Lilian e James - o 7°ano escrita por Swiper


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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James.

Eu tinha que confessar. Brigar com ranhoso e seus amigos projetos de comensal da morte não havia sido uma boa idéia. Apesar dos feitiços e a poção de cura de Madame Pomfrey, por vezes meu corpo dava uma pontada de dor. Acho que ele de algum modo conseguiu me lançar algum feitiço forte. Ao menos, Almofadinhas havia inventado uma desculpa decente, não sabia se conseguiria mentir para Lily.

Eu estava caminhando pelo corredor ao lado de uma ruiva linda chamada Lily quando uma daquelas pontadas apareceu.

– Ai – disse levando minha mão às costelas.

– O que foi?

– Nada não.

Ela pareceu confusa, mas não perguntou mais nada. Em vez disso, começamos uma conversa sobre qualquer outra coisa. Mais tarde estávamos eu, os marotos, Lily, Marlene e Dorcas no Salão Comunal. Franco e Alice provavelmente foram namorar. Aquele pensamento me deu um pouquinho de inveja. Queria Lily como minha namorada, mas ela simplesmente não gostava de mim.

Enquanto refletia sobre minha deprimente relação amorosa com Lily, a mesma e Aluado estavam jogando xadrez bruxo. Aluado ainda estava com uma aparência doentia por causa da lua cheia, mas já estava melhor.

– Droga, Lily – disse Remo – Você é bem melhor que aqueles dois.

Ele provavelmente se referia a mim e Sirius, pois Pedro não costumava jogar xadrez.

James começou a prestar atenção no jogo. A peças de Lily ganhavam espaço, mas logo eram detidas pelas de Aluado. Em uma certa jogada, Aluado disse:

– Cheque mate.

Lily fez uma careta de desgosto, mas logo abriu um sorriso.

– Bela jogada.

Na manhã seguinte, no Salão Principal, eu tive uma surpresa enquanto comia.

– Hagrid voltou!

Almofadinhas, Aluado e Rabicho se aproximaram. Uma coruja havia depositado um envelope perto do meu prato.

– Anda. Leia a carta – disse Almofadinhas.

– Hum-hum – disse e abri o envelope – Prezados Marotos, eu voltei há alguns dias da minha viagem, mas como vocês estavam em aula, resolvi não me pronunciar. Entretanto, já que é domingo, o que acham de tomarem chá comigo por volta das três horas? Peço que envie logo sua resposta. Atenciosamente, Hagrid.

Como não tinha uma pena para responder a carta, fiz uma coisa meio nojenta. Mergulhei o cabo de uma colher num molho e comecei a escrever: Claro.

– Que nojo, James – disse Lily que estava sentada do meu lado.

– Não tenho pena.

– Podia ter pedido a alguém.

– Não se preocupe, Hagrid vai entender o improviso - amarrei de volta a carta na coruja que viera entregá-la e a despachei.

– Vocês e Hagrid se dão tão bem. Eu nunca falei muito com ele.

– Por que não vem com a gente?

– O quê?

– Vamos. você conhece melhor ele.

– É, vamos Lily – disse Sirius.

– Mas ele chamou a vocês, não a mim.

– E daí? Não se preocupe, Lily. Hagrid é um cordeiro em pele de lobo.

– Uma manteiga derretida.

Lily pensou um pouco.

– Tudo bem, eu vou.

– Vão sair? – perguntou Marlene que chegara e sentara perto de Almofadinhas.

Com certo alívio, percebi que Almofadinhas não se incomodou muito. Parecia que tinha superado o fim do namoro, o que era muito bom, levando em conta que ele ficara muito mal com o rompimento com Marlene.

– Vamos visitar Hagrid – disse Aluado.

– O guarda-caça?

– O próprio.

– Eu o acho um pouco intimidante.

– Que nada, diz isso porque não o conhece.

– Por que não vem conosco também?

– Não, obrigada. Vou ficar com Nick.

Eu olhei para Almofadinhas novamente e vi que continuara calmo e indiferente. Viva!

Mais tarde, na hora marcada do chá, fomos para a casa de Hagrid. Lily, ainda estava receosa. Provavelmente achava que estava indo de intrusa, mas ela não conhecia Hagrid.

Finalmente chegamos e bati na porta.

– Oh meninos – disse Hagrid – Entrem. E trouxeram uma amiga?

– Essa é Lily – disse sorrindo e trazendo Lily para mais perto. Ela estava um pouco vermelha.

– O –oi - disse ela.

Hagrid lançou a mim um olhar interrogativo. Ele sabia que eu gostava de Lily e talvez estivesse pensando que tinha conseguido se tornar seu namorado. Balancei a cabeça discretamente.

– Bem, vamos entrando.

Nós entramos e nos acomodamos no sofá e nas cadeiras.

– Então Hagrid, para onde foi durante esse tempo? – perguntei depois de ele me oferecer o chá.

– Fui visitar uns últimos parentes que me restaram.

– Eles são tão grandes quanto você? – pergunto Almofadinhas.

Hagrid deu uma gargalhada.

– São até maiores – disse ele.

– Uau, então devem ser gigantes mesmo – disse Pedro.

– Rabicho – censurou Lily.

Hagrid deu outra gargalhada.

