Quando os Youkais Dominavam a Terra escrita por Kaoru Higurashi


Capítulo 9
Capítulo 9: Agitação


Notas iniciais do capítulo

Alguém chama Kagome enquanto esta 'passeia' pela cidade. Quem será?

Mais um capítulo de Quando os Youkais Dominavam a Terra



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Não era sua imaginação, a jovem realmente havia escutado alguém chamar por seu nome. A humana procurou com os olhos até que viu a outra correndo em sua direção, imediatamente a reconheceu:
- Kagome! – era evidente sua felicidade em reencontrar a amiga. Deram-se um abraço apertado e depois se fitaram, com lágrimas de alegria.

- Sango, pensei que tinha morrido! – balbuciava a jovem entre risos, não sabia se ria ou chorava.

- E eu pensei que você tinha morrido. Que bom que me enganei. – respondeu, exultante.

- Como fugiu de Goshinki? – perguntou curiosa, uma vez que achava que o youkai havia devorado a amiga.

Sango olhou para os lados, vendo que vários youkais olhavam com censura e reprovação a cena, todo o escarcéu que aquelas humanas haviam feito com seu reencontro chamara atenção demais. Puxou a amiga para um canto reservado ao lado de uma cabana que vendia uma espécie estranha de mochi, ali tinha pouco movimento. “Deve ser um mochi horrível!” – pensou Kagome por um instante.

- Vou lhe contar. – começou Sango, praticamente sussurrando como se estivesse para contar um grande segredo.

A garota corria a máxima velocidade que possuía, porém percebia que seu ritmo gradualmente diminuía conforme o cansaço tomava conta de seu corpo e fazia sua respiração se tornar ainda mais difícil, o coração batia descontroladamente bombeando sangue para as pernas exigindo mais oxigênio que não era conseguido em quantidade suficiente. Não tinha tempo para descansar, logo atrás Goshinki a perseguia sem demonstrar cansaço. Não. O que ele demonstrava era prazer, sentia um enorme êxtase em aterrorizar a vítima e perseguí-la, sentindo o cheiro de seu medo e ouvindo as rápidas batidas de seu coração até o último momento, até que esta percebesse que era tarde demais e que a hora de sua morte chegara.

- Isso, fuja mais e mais... E quando não puder mais fugir a devorarei até os ossos. – ele dizia de forma maníaca. A fase bestial se convertendo em um sorriso diabólico.

A fuga da humana foi interrompida repentinamente quando se deparou com um enorme precipício à sua frente. Se não houvesse parado a corrida imediatamente, certamente teria caído nele, parou a centímetros deste, fazendo com que algumas pedras soltas rolassem morro abaixo. Prova que o mesmo ocorreria a ela. Virou-se então para encarar o youkai que, ainda com aquele sorriso homicida, se aproximava passo a passo.

- Ora, finalmente parou de correr – dizia a voz gutural do youkai – Percebeu que não pode fugir de Goshinki!? A devorarei, então! – finalizou partido para cima dela.

O mononoke foi com velocidade em direção à humana. Esta, sem ter para onde fugir deu alguns passos pra trás, esquecendo-se do precipício às suas costas. Sentiu quando um de seus pés escorregou pela beirada do barranco e ela perdeu o chão, por questão de segundos seu corpo ficou em pleno ar livre; mas antes que a força da gravidade a puxasse para baixo, Goshinki fora mais rápido. Sango soltou uma exclamação de dor quando sentiu os dentes do youkai se enterrarem em seu ombro, a sustendo no ar.

- Não vai escapar de mim. – ele diz entre dentes, ainda tendo a humana presa a eles.

Ela porém não se dá por vencida, e por mais que isso doesse se debatia e se mexia intentando escapar das garras do youkai.

- Me solte! – a cada vez que ela se mexia, sentia os dentes do youkai rasgarem sua pele.

- Uh, tem certeza!? – disse cínico – Se eu a soltar vai cair desse precipício e morrer, é isso que você quer? – vendo a face espantada da humana seu semblante pareceu mais vívido – Não vai se livrar tão fácil, a devorarei devagar – apertou um pouco mais os dentes arrancando um grito da garota.

