Trevas e Fogo escrita por Nathally Howard


Capítulo 14
Olha Quem Está Aqui //Nathally e Becca


Notas iniciais do capítulo

Heey, gente! Acho que vou escrever isso toda vez que postar um novo capítulo: Desculpe pela demora :(
Bom, além disso eu quero agradecer a diva da Malu pela recomendação PERFEITA! Esse capítulo é para você



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/439276/chapter/14

Nathally POV

Estávamos diante de uma vampira do mal que tinha assassinado meu primeiro e único sátiro quando Leo decidiu começar a gritar coisas totalmente idiotas. Ok, Leo podia ser meio idiota de vez em quando, mas daquela vez, ele tinha passado dos limites.

– O que vocês estão fazendo? Como assim querem machucar essa bela dama? Sofia, pare de ser ridícula e guarde essa espada! Deveríamos salvar garotas bonitas e não ameaçá-las com espadas!

– Valdez, o que você pensa que está fazendo? – Sofia encarou o garoto sem tirar a mira da espada de Kelli.

– É um truque. – Respondi encarando Kelli. – É névoa. Não seja estúpido, Leo. Pensei que você fosse um pouco mais inteligente que isso.

– O que vocês estão fazendo? É uma garota indefesa ali! Não veem? – Leo continuou a tagarelar sobre quando Kelli era uma tadinha e estava indefesa.

– Ah, mas que adorável o amigo de vocês! – Kelli exclamou mostrando as presas. – Por que não conversamos mais?

Olhei para Kelli. E depois para Leo. Aquilo tinha que parar. Tínhamos que enviar aquela vampira de meia perna de volta para o Tártaro.

Sofia devia pensar o mesmo, pude concluir pelo seu olhar que dizia algo como “Vamos matá-la logo”. E, ignorando totalmente Leo atacamos a empousa.

Fui para esquerda enquanto Sofia ia para direita, mas Kelli era rápida. Ela esquivou de um primeiro golpe meu e saltou quando a espada de Sofia quase acertou suas pernas, terminado o movimento com um chute típico de líder de torcida que errou Sofia por centímetros.

Ela recuou alguns metros e nos encarou. Abriu a boca para falar, mas antes de algum som sair, ela veio em minha direção, garras e pressas à mostra. Tentei desviar para o lado, mas mesmo assim senti as garras dela rasgando a pele de meu braço direito e o sangue quente escorrendo logo em seguida. Aproveitando a aproximação, golpeei-a mirando a cintura, errando por bem pouco. A lamina abriu um pequeno corte em sua barriga, mas não foi o suficiente para matá-la, apenas para a raiva fluir mais intensamente dela.

A parte boa foi que Kelli esqueceu momentaneamente de Sofia, se focando na garota que havia aberto um corte em sua barriga. A parte ruim foi que ela me atacou mais furiosa do que nunca, saltando sobre mim e nos derrubando no chão.

Kelli mostrou as presas na queda e eu desviei quando ela por pouco não cortou meu pescoço. Tentei acertá-la, mas suas mãos imobilizavam as minhas. Então eu chutei com toda a força uma de suas pernas e ela soltou um grito. Até que a vampira pareceu se lembrar de algo extremamente importante: Sofia.

O que foi bem ruim. Apenas alguns segundos antes da espada de Sofia atingir Kelli, ela rolou para o lado, como por instinto e a lamina da filha de Ares por pouco não acertou meu rosto, o que me fez soltar algumas maldições que foram abafadas pelo vento.

Me levantei e estávamos de volta a posição inicial. Sofia a minha direita e Kelli alguns metros a frente. Os olhos da empousa estavam injetados de sangue e ódio. E, por algum motivo desconhecido, eu sorri.

– Cansei de brincar, vamos acabar logo com isso. – Disse enquanto erguia a espada.

Sofia concordou com a cabeça e, juntas, atacamos.

Acho que esse foi um daqueles momentos perfeitos de batalha, onde tudo é feito com uma sincronia perfeita e o resultado é agradável.

Eu golpeei o pescoço e Kelli rapidamente desviou, o que a fez perder um pouco o equilíbrio, dando uma brecha para que Sofia acertasse a cintura. A garota com as pernas esquisitas urrou de dor quando o sangue escorreu. E, pode ter sido um tanto insensível de minha parte, mas assim que o grito escapou de sua boca, cravei a lamina onde supostamente deveria ficar o seu coração, transformando-a em nada mais que um monte de poeira.

– Nada mal. – Disse uma Sofia ofegante.

Concordei com a cabeça.

– Foi mal por ter matado sua namorada vampira do mal, Leo. – Falei em tom de brincadeira para o garoto que nos encarava incrédulo.

– Ela... Vocês... Ah, cara! – Leo piscou como se retornasse de um sonho. – Líderes de torcida indefesas não aparecem sozinhas no meio da estrada. Ok, anotado.

Sofia revirou os olhos.

– Vamos, rapair boy, temos que continuar andando até São Francisco.

Becca POV

Eu, Camilla e Guilherme estávamos prontos.

– É agora ou nunca. – Disse encarando a fronteira do Acampamento Meio-Sangue. – Vamos achar aquele idiota e matar todos que aparecerem no caminho. Certo, podemos ser expulsos do Acampamento. Podemos morrer. Podemos procurar para sempre e não achar Connor. Mas, sinceramente, não acho que nenhuma das opções irá acontecer. Ah, por favor! O que duas filhas de Apolo e um de Ares não podem fazer? Vamos salvar Connor. Por Travis, pelo chalé 11, pelo Acampamento e por todos aqueles inocentes que precisam desesperadamente ser roubados!