– Não se preocupe Lily, isso não é insulto para mim. Então, me permite perguntar uma coisa?

– Claro.

– Como foi que você virou amiga desses dois? – perguntou ele apontando para mim e Almofadinhas – Sempre ouvi os professores falarem bem de você. Como foi que se misturou com esses desordeiros?

– Ahn – disse Lily divertida – Foi há pouco tempo. Acho que algum tipo de maturidade entrou na cabeça deles.

– Hey – dissemos eu e Almofadinhas em uníssono.

Lily e Hagrid riram.

– Tudo bem, mas me contem como foram as aulas?

– Bem, foram bem emocionantes – disse sorrindo.

– É, Lily e James pararam de brigar – disse Aluado.

– Uma bomba de veneno de mimbulus mimbletonia foi lançada no andar da nossa sala comunal – disse Almofadinhas.

– Vários sonserinos e grifinórios se atracaram – disse Rabicho.

– Um garoto virou um texugo.

– Lily finalmente aceitou sair comigo – disse sorrindo.

– É mesmo? – disse Hagrid sorrindo também.

– Foi bem legal aquele dia – disse Lily, que ficou vermelha depois de dizer aquilo.

– É – concordei sorrindo.

Continuamos conversando até percebemos que já era tarde e nos despedimos de Hagrid.

– Até outro dia Hagrid.

– Até. Foi um prazer conhecer você Lily.

– Digo o mesmo – disse Lily retribuindo o sorriso.

Estávamos andando quando Lily de repente nos para.

– Olhem.

Virei-me para onde ela estava apontando e vi o sol se pondo. Talvez devesse ter sido o mais lindo que já vira, principalmente com Lily do meu lado. Ela olhou para mim e sorriu. Um sorriso lindo. Eu sorri de volta e ela segurou meu braço e apoiou sua cabeça em meu ombro. Admito que aquilo me fez ficar estupidamente alegre. Ficamos assim por um bom tempo até que um certo cachorro me trazer de volta à realidade.

– Ei pombinhos, é melhor irmos logo, já vai escurecer.

Eu não liguei para o que ele havia falado, mas o que me surpreendeu foi Lily não se importar também. Isso me fez ter uma pequena, remota e minúscula esperança que talvez ela gostasse de mim também.

Separamos-nos e voltamos ao castelo. Ao chegarmos ao Salão Comunal, Marlene, Dorcas e Alice já arrastam Lily para longe de mim. Mas tudo bem, contanto que não seja um garoto...

Enquanto as meninas estavam mais afastadas, eu e os marotos estávamos sentados no sofá enquanto falávamos sobre quadribol. Ficamos tão absortos no assunto que não percebemos que já estava tarde. Alguns alunos já haviam ido dormir.

– Com licença – disse Catherine, uma sextanista de longos cabelos negros – Posso falar com James a sós?

– Ahn, claro, Cath – disse Almofadinhas.

Aluado, Almofadinhas e Rabicho saíram lançado olhares suspeitos para nós, o que sinceramente não via motivo. Catherine Roberts era do time da Grifinória, provavelmente veio discutir algumas táticas comigo.

– O que foi, Cath? – perguntei.

– É que eu queria dizer que... Er, podemos conversar em um lugar mais isolado?

Concordando, a levei para um canto mais afastado e esperei ela falar alguma coisa. Ela parecia nervosa, ficava todo tempo olhando para os lados e estava começando a ruborizar.

– Sabe James – começou ela – Eu queria dizer que... Bem, eu estava pensando que já que você não tem... Eu queria dizer...

– O que? – perguntei exasperado.

Pouco depois, ela fez algo que nunca esperaria. Ela fechou os olhos com força e me beijou. Senti meu cérebro dar uma volta enorme. “Hããããããããããããããã?”

Fiquei completamente atônito e tudo o que percebi foi Lily ao longe desviando o olhar e subir correndo as escadas para o dormitório.

Pus minhas mãos no ombro de Catherine, me separei do beijo e gritei por Lily, mas ela me ignorou. Suspirei pesadamente e olhei um pouco envergonhado para a garota.

– Ahn, Cath me desculpa, mas é que...

– Você gosta da Lily – completou ela tristemente – Me desculpe se ela viu algo, foi por isso que quis um lugar mais isolado.

– Tudo bem, mas é que eu não esperava por isso.

– Então esqueça. Eu tinha algumas esperanças que você não gostasse realmente dela, mas já que não... Bem, nos vemos no treino.

Ela foi embora e eu fiquei em pé tentando assimilar tudo. Cath gostava de mim? E ainda me beijara? O pior era que Lily vira. Droga, agora ela devia pensar que eu era um galinha safado. Se fosse outra pessoa no lugar de Catherine, talvez eu tivesse ficado com raiva de ter estragado meu progresso com Lily daquele jeito, mas ela era minha companheira havia quatro anos. Eu a conhecia perfeitamente, ou pelo menos boa parte e sabia que ela não tinha intenções ruins. Se havia feito aquilo, era porque realmente gostava de mim e isso dificultou ainda mais ter raiva dela.

Argh. Por que minha vida não podia ser mais simples?

Vencido pelas emoções, subi para o dormitório pensando em um jeito de arrumar tudo com Lily amanhã.


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Notas finais do capítulo

E aí??



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