Mr.Right escrita por AloeGreen


Capítulo 8
Depois Daquele Dia




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Turno: Autora

A pessoa que pairava sobre aquele momento, não saberia descrever a emoção que aquela humilde turma estava sentindo. Alguns choravam, outros nem sabiam o que dizer...como a nossa pequena Heartphilia. A loira ficara estática após a revelação. Suas pupílas estavam sobressaltadas, seu corpo tremia, os lábios entre-abertos...Scarlet, levara as mãos sobre a boca. Um caminho de lágrimas contornava suas bochechas, e seus olhos brilhavam com a luz que iluminava o lugar. Todos foram comprimentar a ex-colega, dando longos abraços e beijos. No entanto, a loira fora a única que não conseguira mover um dedo sequer. Tivera tanta certeza que a amiga havia morrido...Estava presente! Sofreu muito naquela noite, em que voltou para casa, tendo pesadelos com a morte da mesma. Esses pensamento nunca sairam da cabeça dela! E agora...tudo isso acontece.

– Lu-chan...?- Lisanna vira pelo ombro de Cana, que acabara de abraçar, a antiga amiga, emocionada.

– Lisanna...- Houve um grande momento de silêncio, até que fora cortado por um abraço profundo entre as duas. Lucy fechou os seus olhos delicadamente, aproveitando cada segundo do calor do corpo da amiga. As lágrimas pararam, e novamente os fôlegos foram retomados.

[...]

– Liz-chan, conte para a gente...o que realmente aconteceu depois daquele dia, onegai!- Lucy sentara com a amiga, e os outros colegas, no sofá de sua sala. Segurava os pulsos da prateada, limpando algumas últimas lágrimas que escapavam.

– Bem....é uma história bem comprida...- Botava as mãos sobre o peito, relembrando de seus momentos de dor.

Turno: Lisanna Strauss

Flashback On

LISANNA!!- Aquele grito fora tão pavoroso. Eu estava deixando de ser uma Strauss, finalmente eu iria voar para longe desse mundo.

[...]

Escuto um barulho, que me acorda. Abro os olhos lentamente, encontrando todos os meus colegas desmaiados diante de mim. Lucy segurava meu pulso. Seu corpo estava todo machucado, e tinha um pequeno arranhã na bochecha. Eu não havia morrido. Ainda permaneço na terra...vou poder acertar meus erros e me revelar para a pessoa que eu amo.

– Lucy, desculpe...- Acaricío seu braço, e logo tento me levantar, segurando o grande machucado que eu tinha no abdômem.

A rua estava silenciosa. Nenhuma ambulância estava por perto, muito menos carros. Essa é uma estrada desconhecida, devem estar a caminho de todos ainda. Olho para os lados, entrando em uma pequena floresta que daria para uma estrada. Eu iria sumir por um tempo...eu iria-

– Liz-nee-chan...- De súbito, viro-me, encontrando Mirajane no mesmo estado que eu.

– Nee-chan, você estava me seguindo?- Pergunto, envolvendo meus braços em suas costas.

– Irmã, o que você pensa que está f-fazendo?- Sua voz estava rouca e falha. A respiração estava pesada. Parecia em péssimo estado.

– Desculpe, Mirajane. Eu preciso ficar afastada de tudo e todos...- Expliquei.

– Mas porque? Você tem tudo...amigos, uma casa, família.- Seus olhos começavam a se humidecerem.

– Mira, desde que mamãe e papai morreram, não me sinto mais viva. Eu sinto que apenas...- Faço uma pausa, pensando em minhas palavras.- ...existo!

– Se for assim, eu irei com você!

– Não, por favor, não faça isso!

– Desculpe, nee. Eu sou sua irmã mais velha...e como sou maior, minha responsabilidade é cuidar de você!- Explica determinada á fazer isso. Penso em sua explicação, apenas confirmando com a cabeça. Sei que seria errado, pois eu estava levando-a para a morte. Não queria isso! Não mesmo...porém, ela nunca irá me deixar.

