Trevas e Fogo escrita por Nathally Howard


Capítulo 13
Telepatia com Fantasmas //Nathally e Nico


Notas iniciais do capítulo

Heey, pessoas divásticas! Desculpe por ter demorado um tanto para postar o capítulo, sinceramente? Eu o escrevi, porém esqueci de postar. (~JUMENTA~). Outra coisa: Eu escrevi um POV beem curto do Nico a pedido da (linda, diva) Aline Valdez. Eu decidi não escrever do Travis porque conteriam um número considerável de spoiles que serão revelados mais para frente.
Espero que gostem!
Beijoos.



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Nathally POV

A estrada estava quieta demais.

Sofia e eu permanecíamos em silêncio enquanto Leo falava coisas aleatórias. Talvez para nos animar, talvez porque ele gostasse de falar sozinho. Ou talvez porque ele fosse realmente idiota. De qualquer maneira, estávamos andando já se fazia meia hora. Não que eu estivesse cansada, todavia, minha cabeça parecia estar a ponto de explodir. Nico... Nico... Por quê? Por que assim que eu encontro alguém legal que se importa comigo algo ruim acontece? Por que Nico? Por que comigo? Existem 7 bilhões de pessoas no mundo e dessas 7 bilhões, justo comigo que o mundo resolve brincar.

De repente a voz dele ecoou em minha mente. Nathy, eu sei que isso deve estar sendo difícil para você, nada é fácil para nós. A vida parece nos odiar. Nunca esteve tão certo, Nico... Pensei no que Hades havia dito... O que era mesmo? E acho que é bom vocês terem terminado em exatos quatro dias. Droga. Não podíamos perder tempo! O que estávamos pensando? Ótimo, temos uma missão e agora vamos caminhar alegremente para New York e depois pensar onde procurar ele.

Sofia parece ser uma garota legal e Leo não é tão ruim assim, mas nenhum deles parecia estar realmente disposto a arriscar a vida pelo Nico. Quero dizer, não sei se eles estavam morrendo por dentro por causa dele. Eu estava. Soltei um suspiro impaciente.

– O que foi? – Indagou Leo.

– Isso vai demorar muito. – Respondi com a voz fraca. – Não podemos perder tempo! Nico está em algum lugar com um robô maluco! – E a culpa é do seu pai, Leo.

– E o que você sugere que a gente faça? – Perguntou Sofia sem ser grossa.

Baixei os olhos e chutei uma pedrinha no caminho. Eu sugiro irmos mais rápido. Como? Esse é o ponto. Coloquei as mãos nos bolsos do casaco. Senti uma coisa redonda encostar-se à minha mãe esquerda. Tirei-a de lá.

Uma moeda. De ouro. Com uma a efígie de Zeus um lado e do outro o Empire State. Um dracma.

Meio inútil agora... Nico... Onde você está?

Monte destruído... Que Montes eu conheço?

Bem... Com atividade mitológica e nos Estados Unidos tem o Empire State, Monte Olimpo. O Monte Santa Helena. E o Monte Otris. Os três tinham sido meio destruídos nos últimos meses. Droga. Nunca vamos saber onde ele está desse jeito...

Rolei a moeda entre os dedos, esperando que uma ideia brilhante caísse do céu. Precisamos de alguém que possa nos dizer onde Nico está... Mas quem?

Existe uma pessoa que pode dizer onde ele está.

Uma voz surgiu em minha mente. Parei de andar, com os olhos arregalados.

– Nathally...? – Leo chamou.

– Quem é você? – Murmurei.

Você não me conhece, mas acho que já ouviu falar de mim. Meu nome é Bianca. Posso falar com você porque sou filha de Hades. E um fantasma. Mas de qualquer maneira, seus pensamentos chegaram até mim.

– Nathally, está tudo bem? – Escutei a voz de Sofia.

Eu amo tanto o Nico... Vou te ajudar a encontrá-lo. Porém, essa será a única vez em que poderei te ajudar. Existe uma pessoa que pode dizer onde ele está. Procure em São Francisco por Nereu.

– Bianca... – Minha voz falhou. Bianca... Eu sabia quem ela é. Bianca di Angelo, a irmã morta de Nico.

Adeus, maninha. E boa sorte. Traga nosso soldadinho para casa.

Lágrimas surgem em meus olhos. Tento secá-las discretamente.

– Obrigada – Consegui dizer.

– O que aconteceu, Nathally? Você está bem? – Sofia olhou preocupada para mim.

– Estou ótima – Respondi da maneira mais calma que consigo. – Conhecem São Francisco?

****

Uma longa hora de caminha depois, um taxi finalmente apareceu. Logo após chamados desesperados de todos nós e parou e o taxista nos olhos sem expressão.

– Tem dinheiro? – Perguntou.

