I be reverend

I be so far up

We don't give fuck" (E.T Katy Perry/Kanye West)

74.

Um número irrisório se pensamos na idade de um original, e um número ridiculamente grande se pensarmos que foi a quantidade de caras que eu tive que compelir para não transarem com loiras esta noite. Eu poderia matar todos eles, é claro, mas tendo em conta que eu estava na estrada da redenção com Caroline eu achei melhor não ter a performance de um massacre em pleno pátio da Universidade que ela frequenta. Definitivamente tentar ser o cara do bem com ela não funcionou ela tinha activado o projecto vadia e isso era algo que eu não pretendia permitir.

Eu nem queria lembrar da liga que ela escolheu pra festa. Só de imaginar mais alguém chegando perto o suficiente da coxa dela para arrancar aquilo eu já perdia toda minha vontade de refrear meus instintos e de fato fazer um massacre naquele lugar. O simples facto de saber que ela ia vestir aquilo para agradar alguém que não a mim já me fazia querer matar a própria Caroline. De um jeito rápido. Eu não sou um cara ciumento, eu deixei ela viver o amor dela com o viralata do Tyler, na realidade eu não me incomodo realmente com quantos caras fizeram parte da vida dela, mas depois de mim, isso aí já é outra história, depois de mim não haverá nenhum. Eu disse que seria o ultimo, e eu quis de facto dizer isso. Talvez ela não tenha entendido a parte em que ela poderia não ficar comigo, mas teria que ficar sozinha. Como eu poderia viver em paz sabendo que a mulher que eu amo é uma vadia? Ou que construiu uma família é feliz com cinco filhos e um otário. Elijah seria nobre o suficiente para aceitar algo assim, mas eu? Eu sou egoísta, sempre fui, e se isso não mudou em 1000 anos, não é agora que vai mudar. Caroline é minha, fim de história. Quando eu disse que ela poderia ter uma vida melhor longe de mim eu quis dizer que ela poderia viajar, conhecer o mundo, estudar, e não sair por aí desfilando meias liga em festas pra adolescentes.

A vontade que eu tinha no momento era de guarda la numa caixa até eu decidir o que fazer com ela, mas a verdade é que ela ficaria nessa caixa pra sempre porque eu não me vejo conseguindo decidir o que quer que seja em relação a ela.

***** Caroline ****

Bonnie entrou no nosso quarto segurando o panfleto da minha festa as escuras.

– Caroline você não acha que você está pegando um pouco pesado com essa nova versão loira selvagem?

Ela estava me julgando por promover uma festa em que todo mundo poderia se pegar e ninguém precisaria se sentir mal sobre isso no dia seguinte porque ninguém saberia quem pegou porque o lugar ficará na escuridão. Desculpem, mas quão genial é isso?

– Bonnie, você está namorando Jeremy, é um facto. Mas eu e Elena estamos na pista, então eu não vejo qual é o problema. Eu olhei para Elena buscando algum apoio. Ela apenas acenou com a cabeça, Elena andava estranha ultimamente, terminar com Damon também afectou a cabeça dela, mais uma razão pra gente se divertir, afinal nós somos vampiras sim, mas nada nos impede de começar a curtir nossa eternidade agora. Quantas pessoas podem se facto viver a “vida loka” sem terem que se preocupar com doenças, mortes, acidentes, etc? Nós somos privilegiadas. E por muito que eu apenas estivesse fazendo tudo isso para mostrar para Klaus que eu podia ser feliz sem ele a verdade é que eu estava de facto me divertindo. É tanto drama na minha vida desde de que me transformei que eu tinha esquecido como é ser apenas uma loira adolescente superficial como uma colher de chá. Organizar festas, ter os homens aos meus pés, ser popular, tudo isso pode parecer ridículo e superestimado, mas a sensação é otima, não importa que idade você tenha.

