Jogos Vorazes - Reerguendo das Cinzas escrita por Herdeira de Sonserina


Capítulo 24
Capitulo 22


Notas iniciais do capítulo

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– E isso é tudo! – Diz Dan desligando o vídeo. – Agora a única coisa a pensar é no levante!

– Você acha mesmo? Você acha que as pessoas vão mesmo se rebelar? – Pergunto.

– Acho! Cada uma delas deu sua palavra... Cada uma delas quer lutar! – Diz ele me encarando.

– O jeito é a gente confiar! Se todos nós tivermos forças para lutar, as pessoas também poderão... – Diz Nicolas com uma canela entre os dedos.

– Temos que começar e já, mesmo sem o tordo para nos guiar! – Diz Anna.

– Não precisamos de um tordo para começar nossa revolução... – Digo.

– Mas quem? Quem irá nos liderar? – Pergunta Phil.

– Nossa esperança! – Digo aflita. – Qualquer um de nós poderia ser um tordo, poderíamos sim mudar um país, mas precisamos de todos para fazer a diferença.

Todos olham para mim no momento em que solto esta frase. Dan caminha em minha direção e começar a falar.

– É... Você! Você poderia ser a voz da rebelião! – Diz ele.

– Deixem de ser ridículos... Eu só quero vingar! E também estou no Massacre Quaternário! – Grito. – Se o Snow me ver guiando os refugiados na rebelião, ele ira matar vocês certamente!

– Como você mesma diz, nós não temos medo de morrer! – Fala Anna.

– Mas não posso deixar que ele machuque vocês por minha causa! – Digo tento esclarecer a situação. Deixar o Snow matar meus entes queridos que ainda estão vivos, é pior que morrer queimada em plena praça publica. Snow poderia esta pensando em uma maneira de me matar dolorosamente. Ele quer me ver como um inseto esmagado.

– Por favor, Lisa! Por Nós! – Diz Dan.

Eu estou com tanta raiva da Capital que acho melhor eu liderar essa rebelião mesmo. E que se danem as câmeras e os holofotes e que se dane os idiotas da Capital.

– Tudo bem... Eu irei fazer isso pelo Distrito 8! – Digo assegurando eles. Mesmo estando na mira da Capital e colocando todas as pessoas que ainda me restam em perigo, eu irie sim, liderar a rebelião. A primeira de muitas. A primeira que poderá dar inicio a liberdade do povo.

Passei a noite lembrando a reprise da 74° edição dos Jogos Vorazes. Tanta coisa aconteceu em tão pouco tempo. Lembro-me da morte da pequenina Rue. Aquela garota que acolheu a garota do 12 mesmo ela estando desmaiada. Lembro-me da expressão no rosto da Katniss quando viu que não havia como reverter a situação, e Rue estaria condenada a morrer. Como eles podem se divertir com isso? Apostar em ganhadores que na verdade nunca saem vitoriosos? Esse é o grande problema da Capital! Eles acham que esta tudo bem, que só mataram uma garota indefesa do Distrito 11. Uma de muitas na visão deles. Mas na minha não. Rue era única, e nunca eles iram suprir a perda da família dela. É por isso que estou liderando o levante. Para que a Capital abra seus olhos e veja que tudo não é tão simples assim. Como matar 23 jovens e sair impune.

Os sonhos foram ate calmos nesta noite. Sonhei com uma Campina verde e com o céu azulado com pequenas nuvens flutuando. Um tordo me guia dentre as lindas flores que brotavam do chão. Um pouco longe de mim vi um garoto que poderia chamar de James. Seus cabelos ruivos aparados e suas sardas grudadas as suas bochechas. Ele estava sentado numa espécie de toalha para piquenique. Estava um pouco solitário, mas com um sorriso entre os dentes.

Rue aparece do nada carregando uma flor branca entre as mãos e ligeiramente senta junto a James. Os dois começam a conversar e a passar a tarde juntos. Como dois amigos. Por alguns momentos a vejo cair na gargalhada, como se ele houvesse lhe cotado alguma piada ou algum fato engraçado.

Tento caminhar para junto a eles, mas não consigo. Uma espécie de muro me faz parar e observar de longe. Grito pelos seus nomes como quisesse chamar suas atenções. Mas eles não me escutam. James da um abraço em Rue e os dois viram pequenos tordos no ar. Como os pássaros na arena. Eles começam a cantarolar a cantiga do meu pai que me faz chorar impulsivamente.

Acordo com um sorriso de felicidade. Com os olhos cheios de lagrimas, mas lagrimas de alegria. James estaria certamente cuidando de Rue. Eles poderiam estar rindo de tudo isso neste momento. E eu estava feliz por isso. Não por eles terem morrido por besteira. Mas por um ter o outro ao lado.

A me ver chorando, Phil entra em estado de desespero. Ele estava me observando dormir numa cadeira um pouco distante de minha cama. – Está tudo bem? – Pergunta ele sussurrando. Aceno com concordância e peço-lhe que durma junto a mim. Digo a ele sobre o sonho e ele não fica enciumado pelo fato de eu ter sonhado com James.

– Ele esta cuidando dela agora, não é? – Phil sussurra em um de meus ouvidos.

– Espero que sim! – Digo. – Sabe... James tem o dom de fazer amizades muito rápido...

