Minha Amada Vítima 2 escrita por Livia Dias


Capítulo 14
Cumprindo Deveres


Notas iniciais do capítulo

Olá, Sasuketes *--* Como vão hoje?

Enrolamos com esse capítulo, e ainda não é agora que nosso casal se reencontra :(

No entanto, de acordo com o nosso novo planejamento (que segue até o capítulo 17), no próximo teremos o retorno do romance, sem falta!

Agradecemos por todos os comentários e favoritos recebidos!

Arigato!!! Vocês nos fazem realmente felizes *-*

Boa Leitura!



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Àqueles que acompanhavam a programação matutina de sábado, tiveram surpresa pelo jornal ser interrompido no instante que a repórter noticiava o clima para o restante do dia.

Faixas negras preencheram a TV, e nuvens vermelhas surgiram em seguida. Logo, cenas de violência, explosões e gritos deixaram a interrupção do noticiário para além do esquecimento dos telespectadores.

Uma voz de fundo soou, grave e sombria perante as cenas de caos.

“Este é o futuro...”

Homens trajando vestes desenhadas com as mesmas nuvens vermelhas de antes, espancavam e atiravam livremente nas pessoas que transpunham seu caminho.

“Uma lição pelos pecados cometidos...”

Vozearias preencheram por completo os bares, cafés e restaurantes, onde diversas pessoas pararam para acompanhar tal mensagem.

“Viemos na intenção de colocá-los frente a frente com a abominável morte, e com um futuro propício ao renascimento e evolução...”

Crianças abraçavam seus pais, e sorriam, completamente felizes.

“Seu presidente irá salvá-los?”

A imagem de Kisashi Haruno preencheu a tela, e em seguida disparos perfuraram seu rosto, um claro sinal de desafio.

A risada maldosa soou como plano de fundo, enquanto os integrantes da Akatsuki, trajando suas habituais vestes, erguiam suas armas e gargalhavam perante a destruição que os cercavam.

“Ele não pode nem mesmo salvar sua preciosa dama...”

Mebuki Haruno surgiu, amordaçada e amarrada, em um sono tão calmo que se assemelhava à morte. Seus longos cabelos róseos estavam desalinhados, e seus lábios sem cor indicavam o sofrimento pelo qual passava durante dias.

“Há três semanas os ameacei com minha bomba nuclear, mas, uma negociação com seu presidente me fez mudar de ideia quanto a explodir com esta porcaria de país”.

Kisashi e Pain cumprimentavam-se formalmente com um aperto de mão, sentando-se a uma longa mesa de jantar, em um salão rico de peças antigas e castiçais com velas.

“E tudo estava resolvido, certo? Bom, nem tanto. Para vocês que vivem sob o pensamento de que as coisas estão bem, sinto lhes informar que meu ataque nuclear ocorrerá, tão logo quando chegam em suas casas e revêem suas famílias”.

Pain sorriu de modo enviesado.

“Aproveitem o sábado”.

A voz grave indicava triunfo e sua própria vitória, mesmo que esta não fosse declarada.

“Talvez, seja o último para todos nós”.

E com uma última visão das nuvens vermelhas, a repórter do noticiário voltou a falar, como se tentasse fazer com que todos esquecessem das palavras e imagens que transcorreram diante dos olhos de grande parte da população do país.

Entretanto, ninguém jamais esqueceria daquele aviso, daquela ameaça, principalmente do caos que começava a se instalar pelo Japão.

(...)

Sasuke despertou com uma exclamação de seu amigo hiperativo, indicando que algo definitivamente não estava certo.

– TEME! – berrou Naruto, estendendo diante de seus olhos um tablet. – Olha só isso!

– Para de berrar, seu inútil! – Sasuke empurrou a mão do loiro com o tablet para longe de seu rosto, piscando para tentar despertar. – Não precisa dar de bandeja nossa localização aos outros, Dobe!

Itachi riu sem humor, surgindo em seu campo de visão.

– Lhe avisei para não acordá-lo com seus gritos, Naruto. – E lançou um pacote na direção do irmão mais novo, que apanhou no ar. Abriu-o e identificou um lanche completo, sorrindo de canto em seguida; estava com fome. – Fomos dar uma volta para encontrar comida, já que esse daí não parava de reclamar. – Indicou o loiro, que embicou os lábios, provavelmente querendo falar o motivo de seu berro anterior.

O moreno devorava seu hambúrguer alheio aos resmungos de Naruto, que observava algo no tablet que o deixou inquieto. Não queria questioná-lo, no entanto, quando o Uzumaki suspirou pesadamente, até mesmo Itachi parecia curioso em saber o que era.

– O que é, Dobe? – indagou, fazendo o loiro dar um pulo, despertando-o de qualquer devaneio que tinha. – Fale de uma vez!

Lançou a embalagem do hambúrguer na pequena lata de lixo ao fundo da van, e sentou-se em seu lugar novamente.

Naruto mostrou o tablet a Sasuke, sem nada dizer. Ali, passava uma matéria especial sobre o retorno de Sakura Haruno à casa de seu “pai”.

O Uchiha tirou o tablet das mãos do amigo, e Itachi moveu-se para o seu lado.

– Quer dizer que a Sakura está na casa do presidente? – riu, arqueando a sobrancelha. – O bom filho a casa torna.

– A médica dela, a tal Shizune, diz que a Sakura se esqueceu de parte de seu passado – comentou Naruto, balançando a cabeça. – Não se lembra de nada de pelo menos uns três ou quatro meses antes.

Sasuke não prestava real atenção à matéria transmitida, mas sim aos sorrisos radiantes e expressões que adornavam a bela face de Sakura. Seus cabelos róseos pareciam mais longos, e a maquiagem bem feita indicava que Kisashi realmente acreditava que sua filha tinha se esquecido de tudo.