- Prefiro que me deixe cair! – ela brada, e usando suas últimas forças consegue se segurar na beira do precipício, onde alcança uma das pedras soltas e a usa como a arma, acertando o ‘focinho’ do youkai várias vezes. Este se distrai com o ‘contra-ataque’ da humana e afrouxa a mandíbula por um breve momento, mas fora o suficiente para que a humana se livrasse e caísse montanha abaixo. O youkai pragueja alguma coisa, depois olha para baixo, onde a humana havia caído. Nada. Apenas neblina que cobria o chão a diversos metros dali.

- Droga, conseguiu escapar! – exclamou – Mas ela não irá sobreviver a isso. Agora... a outra humana. – disse por fim, se virando e fazendo caminho inverso.

Um pouco abaixo, ocultada sob uma rocha mais saliente na parede da montanha, Sango se segurava a muito custo. A dor em seu ombro era terrível, o sangue saía quente pelo ferimento que pulsava. Usou o resto das forças que ainda tinha para escalar a pequena parte que ainda faltava para chegar lá em cima. A cada movimento que fazia, seu ombro dava pontadas de dor, mas ela agüentou até que estivesse em chão firme, para por fim deitar exausta nesse. Havia conseguido sobreviver a Goshinki, mas agora ele estava atrás de Kagome. Não podia mais ajudá-la agora, só torcia para que ela houvesse conseguido fugir para bem longe dali à tempo.

- Então... – Kagome balbuciava, ainda estupefata com o relato da amiga – O pedaço do seu kimono e o sangue na boca de Goshinki... Eu achei que estava morta.

- Então você se encontrou com ele depois daquilo? – perguntou preocupada – Como saiu viva?

- Eu fui salva... por Inuyashasama. – respondeu, incerta.

- Salva...? Então...ele é um youkai? – indaga incrédula.

- Sim. – responde apenas.

- Impossível! Por que um youkai salvaria uma escrava? – dizia inconformada.

- Deixemos isso de lado por hora. – pronunciou Kagome, incomodada – E você? O que fez depois daquilo?

- Eu vaguei por um bom tempo até que fui encontrada por uma família kitsune. Por sorte eles estavam precisando de escravos e me acolheram. – respondeu casualmente.

- Sango! Sango! – uma voz infantil chamou-a.

As duas se viraram para fitar um filhote de youkai kitsune correndo na direção da jovem de cabelos de cor chocolate. Ele possuía olhos verdes e joviais, cabelos ruivos e presos em uma fita, a calda felpuda na mesma tonalidade balançava alegre enquanto ele corria com as curtas pernas terminadas em pequenas patas até Sango. Ao chegar perto parou instantaneamente quando avistou Kagome:

- Quem é essa? – perguntou, franzindo o cenho.

- Ah, Shippousama. Esta é uma amiga muito querida minha, Kagome. – apresentou educadamente, fazendo uma breve reverência ao pequeno youkai.

Ele a olhou mais uma vez, a expressão desconfiada em seu rosto procurando por algum traço de segundas intenções na humana, sem sorte porém.

- Kagome. Este é um de meus mestres, Shippousama. – apresentou a amiga.

- Muito prazer. – disse, fazendo também uma breve reverência.

- Sango, não devia estar cuidando de mim? – disse virando-se à outra, ignorando totalmente Kagome – Acabei de sair da aula de escrita e você não estava lá. – falou autoritário, emburrando a cara.

- Gomen nasai Shippousama, não vai se repetir. – desculpou-se polidamente. O pequeno pulou em seu colo com agilidade.

- Vamos embora. – ordenou à humana, enquanto se ajeitava como podia em seus braços.

- Espero que nos vejamos de novo, Sango. – disse Kagome, rapidamente antes que a amiga fosse embora.

- Certamente nos veremos. – respondeu sorrindo. O pequeno youkai em seus braços deu um sorriso quase imperceptível. Apesar do seu jeito, se apegara à humana que cuidava dele e gostara de vê-la feliz. Sango se virou e finalmente partiu, sumindo em meio a multidão de youkais.