Eu estava olhando a minha lista de festas, e Bonnie estava olhando torto para os meus planos. Estar na faculdade é uma eterna desculpa para fazer festas do inicio ao fim do ano. Eu já tinha agendado uma festa temática, uma tequilada, e estava programando um “happenyng” numa republica vizinha nossa que ficaria vazia no final de semana. O difícil disso tudo era arrumar um lugar para estocar álcool. Eu estava programando um sistema de distribuição para dividir o “mal” pelas aldeias e responsabilizar o "cabeça" de cada zona por uma certa quantidade de algo. Isso me fazia lembrar que eu tinha uma reunião da comissão de festas em 20 minutos . Além de tudo, estar na universidade ainda te permitia ter financiamentos da associação de estudante para o open bar. Não é maravilhoso ser caloira? A pauta da reunião era programar uma festa de comemoração para a equipe de futebol da faculdade que jogaria na final dentro de 3 dias, mas o que fazíamos de facto era arrumar maneiras de desviar o dinheiro das festas oficiais para as festas que realmente interessavam a comunidade estudantil. Eu levantei da cama quando ouvi o Leo, da comissão de intercâmbio me chamar na porta. Ele ia comigo para a reunião, aparentemente tínhamos que programar uma reunião de boas vindas para o pessoal que ele ia receber em breve de vários países, eu estava adorando esse garoto, ele é divertido, conhece meio mundo e não fica tentando escrutinar sua vida, na realidade ele não esta nem aí para o conhecimento da alma humana, e uma pessoa de boa com a vida como ele, no momento, era tudo que eu precisava para refrescar minha mente. Claro que ele ter olhos verdes, um corpo atlético e possuir uma capacidade de flertar apenas com o olhar o ajudava a estar no topo da minha lista de pessoas a manter na minha vida.

– Body shots hoje a noite? Foi a primeira coisa que ele perguntou quando me viu.

– Você cuidou da iluminação?

– Você quer dizer a falta de iluminação loira?

– Isso.

– Todo o campus ficará no escuro por 5 horas completas. É suficiente?

– Depois de 5 horas todo mundo estará tão bêbado que a luz não será problema.

–Eu vou pegar você hoje a noite.

– Se você me achar no escuro. Ainda assim você nunca terá a certeza.

– Acredita em mim. Eu vou saber quando for você.

– Veremos.

Quando entramos na sala da reunião eu me assustei com a explosão de risadas. Eles estavam olhando para um tubo iluminado e consertando um parafuso estragado.

– O que vocês estão fazendo pessoal?

– Consertando o túnel da felicidade. Eu fiz uma cara de interrogação e eles começaram a explicar.

Aquele túnel seria a única coisa iluminada da festa. Alguém entraria no túnel e as luzes acenderiam lá dentro. Todos poderiam ver quem estava se propondo a dançar e a luz ficaria acesa enquanto essa pessoa estivesse se exibindo.

– Mas gente, nós não vamos ter electricidade na hora da festa.

– Essa é a beleza da coisa Leo. Se você entrar no túnel ele fica iluminado pela bateria que está carregando lá em baixo. A caixa de iluminação, responsável não só pela luz do local, mas de todos os prédios vai estar protegida atrás do tunel e desligada não se preocupe.

– Genial.

Tem algo que ainda precisamos decidir galera. Nós colocaremos alguns bastões florescente para sinalizar o bar, os banheiros, as saídas de emergência, e colocaremos nas pulseiras das pessoas também para podemos nos localizar. Precisamos decidir o que vamos divulgar nessas florescências.

– “Sensations” eu murmurei antes de dizer em voz alta e explicar a minha ideia pro presidente da comissão. Podemos imprimir essa palavra nas pulseiras. Quanto ao resto acho que podemos apenas ficar pelo básico e colocar apenas os nomes das coisas, bar, banheiro, entrada saída. Mas nas pulseiras, eu sugiro Sensations. E vamos decidir uma cor para garotos e uma cor para garotas....pensando bem é melhor uma cor para cada...bem...uma cor para cada gosto....Tem tudo a ver com o conceito da festa. Quando você não vê todos os seus outros sentidos ficam mais alerta, mais sensíveis.

– Alguém tem algo contra a ideia da Caroline?

Ninguém disse nada, e ficou decidido por unanimidade. Eu não era a única caloira na comissão de festas, mas eu era a única que era levada em consideração. Óbvio que o facto de eu os ter compelido para levar em conta aquilo que eu falava não tinha nada a ver com isso né? Ser vampira e caloira. A combinação que todos os estudantes desejariam nessa vida.

