Mascarado, eu imploro que me mostre tua face! escrita por VivianLidi


Capítulo 4
Capítulo 4




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Mônica foi pra casa, quase pisoteando o paralelepípedo da rua, quanta fúria sentia, por que todos a tratavam como criança? 

Tirou a chave do seu bolso e abriu a porta, entrou na casa e encontrou Magali dormindo.

“No fundo, até você se sente mal... Desistiu de sair com aquele imbecil" Acariciou seus cabelos e foi para o seu quarto.

Ligou a televisão e se despiu objetivando um bom banho.

O mais engraçado é que temos que servir de plateia para a policia que não faz nada, absolutamente nada a não ser interditar museus por causa do Heart, mas e as peças? Onde estão as peças roubadas pelo Heart? Incrível é que o Heart pensa mais do que 39 policiais e 2 detetives.

Mônica cai trêmula, o mundo gira realmente em torno desse psicopata.

"— Quem é Heart?" 

"Imbecil, eu, mesma o destruirei com minhas mãos, ninguém mais me chamará de louca."

Olhou para o jornal e listava os nome dos museus assaltados, tinha uma lista de 10... Todos na capital e um de um colecionador local.

"Colecionador local?" Mônica se alarmou. "Céus, a dona keiko também coleciona, ele vai roubá-la, é óbvio, a polícia não pensa?"

O artefato roubado estava no valor de...

"Ela é tão amiga da mamãe... Ele... Não há mais museus para onde ir, ele vai atacá-la. Eu vou ajudá-la, mas ele é mais esperto que eu, QUE INFERNO."

A moça estava em chamas e entrou no banheiro mergulhando na banheira tentando se matar de raiva. 

Após o estressante dia, amanheceu disposta, colocou uma saia grande justa e uma meia calça e foi em direção a faculdade, Menezes trabalhava de manhã e raramente estava lá fumando e atazanando a jovem moça.

Chegou atrasada e correu para sua sala.

— Mônica, o relatório?

— Bem aqui. Tirou uma apostila de sua mochila.

— Para onde vai tão bela?

— Professor, eu sou realmente bonita?

— S-sim. Engoliu seco fingindo ler o relatório. — M-mas imagino que esteja aprontando, não seja tão controladora e tenha mais coordenação em sua ações... Por favor.

— Sim, professor Toni.

O professor gostava da moça, a achava talentosa e lhe ofereceu o estágio por reconhecer seu talento, mas também destruiu a pouca consciência que a garota tinha.

—  Isso envolve um homem talvez. Denise sorri

— Exatamente, o filho da dona Keiko.

— Ah, o sociopatinha assustador... Ele é meio mau.

— Meio? Ele é o diabo em pessoa.

— Ele não é tão mau, é que vocês provocam ele.

— Hum... Não sei do que está falando.

— Muito menos eu.

Provocavam, muito, insuportavelmente, tiravam o equilíbrio do intelectual detetive.

O trabalho de meio período da Mônica era numa cafeteria próxima a uma delegacia, onde o jovem detetive e seu conhecido trabalhava, ela teve notícias que o mesmo estava de férias e parou de frequentar durante um tempo. Mas dona Keiko ligava algumas vezes no mês e lhe falava sobre seu filho. Ele havia voltado das férias na mesma semana.

E ela, a manipuladora moça, a aspirante jornalista, sempre tinha notícias do Heart se levasse um café e alguns croissant para o rapaz.

— Café. Sorriu a garota ao entrar na delegacia.

— Pra gente? Disse um policial sorridente.

— Se vocês tivessem pedido, só trouxe para o Dc.

—  Isso é injusto, você só vem quando ele está, entra logo na sala, antes que eu roube o café dele.

— Foi mal Titi.

Novamente sorriu e entrou na quarta porta da delegacia, onde o jovem de costas estava anotando alguns arquivos.

— Eu não tenho nada para você, acabei de voltar de viagem, então nem comece a me manipular.

— Se sabe que o manipulo, não caia tão facilmente.

— É o feitiço de seu café. Se virou e beijou sua testa. — Eu senti saudades suas nas minhas férias, eu queria tê-la levado comigo.

Dc conseguia corar a garota, ela odiava se sentir assim, sentia-se fraca, mas ele era tão gentil, diferente daquele certo advogado.

— Desculpe.

— Tudo bem, café. Colocou em sua mão. —  Sabe detetive, sua mãe é uma colecionadora de obras de arte, você não acha que ele a atacaria? Ela ainda tem peças dos deuses miquilinos.