Kagome ainda ficou um tempo estática, fitando o lugar por onde a amiga sumira de vista em meio ao movimento das ruas. Depois que alguns youkais a fitaram com curiosidade e talvez um pouco de interesse, que a humana não queria tentar descobrir o motivo, se deu conta de que estava sozinha, não era seguro ficar sozinha por ali. Mas onde estava Inuyasha mesmo? Correu para o lugar em que ele havia entrado antes, pedindo-lhe que ficasse esperando. Chegou à porta do local, fitando seu interior e não encontrando nada além de youkais estranhos e mal-encarados que rapidamente se viraram para fitar a intrusa na porta. Antes que um deles resolvesse ver pessoalmente o que a humana fazia ali, ela se afastou do local, observando tudo ao redor à procura de Inuyasha. Onde haveria se metido?

Andou sem rumo pelas ruas, seu desespero aumentando ao concluir que estava perdida e que o único ‘youkai’ que poderia lhe proteger daquelas outras criatura estranhas parecia ter sumido no ar. Na pressa, trombou de frente com um oni grandalhão, quase caindo pra trás com o impacto, o ser lhe olhou de cima, expressão nada amigável. Ela não esperou que ele lhe dissesse ou fizesse nada, se pôs a correr em meio às ruas, sem olhar para ver se estava sendo seguida pelo monstro. Diversos youkais a fitavam repreensivos, outros pareciam interessados em devorá-la, pelo jeito como a olhavam. Seu desespero não podia ser maior. Começou então a chamar por seu ‘protetor’, como passou a imaginá-lo de agora em diante:

- Inuyashasama! Inuyashasama! – ela não se importou se seus gritos chamavam mais ainda a atenção, se isso ajudasse a encontrá-lo não haveria problema.

- Mas que humana barulhenta! – ela ouviu um youkai reclamar.

Não se importou, continuou a procurar e a chamar. Depois de alguns minutos de desespero e de situações de ‘risco de vida’, quando algum youkai parecia querer silenciá-la de vez, uma voz conhecida soou de algum lugar como musica aos seus ouvidos

- Kagome! – a voz chamava. Sim, era ele, correu mais na direção de onde ouvira e enfim avistou- o. Ele parecia procurá-la também e pareceu mais aliviado quando a viu, mas não mais que ela mesma:

- Inuyashasama! – ela correu feliz até ele. Lembrou de evitar maiores demonstrações de afeto que seriam mal-vistas pelos youkais que, de vez em quando fitavam a cena, curiosos ou bravos pelo barulho, mas sua felicidade não podia ser expressa em palavras naquele momento.

- Onde estava? – pergunta, repreensivo – Pensei ter dito para que me esperasse. Quando saí não estava mais lá. – ele parecia levemente nervoso – Eu não disse que era perigoso ficar por aí?

- Sim. Me perdoe, não foi por mal. – vez por outra ela olhava para os outros youkais com desconfiança, e Inuyasha pôde notar que ela ainda estava um pouco assustada por ter ficado perdida em meio àqueles estranhos.

- Vamos embora. – disse e começou a caminhar, sendo prontamente seguido pela humana – Não saia de perto de mim, ou pode se perder novamente. – avisou.

Kagome, discretamente segurou a comprida manga do kimono dele, para que assim não corresse esse risco, nenhum youkai notaria isso, e como Inuyasha pareceu não se importar ela não sentiu que havia feito algo errado. Ela não pôde notar porém, o quase imperceptível sorriso do ‘youkai’, que achava interessante essa situação, lembrava a primeira vez que a viu, assustada como um gatinho. Riu interiormente com a lembrança, para depois se indagar o que havia de errado com ele para estar pensando tais coisas.

