Lilian e James - o 7°ano escrita por Swiper


Capítulo 26
Capítulo 26 - Despedida


Notas iniciais do capítulo

Oi gente que acompanha minha fic, desculpa por demorar taaaaanto tempo para postar. Dessa vez eu bati meu recorde hein. Sério, desculpa, esse ano me meti fundo nos estudos e meu tempo para fazer a fic diminuiu.
Enfim, esse será o último capítulo e espero que seja especial para vocês.
Aproveitem.



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Lily

Depois de semanas e semanas depois do nosso “casamento”, o fim do ano letivo finalmente havia chegado. Nossos N.I.E.Ms chegaram uma semana antes do fim definitivo e foram exaustivos, tivemos que usar todas as habilidades que possuíamos para completar os testes práticos, que na maioria foram simulações de combates ou situações perigosas. Os testes escritos nos tiraram cada detalhe que nos lembrávamos das matérias, extraindo até conteúdos dos nossos primeiros anos.

Depois de terminarmos todos os exames possíveis, no penúltimo dia em Hogwarts, professora McGonagall havia avisado a todos os alunos do sétimo ano para se juntarem no Salão Principal da escola algumas horas antes do jantar.

Em tal horário, o Salão Principal estava com um aspecto normal, apenas as mesas e as cadeiras foram retiradas, até a dos professores. Os alunos foram chegando e foram para os locais de onde suas respectivas mesas ficavam. Enquanto isso, todos os professores e o diretor esperavam pacientemente em pé em poses duras e dignas. Somente quando todos os alunos haviam chegado, foi que o diretor se pronunciou.

– Boa noite a todos os formandos do sexto ano. É com prazer que eu inicio sua conclusão do ensino de magia e bruxaria. A partir de agora vocês podem se chamar de bruxos formados. Um grande passo para vocês e um orgulho para nossa escola. Nós, o corpo docente, marcamos essa pequena e breve reunião para agradecermos a vocês, pois a maior realização e maior satisfação para um professor é ver vocês caminhando seus próprios passos e saber que fomos, ao menos, um pouco responsáveis por vocês. Todas as turmas durante os séculos que Hogwarts leciona que se formaram são importantes e marcantes para nós. Afinal, quem não conhece o maior grupo de encrenqueiros da escola, o autointitulado grupo dos marotos?

Um ar de bagunça logo encheu a atmosfera quando os tais marotos e seus amigos comemoraram a citação e deram tapinhas nas costas um dos outros.

– Ou – continuou o professor – Os respectivos grupos de outras casas que adoram causar confusões, principalmente contra os Marotos.

Dessa vez foram os alunos da sonserina que fizeram a algazarra.

– Ou talvez a Mary Malcon que acabou de se tornar aprendiza de Alberto Spoviski, um mestre nas poções e em herbologia, um grande feito, devo dizer, considerando que ele não tem um aprendiz já faz quatorze anos.

Uma grande salva de palmas e assobios foram feitos por parte dos alunos da Lufa-Lufa e enquanto comemoravam, me lembrei de já ter ouvido o nome desse tal bruxo.

Foi então que me lembrei de onde tinha ouvido. Severo falara muito dele no quinto ano, sobre o quanto queria ter a oportunidade de receber aulas de Spoviski.

Virei discretamente o olhar para os alunos da sonserina. Quando encontrei Severo no meio de um grupinho, não percebi alegria em seu olhar. Ele, na verdade, parecia furioso. Pelo jeito, Severo não havia conseguido o que queria e em seu olhar, dominava a raiva, cobiça e inveja. Ele estava fuzilando a garota com os olhos. Então percebi, com um pequeno acesso de culpa e nojo de mim, que fora melhor assim, ele não ter conseguido o que queria.

– E Malcom Muller? Que acabou de entrar para o time dos Tornados?

E por último, foi a vez da Corvinal rugir de alegria e orgulho.

