Pride and Prejudice escrita por Thea, Tenshizinha Salvatore
Notas iniciais do capítulo
Como vocês sabem, eu a a Emy começamos a escrever a fic, mas eu achei que faltava algo então comecei a reescrevê-la e editar os capítulos. Bem, aqui está.
“Aqui jaz Janine Mazur. Amada esposa e mãe.”
–...Sinto sua falta. – murmurei limpando as lagrimas.
Deixei as flores, apenas rosas vermelhas, no tumulo de minha mãe como eu fazia todo mês desde que ela morreu. Rosas vermelhas eram as preferidas dela e talvez seja essa a origem do meu nome. Rosemarie.
Minha mãe morreu quanto eu tinha doze anos, em um ataque a nossa propriedade.
Era uma época de fome e sede, mas graças a nossa posição social nunca nos faltou nada, mas aos menos providos de recursos a situação era drástica. Foi quando surgiram os mercenários. Eles não tinham um líder e nem um propósito, eles saqueavam as cidades em busca de dinheiro e tudo o que pudessem levar com eles. A fazenda do meu pai, tudo por causa da nossa maldita posição, era um alvo perfeito. Eles invadiram a nossa casa e queriam levar a mim, mas Janine reagiu e acabou que um dos mercenários a acertou com uma espada. Assustado ele saiu, levando os outros e quando o medico chegou para cuidar da minha mãe já era tarde demais.
Faz cinco anos que isso aconteceu.
Abe não demonstrava, mas eu espiava pela janela de sua biblioteca e as vezes ele estava lá sentado com uma garrafa de bebida nas mãos e lagrimas nos olhos. Só Deus sabe o quanto ele se sentia culpado e o quanto eu me culpei. Apesar de só ter doze anos na época eu queria ter feito algo, mas tudo o que me disseram depois foi que mulheres não poderiam se defender sozinhas, que eu não poderia ter defendido minha mãe.
“Ridículo.”
Foi o que me motivou.
Mason, meu melhor amigo me ensinou o básico de como usar uma espada e meu pai me deixou aprender a cavalgar. Todos na cidade escandalizados, mas eu não ligava pra boatos e por ser uma Mazur ninguém falava isso na minha cara.
~ //~
Eu havia acabado de chegar da casa de Winston, meu tutor. Todos da realeza tinham um e era com ele que nós estudávamos todo tipo de coisa. Passei pelo escritório do meu pai e a porta estava entreaberta. Escutei uma conversa estranha.
– Como assim o que ela vai pensar?
– O que quero dizer, Ibrahim.– Eric Dragomir disse. Ele era um príncipe, um dos melhores amigos de meu pai e também era o pai da minha melhor amiga a princesa Vasilisa. – Substituindo a mãe de Rose.
O nosso reino tinha muitos príncipes e princesas porque ao todo eram treze famílias reais. Os Mazur eram uma delas.
–Eu estou ficando velho, Eric. Talvez seja a hora de me casar novamente. – Meu pai respondeu.
O livro que estava em minhas mãos caiu.
– Rosemarie. – Eric veio até mim com meu pai logo atrás.
– Não. Eu não quero ouvir. – Gritei. Fiz o caminho de volta para o jardim, montei em meu cavalo e o fiz cavalgar o mais rápido possível.
– Rose! Espera. – Era Mason.
– Me deixa em paz, Mase. – Gritei de volta.
Eu não conseguia acreditar naquilo. Eu sempre acreditei que meus pais estariam juntos para sempre e mesmo após a morte dela não consegui entender. As lagrimas embaçavam a minha vista.
Foi quando o som de um trovão rasgou os céus e o cavalo enlouqueceu e começou a correr desgovernado.
Eu puxei as rédeas e tentei parar, não deu certo. Pensei em pular, mas na velocidade em que estávamos não seria muito apropriado a não ser que eu quisesse quebrar alguns ossos.
Foi quando uma mulher em outro cavalo surgiu ao meu lado.
– Você está bem? – Gritou.
– Eu não consigo parar! –
– Me passe as rédeas! – Ela gritou enquanto se aproximava com o cavalo.
Eu estendi o máximo que pude e ela as pegou. Aos poucos os cavalos foram parando.
– Rose! – Mason vinha logo atrás em outro cavalo.
– Obrigada hm... –
– Tasha. - Ela disse.
– Obrigada Tasha. – Murmurei tentando normalizar a respiração. Eu não sei o que houve com o meu cavalo. –
– Não por isso, ele deve ter se assustado. – respondeu.
– Ah. Enfim te alcancei. – Mason praticamente voou do cavalo até mim. – Você está louca? Não pode sair assim. – Eu odiei a forma como ele estava me tratando, mesmo seus olhos demonstrando preocupação. – Seu pai está louco, me mandou te impedir de fugir.
– Ei, eu não fugi. E não sou criança Mason. Posso fazer o que bem entendo. – Gritei.
– Calma querida. – Tasha disse.
– Rose, uma tempestade está vindo. É melhor voltar.
Eu bufei, não queria voltar, não naquela hora, mas acabei indo mesmo assim. Tasha se despediu de nós e seguiu para o outro lado.
Depois de pedir desculpas deixei Mason no estábulo cuidando dos cavalos e segui para o escritório.
Meu pai estava jogado em sua poltrona e Sir Eric estava em um dos sofás com um copo de uísque nas mãos.
– Rosemarie! – Disse quando eu entrava. Meu pai levantou a cabeça para me encarar.
– Tio eu peço desculpas pela forma como agi. – Ele assentiu. - Eu poderia conversar com meu pai? –
– Claro querida. Com licença. –
Pus as mãos na cintura e franzi o cenho para ele.
– Explique-se Ibrahim. – Falei. No mesmo instante lembrei-me de minha mãe e em como eu estava parecendo com ela. Eu vi um meio sorriso no rosto do meu pai e logo imaginei que ele pensava o mesmo que eu.
– Rose eu sempre vou amar sua mãe e isso nunca vai mudar, mas eu estou ficando velho e já faz cinco anos. Eu preciso de uma esposa para por esse lugar em ordem e você precisa de uma mãe. – Eu quis gritar e dizer que ninguém substituiria minha mãe, mas a ideia dele mesmo admitindo sua velhice me preocupou. – Eu sei que parece estranho...
– Me deixe falar pai. Antes que eu mude de ideia. – comecei. – Se você quer saber se eu apoio sua decisão de se casar novamente, a resposta é não! Mas essa é sua decisão e eu irei respeitá-la.
Ele me abraçou.
– Obrigado, querida.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que gostem.