– Car

– Car!!

Uma das meninas veio gritando pelo corredor e eu apenas esperei que ela me alcançasse nos meu cacifo enquanto arrumava as coisas que eu precisava.

– Car. Nós estávamos pensando em arrumar o salão agora cedo para podemos ficar com a tarde livre pra nos produzirmos você concorda?

– Claro, vamos lá. Eu tou a toa hoje, tirei o dia só pra essa festa.

– Nossa eu também. O que você vai vestir?

– Vestir? Quem disse que eu vou vestida? Ellen olhou pra mim tentando decifrar se eu estava falando sério ou não. Eu ri e continuei:

Eu vou vestida bem normal, saia de seda e uma blusa leve. Talvez eu devesse levar um casaco, o Leo está tentando trazer um gerador de camping pro salão para que possamos controlar a temperatura durante a festa. Afinal, não é porque o tema é sensations que temos que morrer de calor naquele forno ne? Ellen concordou comigo claramente revisando sua ideia de figurino pra noite.

Quando entramos no salão foi palpável que a sensação da festa seria aquele abraço sincero e apertado no sol. Estava um calor horrendo, não passaram 2 minutos até que eu começasse a suar e as meninas a reclamar que seria impossível fazer a festa naquele forno. Os meninos mexendo na electricidade estragaram algo e o sistema de aquecimento estava doido. Definitivamente eles teriam que arrumar um gerador para arrefecer o local, porque mesmo quando ficássemos sem luz e o aquecimento desligasse, ainda estaria demasiado calor acumulado. Nós ficamos a tarde toda limpando e colocando as coisas no lugar. Tínhamos montado pequenos pódios onde as pessoas poderiam subir e pintar seus corpos e roupas com tinta florescente. Seria engraçado. Colocamos todas as bebidas nos seus devidos lugares, e arrumamos os cestos de salgadinhos e sanduiches. Não era suposto ninguém ir pra lá pensando em lanchar mas tínhamos comida para distribuir para conter os níveis de bebedeira. Demoramos mais tempo do que pensamos mas conseguimos resolver tudo. Estavamos suados, sujos e com fome. E faltava só uma hora pra festa. Claramente eu chegaria atrasada. Abrimos uma cesta de salgadinhos e algumas cervejas ali mesmo quando as meninas me propuseram me arrumar no dormitório delas. Não que o meu fosse muito longe do salão, ou que eu não pudesse simplesmente correr a super velocidade até lá, mas Elena não tinha me respondido as mensagens desde de cedo, e Bonnie não viria a festa, então em vez de ir me vestir sozinha, aceitei a proposta das meninas e fui me vestir no dormitório delas. Afinal, eu tinha roupa o suficiente no meu cacifo para ir a umas 20 festas. Acabei vestindo uma saia de couro e uma blusa de seda. O meu cabelo estava com cheiro estranho de frutas. Eu não tinha a certeza se era enjoativo ou apenas demasiado doce pro meu olfacto vampírico. Melhorou depois que sequei, e coloquei meu perfume e já me senti confortável. Obvio que as meninas também quiseram usar, sempre tem alguém filando alguma coisa dos outros na faculdade, estudantes são pobres, tenho que me acostumar, e definitivamente o meu perfume francês caríssimo que eu tinha “comprado” em Paris não estava no orçamento delas. E estamos todas prontas, a festa já tinha começado a pelo menos meia hora, estávamos atrasadas mas os meninos estariam tomando conta da situação.

**** Klaus ****

Eu olhei aquilo que parecia ser "o local da festa" e fiquei me perguntando como Caroline ainda tinha paciência para aquele tipo de coisa. O cenário era na minha opinião deprimente. Jovens buscando uma desculpa para se encherem de álcool e se pegarem em um local exótico...claro que com o pensamento limitado que eles tinham eles achavam que aquilo era exótico o suficiente. Isso me deixava ainda mais irritado com Caroline...ela sempre me levava para lugares deprimentes. Eu lembrei automaticamente da espelunca na qual ela estava dançando com os vampiros traficantes e mesmo o Moulin Rouge com todo o seu glamour histórico naquela noite em que ela "me levou" até lá tinha sido fechado para um publico asqueroso. Isso era injusto. Porque eu sempre levava a ela diversão de qualidade, mas ela me obrigava a me enfurnar no submundo.