A garota só conseguia pensar nos momentos angustiantes de outrora, quanto achou que não sobreviveria a esse ‘passeio’ e no quanto se sentia mais protegida agora. Inuyasha era diferente daqueles outros youkais, com ele estaria segura, ao menos era assim que se sentia. Esforçou-se em dar outro rumo às suas divagações e dúvidas a respeito do assunto e assim retomar o caminho de volta ao castelo...

oOoOoOoOoOoOoOo

- Inuyashasama. Não se esqueceu de seu compromisso hoje, não é? – perguntou Kaede, incerta. Encontravam-se no quarto dele, a anciã em pé, fitando o jovem mestre. Este, sentado displicentemente sobre o futon, fitava qualquer coisa com um olhar entediado.

- Como poderia me esquecer? Já me lembrou isso uma centena de vezes só hoje. – retrucou, mal-humorado.

- Soube que Kagome vai acompanhá-lo. – disse repentinamente, mudando o assunto da conversa.

- Sim. – respondeu apenas, fazendo pouco caso.

- E ontem ela também o acompanhou à cidade. – disse, apenas para confirmar o que já sabia – Que eu me lembre, nunca antes havia levado nenhuma escrava junto, quando ia à cidade. – disse, parecendo pensativa.

- Por acaso está insinuando algo, velha!? – perguntou grosseiramente, mais alterado.

- Não, Inuyashasama. Não quis insinuar nada. – mas não ela lhe pareceu muito convincente – Irei ajudar Kagome a se aprontar, e creio que o senhor deveria fazer o mesmo, ou vai se atrasar. – falou como se falasse com um filho.

- Anda, vai logo. – disse, fazendo um gesto de ‘xô’ com a mão.

A anciã se retirou do aposento com uma reverência e fechou a porta atrás de si. Ele ficara ali, ainda um tempo na mesma posição relaxada, como se esperasse criar coragem para se levantar. Aquele seria o dia da reunião tão importante ao qual teria que comparecer no lugar de seu pai. Já havia acompanhado-o antes e sabia como era: durante horas aqueles youkais chatos e esnobes – como se referia a eles - discutiam e decidiam coisas. O pior porém, era agüentar os olhares deles, sempre lhe acusando por não ser um youkai ‘puro’ como eles. Não o expressavam em palavras, mas chegava a ser tátil seu desprezo. Seria uma droga ter que agüentar isso novamente, mas pelo menos agora teria Kagome por perto para que não se sentisse tão só em meio àqueles demônios. Kagome... novamente esse nome lhe vinha à cabeça, a única que ele conseguia pensar em estar perto era aquela humana atrevida e delicada ao mesmo tempo. Desvencilhou-se desses pensamentos, ainda procurando a motivação necessária para se levantar daquele futon e se aprontar para ir à bendita reunião.

[...]

- Como estou ficando? – perguntou Kagome, sem pretensão.

- Linda. – Tsubaki respondeu sorrindo, enquanto terminava de ajeitar o nó do obi do kimono que a jovem vestia – Não haverá outra escrava igual.

- Ora, que exagero. – disse sem graça.

- Pronto. – falou assim que terminou – Essa cor fica muito bem em você. – disse, analisando o kimono azul celeste com motivos de graciosas garças próximo à barra do mesmo. Kagome apenas sorriu, agradecida pelo elogio.

- Kagomechan! – chamou a voz de Kaede, da porta. – Ora, vejo que já está pronta – sorriu amavelmente para ela – Inuyashasama está no quarto dele, acho melhor apressá-lo, ele não parecia muito incentivado a ir.

- Ah, está bem, vou para lá. – respondeu a garota, em seguida passando pelas duas servas e tomando a direção dos corredores.

Tsubaki lançou um olhar cúmplice à anciã, que sorriu, parecendo ler os pensamentos da outra:

- Eles estão se dando bem.- disse Kaede ocasionalmente.

- Eu nunca vi Inuyashasama passar tanto tempo com alguém antes. – confidenciou a jovem.

- Acredito que ainda há muitas coisas sobre Inuyashasama que não sabemos – respondeu misteriosamente. Em seguida, se retirou do aposento, deixando para trás uma curiosa Tsubaki.

[...]

- Inuyashasama! – a humana chamou da porta, mas a abriu antes de ouvir uma resposta, afinal, com a percepção que ele tinha, já deveria saber que ela estava ali.

