Stay escrita por Lola


Capítulo 18
Born to die


Notas iniciais do capítulo

Oiee garotas, como estão vocês hoje? heueueh
Obrigado por todos os comentários, espero que vocês gostem desse capítulo.



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POV (Daryl)

Dei mais um trago no cigarro antes de joga-lo no chão e pisar em cima. Continuei parado do lado de fora do hospital observando as pessoas que iam e vinham. Algumas vezes me recordava de minha noite com Carol e por alguns segundos eu até sorria, mas logo a realidade me puxava de volta pro presente, me lembrando de que meu irmão ainda estava internado. Pude ver o rosto de Hershel no meio de tantos que entravam e saiam do hospital.

O homem se aproxima de mim e posso ver seus olhos fundos e preocupados, sem dizer uma palavra, ele me envolve em um abraço paternal.

– Como aconteceu? - Ele pergunta assim que se afasta.

– Não sei bem... Estava com Carol quando me deram a noticia. - Digo com uma pontada de culpa. - Ele... Foi encontrado perto de casa... Eu... Eu encontrei a mão dele...

Tentava não perder o controle sobre mim mesmo, respirei fundo algumas vezes tentando levar meu pensamento para qualquer coisa que não fosse Merle.

– Deus. - Hershel suspira tristemente. - Não acordou ainda?

– Ele abriu os olhos algumas vezes, por um segundo ou dois... Depois apagou. - Falo acendendo mais um cigarro. - Quem quer que tenha feito isso...

– Vão encontra-lo filho. - Hershel aperta meu ombro. - Eu vou lá vê-lo.

Balanço a cabeça e sopro a fumaça enquanto o vejo se afastar de mim.

Minha cabeça está cheia de perguntas sem respostas, coisas de que não quero me lembrar... O pensamento de perder Merle bate de frente contra mim, a todo momento. Mas mantenho a postura de indiferênça, fingindo que não me importo com o fato de que ele esteja quase... Eu não vou chorar por ele, não vou ser fraco a ponto de derramar lágrimas... Não posso ser.

– Isso vai acabar te matando. - Uma voz frágil e cheia de inocencia me tira de meus pensamentos.

Sorrio para ela e bagunço seu cabelo, como de costume.

– Você tá bem? - Ela inclina a cabeça pro lado e junta as sobrancelhas.

– Tenho que estar. - Digo e me abaixo para segura-la em meu colo. - O que faz aqui?

– Mamãe pediu para tia Lori vir te buscar. - Ela disse e me senti incomodado.

– Diga a ela que não preciso de babá. - Falo.

– Ela tá preocupada. - Sophia passa os braços ao redor de meu pescoço. - Você ficou o dia todo aqui... E ela teve que ir lá longe com a tia Andrea.

– Longe? - Pergunto.

– Você está ai. - Lori diz aliviada. - Já disse para não se afastar de mim sem avisar.

– Desculpe. - Ela fala e logo depois abre um sorriso.

– Carol pediu para tentar te convencer a ir comer algo. - Lori diz me dando um rápido abraço. - Como está?

– Bem... - Digo simplesmente.

– Vamos, eu fiz um almoço delicioso pra você. - Ela sorri.

– Mentira. - Sophia diz. - Ela comprou comida e esquentou no microondas.

– Isso não é verdade. - Lori diz tentando não sorrir. - Sua pestinha.

Rio quando as duas começam a discutir sobre as panquecas da Lori.

– Vamos. - Sophia diz e eu a coloco no chão.

– Tenho escolha? - Pergunto e ela nega com a cabeça. - Eu nunca tenho.

– Vem. - Sophia me puxa pela a mão, mesmo que eu insista que tenho de ir falar com Hershel... Ótimo, ganhei uma babá de dez anos.

Lori entrou no carro e me perguntei porque ela não me parecia feliz, não que eu a conhecesse bem o bastante para saber... Mas quando se passa mais de um dia com uma pessoa, ficaria surpreso com o que acontece. Quis perguntar se ela estava bem, mas decidi não pertuba-la.

Fiquei calado, apenas observando Sophia e Lori conversarem e brincarem... Sophia me parece madura de mais para uma garotinha, as vezes ela nem aparenta ter a idade que tem, talvez seja esse tom frio que ela carrega em seu olhar, ou esse jeito de quem sabe de tudo... E na verdade ela é só uma garota que passou por coisas de mais, que teve de reconhecer a dor mais vezes do que gostaria. De qualquer jeito, ela é mais esperta e iteligente do que qualquer criança que eu já conheci.

Pensei no que ela havia me dito mais cedo, sobre Carol ter ido para algum lugar longe... O pensamento me fez estremecer, e então tive vontade de envolvê-la em meus braços, segura-la perto de mim... Senti-la, sentir seu corpo nú em baixo do meu, amando-a da forma mais intensa possível.

