Reply me 1997 escrita por Paulinhadcc


Capítulo 4
A drop in the ocean


Notas iniciais do capítulo

Escutem o post com essa música
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Nova York- 2013

– Estou morrendo de fome – reclamou Jason.

– Deveríamos pedir pizzas? – questionou Piper.

Mas o loiro não teve tempo de responder quando um garoto bem alto, de cabelo desgrenhado com um sorriso petulante disse.

– Acho uma excelente ideia, estou quase morrendo de tanta fome aqui.

– Você sempre está com fome, Leo – Percy respondeu do outro lado da mesa revirando os olhos.

Califórnia 1997

Dois meses tinham se passado desde o primeiro encontro entre Rachel e Percy, desde então a garota sempre que podia vinha falar com o menino que falava com ela da maneira mais simpática possível. Enquanto isso Annabeth ignorava totalmente a situação que estava acontecendo, para ela seu amigo estava sendo um perfeito de um idiota por dar falsas ilusões para menina que parecia tão apaixonada por ele.

– Você não fica com ciúmes dessa aproximação toda do Percy e da Rachel? – perguntou Thalia visivelmente impressionada.

– Por que ficaria? Percy é só o meu amigo e para falar a verdade estou com raiva por ele não dar uma chance para ela– respondeu a loira dando nos ombros.

– Você é muito idiota, não percebe aquilo que esta obvio – disse a morena.

– Thalia, eu já te disse milhões de vezes que o Percy é apenas o meu amigo, nunca senti nada por ele a não ser amizade e ate acharia estranho ter algo com ele, então pare de criar ilusões – respondeu a loira já irritada.

– Eu desisto, não está mais aqui quem falou – levantou as mãos em sinal de rendimento – a proposito, você vai à social que vai ter hoje lá na minha casa? – perguntou mudando de assunto e a loira respondeu que sim prontamente.

Do outro lado do pátio Nico comia o seu lanche sozinho enquanto olhava fixamente para uma garota, ate que alguém chegou por trás do mesmo dando um tapa na sua nuca e, consequentemente, desviando todos os pensamentos do menino.

– Vai ficar com essa paixão platônica por ela, por quanto tempo? – perguntou a pessoa.

– Também gostaria de saber – suspirou o garoto desviando o olhar.

– Você deveria se confessar, já seria um começo – respondeu.

– Não posso, no momento que eu dizer aquelas três palavras, ela não irá mais olhar na minha cara – Nico suspirou mais uma vez e olhou para a garota do lado da sua amada e retrucou para a pessoa ao seu lado- e quando você vai confessar seu amor por ela? – retrucou apontando para a outra menina.

Foi à vez da pessoa olhar fixamente para a amiga da garota que Nico estava apaixonado. No momento, a garota mostrava uma foto de um ídolo do momento e falava o quanto achava o suposto ídolo seria perfeito para ela.

– Quando ela amadurecer mais, ficar mais bonita e parar de ser infantil, eu com toda certeza irei me declarar – sorriu para a menina, fazendo Nico gargalhar.

– Pare de ser ridículo, Percy Jackson, ate o dia que vier um cara muito melhor que você e tomar ela ou pior ainda, ela se apaixona por outro cara e você é jogado fora.

Percy não respondeu, sabia que Nico estava mais que certo. No entanto nem o amigo sabia que a dura verdade é que o mesmo não conseguia se declarar porque tinha medo da rejeição ou pior ainda, que não desse certo. Ele não queria perder Annabeth, sua sabidinha. Mas ele tinha a convicta certeza que iria fazer isso o quanto antes.

Depois de alguns minutos o sinal bateu, obrigando alguns a voltarem para aula e outros (como Percy e Nico) a irem para os treinos. Enquanto Nico ia para o treino de beisebol, Percy chegava à quadra de basquete onde todos os seus companheiros de time já estavam presentes.

– Tem sorte que é o melhor cestinha daqui, Jackson, do contrario não perdoaria esse atraso – brincou Jason.

– O pirralho ganha uma mera faixa e já se acha o cara – zombou Percy e todos começaram a rir.

A verdade era que Percy era o melhor jogador ali, e considerados por muito o capitão, mas quando Jason entrou o mesmo foi facilmente aceito e demonstrava tanto potencial quanto o moreno, logo não foi difícil convencer todos de que Jason seria um ótimo capitão, pois ao contrario do moreno que não tinha uma estatura boa para o basquete e que só jogava por diversão, o loiro parecia levar a serio o esporte e tinha uma altura adequada. No entanto, muitos ainda não gostavam de Jason no comando por acharem o mesmo jovem demais para o cargo.

– Bela piada. – Ironizou o loiro – bom, equipe, hoje trago para vocês um jogador novo que passou nos testes e vai atuar junto com você – disse com o olhar em Percy- nas finalizações, quero apresentar Leonardo Valdez – apontou para um sujeito alto que sorria como um idiota.

– Meu nome é Leonardo, mas prefiro que me chamem de Leo, por favor – sorria o garoto como se tivesse recebido a melhor oportunidade de sua vida.