Mas ela não tinha sido avisada da visão que teria ao entrar ali. Encontrou o ‘youkai’ vestido apenas com uma hakama de tom azul petróleo, estando assim com o tronco desnudo. Embora de costas para ela, ela podia ver os braços fortes, os ombros largos quase totalmente cobertos pelos longos cabelos pratas. Ele não parecia surpreso com a presença da humana, continuava agindo com naturalidade. A única reação que tivera no momento em que ela movia a porta e adentrara o cômodo fora o de mover as alvas orelhas caninas em sua direção, como se por reflexo.

- O que foi? – perguntou normalmente, virando-se para ela, vendo que a humana não expressava reação.

Agora ela podia ver cada músculo bem definido, cada curva esculpindo o corpo forte e trabalhado. Apesar de nunca antes ter visto homem algum em tão poucos trajes – pois na época não se via mais do que os compridos kimonos deixavam aparecer – sentia que não poderia ter uma visão mais perfeita que aquela. Sem motivo aparente sentiu seu coração se acelerar naquele momento, o que era isso que estava sentindo? Não conseguia controlar os batimentos. Poderia ser apenas o nervosismo por achar que o ‘youkai’ poderia ralhar com ela por entrar assim tão de repente. Não se permitiu pensar em outra hipótese que não essa. Desviou rapidamente o olhar, sentindo a face esquentar.

- Go-gomen nasai, eu devia ter pedido permissão antes de entrar. – disse, hesitante.

- Não importa. – ele disse, com naturalidade, sem expressar nenhum tipo de nervosismo ou do costumeiro mal-humor – Kaede deve ter-lhe dito para vir aqui, não é?

- H-hai. – se surpreendeu com a dedução dele.

- Ela realmente acha que não vou a essa reunião. – falou aborrecido – Hey, está tudo bem com você? – perguntou, arqueando a sobrancelha e dando um passo na direção dela, que sentiu momentaneamente os joelhos falharem, mas se manteu firme no lugar.

- E-estou. – a resposta não convenceu-o – Então, estarei esperando do lado de fora até que termine de se aprontar, para que possamos ir. – fez uma breve reverência e saiu do quarto, antes que ele pudesse dar qualquer resposta.

Inuyasha ficou parado no mesmo lugar, confuso fitava a porta por onde a humana tão afoitamente saíra, sem conseguir entender o porquê dela agir de maneira tão estranha:

- “O que deu nela?!” – se perguntou em pensamento.

Kagome apoiou uma mão na parede do longo corredor e respirou como se sentisse que antes o ar lhe faltasse. Pôs a mão sobre o coração numa tentativa de acalmá-lo. Ainda sentia o rosto quente, imaginava que deveria estar rubra nesse instante. Chutou-se mentalmente, tentando afastar quaisquer deduções sobre o que sentira a segundos atrás. Após se recompor e averiguar se ninguém vira sua ‘crise’, começou a caminhar pelo corredor até o hall de entrada onde postou próxima a porta, aguardando por Inuyasha.

Não muitos minutos depois, ele finalmente aparecera. Ainda com a hakama azul petróleo que ela vira antes, mas agora vestia um galante haori negro por cima, com o desenho de um cão branco nas costas, que era brasão da nobre família inuyoukai, por baixo deste uma gi igualmente escura formava um conjunto harmonioso. Ele se aproxima da humana e faz sinal para que o siga.

Ele não havia reparado antes, mas vendo agora, ela lhe parecia muito bonita naquele kimono azul celeste, os longos cabelos negros soltos, caindo sobre os ombros. Ela possuía gestos delicados e sua pele era alva, parecia uma delicada peça de porcelana que poderia quebrar ao menor descuido.

Ambos caminhavam lado a lado, rumo a algum lugar na cidade. O sol já se escondia, começando a revelar as primeiras estrelas, estas serviriam, junto com a lua, de guia para as duas figuras a caminharem debaixo do céu já semi-escuro...


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Notas finais do capítulo

mochi: espécie bolinho de arroz



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