Rua sem saída escrita por Cecília Tomas


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oieeee, demorei? Sei que sim, estava difícil de escrever, acho q só vou poder escrever nos sábados à noite, e isso significa que só poderei postar nesses dias também, vou tentar ser regrada, ok?
Boa leitura!!



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♦ Capítulo 5 ♦

Na volta para o apartamento da Amanda, ela e o Hugo foram conversando na frente, deixando-me de lado novamente. Não ligo, mas isso estressa quando dura uma noite inteira, além de ser deixada de lado por uma conversa tão sem graça sobre Lacrosse.

De repente, Amanda me põe no meio da conversa, não ela não me chama para conversar com eles, pois viu que estou de mau humor, mas começa a criar um assunto sobre mim, o que me faz ficar interessada.

– Sério, o celular da Sasha é super moderno, pena que você não vai poder ver, porque ele simplesmente pifou depois de mostrar aquela mesma mensagem...

– É, você me falou... - Hugo parecia desinteressado, toda hora ele olhava para trás para checar se eu realmente estava os seguindo até a casa de Amanda, coisa que eu preferia que ela fizesse, não sei, mas acho que ele está mais preocupado comigo que ela e isso me incomoda.

– Chegamos... - diz Hugo segurando no ombro de Amanda e sorrindo para ela. Passaram-se alguns segundos e Amanda continuava o encarando com os olhos brilhantes.

Entramos no elevador, não sei porque Hugo estava subindo conosco, pois ele não mora aqui e não sei se ele iria dormir, afinal, não prestei atenção na conversa sem graça dos dois.

Do elevador nada se podia ver além de quatro paredes apertadas que nos forçavam a nos encostar. Amanda e Hugo cessaram as risadas e quando o silêncio reinou no local, finalmente chegamos ao décimo quinto andar. O apartamento de Amanda estava silencioso, ela virou-se para nós depois de abrir a porta com o dedo indicador sobre a boca e fez um chiado bem baixinho, depois sorriu.

Hugo e eu nos esbarramos disputando a entrada. Olhei para ele com os olhos arregalados, eu deveria ter ficado na defensiva, deveria ter o encarado com ódio, mas arregalei meus olhos e sei que eles brilharam quando seu rosto pouco iluminado sorriu para mim.

– Pode entrar - diz ele ainda sorridente. Eu quero parar de ficar desconjuntada perto dele, quero ser forte e ignorá-lo, como se ele fosse a última pessoa com quem eu quisesse conversar.

Pena que isso seria a pior mentira do mundo.

Ele entrou e fechou a porta atrás de si. Amanda voltou do corredor e ascendeu a luz da sala. Ela então depositou algumas embalagens de plástico sobre a mesa com um conteúdo que eu não sabia o que podia ser. Eram sacos coloridos e com certeza era algo que para mim, do interior, seria inovador.

Eu segui até o sofá e me sentei enquanto Amanda ligava a televisão.

– Vai acordar seus pais assim! - avisei falando bem baixinho.

– E eu tenho que ir logo embora, senão vou levar esporro dos meus - diz Hugo, que eu nem tinha percebido de que estava na cozinha comendo algo de um dos pacotes coloridos.

– O que é isso? - a pergunta saiu da minha boca sem querer. Eu não posso conversa com ele.

Eu não quero. Eu não devo, eu não devo, eu não devo, eu não devo.

– São balas de gelatina. - Está bem, mas afinal, o que seria isso? - Quer uma? - oferece ele seguindo em minha direção e logo depois sentando no sofá a minha esquerda.

– Sasha finalmente se enturmando! - exclama Amanda após sentar ao meu lado no sofá. Estava encurralada, não queria estar aqui, no meio dos dois, atrapalhando o casal.

Coisa que eu não queria fazer, enturmar-me com um garoto pelo qual me apaixonei sem nem conhecer de verdade.

Estou ficando louca, é isso, essa viagem no tempo me custou a minha sanidade.

♦♦♦

– Isso não pode estar acontecendo! - ouvi uma voz feminina me despertar do meu sono pesado. Olhei em volta com os olhos semi cerrados de sono. Minha cabeça estava zonza e a noite anterior me atingiu como um clarão.

Dormimos nós três no sofá. Não sei como fui parar na barriga de Amanda e Hugo na minha, mas sei que definitivamente, algo há com essas balas de gelatina.

Devem ter um tipo forte de sonífero ou algo assim.

Empurrei a cabeça de Hugo que ficou meio desnorteado e precisou piscar os olhos várias vezes até focar na televisão sendo desligada pela empregada e logo depois em mim, até perceber que caiu no sono em cima de mim.

– Meus pais... - Foi a única coisa que ele conseguiu dizer antes de levantar em um pulo e pegar o celular do bolso.

Levantei também e comecei a puxar Amanda pelo braço, até ela despertar.

– Seus pais viram essa decadência antes de irem trabalhar, depois vão ficar colocando a culpa em mim, eles já te disseram mil vezes que você não pode trazer garotos para cá, ainda mais deixá-los dormirem aqui, mesmo que eles sejam só seus amigos, além disso você tem escola hoje, são sete da manhã, já era para você estar se arrumando, olha só o que você fez, não era para ter saído ontem de noite, não era, está em plena semana de aula...

– Está bem, Maria, eu resolvo isso com meus pais depois, agora você pode parar de se preocupar comigo, pelo amor do Santo Cristo? - interrompe Amanda, sentada no sofá com o cabelo desarrumado enquanto tenta forçar os olhos a se abrirem.

– Nat, eu tenho que arranjar um jeito de fazer você entrar na escola e ficar morando aqui comigo sem meus pais chiarem– diz ela decidida após bocejar umas três vezes.

– Escola...? - resmungo.

Enquanto isso Hugo estava próximo a cozinha falando com os pais.

– Sim, escola... Maria, não vou para a escola hoje e não comece a discutir comigo de novo, fique calma que eu resolverei isso com meus pais e essa bagunça que você está tentando arrumar, deixa que eu arrumo, não se preocupe! - acalma Amanda, fazendo-me sorrir sem perceber. Ela é uma pessoa super alto astral e ao mesmo tempo, querida e amável.

– Nanda, vou embora correndo, te encontro na escola! - despede-se Hugo logo depois passando pela porta e a batendo com força atrás de si.

– Acho que ele não te ouviu quando você disse que não iria a escola... - digo enquanto a vejo se levantar.

– Não importa, eu sei que ele vai para a escola só para ficar grudado com a Eliana, aposto que nem me procuraria.

Foi então que eu percebi que além da Amanda, havia outra pessoa que me impossibilitava de ter algo com ele.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Capítulo light.
Até o próximo!!!



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