* Draco POV*

Depois que eu beijei a Mione, eu não tive mais dúvidas. Eu realmente gostava dela. Eu sempre fui conhecido como pegador e tal, mas com a Mione era completamente diferente. Eu realmente estava apaixonado por ela.

Depois que voltamos para casa, a Mione foi se enxugar, e eu desejei ter uma lareira lá. Ela estava muito fria e tremia muito, tinha passado o dia inteiro na neve e eu estava começando a ficar preocupado.

Quando ela desceu as escadas, já com roupas limpas e quentes, eu fui falar com ela, ver como ela estava.

– Mione, desculpa mesmo pelo beijo. Eu não devia ter feito aquilo, sério, me desculpa.

Por um instante ela apenas ficou parada, olhando para mim, até que ela fez uma coisa incrível. Ela me beijou. Eu adorava o hálito de morango da Mione.

Quando nossos rostos se afastaram, ela me olhou bem nos olhos, deu um sorrisinho de leve e foi até o sofá para se sentar.

Eu não sabia o que fazer, não sabia se ia até lá falar com ela, não sabia se ela queria ficar sozinha, então eu só fui até o sofá, me sentei ao lado dela e fiquei em silêncio.

– Draco, seria loucura se eu estivesse com vontade de te beijar?- ela falou, depois de algum tempo.

– Talvez. Você está?

– Talvez- ela falou e encolheu as pernas no sofá. Eu queria tanto beijá-la, mas não sabia se era a coisa certa a se fazer.

Me aproximei dela e ficamos em silêncio. Por incrível que pareça, não era um silêncio constrangedor, apenas um silêncio.

– Você quer dar uma volta na cidade?- ela perguntou, olhando para mim- sabe, acho que depois de todo esse tempo não seja mais tão perigoso pra você andar por aí.

– Vamos lá- falei me levantando e sorrindo para ela.

* Hermione POV*

Já estava escuro há um tempo, e nós andamos pela cidade vazia, provavelmente por causa da neve. Conversamos sobre coisas diferentes, mas não falamos do beijo. Acho que foi melhor assim, por que podia ficar um clima meio estranho.

Passamos por lojas fechadas, Draco me contava algumas piadas e relembramos o tempo em Hogwarts. Mas só as partes boas. Relembramos do soco que eu dei na cara dele, e foi muito engraçado ouvir o Draco tentando se defender, dizendo que não tinha doído e coisas do tipo.

No meio da conversa eu olhei para o lado e um cartaz me chamou a atenção.

– Draco, a gente tem que sair daqui agora- falei sussurrando e interrompendo o que ele estava falando.

– O quê?

– Rápido a gente tem que sair daqui.

– Por quê?

Apontei para o cartaz. Era uma foto do Draco, e dizia que haveria uma recompensa para quem o achasse e o entregasse à polícia.

– Draco, eles estão te procurando até no mundo trouxa. A polícia aqui deve estar trabalhando junto com o Ministério.

– Pelo jeito eles querem mesmo me ver preso...- Draco falou, e deu um suspiro- Vamos embora daqui.

Voltamos a passos rápidos para a praia, mas não entramos na casa. Nos sentamos na neve e ficamos um ao lado do outro, continuando a conversa que tinha sido interrompida.

Eu estava começando a ficar com sono quando o céu começou a clariar.

– Olha Mione! É o nascer do sol!- Draco estava alegre feito uma criancinha. Parecia que nunca tinha visto o nascer do sol antes.

– Aqui dessa praia ele fica mais lindo ainda sabia?

– Olha, o céu está começando a ficar cheio de cores!- ele olhava para o céu tão encantado que me fez rir.

– Você nunca viu o nascer do sol antes, né?

– Não- ele dizia, com um sorriso abobalhado no rosto.

– Draco- falei, a fim que ele olhasse para mim.

Quando ele olhou, eu roubei um beijo dele.

– Feliz primeiro-nascer-do-sol- ele sorriu pra mim e nós voltamos a olhar para o céu.