Burning escrita por Absolutas


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Desculpem não ter postado antes, mas estava sem tempo. Estou muito feliz com essa história, e quero dedicar esse capítulo à Sta. Idiota por ter recomendado essa história. Muito obrigada!



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CAPÍTULO 14

Dorothea e eu andamos silenciosamente pelos corredores sem vida. Ela mantinha a sua expressão fria e indiferente de sempre, porém, pelo modo como estava agindo, eu desconfiava que ela escondia alguma emoção não muito agradável por trás da habitual máscara de frieza.

Assim que chegamos à porta, ela se virou e voltou pelo caminho por onde tínhamos vindo sem dizer uma palavra sequer.

Fiquei observando-a se afastar confusa. Depois de um momento sem nenhum sucesso em descobrir o que havia acontecido com ela, dei de ombros e abri a porta à minha frente.

E então eu os vi. Meus pais. Meu pai estava exatamente como eu me lembrava. Os cabelos castanho-escuros curtos, os olhos verdes, o nariz retilíneo, os lábios finos e o físico alto e forte. Já minha mãe, parecia ter mudado um pouco. Ela tinha os mesmos cabelos louros e lisos – cortados na altura do queixo, os mesmos olhos verdes, a mesma pele albina e os mesmo lábios cheios, porém havia engordado um pouco e seus olhos estavam mais brilhantes, como se estivesse realmente feliz.

– Pai! Mãe! – disse, enquanto corria para abraçá-los, um de cada vez.

– Lorena! – disse minha mãe enquanto a abraçava – Pensei que não te veria tão cedo.

– Eu também. – suspirei, afastando-me e me sentando na frente dos dois. – Aliás, como conseguiram?

– Vamos dizer que seu pai conseguiu fazer o juiz ver pelo nosso ponto de vista. – minha mãe disse, sorrindo com orgulho para o meu pai.

– Ele sempre consegue. – concordei, sorrindo também.

– Vocês podem parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui? – perguntou ele, brincalhão.

Nós rimos. E isso foi bom. Há meses eu não ria assim, e fiquei feliz por saber que podia achar graça de alguma coisa.

– Bom, agora vamos ao que interessa. – falei quando parei de gargalhar. – Como vocês estão?

– Acho que posso dizer que estamos bem. E que essa visita veio na hora certa... Temos uma novidade! – disse meu pai sorrindo.

– Novidade? O que é? – perguntei, curiosa. Afinal, eu não recebia uma novidade desde que cheguei aqui. Não uma que fosse boa. Além de Nathan, é claro.

– Lembra quando você ligou e eu disse que sua mãe estava meio doente? – perguntou.

– Sim... – disse olhando pra a minha mãe. – O que você tem mãe?

– Eu fui ao médico e...- ela sorriu. – Ele disse que eu estou grávida!

O que pensar? O que sentir, depois de uma notícia dessas? Eu ia ganhar um irmão ou uma irmã! Isso era maravilhoso! Contudo, o que ele pensaria quando ficasse maior e descobrisse que a irmã dele está presa em uma espécie de hospício? Mas resolvi ignorar essa parte.

– Wow! Isso é... Incrível! – consegui dizer após um momento.

– Sabia que você ia gostar, Lorena! – falou minha mãe.

– Como poderia não gostar?

Nós sorrimos e ficamos conversando pelos quinze minutos restantes.

Quando o nosso tempo acabou, nos despedimos e eu fui mandada diretamente par o meu dormitório. Gostei disso. Poderia ficar sozinha um pouco para digerir a novidade que meus pais trouxeram.

É claro que, no momento em que me vi sozinha, minha mente foi direto para a pergunta que eu queria evitar. O que meu irmão ou irmã pensaria quando soubesse onde sua irmã ficava? O que meus pais diriam a ele? Será que diriam a verdade? Que eu matei dois homens. E se dissesse o que ele ou ela pensaria disso? Talvez me odiasse. Talvez quisesse não ter uma irmã. Talvez fosse melhor que eu não existisse. Ou, já que existo, seria melhor se eu desaparecesse e os deixasse viver sua vida em paz. Talvez fosse melhor eu aceitar a proposta de Nathan. E esse foi o dilema que me perseguiu durante toda a semana seguinte.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?



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