Burning escrita por Absolutas


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, mas aqui está o capítulo 4....Espero que gostem!
P.S. Reviws?



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CAPÍTULO 4

Uma semana se passou desde que Nathan chegou aqui. Faz exatamente uma semana que aguento ele me seguindo em todo – ou quase todo – lugar que vou. Ele tenta desesperadamente se tornar meu amigo e isso está se tornando cada vez mais irritante – ou lisonjeiro. Não sei o que ele viu em mim para ficar tão obcecado. Não que eu também não esteja. Sempre que estou perto dele, mesmo que discutindo, fico fascinada! E não é só pelo fato dele ser lindo, maravilhoso, perfeito, inteligente... Enfim, ele não sai da minha cabeça um minuto sequer. E isso está se tornando cada vez mais estranho.

Quando acordo no domingo de manhã, meu estado de espírito , por incrível que pareça é, de certo modo... feliz! Tento me convencer de que o motivo é que hoje é dia de visita. Tento me convencer de que o motivo é que eu vou ver meus pais de novo depois de semanas. Tento me convencer de que ele não é o motivo.

Assim, levanto mais cedo, e antes de ir ao refeitório, resolvo tomar um banho. Com muito custo consigo convencer Dorothea a me deixar sair da minha cela antes do horário. Saio do chuveiro na hora exata do café da manhã, pois não quero me atrasar para a visita.

Pego minha comida, e olho para o cômodo gigante e cheios de mesas, só para descobrir que Nathan não chegou ainda. Escolho um lugar qualquer, tentando me convencer de que é ótimo que ele ainda não tenha chegado e que seria melhor ainda se nem mesmo aparecesse. Como em silêncio ao lado de uma garota que se chama Melanie ou Melody... não tenho certeza, pois não falo com ninguém além de Nathan que a essa altura ainda não apareceu.

Termino minha refeição, e caminho até a bancada para depositar minha bandeja no grande armário, que as guarda após cada refeição antes de serem lavadas.

Sinto que alguém está atrás de mim. Me viro e dou de cara com Dorothea. Seus cabelos louros estão, como sempre, presos em um coque baixo, a pele branca do rosto está manchada com duas olheiras grandes e arroxeadas. Seu corpo alto e magro , está coberto por um conjunto de roupas brancas, assim como todos os dias. Sua expressão é fria como sempre.

–O que foi agora? – pergunto irritada, pois todas as vezes que ela aparece assim de repente, algo está errado.

– Seus pais não poderão vir hoje – diz, sem rodeios

– Por quê? – pergunto desesperada

– Você vinha tendo um comportamento até aceitável, nos últimos meses, mas a sua recente briguinha foi a gota d’água! Por isso o juiz, resolveu puni-la por mal comportamento! Resumindo, só verá seus pais no mês que vem. Mas não se preocupe! Você ainda tem uma ligação! – Dorothea se retira, deixando-me tão pasma e cheia de ódio que não consigo me mover. Eles me tiraram uma visita! E como se não bastasse ainda duas ligações, uma vez que tenho direito a três por mês.

Estou abismada, estilhaçada, paralisada com a maldade e frieza deles! Minha respiração está entrecortada e estou usando todas as minhas energias para reprimir o choro que ameaça romper-me, como uma represa rompendo as barreiras que as separam do resto do mundo.

É nesta situação que Nathan me encontra. Assim que vê minha expressão, ele pergunta:

– Você está bem? – não consigo respondê-lo, pois assim que as palavras saem de sua boca, minhas forças se esvaem e as lagrimas escapam dos meus olhos antes que eu possa conte-las. Tão rápido que não entendo como aconteceu, estou em seus braços quentes e aconchegantes. Inconscientemente, eu o abraço mais apertado, ansiosa por ser reconfortada.

Ele não diz nada por alguns segundos apenas me abraça. Mas de repente ele se afasta para olhar meu rosto.

– Acho melhor sairmos daqui, antes que algum inspetor resolva interferir... – sugere, inseguro. Eu concordo, incapaz de ser resistente tamanha a minha exaustão. – Tudo bem, então. - continua –Siga-me.

– Melhor não...eu preciso ficar sozinha. – suspiro, desvencilho-me de seu abraço e caminho rapidamente para a minha cela com lágrimas turvando minha visão.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?



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