Tirei da mochila uma nota de cem dólares (praticamente tudo o que eu tinha) e ele nos deixou entrar.

– São Francisco, por favor – Pediu Sofia.

– Tudo bem, tudo bem.

A viagem foi tranquila. Até certo ponto. Estávamos dentro do táxi quando senti uma coisa estranha. Não sei se os outros sentiram, mas aquilo era estranho. Quer dizer, acabei de ter uma agradável conversa com a minha meio-irmã morta sobre o meu meio-irmão que foi capturado por um robô mecânico com vida própria e agora estava num táxi em direção a São Francisco, conhecida também como capital dos monstros, e tinha sentido uma coisa estranha.

Ponto para mim, duvido alguém que consiga ganhar de mim em termos de dia mais estranho hoje.

– Tudo bem, Nathally? – Valdez me pergunta do banco da frente. Afinal, por que ele está no banco da frente? Teoricamente eu sou a mais velha já que nasci em 1932 e... Ah, deixa pra lá. – Você parece meio pálida...

– Estão sentindo isso? – Perguntei quase como um sussurro.

– Você está sentindo também... – Sofia respondeu no mesmo tom de voz.

– Sentido o quê? – Leo indaga num tom de voz mais elevado.

– Temos que parar... Não podemos deixar mortais se machucarem. – Sofia disse e eu concordei com a cabeça.

– Deuses... O que vocês estão... – Não deu tempo para ele terminar a pergunta.

A nossa frente ouve uma explosão seguida de uma gargalhada feminina.

– PARE O CARRO! – Sofia gritou.

– Muito obrigado, meu bom homem – Leo agradeceu entregando meus 100 dólares. – Agora, se gosta de viver eu sugiro que dê meia volta e não pare de dirigir até estar na cidade vizinha.

O taxista arregalou os olhos enquanto nós saímos do carro e fez exatamente o que Leo havia sugerido.

– Que diabos é você? – Perguntei encarando a poeira da explosão.

– Nathally! Sofia! Que saudades! E quem é o magricela com vocês? Ele me parece bem apetitoso... – E do meio daquela poeira toda surge uma vampira com uma perna de bronze.

Ah, não! Não, não, não... Deuses eu vou matá-la! Mais conhecida como Kelli, aquela empousai que deveria estar no Tártaro havia matado meu primeiro professor de Matemática enquanto me perseguia pelos longos corredores de uma escola qualquer. Certo, não parece ser uma tragédia tão grande a morte do meu professor de Matemática. Mas acontece que muito depois dele ter morrido eu descobri que ele era um sátiro, que deveria me levar ao Acampamento. Essa é a tragédia. Eu vou matar de novo essa vadia.

– Kelli... – Digo como uma ameaça.

– Bom te ver, também, Nathy! Ainda não respondeu minha pergunta... Ah, quer saber? Dane-se. Nenhum de vocês vão sair com vida daqui mesmo.

– Veremos. – Sofia já havia sacado sua espada, havia um brilho de ódio mortal em seus olhos. Ah, sim. Kelli estava ferrada.

Nico POV

Estava escuro. Essa é a única coisa que reparei de imediato. Estava escuro. Isso é bom. Muito bom. Acho que qualquer outra pessoa ficaria receosa ao se encontrar em um lugar escuro, eu não. Sou filho de Hades, o escuro é o melhor lugar que eu poderia estar. Mas, ainda havia muitas perguntas não respondidas e uma delas era: Onde exatamente estou?

Levantei-me vagarosamente e descobri que haviam cortes não tão profundos em meus braços e pernas. Não estava algemado. Estava numa sala, num quarto completamente vazio, como uma daquelas celas do Mundo Inferior. Mas, eu sabia que não estava no Mundo Inferior, simplesmente sabia.

Demorou um pouco, mas eu também percebi que havia uma única porta naquele lugar. Andei até ela e tentei abri-la. Não deu muito certo. Andei de um lado para o outro impaciente. A última coisa que me lembro era estar passando pelo lugar onde Bianca morrera e depois... Depois alguma coisa tinha me acertado e eu perdi a consciência. Levei a mão para onde deveria haver um machucado, mas não havia nada. Estranho.

De repente a porta se abriu com um estalo e apareceu algo bizarro demais.

Era um robô feito de bronze e ouro, ele não era muito grande e seus olhos eram vermelhos como rubi e brilhavam. Em suas mãos, com certeza muito estranhas, ele carregava um tigela de óleo.

– Ni-co. – Ele disse com um sorriso. Isto é, se é que robôs sorriem. Certo isso era estranho. – Coma.

Só para deixar claro: Eu não comi o óleo.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu também tenho que agradecer TODOS VOCÊS SEUS DIVOS, LINDOS, PERFEITOS por TODOS OS SEUS DIVOS, LINDOS E PERFEITOS comentários. Sério, vocês são demais!



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