Jogos Vorazes - Reerguendo das Cinzas escrita por Herdeira de Sonserina


Capítulo 5
Capitulo 5




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Desci do trem com ajuda de Lindsey. A garota que mas tinha achado agradável naquele recinto. A Capital era artificial demais. As pessoas pareciam animais amestrados. Gastavam dinheiro com a beleza. Ate as cores eram meio artificiais. Meus olhos começaram a doer.

Um grupo de bizarrices. – Pessoas – me levam para uma espécie de Spa. Cada tributo tem no seu devido lugar. Tania. Uma mulher de cabelos roxos e sobrancelha dupla. Fazia minhas unhas. – As unhas estão meio grandes não é queridinha? – pergunta com um ar irônico.

–Na minha vida eu não tinha tempo para fazer as unhas! – Retruco com raiva.

– Nenhum problema, eu fiz magicas e elas estão um luxo! – Diz ela com o sotaque engraçado da capital.

– Obrigada! – Digo num sussurro tentando ser gentil.

– Seus cabelos são lindos! – Diz uma garota chamada de Ginger. – São naturais? – Pergunta ela.

– Claro! – Digo indignada. Meu cabelo é uma coisa de que eu tenho que orgulhar. Muitas garotas tinham inveja dele. Era um louro natural. Cor de ouro. Com cachos definidos. Meus olhos eram outra raridade. Azul como perolas. Era a incrível mistura do meu pai com minha mãe.

– Acho que vou pintar o meu desta cor! – Diz um homem alto com um aterrorizante moicano prata. Seu nome era mais aterrorizante ainda. Gunter. Nomes loucos que os lunáticos da Capital davam a seus filhos.

– Acho que já podemos te entregar para o Gary ! – Diz Tania. Gary. Foi o nome mais simples que já vi ate agora.

Deixaram-me despida encima de uma mesa. Uma porta com ar tecnológico se abre. Poderia chamar de garoto. Ele parecia muito com o Phil. Mas seus cabelos eram quase da mesma coloração que o meu. Era um louro mais chamativo. Puxando para o branco. Seus olhos foram definidamente desenhados por um lápis. Ele era a pessoa mais normal que tinha visto em toda Capital.

– Nossa! – Digo entusiasmada.

– Oque? Você esperava algum estilista bizarro demais? – Diz ele com ar irônico. Deixo escapar um sorriso.

– Você parece tão...

–Jovem? – completa.

– Sim. Uma juventude que só vi em você ate agora. – Digo.

– não gosto muito de modificar meu ‘’eu’’ sabe... acho que nós perdemos nossa identidade! – Diz ele, pegando o roupão. Gostei do Gary. Pessoa simples. Simpático. Gostei dele, porque ele não quer ser igual aos outros!

– Desculpa... Não é nada pessoal, mas posso me vestir? – Digo.

– Claro! Se vista e vamos falar a sós! – diz ele, me jogando o roupão.

Posso ser a garota mais durona no universo. Mas quando o assunto é nudez ou constrangimento, Eu viro um casulo. Uma perola dentro de uma concha. Odeio que as pessoas fiquem me olhando despida. Sem defesa. É uma questão minha e ninguém vai mudar.

Vestir-me em questão de segundos e encontrei Gary sentado numa poltrona rustica. Seu rosto era tão límpido. Ele parecia um pouco com meu irmão.

– Primeiramente, prazer em conhecê-la, meu nome é Gary Taylor! – Diz ele gentilmente.

– Meu nome é Elizabeth White, mas pode me chamar de Lisa! – ele me cumprimenta e beija minha mão.

– Bom Lisa eu estava pensando na sua roupa da Cerimonia e vi que você é uma garota extremamente...

– Louca...Todos dizem isso! – Completo.

– Ousada. Isso que eu iria dizer. – Seus olhos me pressionam para o gigantesco vidro na parede.

– Não quero parecer maravilhosa. Não quero ser encantadora... eu só quero fazer justiça. Não quero ser ousada. – Digo – lhe.

– Lembra do seu irmão? – Ele fala olhando para o vidro. – Eu fui seu estilista também. Garoto determinado. Capaz de fazer tudo sozinho. – Lembrei-me do Marcus na instante que Gary tocou no assunto.

– Um doce de pessoa não é? Meu irmão era tudo para mim! – Digo, segurando as lagrimas.

