Burning escrita por Absolutas


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que tinha dito que esse capítulo iria ser maior, mas eu tive que adiar um pouquinho a conversa deles, porque a Lorena estava sentindo muita saudades dos pais dela... Mas o próximo capítulo será cheio de revelações, prometo!
Agora vamos ler, né?



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CAPÍTULO 10

Assim que saí da cela de Nathan, resolvi usar a única ligação que me restou, para ligar para os meus pais. Eu sentia falta deles. Das conversas, dos passeios em família e até das broncas. Sinto uma onda de angústia, quando lembro que nunca mais vou ter a vida normal. Suportar esse lugar é só o que me resta.

Quando chego à sala dos telefones, ela está vazia. Escolho um aparelho de telefone qualquer e disco o número decorado há anos. Depois de dois toques, alguém atende.

– Alô? – reconheço a voz do meu pai.

– Pai? Sou eu, Lorena. – identifico-me.

– Lorena! Filha! – exclamou – Sinto muito por não termos te visitado na semana passada. Eles não nos deixaram entrar! – disse ele desesperado.

– Calma, Sr. Joseph Willians! – zombei. Mas quando falo de novo, minha voz transparece toda a tristeza que estou sentindo. – Eu sei disso. Aliás, foi culpa minha.

– Sua culpa? – perguntou, curioso.

– Punição por mau comportamento. Eles suspenderam a visita e dois telefonemas. Traduzindo: esse é o meu único telefonema do mês.

– Quanto tempo ainda temos?

– Dois minutos. – digo. – A mamãe está aí?

–Está sim, mas está dormindo.

– Dormindo? Há essa hora? Já deve ter passado das três da tarde, estou certa? – perguntei.

– Está. Mas ela anda indisposta ultimamente. Está tendo desmaios freqüentes, mas se recusa a ir ao hospital!

– Típico dela. – comento. – Mas você tem que convencê-la, pai.

– Estou tentando. – ele suspira. – Eu até acordaria ela para falar com você, mas ela passou a noite em claro, vomitando! Só conseguiu dormir agora a pouco.

– Tudo bem, pai. Eu entendo. – respondi. – Só diga a ela que estou com saudades, que mando beijos e que disse para ela ir ao hospital o mais rápido possível.

Meu pai ri.

– Pode deixar, querida.

– Vou ter que desligar agora. – disse suspirando.

– Já? – perguntou decepcionado.

– Sim, só tenho poucos segundos agora...

– Ah!

– Sinto sua falta, pai. – disse.

– Eu também sinto a sua falta, Lorena. Você nem sabe o quanto. – lágrimas escorrem pelo meu rosto.

– Tchau. – minha voz falha.

– Tchau. – eu desligo o telefone.

Fico alguns segundos ali. Parada. Chorando. Eu sentia saudades do meu pai, da minha mãe, da Stella... Que por sinal, nunca viera me visitar. Mas eu não a culpo. Eu sou um monstro, assim como Halle dissera há uma semana. E monstros não merecem compaixão.

Limpo as lágrimas do meu rosto, no intuito de sair dali, e ir direto para a sala de banhos, porém, algo me chamou a atenção.

Na frente da porta da sala, no chão, - como se alguém o tivesse passado por debaixo da porta, havia um pedaço de papel cuidadosamente dobrado ao meio, com o meu nome escrito em uma das faces em uma caligrafia elegante. Peguei-o e o desdobrei deliberadamente. Nele estava escrito:

Recebi o seu recado. Irei ao seu dormitório esta noite. E não se preocupe, vou lhe contar tudo, como prometi.

Ass: Nathan

P.S. Foi mais rápido do que pensei!

Assim que terminei de ler, ergui os olhos, procurando-o. Mas ele não estava aqui, apenas havia deixado o bilhete.

Suspirei. Nathan.Porque só a menção ao seu nome, fazia meu coração disparar? Eu não sabia exatamente o que sentia por ele, mas sabia que esse sentimento não tinha nada a ver com amizade, pois eu nunca havia sentido nada assim antes. Ele tinha alguma coisa que me atraía, que me puxava para mais perto, mesmo quando eu resistia à seus encantos. Mas era difícil. Eu sabia que era só uma questão de tempo para eu me esquecer de tudo e me jogar em seus braços, se ele me quiser. Mas eu não vou desistir sem lutar. Mesmo sabendo que era inevitável eu me entregar à esse sentimento estranho e avassalador, eu iria lutar. Até não ter mais forças.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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