Festa as escuras... e eu tinha compelido 74 caras pra não transarem com loiras, como se lá dentro eles fossem conseguir identificar quem era loira ou morena. Maldita Caroline!

Haviam pulseiras na entrada que determinavam não o sexo, mas orientação sexual de quem estava usando. Eu conclui que o objetivo delas era evitar enganos lá dentro porque a festa era realmente as escuras...não fosse pelas pulseiras você não conseguiria identificar quem estava ali. Isso seria um problema pra encontrar Caroline se eu não estivesse familiarizado com o cheiro dela...eu não precisaria fazer muito esforço para encontra-la e acabar com aquela palhaçada de ser a vadia da faculdade.

A música era ensurdecedora, se é que podemos chamar aquilo de música. Eu farejei o ar e meu olfato me levou em direção a alguém que dançava num plano mais alto que a multidão...provavelmente em cima de algo...isso era bem a cara de Caroline mesmo. Puxei-a sem pensar pelas duas pernas e ela encaixou em mim, segurando meu pescoço e me beijou:

– Meu Deus! Não sei quem é você, mas não sabia que no campus tinha alguém com essa pegada.

Ela me beijou de novo. Não foi ruim, é verdade, mas não era Caroline. Eu tive uma certa dificuldade para faze-la soltar me pescoço:

–Estou procurando alguém. Eu acho que ela deve ter feito cara de desapontada, mas eu não conseguia ver o rosto dela e nem me importaria se pudesse.

–Que pena. Boa sorte com isso...se não encontrar vou estar aqui no mesmo local.

Havia alguma coisa errada ali. Talvez a minha irritação com aquela música alta com letra idiota que estavam tocando tenha afetado os meus sentidos. Eu sempre defendi a teoria de que musica ruim pode afetar a capacidade mental dos indivíduos...olha aí, eu estou realmente certo.

Resolvi percorrer o local lentamente, fazendo uma ronda para não cometer erros... Quando senti o cheiro dela outra vez aos mãos dela estavam enlaçadas no meu peito e ela estava beijando minha orelha.Ela havia me encontrado, sem sair da posição em que estávamos peguei na coxa dela e fui subindo enquanto ela gemia.

–Vamos pra casa e terminamos isso- eu disse e ela respondeu:

–é uma festa as escuras, o que acontecer tem que ficar aqui mesmo.

Me virei bruscamente. Não...não era Caroline.

–Desculpe, eu achei que voce fosse outra pessoa.

–Eu posso ser tão boa quanto essa outra pessoa, sabia?

–Dificilmente. Eu tenho que encontra-la.

A garota ainda ficou protestando quando eu saí e eu estava começando a achar que apesar da música, festas estudantis não eram de todo ruins. Eu poderia seguir o conselho que Damon me deu quando liguei pra ele perguntando se ele sabia exatamente o local da festa:

"se quer realmente deixa-la furiosa,vá e coma todas as garotas que puder, não estou falando em se alimentar, mas em comer, você entende?"

Damon e Elena estavam brigados e ele não era o cara mais indicado no momento para conselhos sentimentais...eu tinha que encontrar Caroline. Eu fiz a besteira, ela ficou puta, literalmente, e agora eu tinha que consertar isso.

***Caroline***

Eu devia estar descabelada por estar dançando naquela festa como nunca havia dançado numa festa antes, mas eu estava descabelada por que tive que transportar os aparelhos de ventilação e depois compelir Leo e os meninos para que eles não lembrassem que me viram carregar aquelas máquinas monstruosas pelo campus até a festa. Agora Leo estava ajustando tudo e eu estava no banheiro me recompondo para entrar em ação no meu modo "divirta-se e de quebra se vingue daquele hibrido desgraçado". Eu estava fazendo a minha cara de mulher vingativa no espelho quando Ellen e Hanna entraram dando risinhos agudos.