– Belo discurso, Becca. – Guilherme disse com a voz carregada de sarcasmo. – Foi por isso que eu acordei às 4 horas da madrugada?

– Não seu rato medroso com músculos e sem cérebro! Não ouviu o que eu acabei de falar? VAMOS SALVAR CONNOR!

– Vamos logo com isso. – Camilla parecia que ia desmaiar de sono.

– Deuses, a animação de vocês me dá vontade de morrer. – Resmunguei e segui a frente, cruzando a barreira e dando início a um caminho sem volta.

***

As coisas poderiam estar ruins em vários sentidos. Poderíamos realmente procurá-lo até a morte. Mas eu sei que não faríamos isso. Por quê? Simplesmente por que somos inteligentes. Inteligentes o bastante para perguntar para um filho de Atena e obter uma resposta satisfatória. Há um velho deus em São Francis, Nereu. Ele é tipo um Google dos semideuses. Capturar, pesquisar por “Onde diabos está Connor, seu velho repugnante?”, enter. Tá-dá, ele te dá a resposta! Quase como magia de Hécate.

Por isso andamos com um rumo por uma quantidade considerável de tempo. Com isso eu quero dizer, uns 30 minutos. Depois disso vimos um taxi parar na nossa frente. É, simples assim.

O senhor taxista estava pálido e com os olhos arregalados.

– Oh, meu Deus! Vocês tem que entrar! Ela... Ele... Aquela coisa vai nos matar! Eles... Eles saíram e... E... Oh, meu Deus!

– Calma, calma, senhor. – Guilherme se aproximou da janela aberta. – Pode nos contar com calma o que aconteceu? Ninguém aqui vai nos matar.

– Certo! Certo! É... Eu estava indo rodando por aí para ver se achava alguém que precisasse que ajuda e tivesse dinheiro...

– É um trabalho notável. – Camilla interrompeu.

– Fique quieta, Camilla e deixe ele terminar. – Disse sem tirar os olhos do homem.

– Bom, daí apareceram três jovens, mais ou menos da idade de vocês...

– Espere! – Vez de Guilherme interromper. – Pode nos descrever os jovens?

– Tinha duas garotas e um garoto. Uma tinha cabelos e olhos muito negros e a pele bem branca e olheiras muito profundas. Parecia uma morta-viva. A outra tinha cabelos e olhos castanhos e uma marca no pulso. O garoto não parava quieto e tinha orelhas pontudas. Todos eram muito magros, mas tinham dinheiro.

– Nathally, Sofia e Leo. – Falei reconhecendo-os.

– É... Acho que esses eram os nomes... Bom, íamos para São Francisco até que houve uma explosão e... Oh, meu Deus... Eles desceram e pediram para eu sair... E eu fiz, mas... Meu Deus, tenho que ajudá-los... E se... E se...

– Tudo bem, senhor. – Guilherme disse e nos olhou. – Pode nos levar lá? Está tudo bem.

O homem fez que sim com a cabeça e nós subimos no taxi.

***

Assim que chegamos ao local, agradecemos a carona e asseguramos que estava tudo bem. Não havia ninguém lá, mas os sinais de batalha eram evidentes. Tinha sangue fresco e poeira de monstro no chão.

– Eles enfrentaram alguém aqui. – Camilla pronunciou o óbvio.

– Sim. Mas onde eles estão? – Perguntei enquanto olhava para os lados.

– Talvez ali. – Guilherme apontou para o lado esquerdo da estrada. Alguns metros mais adiante havia um bosque de mais ou menos uns 2 quilômetros de largura. – Sofia ama florestas e lugares assim para se esconder.

– Faz sentido. – Concordei. – Podemos ir checar. Se eles estão indo para São Francisco, podemos ir junto.

Caminhamos bem pouco para chegar ao bosque. As árvores eram bem altas e logo de cara já identifiquei muitas plantas medicinais, comestíveis e venenosas.

– É um bom bosque. – Cammi afirmou e eu concordei com a cabeça.

– Bom, acho que agora temos que...

Guilherme mal conseguiu terminar a frase antes que um grito curto e, definitivamente, feminino soasse um pouco mais frente. Vinha de dentro do bosque.

Nos olhamos por uns segundos em completo silêncio e decidimos o que qualquer um louco decidiria: Corremos em direção ao grito.

Dois minutos se passaram. Depois cinco. E então dez até que outro som surgiu. Não era um grito, nem era alto. Definitivamente era um gemido de dor e estava próximo.

Andamos com cautela até a origem do som até darmos de cara com o que havia acontecido.

Bem a nossa frente estava Sofia apontando a espada em nossa direção com um olhar assustado e um pouco mais a direta estava uma Nathally desmaiada nos braços do Leo, o que seria muito constrangedor se o seu braço direito não estivesse com um curativo improvisado encharcado de sangue e com uma tonalidade doentia de azul. Olhando mais atentamente pude perceber que seus olhos estavam arregalados encarando o vazio e seus lábios tinham a mesma tonalidade de azul que estava em seu braço ensanguentado. Certo, isso não era bom.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Espero que tenham gostado
~ Beijoos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Trevas e Fogo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.