— Ela tem apenas uma, pertencia ao rei de espadas, é muito bonita.

— Eu já a vi em fotos, é que ele atacou um colecionador semana passada, ele não está mais indo a museus, ele quer apenas a mitologia miquilina, ele esgotou os museus que tem obras sobre isso, os museus tem sido mais vigiados, mas não há necessidade, ele não quer mais nada de lá, só fará mais vítimas.

O detetive abandonou o café e sorriu secamente.

— Eu estava tirando a mesma conclusão que a sua. Mostrou-lhe seus arquivos da mesa. — Quando fico muito tempo em recesso acontece isso, a delegacia fica desorganizada e o delegado não faz nada além de mandar mandatos de apreensão, mas para quem? Ninguém sabe quem ele é, é inútil.

— Então vai cuidar disso? Leu os arquivos.

"9 policiais feridos"

"Colecionador morto com uma arma vermelha cravada nos olhos perfurando o cérebro."

Mônica sentiu seu estômago embrulhar.

— Você sempre tem razão quando se trata desse ladrão, você é melhor detetive que eu.

— Eu gosto de noticiar, investigar por conta própria. Bateu-lhe os arquivos no rosto. — Eu quero destruí-lo, não prendê-lo, não vai reviver nenhuma vida mesmo preso.

— Fazê-lo... Sofrer, me satisfará intensamente.

Ambos ficaram calados.

— Quer ir comigo verificar isso pessoalmente? Minha mãe ficará contente em vê-la.

— Sério? O abraçou. — Mas eu ainda tenho trabalho.

— Vou pega-la quando terminar, logo sairei do trabalho também.

A moça voltou para a cafeteria contente, estava convicta que dessa vez o ladrão seria pego, não teria mais escapatórias.

"Parece tão óbvio, algo me diz que no fundo... Você dará um jeito de escapar."

Novamente, lembrou da foto do colecionador morto enquanto colocava café, imaginava o sangue da dona Keiko derramando... Não... Ele não teria coragem... Teria?

Ele levou a óbito duas pessoas e funcionários de museus do estado, mas alguns foram "acidente"

A noite caiu e Mônica fechava o estabelecimento, logo que trancou, virou.

— Eu disse que esperaria.

— Então. Entrou no carro e colocou o cinto. — Qual seu plano detetive?

— Eu convenci o delegado a enviar policiais civis.

—  Mas é perigoso para os vizinhos caso haja necessidade usar.

— Não se preocupe, eles são civis bem preparados e não precisam de uniforme para portar arma, não assustará a vizinhança, acharão que é algum evento.

Assim que chegaram, Mônica viu alguns homens em cada esquina, carros com faróis acesos e entraram.

— Maurício, quando você me ligou, não imaginei que viriam tantos policiais, que susto.

Mônica saiu da sombra de Dc.

— Oi dona Keiko.

— Minha menina, que susto, é tão perigoso, se sua mãe souber ela vai me crucificar. Levou as palmas da mão até seu rosto. — Você tem que parar com...

— Não tirou as obras de lá? Disse Dc.

— Fiz o que você pediu filho, não movi, mas esses policiais são estranhos, inclusive um deles...

Keiko exprimia seu desagrado, ela ainda achava que era impossível alguém pensar em atacá-la, já que nunca expôs suas obras.

Porém, mesmo que ela não tivesse nunca mostrado ao mundo, o raciocínio de Mônica encaixava.

Em leilões, fica o histórico dos compradores de obras luxuosas, as peças miquilinas são específicas e fáceis de rastrear, por serem poucas.

Existem ao total de 54 peças.

13 de cada naipe.

Algumas eram joias, armas e outras detinham formatos geométricos.

Heart roubou 12... 

"ESPERA"

O detetive saiu para comunicar algo aos policiais, tinha inúmeros rondando a casa o tempo inteiro.

Keiko foi mandada para o quarto onde tinha 3 policiais na porta.

As horas passavam e Mônica sentiu-se estranha, algo não estava certo.

Andou pela mansão e a cada quina via um policial, foi a janela e mais policiais, andou para uma sala e foi no fundo, onde tinha apenas um policial usando boné olhando uma coroa, constituída por pequenas pontas afiadas.

Mônica olhava confusa,

"A noite usando boné?"

Não aparecia um fiapo de cabelo e a noite apenas prejudicava sua visão.

— Bonita peça, não concorda?


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Notas finais do capítulo

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