Flashback Off

– E então? O que aconteceu depois disso?- Natsu, se apoia no balcão da cozinha, se virando para nós.

– Eu dei um jeito de ajudar a Mira com os curativos, mas logo depois precisávamos de maiores ajuda. Nós estávamos indo para a casa do Elfman e da Ever, só que no meio do caminho...um viajante nos encontrou e quis nos ajudar. Ele tinha uma casa por alí. Com certeza, foi uma das pessoas mais bondosas que eu conheci. Não falamos nada para ele sobre o acidênte. Ele nos curou e cuidou de nós até um certo tempo. No entanto, a Mira estava realmente em péssimo estado...- Paro, olhando para minhas mãos que estavam suadas. Respiro fundo, e continuo.- Fizemos de tudo para que ela ficasse bem. Só que, a febre estava muito alta e ia aumentando a cada dia. Até que...ela se foi.- Permaneço com os lábios entre-abertos. Minhas lágrimas haviam secado. Na noite em que nee-chan morreu, passei a orar todos os dias.

– Sentímos muito, Lisanna.- Cana disse, sentada em um banquinho ao lado de Natsu.- Ela era nossa amiga também.

– Talvez eu tenha sido egoísta. Ela continuou comigo, até que não aguentou mais...- Digo, jogando as palavras ao vento.

– Não se sinta mau com isso, Liz-chan. Mira-san permanceu com você até o último suspiro. Ela apenas quis te proteger, nada mais.- Um grande bolo se formou em minha garganta, ao escutar as doces palavras de Lucy.

– Afinal, quem era esse tal viajante, Lisanna?- Erza se aproxima, querendo entrar no assunto.

– Era um homem misterioso. Sempre solitário. Se não me engano o nome dele era...era...- Não conseguia lembrar de seu nome. Algo á ver com "G"..."J"...- Ah, sim. Jellal era o nome dele!

– Jellal...- Percebi um sobressalto de Erza, porém logo, a mesma olhou para um canto, com um sorriso doce nos lábios.- Então você continua por aqui...- Falou algo baixo, que eu não entendi muito bem.

– Liz-chan, por que disse ser a Mira pelo telefone?- Perguntava, Lucy.

– Me desculpem se deixei vocês preocupados. Achei que vocês não iriam acreditar em mim se eu dissesse que era a Lisanna...então, usei o nome de minha irmã e pedi que Natsu fosse me buscar, na mesma avenida que ocorreu o acidênte.

– Ah, sim...- Natsu proferia mais para si mesmo. Porém, eu conseguira ouvir.

– Bem, que tal comemorarmos?- Cana sugeriu.

– Que isso, Cana! Olhe como ela está? A coitada está muito cansa- A corto.

– Magina, acho que uma festa alegraria a todos!- Me animo.

– De boa, então!- Gray deu de ombros, se levantando do sofá.

[...]

Pedimos algumas pizzas, tomamos muito refrigerante. Todos me trataram muito bem. Como sempre me trataram, antes do acidênte na avenida. Pareciam todos felizes. Era disso que eu inveja neles...sempre com um sorriso na boca. Talvez, eu nunca fique tão feliz como eles...perdi meus pais, e recentemente minha irmã que tanto lutou por mim. Porém, eu tinha meus amigos. Eram como uma família para mim...e sempre serão.

– Ei, ei...pessoal!- Natsu chama atenção de todos.- Vamos fazer um brinde...- Direcionou seus olhos á mim.- ...ás duas irmãs Strauss. Á Mirajane e a Lisanna, que está novamente aqui conosco!- Levou o copo aos ares. Logo, todos brindaram. Sinto que, mamãe e papai estão felizes por mim, e que Mirajane está sorrindo lá em cima.

– Obrigado, minna!- Agradeço, sentindo grandes gotas escorregando pelas minhas bochechas. Estava tudo voltando ao seu normal...


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