Não teve um minuto que não pensei em nossa noite juntos, não é como se eu nunca tivesse feito sexo antes, mas com Carol... Não foi apenas prazer carnal, não foi algo que fizemos por necessidade ou luxúria. Havia sentimento ali, era muito mais do que atração sexual... Era... Amor.

O carro parou e Sophia me chamou, nunca tinha vindo na casa de Lori antes. Era normal, fotos de família espalhado por todo canto, alguns brinquedos jogados na sala, móveis modernos e paredes claras... Era a casa de uma família feliz. Me peguei pensando que não havia fotos nas paredes de minha casa, nem mesmo um quadro em cima de uma mesa... Não havia nada.

– A cozinha é por aqui. - Lori me chama sorrindo. - Vou ligar para a Carol.

Ela avisa indo até o telefone.

Sophia está colocando pratos a mesa, ela me olha e sorri... Eu amava aquele sorriso, me trazia uma certa paz... Era algo que gostava de sentir.

– Você vai comer tudinho. - Ela diz colocando macarrão no meu prato.

Balancei a cabeça e dei uma leve gargalhada, me sentei na cadeira e comecei a comer, enquanto Sophia me observava sorrindo satisfeita.

Autora Narrando

Lori terminava de lavar alguns pratos quando ouviu a voz do marido e seu melhor amigo, sorriu por alguns instantes.

Rick entrou na cozinha e caminhou até sua esposa.

– Olá. - Ele sorri para ela.

– Como foi o dia? - Pergunta esperando trocar mais do que algumas palavras com ele.

– Agitado... - Ele responde. - Vou sair com Shane... Não espere acordada.

Lori o olha surpresa por alguns segundos, para depois sentir toda a raiva subir para sua cabeça.

– Como assim sair? - Ela pergunta. - Vai passar a noite fora?

– Sim. - Ele diz simplesmente.

– E desde quando você passa noites fora de casa Rick? - Ela pergunta largando os pratos na pia.

Rick não responde nada, abaixa a cabeça e pensa no que dizer a esposa. Decide que o melhor a se fazer é continuar calado.

– Rick. - Lori grita.

– Eu posso fazer isso Lori. - Ele se altera um pouco. - Posso sair com meu melhor amigo e talvez passar uma noite bebendo com ele.

– Isso parece certo pra você? Você tem uma esposa Rick. Um filho. - Ela diz. - É esse o exemplo que quer dar para o Carl?

– Não coloca o Carl no meio disso. - Rick diz. - Eu não acho que uma noite de diversão pra mim vá afetar na minha posição como pai.

– Para você e pra algumas prostitutas. - Ela ri irônica.

Rick novamente se cala, tentando agora, digerir o que havia ouvido sair da boca de sua esposa.

– Então você não confia em mim? - Ele pergunta.

– Eu estou tentando... To fazendo tudo que eu posso..

– Faça mais. - Ele rosna para a mulher.

Lori o olha, seus olhos marejados e sua cabeça pertubada, travando uma luta interna consigo mesma, tentando saber qual era a coisa certa a se fazer.

– Estou grávida, Rick.

POV (Carol)

Me despedi de Andrea, e entrei em casa. Estava tudo escuro e silêncioso, subi as escadas e me surpreendi quando vi Sophia dormindo em seu quarto.

Fui para meu quarto e tive a visão de um Daryl dormindo em minha cama. Sua testa estava enrugada, ele estava inquieto e soava um pouco. Suspirei e caminhei até a cama.

– Daryl. - Balanço ele de leve. - Daryl, acorda.

Ele abre os olhos espantado, seus olhos correm por todo cômodo, para depois de algum tempo parar sobre mim.

– Oi. - O olho preocupada.

Daryl olha novamente ao redor, sua respiração continua ofegante e ele mantém seu olhar assustado. Envolvo meus braços ao redor dele.

– Foi só um sonho. - Digo quando o sinto estremecer.

– Parecia tão real... - Ele sussurra e me aperta contra ele.

– Mas não foi. - Digo segurando seu rosto entre as duas mãos. Ele me olha atentamente, como se tentasse acreditar que eu estava ali. - Quer falar sobre isso?

– Não... - Ele sussurra, se não fosse pelo o silêncio da noite, tenho certeza de que não poderia ouvi-lo. - Só...

Ele suspira, sento na cama e o observo se deitando e me puxando para si. Me ajeito em seu peito e o sinto depositando um beijo sobre o topo de minha cabeça.

– Senti sua falta. - Ele diz sonolento.

– Eu senti a sua. - Falo e ergo a cabeça para alcançar seus lábios.


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Notas finais do capítulo

Então é isso ai meninas, espero que tenham gostado. Não esqueçam de comentar e criticas são bem vindas.

Até breve