– E que tal falarmos dos alunos que irão para o Ministério? – continuou o professor, sorrindo amigavelmente, como se nada de ruim não tivesse ocorrido durante o ano – Ou aqueles que serão aprendizes de aurores, de medibruxos? Ah, com certeza cada um de nossos alunos nos orgulharam, não importa em qual área seguirão. Vocês vieram com o gosto de aprender bruxaria e sairão daqui com a consciência de que conseguiram. E agora, nós os agradecemos por deixarem termos feito parte dessa aprendizagem. Aos alunos do sétimo ano de 1978, muito obrigado!

O diretor ergueu os braços com um sorriso e junto a todo o corpo docente, ele se curvou. Foi algo leve, uma pequena curvatura e baixar de cabeça, mas foi algo tão grande para os alunos que cheguei a duvidar se tinha alguém naquele salão que não tivesse sentido, no mínimo, um sentimento de orgulho, de dever cumprido. Para mim, aquilo me tocou tanto que me fez derramar algumas lágrimas. Era algo indescritível, mas que mexeu no fundo do meu ser, como se eu soubesse que poderia mudar o mundo.

– E agora – o diretor voltou a falar a toda alegria – Uma pequena celebração, um banquete antes do banquete. Aproveitem!

O diretor fez um pequeno gesto com a variação com o braço esticado para cima e um alto barulho foi ouvido. Vários fogos explodiram no alto do céu do salão, assobios e sons de aplausos saíam do nada, e uma longa mesa repleta de comidas variadas apareceu magicamente entre os alunos e os professores.

Isso foi o suficiente para me fazer chorar de verdade. Um choro de alegria. Eu sorria enquanto tentava limpar as lágrimas que teimavam em cair.

Os professores se despediram e saíram do local enquanto uma música divertida ia surgindo timidamente no ar. Foi então que uma verdadeira festa começou. Alunos se abraçavam, pulavam em conjunto, dançavam, beijavam, gritavam e festejam uma última vez em Hogwarts. A festa de despedida.

James olhou para mim com aquele sorriso radiante e me beijou. Uma corrente de eletricidade correu entre nós de maneira agradável quando várias pessoas começaram a nos empurrar e pular em cima de nós.

Tais pessoas eram conhecidas como idiotas que eu agradavelmente aguentava. Marlene correu para mim e me deu um abraço de urso, que foi fortemente correspondido. Logo foi a vez de Aluado, Dorcas, Alice, Franco, Almofadinhas, Rabicho, Nick e todo o resto da turma da Grifinória.

Logo todos os alunos estavam se abraçando, sem se conhecerem direito, sem ter distinção de casas, sem preconceitos nem nada. Até mesmos os sonserinos, claro, aqueles que não eram arrogantes e envolvidos com magia negra, apertaram as mãos e abraçaram os alunos de diferentes casas. Compartilhando sua alegria e orgulho por estar terminando os estudos em Hogwarts, seu lar por tanto tempo.

Aquele talvez tenha sido o primeiro e último momento de união entre todas as casas. Sem rivalidade, sem raiva e sem ódio. Todos os xingamentos, provocações e desgostos foram esquecidos por aquelas horas que se passaram.

Depois daquele momento de confraternização, os alunos atacaram a comida. Todos se serviram de salgadinhos, doces, sucos e até uma garrafa, provavelmente contrabandeada, de cerveja amanteigada.

Depois de muita conversa e celebração, senti James me puxando levemente.

– Vamos escapar rapidinho daqui – disse ele com um piscar de um olho.

Eu concordei e saímos escondidos do salão para um corredor vazio. Paramos e ele ficou em minha frente segurando minhas mãos.

– Sabe Lily – ele começou - Agora que eu vou ser treinado para ser um auror e você para ser medibruxa, nós podemos não nos ver tanto e...

– E?

– Eu não queria que a gente se separasse.

– Do que você está falando James?

– Minha mãe me contou uma vez que ela namorava um cara no colégio e quando ambos saíram de Hogwarts eles se afastaram e quase não se falam mais. Eu não queria que isso acontecesse conosco.