– Eu conhecia ele... Muitas vezes emprestou livros para mim! – Um sorriso brota em sua boca.

– Como você sabe que? Que ele gosta de livros? – Pergunto.

– Como você disse, ele faz amizades muito rápido! – Diz ele rindo. Imagino um dia em que Phil sente junto a James no refeitório. Para falar de qualquer tipo de coisa como dois amigos. Nunca vi tal cena, mas quem sabe eles poderiam mesmo ser amigos. Phil era muito conhecido dentre os corredores do colégio, e tinha seus comparsas mais amigáveis. Um deles era o famoso e palhaço Tobby. Sim o garoto que iria espalhar o levante entre os Distritos. Ele era um dos mais apegados a Phil.

A manhã chegou junto com a ansiedade. Hoje a segunda parte do plano iria ser concluída, custe o que custar. Nicolas havia ido para as fabricas como sempre para seu turno na inspeção. Dan levou Anna para escola, por motivos de segurança e o Sr. Matias não dava as caras desde que queimaram minha casa.

– Phil... Sei pai, aonde ele estar? – Pergunto.

– Ele falou que iria falar com a Paylor...

– Paylor? – Pergunto.

– Sim... Ela é uma das generais aqui do Distrito 8 e irá liderar uma parte do levante! – Diz ele.

– Mas esta tudo bem, não é? – Pergunto.

– Claro... Ele ira voltar quando o levante acabar! – Diz ele me confortando. Sr. Matias era um homem velho e acabado, mas toda minha garra eu devo a ele. Ele me ensinou a ser forte, me ensinou que mulheres não são sexo frágil. Isso eu admiro muito nele. Não queria que ele morresse por besteira.

– Vamos treinar? – Pergunta Phil.

– Logo hoje? Que teremos que organizar tudo! – Digo.

– Sim... Hoje é um dia qualquer! E você ainda irá para aquele Massacre Quaternário, não quero te ver morta!

– Tudo bem... – Digo sem resmungar.

A manhã foi como normalmente. Treinamos a pontaria com um velho arco e flecha do Sr. Matias e algumas lanças de madeira que estavam jogadas no galpão. Phil não tocou no assunto “James” novamente. Muito menos no assunto “ Jogos Vorazes”. Ele me tratou como sempre, como se eu nunca houvesse me voluntariado.

– Você esta pronta... – Diz ele guardando as lanças num local seguro.

– Para que? – Pergunto.

– Para sobreviver de novo! Mas eu estou sentindo que esse não seram jogos normais...

– Um Massacre não é qualquer edição dos Jogos né Phil! Eles iram armar alguma para cima dos Distritos! – Digo.

– Disto eu sei... Mas eu estou com o pressentimento, de que algo vai mudar! As regras... As pessoas... – Fala ele com um tom meio enigmático.

– Todos mudam... Apesar dos anos, dos acontecimentos, todos iram mudar! – Digo.

Voltamos antes das 12 horas por causa da vinda dos tributos vitoriosos. Dias atrás Snow mandou uma carta para minha família. Obrigando-a fingir que eu ainda estou morta. Acho que era para parecer mais chocante no dia da colheita. Meus irmãos aceitaram e eu terei que ir com uma espécie de chapéu, para que os outros Distritos não me reconheçam.

Algumas vezes vi pela tv a passagem deles pelos Distritos. Primeiramente a coisa que ocorreu no 12. Um tipo de levante, mal planejado que foi totalmente controlado. Tudo começou com as palavras calorosas da nossa vitoriosa, quando ela estava falando sobre Thresh e Rue. Depois do discurso, um velho senhor que estava em meio a multidão, levanta seus dedos medianos da mão esquerda e assobia a melodia de Rue. A multidão começa a se agitar, os pacificadores recolhem o velho que iniciou o levante e o matam ali mesmo. Toda a luta começa, mas depois de mais ou menos 2 horas a situação é controlada.

Tinha medo disto. Medo do controle que a Capital poderia impor para cima da gente. Mas a “Manifestação’’ no 11 foi algo totalmente inesperado, tanto para as pessoas tanto para os pacificadores. E nosso levante esta todo organizado, sabemos oque iremos fazer e enfrentar. Outra coisa que temos é quantidade de pessoas – Tudo bem que o 11 é um dos Distritos maiores de Panem, mas nosso Distrito tem a população maior! – Isso nos faz mais seguros.

Junto a Phil, eu caminhava silenciosamente ate o Dromo. Ele com suas mãos entre os bolsos da calça jeans negra e eu olhando fixamente para o chão. Ate que ele solta uma das frases que mais me impressionou em toda minha vida. – Eu queria ser como você sabia?

– Como assim como eu? – Pergunto.

– Destemida... Corajosa... Queria ter essa sua vontade de lutar! – Diz ele enquanto caminha.

– Phil, se você soubesse oque eu escuto dos outros por ser corajosa...

– Você pode aturar tudo! Qualquer tipo de xingamento, de gozação... Mas você não deixa os outros não mão, não deixa as pessoas falarem daqueles que te amam! E isso é oque eu mais admiro em você...

– Phil...

– Casa comigo? – Sua mão pousa sobre a minha.


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Notas finais do capítulo

Qual será a resposta da Lisa ao pedido de casamento?
Será que ela irá mesmo ver os vitoriosos?
E seu amor por Phil acabará?
No proximo capitulo!



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