Stay escrita por Lola


Capítulo 3
I Was Wrong


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeee, mais um capítulo. Espero que gostem :3 ue



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POV (Carol)

Acabei de receber a melhor noticia de todas... Claro que não demonstrei felicidade, afinal, Ed sendo do jeito que é não hesitaria em me dar uma surra. Mas por dentro eu estou vibrando, soltando fogos coloridos por toda a cidade e dançando como uma garotinha de dezesseis anos.

— Ficarei um mês por lá... - Ele fala dando mais uma garfada na comida.

Só de imaginar um mês inteiro sem Ed, isso é fascinante. Só o pensamento me faz sorrir. Ainda posso ouvir um "É bom que se comporte" Saindo da boca imunda de meu marido.

— Quer que eu faça suas malas? - Pergunto com a voz doce.

— Elas não se farão sozinhas. - Ele diz.

Gordo, bêbado e preguiçoso, por que não pode você mesmo fazer suas malas? Como se Ed fosse levantar a bunda gorda do sofá para fazer alguma coisa. Pff. Bastardo.

— Já vou indo. É bom que minhas coisas estejam prontas até a noite. - Ele diz colocando o casaco. - Não me arrume um motivo pra te dar uma boa correção antes de partir em viagem.

Fechei os olhos e balancei a cabeça, senti uma raiva tão forte tomar conta de mim, como ele pode ser tão cretino a ponto de dizer uma coisa dessas na frente de Sophia? "Ele já quis fazer coisas piores com ela..."

Ed saiu de casa sem se despedir, como ele sempre fazia. Fiquei na janela olhando o carro dele sumir ao virar a esquina, olhei para Sophia e ela ainda mantinha aquele mesmo Sorriso desde sexta de manhã.

— Mal posso acreditar que ele vai ficar fora esse tempo todo. - Digo suspirando aliviada.

Ter Ed longe era meu sonho de consumo. Aquele homem foi a pior coisa que já me aconteceu, e olhe que já me aconteceu muita coisa ruim... Acho que a única coisa boa que veio dele foi Sophia, minha garotinha.

— Posso ir brincar com a Lessie²? - Pergunta colocando o prato na pia.

— Claro, só tenha cuidado e nem pense em sair de perto de casa. - Falo e ela sorri.

— Te amo mamãe. - Ela grita do jardim.

O Telefone toca e eu corro para atender.

POV (Daryl)

— Droga Merle. - Grito irritado ao entrar no meu quarto e pega-lo com uma vadia da cidade.

— Fecha essa merda. - Ele fala.

Bato a porta do quarto e xingo mentalmente meu irmão. É sempre assim. Ele bebe, se droga e acaba no meu quarto com a primeira vadia imunda que aparece.

— Bastardo idiota. - Digo e saio de casa na caminhonete velha.

Merle que se vire hoje. Cansei de dar tudo na mão dele. Quem já se viu? Um marmanjo querendo as coisas na mão? Diabos.

Chego ao bar da cidade e desço do carro, não é um dos meus lugares favoritos, mas para me ver longe de Merle...

— Dixon. - O cara do balcão me cumprimenta. - O que vai ser?

— Uma cerveja. - Digo sem olha-lo.

— Olha... Se não é o bastardo mais novo. - Fecho os olhos e respiro fundo ao ouvir aquela voz.

— Olha se não é a vadia atirada. - Digo me virando pra ela. - O que quer Andrea?

— Só sentando pra tomar uma cerveja. - Ela diz puxando um banco.

— Tinha que ser perto de mim? Tantos lugares vazios... - Suspiro irritado. Essa vadia não se toca?

— O que tem de errado comigo Daryl? - Pergunta me olhando séria.

— Vadias é o lance do Merle... Tenta dá pra ele, não vai precisar de muito esforço. - Pego minha cerveja do balcão.