Vendo a insegurança que banhava o rosto de James, sorri para ele.

– Ah, mas é diferente entre nós não é?

– Como assim?

– Estamos casados, se lembra? – disse levantando a mão e balançando os dedos para mostrar a aliança.

Ele olhou intensamente para mim e depois deu aquele sorriso que me faz derreter.

– Então já espere que eu vá arrumar um jeito de ter perturbar toda noite.

– Estou contando com isso.

Pus minhas mãos em volta de seu pescoço e o puxei para um beijo. Ele colocou suas mãos em minha cintura e me puxou para mais perto dele. Aquela sensação boa de sentir-se confortável e segura me dominou, me fazendo perguntar do porquê de ter esperado tanto para namorar aquele idiota.

Passamos um bom tempo nos beijando até chegarmos a um acordo que a essa altura nossos amigos já tinham sentido nossa falta e provavelmente iriam tirar sarro de nós.

Mas é claro que nenhum de nós ligou para isso.

Desse modo, a noite passou voando. Nossa festa foi interrompida por Filch que ia arrumar nossa bagunça antes do banquete final do ano letivo. Todos foram embora reclamando e alguns sonserinos maldosos sujaram ainda mais o chão para o pobre do Filch.

E assim os alunos terminaram a noite. Comemoraram por algumas horas, depois saíram do Salão Principal, ficaram conversando, voltaram para o salão, comemoraram o fim do ano, junto com aquele discurso motivador do diretor e todos foram para cama, cansados demais para continuar com a bagunça de horas atrás.

Finalmente, no dia seguinte, eu e minhas colegas de quarto acordamos cedo, mas não nos levantamos logo. Nós finalmente estávamos tomando conta de que nunca mais voltaríamos a dormir naquele dormitório, que nunca mais iríamos dormir naquela cama e nunca mais sentiríamos a brisa fresca que saía da janela. Todas nós queríamos ficar na cama para poder se lembrar ao máximo como era se sentir dormindo em Hogwarts. Assim, demoramo-nos o máximo para arrumar as malas e se preparar para voltar para casa, fazendo tudo com uma leve tristeza.

Quando ficamos prontas, não conseguimos deixar de dar uma última olhada no quarto perfeitamente arrumado.

– Eu vou sentir falta daqui – disse Dorcas representando tudo o que sentíamos.

Todas nós assentimos, fechamos a porta e descemos as escadas. No final das escadas estavam os Marotos, Franco e Nick. Quando nos encontramos, ninguém disse nada, James apenas passou o braço entre meus ombros, Franco e Nick fizeram o mesmo com suas respectivas namoradas, e fomos em silêncio para o Salão Comunal.

Os outros alunos faziam muito barulho e conversavam pelos cotovelos, mas a maioria dos alunos do sétimo ano estava em silêncio. Afinal, não se tinha muita necessidade de conversar, todos sabiam como estavam se sentindo. Todos queriam gravar aquele momento em suas memórias, o café da manhã do último dia em Hogwarts, no esplendoroso Salão Principal. Todos queriam se lembrar de como era sentir-se em Hogwarts.

Quando todos terminaram de comer, os alunos se encaminharam para as carruagens que levavam para onde o trem estava, no entanto, Hagrid apareceu berrando.

– Alunos no sétimo ano. Alunos do sétimo ano, por aqui, por favor.

– O que foi, Hagrid? – perguntou Sirius confuso.

– Espere um minuto, Almofadinhas. Alunos do sétimo ano, venham para cá, por favor.

Depois de alguns minutos, todos os alunos estavam em volta de Hagrid, que estava um pouco afastado das carruagens.

– Muito bem, hoje é um dia especial para vocês não é? Finalmente deixando Hogwarts para viverem seus próprios caminhos. Então sua volta para casa será especial. Assim como no dia e quem vieram pela primeira vez à Hogwarts, vocês saíram pela última vez de Hogwarts do jeito mais elegante, atravessando o lago pelos barcos.