–Eu estou dizendo! Eu quase gozei com as mãos dele dentro da minha mini saia,subindo pela minhas pernas.

–Ai, não pode ser o mesmo cara! Tem que haver mais de um daqueles no mundo, que pegada, que beijo!

–De quem vocês estão falando?

–Car, tem um cara muito gato na festa. Ele me puxou do pódio e me beijou...ainda estou sem fôlego...

–E eu quase transo com ele no salão mesmo.

Elas deviam estar bêbadas....

–A festa está cheia de caras gatos, porque a universidade está cheia de caras gatos.

–Duvido que ele seja da Universidade, eu já o teria catado se existisse um daqueles por aqui.

–Com aquele sotaque eu acho que ele não é nem do país, imagina daqui da Universidade!

Ok, sotaque...ela tinha dito sotaque.

–Como assim ele tem um sotaque? Sotaque de onde especificamente?

–Não sei, Car, deve ser da terra da perfeição porque foi só escutar que eu queria ele falando no meu ouvido sem parar a noite inteira.

–Com ele é fisicamente? Perguntei tentando não parecer louca.

–Como nós vamos saber, Caroline, é uma festa as escuras!? Ellen riu - Mas aposto que com uma pegada daquela ele deve ser muito gato.

–A Alice pegou na bunda dele, pergunta pra ela.

–Ou a Lena que pegou...bem...no resto aquela sortuda!

Definitivamente eu estava paranóica...nem todo cara no mundo que tinha pegada era Niklaus Mikaelson. Ou o meu raciocínio correto deveria ser "Niklaus, o idiota, não é o unico cara no mundo que tem pegada". Se não fosse pelo sotaque eu iria lá fora procurar esse carinha, mas eu não queria nada naquela noite que me lembrasse aquele idiota prepotente que subestima minha inteligência....bem...Leo já devia estar me esperando em algum lugar com tinta florescente laranja no cabelo, era o sinal para eu reconhece-lo...como se eu realmente precisasse.

*** Klaus***

Era a quarta garota na festa que eu agarrava porque tinha o cheiro da Caroline. E que retribuíam efusivamente o meu "atrevimento" de agarrar uma desconhecida. Eu estava começando a me perguntar se tudo aquilo não havia sido armação dela, se Damon, o bêbado apaixonado, não contou pra Elena, que contou pra ela, que decidiu tirar onda com a minha cara dando um jeito pra que eu não estragasse a festa dela. Mas o tiro saiu pela culatra. Eu agora estava mais que disposto a estragar aquela festa do submundo do meu jeito...eu estava tentando me decidir entre botar fogo no local, morder as pessoas, quebrar pescoços ou ter alguma outra ideia mais inteligente ou cruel. Então eu lembrei que para estragar uma festa as escuras eu teria que eliminar o objetivo da festa. E como eu faria isso? Com iluminação. Eu acenderia todas as luzes do local e os faria ficarem as claras contemplando toda a estupidez que estavam fazendo...quantos comportamentos não convencionais seriam flagrados naquela noite? Eu não me importava. Eu só queria acabar com a festa, de uma maneira que Caroline não poderia considerar brutal no sentido do meu tipo de brutalidade e para isso eu precisava encontrar a caixa de força, ligar as luzes e matar qualquer um que quisesse desliga-las.

Havia algo parecido com um túnel colocado numa posição estratégica e eu só pude concluir que aquele deveria ser o túnel que levava a sala de máquinas onde deveria estar a caixa de força. Não custava verificar. Quando coloquei os pés lá dentro fui ofuscado por luzes vindas de todos os lados, a musica ficou mais alta e as pessoas gritaram como se eu fosse o espetáculo de um circo de horrores. As quatros garotas que eu tinha encontrado mais cedo e tinham o cheiro da Caroline entraram naquele túnel com a clara intenção de dançarem comigo e quando a multidão abriu para ver o espetáculo, eu pude ver pela luz que o túnel lançava no salão Caroline beijando o próximo homenageado na missa de sétimo dia da capela da Universidade.