Sai do bar e fiquei encostado na minha caminhonete. Tava começando a escurecer, e a rua começava a lotar de pessoas. Quando eu era criança costumava vir pra cá quando estava perto de anoitecer... Claro que isso só acontecia quando Merle estava no reformatório e meu pai estava preso.

— Hey... Caçador. - Olhei para o lado e vi a garotinha da floresta vindo até mim. "Meu dia só vai melhorando..." — Oi.

— Se perdeu de novo garota? - Pergunto sem da-la atenção.

— Seu mal humor não me atinge. - Ela se encosta na caminhonete. - E eu não estou perdida... Vim fazer compras com minha mãe e a tia Lori... Tia Andrea estava junto com a gente, mas ela sumiu.

Rolo os olhos enquanto ela fala.

— você nunca fecha essa matraca? - Pergunto começando a me irritar.

— Quando eu durmo... Eu acho... Minha mãe diz que as vezes eu converso enquanto durmo. - ela ri de si mesma.

— Tagarela do jeito que é.. - Resmungo tomando mais um gole da cerveja. - Sua mãe te deixa solta por ai é?

— Não. - Ela arregala os olhos. - Ela tá ali ó.

A menina aponta para duas mulheres conversando em frente a uma vitrine. A do cabelo grisalho olha para os lados, a menina acena para ela, que sorri.

— Minha mãe disse que você deve ter medo de gente. - Ela ri.

— Que? - Franzo a testa. - Por que diabos ela acha isso?

— Porque você quase nunca aparece na cidade e tá sempre no mato. - Ela ri novamente. - Você é mesmo caçador?

Balanço a cabeça.

— Você ganha dinheiro com isso? - Pergunta

— As vezes. - Digo

— Muito? - A cada pergunta que ela fazia, minha paciência ia diminuindo.

— Sim. Muito. - Falo tomando o ultimo gole da cerveja.

— Você costuma beber sempre? - Ela pergunta inclinando um pouco a cabeça pro lado.

— Não.

— Quando você caça... - Ela parou e pareceu pensar em alguma coisa. - Você sempre... Er... Mata os bichos?

Olhei para ela e respirei fundo.

— Não tem outra pessoa pra você atormentar? - Pergunto e ela balança a cabeça negativamente. - Não. Nem sempre mato os bichos.

— Então você pode me arrumar um coelho. - Ela diz com os olhos brilhando.

Quando ia dizer alguma coisa as duas mulheres se aproximaram de nós.

— Querida, disse para não se afastar de mim. - A mulher falo olhando Sophia.

— Vim "atormentar" o Daryl. - Ela fez sinal com as mãos quando disse, atormentar.

— Pois você não deveria atormentar as pessoas. - A outra mulher diz.

— Posso brincar com as outras crianças? - Ela pergunta

— Não vai muito longe.

— Tá. - Ela sorri. - Tchau caçador.

Dou um aceno de cabeça pra ela.

— Ãhn... Daryl... Você não me deixou agradecer... Ér... Por.. - A mulher dizia e seu rosto começava a ficar vermelho. - Obrigado... Por ter trazido Sophia...

Franzo a testa.

— De nada. - Digo com a voz baixa. Ela sorri.

— Vamos? - A outra mulher sussurra.

— Tchau... Aliás... Eu sou... Carol. - Ela estende a mão.

Aperto a mão dela e ela vai atá a praça do outro lado da rua e se senta em um banco.


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Notas finais do capítulo

² Lessie é a "gata preguiçosa da vizinha" que a Sophia cita no capítulo anterior

Bem, é isso ai. Gente a história se passa em uma cidade pequena que ainda não tem nome u.u Se quiserem dar um nome, sugestões são bem vindas. Todos os personagens vão aparecendo aos poucos.

E ai, o que acharam? Ed vai viajar. Sorte da Carol *oooo*
Sophia atormentando o Daryl shauhsuahsuhau que fofa :3
Criticas são bem vindas, comentem por favoooor :3

Beijos; Tia Barbie