Estava sentado em baixo de uma árvore. Havia acabado de sair de uma missão e estava exausto; Sasori fora vigiar se o local era seguro, enquanto Deidara ficava descanando, já que, o loiro foi quem mais trabalhou na missão.

O lugar era bem tranquilo, algumas folhas caiam em seu colo e seus olhos começaram a se fechar sozinho.

Piscou, uma e duas vezes. Bocejou e esticou os braços, não podia dormir, se seu danna o visse dormindo, iria levar uma bronca.

Viu uma movimentação estranha em alguns arbustos e se levantou, esticando as pernas e andando até o local. Andou entre as árvores e avistou alguém conhecido, Itachi. O que Itachi estaria fazendo ali? Deidara não fazia a mínima ideia, pensou em ir e falar com o moreno, mas nesse mesmo momento, o Uchiha se iluminou por uma energia branca, e após uma piscada de olhos, Deidara não viu mais o moreno e sim um coelho.

Um estranho coelho de colete.

“Eh?” franziu o cenho indo até o animal. O bichinho nem pareceu perceber sua presença, já que saiu correndo olhando um relógio de ouro. “Itachi!” gritou tentando chamar a atenção do coelho, mas ele não parou de correr.

Estava cansado, mas forçou suas pernas a correr tão rápido quanto o animal.

Quando viu que Itachi havia sumido entre um arbusto, reduziu a velocidade e parou em frente a uma árvore, afastou as folhas e viu um buraco.

Mas por que Itachi pularia em um buraco? Parecia muito fundo? Aliás, por que diabos, Itachi se transformaria em um coelho?

Ele estava sonhando? Beliscou-se, mas nada aconteceu. Certo, não estava sonhando.

Olhou ao redor, nada de seu danna aparecer. Se Sasori estivesse ali, saberia o que fazer. Ou simplesmente não acreditaria no loiro.

Olhou novamente para o buraco e hesitou um pouco. Não tinha mais argila explosiva em sua sacola de colo, e estava cansado demais.

Porém, a curiosidade é sempre maior, certo?

Olhou ao redor novamente, e respirou fundo, abrindo um pouco mais o buraco e colocando suas pernas ali, para ver se cabia.

Não, seu corpo ainda era muito largo para um buraquinho pequeno como aquele. Quando estava desistindo e tentando tirar suas pernas daquele buraco sujo cheio de barro, ouviu um barulho estranho, vindo do lugar.

Sentiu seu corpo tremer e logo o chão se quebrou, fazendo Deidara gritar desesperado e cair na escuridão.

Bem... Talvez não tao escuro assim.

Misteriosamente, havia lâmpadas naquele lugar. E o mais estranho de tudo, é que o loiro estava caindo em câmera lenta.

Uma grande e quebrada cama apareceu no meio do caminho, o loiro tentou desviar, mas falhou. Quando bateu nela, não sentiu nenhum impacto, era como se tivesse passado através dela. Mas quando as luzes se apagaram, ele começou a cair muito, mas muito rápido.

Voltou a gritar em desespero, sentindo seus cabelos voarem para trás enquanto uma pequena luz aparecia no fundo. Quando chegou até a luz, caiu em um chão frio e duro.

“Itai” resmungou levantando e massageando as nádegas agora doloridas. Olhou em volta, era uma sala vazia, havia três portas, e no meio, uma mesa de cristal.

Olhou para cima, mas não havia buraco algum, e Deidara se perguntou como ele foi parar ali. Foi até a porta do meio, tentado a abrir: trancada.

Tentou com as outras, porém, também estavam.

Percebeu uma luz fraca e viu uma pequena, não, minúscula porta em baixo da porta do meio. Mas espere, a porta era muito pequena para uma pessoa normal.

O loiro olhou em volta, esperando que Itachi aparecesse e dissesse que aquilo era apenas um genjutsu sem graça. Mas nada aconteceu.

Suspirou apoiando-se na mesa. A qual, ouviu um barulho. Havia uma garrafa pequena ali, de vidro. Também havia um bilhete, onde dizia “Beba-me”. Deidara olhou para os lados desconfiado, seria mais uma pegadinha do Hidan e do Kisame?

Lembrava-se da última que eles aprontaram. Havia envolvido o líder, e eles acabaram sendo punidos.

Deu de ombros, ele era um Nukenin Rank-S, não iria morrer ou qualquer coisa do tipo, com uma aguinha em uma garrafinha daquele tamanho. Mas e se fosse veneno? Já confundiu um dos venenos de seu mestre com um suco, quase morrer, mas por sorte, Sasori tinha o antidoto.

Pensou um pouco mais. Aquilo não podia ser real, era com toda a certeza, um genjutsu. Bebeu. Esperou algum efeito, mas nada aconteceu.

“Puf, merda” reclamou irritado. Mas logo tudo ao seu redor começou a ficar maior. “Eh?” logo depois veio à escuridão. O que aconteceu? Mexeu os braços, e percebeu que havia algo macio em cima de si, começou a se mexer mais até que voltou a ver a sala onde estava antes, porém, muito maior.

Olhou para onde estava pisando, e viu que era seu manto da Akatsuki.

Deidara diminuiu.

Logo uma ideia veio a sua mente, a porta minúscula! Ele correu até ela, tropeçando no pano, mas conseguiu chegar. Entretanto, a porta estava trancada.

“Kuso!” gritou frustrado. Sentou na perna da mesa, respirando fundo e tentando se liberar daquele genjutsu, mas nada aconteceu. Seu olho biônico também não entregava nada, enquanto, o que estava acontecendo?

Olhou para cima e viu uma pequena chave. Não acreditou! Tentou pular, tentando chegar até lá em cima, mas não conseguiu, óbvio estava quase do tamanho de uma formiga.

Olhou para o chão, e viu um bolo. “Coma-me” aquilo tudo estava muito estranho.

“Se isso for alguma brincadeira, eu vou explodir vocês, un!” gritou mordendo uma grande parte do bolo.

Tinha um gosto horrível.

Tudo ao seu redor começou a diminuir. E quando se deu conta, havia batido a cabeça no telhado. “Itai” choramingou.

Encarou o bolo. Ele fazia crescer e a bebida diminuir. Que coisa mais ridícula. Pegou a chave e bebeu novamente do líquido. Quando diminuiu, correu para a porta, colocando o pedaço de bolo no bolso.

A porta foi destrancada.

Uma luz forte queimou seus olhos.

E ele viu tudo o que um dia nunca sonhou ver.