Haviam tubos no fim do túnel que ligavam a uma bateria e perto desses tubos haviam cabos ligados provavelmente a caixa de força onde eu podia ver a chave geral . Bem era isso que Caroline queria: uma festa as escuras então ela agora teria não apenas uma festa as escuras, mas toda a universidade as escuras. Eu puxei os tubos do túnel e também os cabos e parti-los como se fossem fitas de presente pra criança e todo o campus virou um breu. E enquanto eu corria pra arrancar a cabeça do cara que estava com Caroline me ocorreu lembrar que a melhor parte da minha façanha não planejada da noite foi que eu tinha conseguido parar também a música. Eu acabei fazendo um bem pra o cérebros daquelas criaturas estúpidas que reclamavam sem saber o que havia acontecido.

Meu telefone vibrou e eu atendi sabendo que era ela:

–Você sabe que vou matar esse cara, não sabe? Você escolhe, ou me entrega ele ou começo matando seus amigos apreciadores de boa música até que você o entregue.

–Ele não teve culpa. Você está descontrolado, nós precisamos conversar.

–Não sei se você consegue me ver Caroline, mas estou segurando o DJ pelos cabelos e pretendo quebrar o pescoço dele agora.

–Por favor não...a culpa não é deles Klaus, a culpa é minha, na realidade a culpa foi sua, por favor....

e então ela começou a chorar. Golpe baixo. Eu pensei duas vezes antes de soltar o dj e deixa-lo vivo, mas os soluços dela do outro lado da linha haviam aumentado.

–Onde você está, Caroline. Eu estou cansado de brincar de gato e rato.

–No meu dormitório. Há duas quadras daí, segundo prédio. Ela disse ainda soluçando.

Eu deixei o lugar da "festa" assim que chegavam 3 carros policiais e entre eles um homem que dizia ser o reitor disposto a punir os responsáveis por aquele ato de vandalismo. Não foi difícil encontrar o dormitório de Caroline, mesmo as escuras. Ela estava me esperando.

–Vai me dizer onde você escondeu o cara ou perdi o meu tempo aqui e vou ter que procura-lo eu mesmo?

–Você fala como se eu tivesse traindo você. Você me dispensou, Klaus, você lembra disso?

–Mas você voltou pra mim, você foi pra New Orleans e nós...

–Eu sei. E eu fiz isso porque era isso que você disse que queria comigo o tempo inteiro. Sexo e apenas isso. Você disse que eu fui sua puta de luxo por um tempo até você cansar e ver que o sexo era bom, mas não compensava o esforço que você faria pra me manter segura pra servir a você.

–Você sabe que eu não disse a verdade. Você não pode ter simplesmente acreditado naquilo, sabendo que eu sinto por você. Não devia ter simplesmente armado tudo isso pra poder pegar aquele cara.

–Que verdade que eu sei? Aquele cartão que você fez e não teve a coragem de me entregar por isso deixou no MG? E depois de tudo aquilo que você teve a coragem de me dizer subestimando a minha inteligência eu deveria sentar em casa e simplesmente chorar e nunca mais beijar cara nenhum com medo de que todo homem do mundo fosse um babaca como você?!

–Beijar?!!Ele estava com as mãos dentro da sua blusa!

–Você colocou as mãos dentro da saia de uma das minhas amiga hoje. E beijou mais uma, agarrou e foi agarrado por mais duas enquanto dançavam e pela narrativa delas você não deve ter achado isso ruim nem um pouco.

–Eu pensei que era você! Eu estava procurando você. Elas tinham o seu cheiro.

–Como você pode sair por aí agarrando e beijando qualquer uma que use o meu perfume? E acha que eu sou otária de acreditar que você só percebeu o engano depois de ter tirado uma casquinha com cada uma? Você realmente acha que eu sou burra e isso me irrita profundamente.

–Eu não me importo com o que lhe irrita ou não. Você agora vai pra casa comigo e vai ficar lá até aprender a agir como uma mulher normal, honrar a educação que sua mãe lhe deu e deixar de estar promovendo orgias juvenis na faculdade.

