Anjos e Demônios escrita por dobreva


Capítulo 6
Sentimentos Inesplicáveis




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– O que faz com ele? – disse Max com ódio no olhar.

– Calma Max, por que está assim?- não entendia o porquê de ele estar agindo assim.

– Mayara ligou. Ela disse o que houve, eu fiquei preocupado com você, como ela disse que você estava voltando pra casa, eu quis saber como você estava. – eu fiquei boquiaberta ao saber disso, Ele se preocupou comigo, e ainda venho até minha casa para saber como eu estava. Bom, qualquer amigo faria isso não faria? – Mas aí a encontro com esse aí...

– Ei, calma aí meu amigo. – disse Jon levantando a mão. – Esse aí não. Jon White pra ser claro.

– Não sou seu amigo. E você fala isso como se não me conhecesse. – Olhei para Jon que não estava nem aí para o que ele disse.

– Vocês se conhecem? – eu perguntei confusa. Eles me ignoraram.

– Achei que tivesse se mandando daqui. – disse Max.

– É. Eu me mandei, mas voltei. – Max fechou a mão em punho.

– Você não tinha achado o que procurava?

– Foi por isso que eu voltei. E oh! – ele fez uma cara teatral de surpresa. – Eu achei. – ele olhou para mim. Eu me encolhi.

– Vão me dizer o que está acontecendo? – disse irritada, mais uma vez, me ignoraram.

– Se ela acabar m... – Max fechou os olhos e respirou fundo. – machucada, a promessa que fiz a você vai se cumprir.

– Acha que tive a ver com isso? Mataram minha prima! – Max olhou confuso para ele, mas depois voltou ao estado de ódio.

– Já chega! – eu gritei. – Me respondam! O que está havendo?!

– Amanda, vai acordar os outros. – disse Max sussurrando. – fale mais baixo.

– Não me mande calar a boca educadamente! – disse num tom de raiva. – Vocês já se conhecem? O que houve, por que estão fazendo isso? Expliquem-me.

– Primeiro de tudo se acalme. – disse Jon, colocando suas mãos em meus braços. – Você vai ao enterro?

– Sim. – disse rouca.

– Eu te encontrarei lá. Boa noite. – ele me deu um beijo na testa e se virou para Max. – Vamos tentar manter a paz, como nos velhos tempos. Por ela. – ele deu um sorriso malicioso e foi embora.

Eu fiquei olhando ele entrar no carro e sumir da minha vista, soltei um suspiro e vi que Max ainda estava ali parado fitando o nada. Depois ele olhou para mim e se aproximou.

– Agora que ele foi embora... – ele me abraçou forte demais, que quase não consegui respirar.

– Max...não consigo... – ele me soltou e tinha um sorriso torto em seu rosto.

– Desculpe. E, sinto muito por ela. – senti uma dor vindo, tristeza, mas cessou. – Se eu puder fazer alguma coisa, é só me ligar, estarei aqui.

– Obrigada. Mas, agora me explique. O que houve aqui? – ele fechou os olhos com força, e respirou fundo outra vez.

– Podemos conversar sobre isso outro dia?

– Não. Aqui, agora.

– Está muito frio aqui fora. – de repente senti meu corpo gelado, estava tremendo e toda arrepiada. – Pelo menos podemos entrar?

– Tudo bem.

Chegamos à porta, destranque-a e tirei a jaqueta, que aliás nem era minha. Ele parou na frente da porta e me olhou sério.

– Posso entrar? – que pergunta era aquela, é claro que podia.

– Claro que pode, entre. Está com fome? – ele balançou a cabeça. Veio até mim, tirou minha jaqueta e colocou no cabide ao lado do sofá.

– A pergunta é: Você está com fome? – ele sorriu.

– Na verdade estou, mas sei me virar. – minha barriga roncou. – Mas a casa é minha então, tenho que ser educada com a visita. – e que visita.

Preparei um sanduíche pra mim, só para contrariar a fome, mas quando vi já tinha comido dois. Fiz mais um para parecer que não sou gulosa. Ele ficava me vendo comer,era estranho.

– Então. – eu disse. – Vai me contar ou não?

– Tudo bem. – disse ele por fim derrotado. – Há...alguns anos eu e eles éramos amigos, mas melhores amigos. Mas, houve um... Acontecimento que mudou isso se pode se dizer que somos inimigos agora. – dei uma mordida grande no sanduíche.

– Mas... O que você quis dizer com “achado o que procurava”?

– É que... foi por causa dessa – ele abriu aspas com os dedos –“coisa”, que nos odiamos agora entende, essa “coisa” é muito importante. E tem outra coisa também. Mas não é tão valiosa quando a outra. – ele me olhou, seus olhos brilhavam. – ele queria um livro. Muito importante, na época em que éramos amigos, sofremos uma ameaça, que se não achássemos o livro, poderíamos morrer.

Ele continuou:

– Tínhamos o livro em nossas mãos. Mas, o perdemos. E tinha uma garota...Por quem eu era apaixonado. – não sei por que me incomodou, mas apertei um copo de suco de laranja com força, não o suficiente para quebrar, porque, eu sou um fracasso em relação à força. – E ele também era, pela mesma garota. – Ah.

– Essa garota, ficou com o livro. Não a vimos mais desde então. Ele foi embora e disse que não ia voltar mais. Eu estava esperançoso com isso. – isso foi frio da parte dele.

– Não acha que seria melhor fazer as pazes? Quer dizer, vocês brigaram por cause de uma idiota, imbecil garota. Ela foi embora, não foi?

– Foi. – ele disse em voz baixa. – Mas voltou. Um pouco diferente devo dizer, mas voltou.

– E você ainda gosta dela? – disse fria e sarcástica. Ele riu de mim.

– Isso por acaso é... Ciúmes? – ele sorria e me olhava, tentando saber o que ia responder.

– Não. Claro que não, por que sentiria ciúmes de você? – disse rápido demais. Ele deu de ombros.

– Eu não sei. Mas, respondendo sua pergunta, sim. Eu ainda a amo. Muito. – isso pareceu doer em mim. Eu podia estar gostando dele, mas isso era impossível, não o conhecer direito e gostar dele... Ele se levantou da cadeira e se espreguiçou graciosamente. – eu tenho que ir.

– Já? É tão cedo. – ele ergueu uma sobrancelha e olhou o relógio em seu pulso. Depois ele me mostrou. Eram duas horas da manhã. O tempo passou voando.

– Se você acha isso cedo, que horas vai dormir?

– Eu pensei que fosse umas dez. – eu bocejei contra minha vontade.

– Estou vendo que precisa dormir, você teve outro dia cheio. – concordei com ele, mais um dia em que me meto em confusão. Eu o acompanhei até a porta. Ele me abraçou forte, e depois me olhou nos olhos profundamente como se estivesse tentando achar algo.

– Boa noite Amanda, durma bem. – ele disse numa voz aveludada.

– Obrigado, você também. – ele virou-se e quando estava fechando a porta, ele a segurou.

– Espere. Tem uma coisa que quero dizer. – ele respirou fundo, e quando pensei que ele fosse me dizer, e se aproximou de mim, e encostou seus lábios quentes nos meus. Ele colocou as mãos em minha cintura e eu aproveitei para colocar a minha envolta de seu pescoço. Quando ele se soltou, eu estava sem fôlego. Ele sorriu para mim, e eu o olhava incrédulo. – Cuidado com quem convida para entrar. – ele deu outro sorriso torto cheio de vida e foi embora. E eu fiquei paralisada, tentando analisar o que acabou de acontecer.


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