Burning escrita por Absolutas


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

aqui está o capítulo 3...



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Abro os olhos e descubro que já é de manhã. Apresso-me em levantar da cama, pois estou morrendo de fome. Só percebo que minha cela já está aberta quando estou do lado de fora dela, e me pergunto que horas são.

Não que eu me importe com as horas em si, – aquele números que aparecem no relógio que sempre nos fazem andar apressados – mas gostaria de saber se já é muito tarde para uma prisioneira tomar seu café da manhã.

Ando pelos corredores silenciosos e penso que será muita sorte se ainda me deixarem comer.

Solto um suspiro de alívio quando vejo que todos ainda estão comendo. Sigo na direção da bancada afim de pegar minha bandeja. Tendo-a em mãos, viro-me para achar uma cadeira na mesa de um desconhecido qualquer onde eu possa comer em paz, mas não é exatamente o que encontro.

Minha respiração fica presa na garganta quando vejo todos os lugares ocupados. Todos, exceto um. Há uma cadeira vaga, em uma mesa no canto esquerdo do refeitório ao lado de um garoto alto, forte e bonito. Sim é ele. Nathan. Meus olhos varrem o grande cômodo em busca de outro lugar, qualquerlugar. Mas todos estão ocupados.

Minha mente simplesmente não consegue compreender isso, pois desde que entrei aqui, nunca,nunca, nunca; teve tantas pessoas assim! Sempre houve ao menos cinco lugares sobrando. Mas hoje...

Respiro fundo duas vezes antes de ir me sentar ao lado dele,que me observa sorrindo enquanto ocupo a cadeira ao seu lado.

– Bom dia! – diz ele

– Não sei como posso ter um bom dia aqui. –digo rudemente

– Já esta mal humorada? A essa hora da manhã?

– E por acaso tem hora para ficar mal humorada?

Ele não responde. Apenas ri, e se volta para o seu café da manhã.

– A quanto tampo está aqui? – pergunta ele de repente

– A mais ou menos um ano – digo tentando controlar a tristeza que toma conta de mim, nesse momento.

– E nunca teve esperanças de algum dia sair? – perguntou, ainda olhando para a sua bandeja.

– Não. – digo, e não consigo esconder a tristeza em minha voz.

Dito isso, ele se vira para me fitar intensamente com seus olhos azuis como o oceano, que têm a atração de um buraco negro. Tento desviar o olhar mas não consigo, seus olhos me prendem, me tornam incapaz de mover um músculo sequer.

Nesse momento, o som de pratos se quebrando ecoa no refeitório, e aproveito sua distração para me libertar de seus olhos.

Viro-me para ver a origem do som, e me deparo com Halle e Taylor sendo carregadas pelos inspetores para seus devidos dormitórios, ou celas, como prefiro chamá-los.

Não sei ao certo o que aconteceu, só sei que muito bom ver aquela loura azeda da Halle ser punida, mesmo que não seja por minha causa. Mas ainda vai ser. Simplesmente não consigo conter minha felicidade e solto uma risada alta, o que faz Nathan me olhar com uma expressão confusa. Ignoro-o e continuo gargalhando...afinal de contas, não rio assim à meses.

– Ah! –diz ele, a compreensão tomando conta de seu rosto – Você tem problemas com uma das duas meninas que foram levadas, não é? – Simplesmente não consigo parar de rir para responde-lo – Por isso ficou tão feliz assim de repente?

Balanço a cabeça em concordância, enquanto tento controlar o riso. Ele sorri e seu olhar fica repentinamente perspicaz.

– Então, será que eu posso me aproveitar de seu bom humor? – pergunta

– É claro que não! - digo antes de me afastar.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviws?



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