–Você é o cara mais quadrado que eu já conheci. E isso não tem a ver com os séculos que você tem de idade, tem a ver com sua personalidade, porque eu acho que você já nasceu velho e já devia ser insuportavelmente velho e ranzinza quando ainda era humano.

–Não estou colocando em discussão o que você pensa sobre a minha idade cronológica ou mental. Junte suas coisas agora ou levo você assim mesmo....reformulando...saia comigo agora por aquela porta ou sairei sozinho procurando o seu amigo e depois volto pra buscar você.

–Eu não posso ir com você agora pra lugar algum. O reitor está lá no campus acusando a organização da festa de vandalismo, pelos cabos de força que você destruiu. Eles vão ser expulsos da universidade e terão a ficha estudantil manchada se eu não resolver isso agora.

–Ótimo. Da próxima vez tanto você quanto eles vão pensar numa opção mais inteligente de diversão.

–Claro, e uma opção mais inteligente de diversão seria ficar em casa trancado no quarto,afogando as mágoas na bebida, transar com a primeira puta que batesse na porta do quarto, engravida-la e estar prestes a ter um filho sem nem mesmo saber o que significa paternidade e se quer se é capaz de ser pai de alguém.

Aquilo foi demais. Eu precisava fazer Caroline calar a boca e eu queria sair dalí com ela e tinha que fazer isso rápido antes que o fio de paciência que eu ainda tinha se esgotasse e eu não conseguisse ser discreto. Quebrei o pescoço dela. Foi rápido, isso provavelmente a manteria apagada até que o jatinho nos deixasse em New Orleans e ela acordasse me odiando como de costume.

*** New Orleans ***

Observar Caroline desacordada na minha cama, seja aqui, seja em Mystic Falls se tornou rotineiro. Mas ainda assim o impacto continuava a ser o mesmo da primeira vez, só que eu estava chateado demais para ficar cedendo feito um palhaço ou objeto dela. Eu desci pra o meu ateliê e decidir pintar qualquer coisa, não que eu estivesse realmente inspirado, mas porque eu precisava me distrair. Eu fiz rascunhos por duas horas mas não consegui fazer nada que parecesse digno de ser chamado de arte, então eu resolvi voltar para o meu quarto. Meu telefone estava lá e eu achei que devia responder a mensagem que Bonnie me enviou e dizer que a amiga dela estava bem e dormia como anjo, apesar de naquela festa ter sido tudo menos isso.

A porta do meu quarto estava entre aberta e com excepção dela eu estava sozinho em casa. Será que ela tinha acordado e ido embora? Minha cabeça começou a ferver com a possibilidade de que agora eu teria que caça-la a essa hora e eu não estava com a mínima paciência pra joguinhos. Entrei no quarto e respirei aliviado porque ela continuava dormindo, mas um movimento do lado oposto ao que eu estava me chamou atenção. Encostado no armário de madeira escura do meu quarto estava Elijah...impávido como uma estátua a não ser pelo meio sorriso que tinha nos lábios. Fiz sinal pra que ele viesse comigo saindo do quarto e ele me seguiu.

Ok, eu agora teria que dar explicações e eu não sabia se depois de tudo Caroline merecia que eu contasse a verdade ou que eu inventasse uma bela mentira. Eu poderia dizer pra o Elijah que ela era apenas mais um caso de uma noite de drinks a mais...mas eu conhecia meu irmão muito bem e eu sabia o que significava a expressão que ele tinha no rosto. Eu fui pego .

–E então...todo o mistério se chama Caroline Forbes... Ele me disse como se proferisse uma sentença.

–Ela se meteu em encrenca em uma festa e eu estava por lá...então eu...

–Se você acha que vai me convencer com alguma mentira, apenas pare. Eu vou considerar uma ofensa grave você subestimar a minha inteligência.

Eu não estava com paciência e não tinha uma estaca para enfiar nele, mas eu ainda tinha chance de afasta-lo sendo grosseiro:

–Bem, sim é Caroline Forbes. Não é da sua conta, você não deveria ter entrado sorrateiramente na minha casa. Aliás eu achei que você estivesse ocupado demais com a mãe lobisomen para ainda ter tempo de se meter na minha vida.