– Ele ainda esta com você! Desde que vi a colheita, decidir ser seu estilista por isso. – Agora dava para ver, seus olhos eram incrivelmente verdes como esmeraldas e quando ele olhava para luz, eles brilhavam.

– Obrigada! – Não contive o choro, lagrimas de felicidade escorreram sobre minhas bochechas.

– Ei. Nada de chorar! Você é a garota Ousada! Agora vamos falar mais sobre seu vestido! – Diz ele querendo mudar de assunto. Eu sempre chorava. Mesmo sendo meio carrancuda às vezes. Todas as vezes que tocavam no nome do meu irmão ou dos meus pais eu me derretia em lagrimas.

– Vamos Lisa. Sem choro – Diz ele me amparando – Seu vestido não vai ser de ‘’pano’’.

– C-como assim? O Distrito 8 é conhecido por produzir tecido...

– Mas nos vamos mostrar que no Distrito 8 não se produz só tecido. O Distrito 8 também produz sonhos. Produz Lealdade. E principalmente produz esperança!

– Você falando assim, o nosso Distrito ate parece um lugar decente para se morar! – Digo indignada.

– É oque a Capital quer ouvir não é? Então garota ousada esta pronta? – Encaro seus olhos verdes e cuspo uma resposta para ele.

– Pode ser! – E tento não me hipnotizar com seus olhos.

Andei ate um Closet meio que entre aberto e vi um vestido. Mais parecido com uma armadura dourada. Que loucura. Eu sair numa carruagem dentro de uma lata de sardinha. Mas Gary era adorável e por ele eu vestir aquilo.

Ate que me senti bem ali dentro. Era um vestido magnifico em forma de armadura. Realçava minhas curvas que ainda não tinha e meus seios. Brilhava muito. Muito mesmo. Algumas vezes dava dor nos meus olhos. Mais era confortante. Era revestida de seda por dentro. A saia ia ate as coxas. Eu não queria mostrar mais do que isso. Usava umas espécies de botas revestidas em ouro. Magnificas. E um chapéu que parecia um tipo de capacete medieval.

Eu estava parecendo uma guerreira dos tempos antigos. Minha roupa era toda coberta de ouro e joias.

– Gary... Isso vai dar certo mesmo? – Digo – lhe sem desaponta-lo.

– Você está... Perfeita! – Diz ele com os olhos brilhando.

– Eu estou parecendo uma...

– Uma mulher determinada a lutar pelo seu futuro! – completa ele.

– Eu só vou definir esse vestido em uma palavra...Magnifico! – Digo.

– Você querida. Você faz ele magnifico. – Comenta.

Tania me conduz a uma sala pequena.

– Bom não vou mexer em você! Só um pouco de rímel, um pozinho dourado e o velho lápis de olho! – Sua voz sai num tom totalmente engraçado. O sotaque ridículo da Capital.

Gunter diz que não vai mexer nos meus cabelos. Eles são definitivamente divinos. Ele prende os fios Louros com uma espécie de fita dourada e joga um pouco de purpurina encima.

Para acabar Ginger pinta minhas unhas com tons dourados. Nossa que tanto dourado. Nunca fui rica. Nunca toquei em nada tão dourado quanto essa roupa.

Minha equipe de preparação me leva ate uma carruagem onde lindos cavalos da cor do meu cabelo, estão posicionados. – Quero o Gary aqui! – insisto. Quando acabo a frase o galã de terno preto aparece e diz.

– Você esta magnifica Lisa! – Diz ele, tentando me elogiar.

– São seus olhos! – Digo. Quando estou pestes a colocar o capacete Gary me interrompe.

– Não! vai estragar o cabelo querida! – Ele diz.

– E oque eu vou fazer com esse capacete? – digo indignada. Capacetes são feitos para a cabeça.

– Você ia segura-lo na mão, e depois joga-lo para a multidão! – Diz Gary entusiasmado.

– Que coisa mais...

– Ridícula! – Diz a mesma voz que me chamou no trem. Quando me viro é James. Com basicamente a mesma roupa que a minha. Parecia um guerreiro. Dourado. Muito dourado. Seus cabelos foram aparados. Não vou mentir, ele ficou atraente. Agora dava para ver seus grandes olhos, que se escondiam debaixo daquela franja laranja que não existia mas. Olhos azuis. Iguais aos meus. E suas bochechas eram rosadas e cheias de sardas. Que estranhamente realçavam seus olhos.

– James... – Digo com uma expressão ridícula de entusiasmo.


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