Surpresa atravessou cada rosto ali presente.

– Então, sem mais delongas, vamos andando.

Hagrid seguiu na frente e, hesitantemente, os alunos o seguiram.

– Uau, quem poderia imaginar – comentou Aluado.

– Pois é, estou realmente surpresa – disse Marlene.

– Eu só me pergunto se vai caber todo mundo – disse James – Sabe, não temos mais os mesmos corpos de onze anos.

– É claro que vai caber, James, acha mesmo que o diretor ia nos fazer atravessar o lago em barcos pequenos para nos fazer cair no lago?

– Eu caí no lago no primeiro dia – relembrou Marlene.

– Porque você era incapaz de ficar quieta. Desde pequena você tinha um parafuso a menos na cabeça – retruquei.

Todos riram da careta de Marlene.

– Desculpe por estar empolgada, vou fazer questão de ficar em um barco bem distante de você.

Eu ri e levei meus braços ao seu pescoço, tentando abraçá-la. Ela tentou se fazer de emburrada, mas eu sou teimosa e sei que ela nunca negaria meu abraço.

– Muito bem, alunos, podem entrar nos barcos.

Como havia previsto, os barcos, dessa vez, estavam maiores e pareciam caber quatro pessoas casa. Todos nos acomodamos e no barco que entrei ficou eu, James, Sirius e Aluado. Rabicho ficou junto de Nick, Marlene e Dorcas. Franco e Alice ficaram com outro grupo.

Então os barcos começaram a navegar, nos levando para longe do que um dia foi nossa segunda casa.

A mistura de nostalgia, de alegria e tristeza juntas me atingiram de um modo que me fez derramar lágrimas. Eu sabia que iria sentir muitas saudades daquele lugar. Eu sabia que quando fosse velhinha, ia me pegar pensando na minha juventude, me lembrando de como corria pelos gramados atrás de Marlene quando ela me deixava envergonhada ou fazia alguma brincadeira comigo, me lembraria do início do meu namoro, me lembraria com saudade dos primeiros anos em Hogwarts na companhia de Severo, quando ele ainda parecia ser uma boa pessoa, me lembraria de como foi bom ter vivido tudo isso. Eu tinha certeza de que passaria por isso, pois era exatamente o que estava sentindo naquele momento.

– Você também está sentindo isso? – perguntou James suavemente.

Eu balancei a cabeça sorrindo.

– É uma loucura, saber que nunca mais voltaremos a estudar aqui, mas, pelo menos, temos boas lembranças daqui.

– Eu sei. Agora em diante, vai ser tudo por nossa conta.

James me abraçou ao meu lado e beijou minha testa.

– Nós vamos fazer grandes coisas para esse mundo, Lily, seremos grandes bruxos. Você vai ver. O mundo todo conhecerá Lílian e James Potter.

Eu ri um pouco e me aproveitei de que todos os alunos estavam ocupados tendo a última visão do grande castelo de Hogwarts para me aproximar levemente de James.

– Eu te amo.

Ele virou seu rosto para mim e novamente me ofereceu aquela imagem de seu sorriso que me deixava em transe.

– Eu te amo.

Assim, sorrindo e chorando ao mesmo tempo, me peguei observando, como todos os outros alunos, a imagem de Hogwarts, o coração já começando a sentir a saudade que estava por vir, mas eu sabia que isso também fazia parte da vida. As lembranças ficariam para sempre gravadas em minha memória e continuaria o meu caminho.

E foi desse modo que eu soube que o que James tinha dito era verdade, o futuro nos aguardava com grandes planos.

Entretanto, eu sabia que aquela despedida era apenas um "até logo".

Afinal Hogwarts nunca me abandonaria e nem eu a ela.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pessoal por me acompanharem por tanto tempo, aguentando minha demora para postar os capítulos e em compensação espero ter feito um bom trabalho. Então...
Até logo!



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