–Porque você sempre age como se eu o estivesse julgando, Niklaus?

Eu fiquei calado. Não me agradava em nada aquela situação que se assemelhava a de uma criança que havia sido pega fazendo algo que os pais não aprovariam. E então ele prosseguiu:

–Eu sabia que você estava fora e mesmo assim vi uma movimentação na sua casa. Então eu resolvi verificar se havia algum intruso e encontrei Caroline Forbes na sua cama. Então eu vi que estava tudo bem, porque se ela tinha invadido seu quarto deveria ser com bons propósitos. Eu ia saindo quando você chegou.

–Entenda Elijah, Caroline e eu...nós temos uma história...complicada. Pra dizer o mínimo.

–E você nunca pensou em conversar sobre isso comigo? Todo o tempo que você esteve fora de New Orleans, todo aquele escândalo em Paris e mais o final trágico da Alex, toda essa mudança em você...Sempre pensativo como se estivesse vivendo um mundo paralelo, sempre preocupado olhando o telefone. Eu vi isso tudo acontecer com você, Niklaus, mas você realmente nunca pensou por um momento que eu poderia entender isso?

–Nem eu mesmo estava conseguindo entender, Elijah. Um belo dia ela apareceu e meu mundo virou de cabeça pra baixo. É como se de repente todas as coisas que mais temi ou evitei na vida caíssem na minha cabeça. Não tem sentido...nada justifica...

–O nome disso é amor Niklaus e é isso que ele geralmente faz com as pessoas. Mas não é tão ruim se você não pensar nisso de uma forma tão drástica.

–Não pense que eu não tentei dar um jeito nisso. Eu tentei compeli-la pra que esquecesse de mim, eu tentei me afastar, eu disse coisas terríveis pra que ela me odiasse, eu fiz tudo o que podia...

–Mas ela não acreditou em uma palavra porque sabe que você a ama, não é? Assim são as mulheres, Niklaus.

Elijah permanecia calmo...enquanto eu estava a ponto de explodir. E então eu percebi que nunca havia tido a chance de falar claramente sobre Caroline para ninguém. Nunca disse a alguém sobre nossos acertos e erros- se é que houveram acertos. Caroline havia sido o meu segredo. Guardado primeiro porque ela queria, segundo porque ninguém entenderia e terceiro porque isso era o mais seguro pra ela. Mas agora eu já não sabia de mais nada. A única certeza que eu tinha é a de que eu estava ligado a ela irreversivelmente e eu teria que conviver com isso.

–Caroline quase morreu nas mãos de uma bruxa por minha causa. Há poucos dias atrás eu fui resgata-la e nunca senti uma dor tão profunda em todos esses séculos como senti naquele dia quando a vi quase morta, com o corpo dilacerado por vapor de verbena. E tudo porque ela está ligada a mim. Essa ligação a torna um alvo fácil para todos os meus inimigos que não são poucos. Eu duvido muito que se fosse Rebekah agora naquele quarto e não você, Caroline estaria viva.

–Realmente afasta-la do seu mundo seria o caminho mais fácil, irmão....mas ele ainda seria o seu mundo se ela não estivesse nele? Compeli-la pra que esqueça você ou o que vocês viveram seria uma atitude nobre ou covarde? E quem iria compelir você, Niklaus pra faze-lo deixar de ama-la?

–Eu me sinto de mãos atadas.

–Eu sei. É isso que o amor faz...mas em breve você vai descobrir que essa sensação que o amor proporciona de que estamos de mãos atadas é porque ele está na verdade nos libertando. E essa liberdade é partilhada Niklaus. Você já parou pra pensar no que Caroline acha disso? Se ela prefere correr os ricos e ter você ou ser protegida e não poder viver isso contigo? Você deu a ela alguma chance de escolha?

–Ela assumiu para os amigos e para a mãe dela. Ela quer que sejamos um casal como todos os outros...

–Ela é mais corajosa que você.

–Ela não tem noção de perigo.

–Sorte sua. Ela não se envolveria com você se tivesse alguma.


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Notas finais do capítulo

Merecemos comentários depois de fazer vocês esperarem 2 semanas por um capitulo? :D