Engraçado como as pessoas mais inteligentes, se provam tolas no final. As emoções, ou até mesmo a ambição, levam-no a crer que pode reconquistar as mesmas coisas de antes; o mesmo carinho que há tempos perdera.

Sakura sabia jogar. E Kisashi havia caído completamente em seu jogo.

Com a Haruno novamente infiltrada na mansão do presidente, convencendo-o de que sua amnésia era duradoura o suficiente para ele poder enganá-la, eles precisariam organizar um plano perfeito para se comunicarem com a rosada.

– O que faremos agora? – perguntou Naruto, com os braços cruzados.

Sasuke refletiu por um instante.

– Vamos agir.

(...)

Aquele era o dia pelo qual aguardara, na intenção de cumprir o que lhe fora pedido, e ajudar sua amiga. Naquele instante, encaminhava-se rapidamente pela calçada, apertando sua bolsa ao lado do corpo, sentindo o peito comprimir-se de tensão.

De tempos em tempos, discretamente, olhava ao redor, tendo a sensação de que alguém a seguia. Apertou o passo, suspirando aliviada ao reconhecer o prédio, onde certa loira exigente morava.

Subiu as escadas, tentando não parecer afobada demais. Seus saltos baixos colidiam contra cada degrau, reproduzindo um som baixo e oco, que soava como o único ruído naquela escadaria de mármore.

Alcançou o terceiro andar, e recuperou o fôlego antes de tocar a campainha, em frente ao apartamento 412. Aguardou, observando o corredor claro, com um carpete vermelho, que se estendia por ambos os lados.

Logo que a porta foi aberta, reconheceu a figura que a encarava, e permitiu boquiabrir-se em surpresa, antes de murmurar:

– Hinata?

A morena trajava um jeans escuro, com uma camiseta preta e uma jaqueta de couro da mesma cor. Seus cabelos invejavelmente negros caíam até sua cintura, lisos, e seus olhos claros exibiam a típica aura amistosa.

– Tenten. – a afirmação da garota soou confusa de início, no entanto a Mitsashi teve um vislumbre de uma .40, e entendeu perfeitamente o alívio da Hyuuga. – Estou surpresa por vê-la aqui. Entre.

A garota adentrou o local, e a porta fechou-se atrás de si. De primeiro momento, o apartamento parecia uma réplica perfeita da biblioteca da Universidade Konoha; livros percorriam todos os cantos da sala de estar, em prateleiras no alto de cada parede.

– Uau. – deixou escapar.

– Tsunade-sama! Temos visita. – Hinata guardou sua arma atrás de seu jeans, puxando a barra de sua camiseta por cima.

A loira surgiu de um dos corredores que levavam aos cômodos mais particulares, sorrindo amavelmente ao ver a amiga de sua aluna favorita.

– Tenten! – exclamou, com acentuada alegria, envolvendo-a em um forte abraço. – Como senti sua falta. – comentou exibindo um sorriso amável.

A Mitsashi retribuiu o carinho, tentando ao máximo ser sincera. Ambas trocaram algumas palavras sobre a reconstrução da Universidade Konoha, e em como Tsunade sentia falta das aulas que dava. No entanto, uma conversa com assuntos tão sutis não poderia render muito tempo; Tenten tirou da bolsa o arquivo, e entregou-o a mestra de Sakura, explicando a situação sem muitas delongas.

– Esperei até o momento certo para lhe entregar – acrescentou, enquanto a loira apagava o sorriso de sua face, aparentemente colocando-se preocupada.

– Creio que tenha a ver com o que Hinata me contou – disse, voltando os olhos para a Hyuuga, que permanecia recostada a um canto, ao fundo da sala. – A Legião terá de intervir, não há outra opção. – murmurou, e Tenten se viu ainda mais confusa com toda aquela situação.

– Vamos deixá-la refletir, Tsunade-sama. – falou Hinata, tocando o ombro de Tenten. – Nenhuma decisão deve ser tomada precipitadamente.

A loira assentiu, o arquivo firme em suas mãos.

– Sei disso. Darei minha resposta amanhã pela manhã. – Encarou Tenten, sorrindo. - Diga a Sakura, quando puder, que já tenho tudo sob controle.

Ela assentiu, despedindo-se de Tsunade. Hinata fez o mesmo, e instantes depois, ambas desciam a escadaria de mármore, em meio a um silêncio incômodo.

– O que quer me dizer, Hinata? – a morena apertou a bolsa contra o corpo, logo que chegou a rua, com a Hyuuga.

Esta se aproximou para abraçá-la, e em um breve ciciar, fez seu pedido.

– Avise Sakura para que ela tente descobrir alguma ligação, entre Kisashi e os terroristas. – Hinata soltou-a, sorrindo. – Nos vemos por aí!

E afastou-se, dirigindo-se à esquina. Chamou um táxi, e em poucos instantes, desaparecera de vista.

Tenten se encaminhou na direção oposta, pensando no que a aguardava em seu apartamento; uma pilha de livros e cadernos a serem revisados.


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Notas finais do capítulo

Amanhã é Dia das Mães, portanto, o FPF (Fanáticos Por Fanfics) deseja de todo o coração, um excelente domingo para todas *-* E eu também, desejo uma excelente comemoração, em família! Lembrem-se do que significa a mãe em nossas vidas, e o que ela faz de melhor; nos amar, proteger, aconselhar, e distribuir suas maiores lições.

Não apenas um dia deve ser dedicado a elas, como o infinito que vivemos até o real fim.

Este é o nosso recado de hoje ;) Infelizmente, Bianca e Manu não puderam aparecer nessa postagem, mas tentaremos estar juntas na próxima!

Thanks *-* Beijokas.