– O Leo, ele é da minha turma e de todos os que eu fiz o teste foi o melhor, espero que não tenham preconceito com ele por ter a mesma idade que eu – frisando a palavra idade.

– Bom, vamos deixar a conversa de lado e jogar – finalizou Percy.

O jogo começou de forma lenta, mas não foi preciso de muito tempo para que todos percebessem que o garoto realmente jogava porem os únicos que já sabiam disso eram Percy e Jason. O primeiro porque já tinha escutado boatos a respeito de Leo Valdez, o garoto que tinha tudo; beleza, fama, riqueza, inteligência e um prodígio no basquete, no entanto péssimo com garotas. O segundo porque Leo era o seu melhor amigo, já que este tinha decidido ir morar na pensão dos seus pais, o que fez com que os dois garotos se aproximassem.

– Foi um belo jogo, realmente você é tudo o que dizem – comentou Percy para Leo enquanto iam para o vestiário se trocar.

– E você realmente é ótimo como cestinha, cara como você consegue dar essas enterradas sendo tão pequeno? – perguntou Leo.

– Eu tenho uma altura mediana segundo os médicos – defendeu-se visivelmente chateado-, mas as enterradas são porque eu pulo alto – explicou.

Ficaram então conversando sobre basquete enquanto tomavam banho e se arrumavam para sair. Não bastou de muito tempo para Percy descobrir que Leo não era um cara mal, apesar de falar como um papagaio. Depois de alguns minutos o sinal batia, anunciando que era hora da saída. Thalia segurava os livros de Annabeth, enquanto esta tinha ido buscar o refrigerante que a primeira queria, em frente ao refeitório quando um garoto mancando passou por ela esbarrando na mesma.

– Ei não olha por onde anda – exclamou Thalia visivelmente irritada.

– Desculpa Thalia – falou o garoto pegando os livros da mesma e juntando-os.

– A é você, Nico? Da próxima vez olha por onde anda – sorriu a morena amigavelmente.

– O que vai fazer hoje? – perguntou o moreno puxando assunto.

– Os garotos não te falaram? Hoje tem uma social lá na minha casa, pode ir se quiser – convidou.

– Não eles não me falaram, mas é claro que eu vou – respondeu o moreno visivelmente contente com o convite.

– Então nós vemos por lá – falou Thalia sorrindo, mas antes de sair olhou para o moreno e perguntou – por que esta mancando?

– A, hoje o treino foi um pouco pesado – sorriu amarelo, a garota deu nos ombros e foi ao encontro da sua amiga.

Flashback On

– Ei caveirinha – chamou o apanhador chamando a atenção do moreno.

Desde que nasceu Nico nunca foi um garoto muito comunicativo, tinha poucos amigos e o fato do seu pai nunca ter se casado com sua mãe e ele ter crescido numa cidade pequena, acabou fazendo com que o mesmo fosse motivo de bullying por seus colégios (situação esta que só mudou no Ensino Medio quando ele, depois de treinar por longos dias, conseguiu entrar no time de beisebol onde hoje é a principal estrela), fez o moreno viver sempre de maneira solitária e bem triste, por isso o apelido surgiu.

– Sim, senhor? – respondeu o menino em forma de respeito, porque mesmo o outro sendo melhor, ainda era bem respeitador com os mais velhos.

– Por que não chama aquela gostosa que você fica olhando todos os dias para sair? Você é popular, eu duvido que aquela gótica estranha não vá aceitar ficar contigo – o garoto falou rindo voltando para o seu local onde iria aguardar o arremesso de Nico.

Os olhos do moreno faiscaram ninguém podia falar assim da sua estrela preciosa. Nico se concentrou bem, ajeitou o boné, antes de jogar uma bola bem forte no garoto que não pode pegar e acabou acertando na cara do mesmo.

– Di angelo, de castigo! Vai dar 30 voltas na quadra – anunciou o técnico vendo claramente que o moreno tinha feito de proposito.

Flasback Off

Depois disso as meninas se encontraram com Luke e juntos foram todos para a pensão dos pais de Thalia para preparar a festa. Enquanto Annabeth arrumava a casa, Luke e Thalia decidiram ir comprar os suprimentos que faltava, leia-se: bebidas.

– Eu realmente não entendo porque tínhamos que ter comprado tantas – se queixou Thalia.

– Para podermos beber ate irmos para o hospital – riu Luke.

– Você é mesmo um lixo – revirou os olhos.

– Eu vou te mostrar quem é o lixo aqui – o loiro a puxou sem se importar se deixava ou não as sacolas caírem.

– Luke – a morena tentou falar, mas foi em vão.

Em segundos o loiro a pegou no colo e começou a rodopiar levando a mesma junto. Todos que andavam ao redor viam a cena com o misto de confusão e alegria, quem visse de longe pensaria que os dois eram um casal feito um para o outro. E foi assim que mais um dia se passou nesse caso somente a manhã e a tarde, pois à noite tudo estava pronto para a “pequena” social na casa da Thalia onde cerca de dez pessoas já se encontravam presentes.

– Então o que vamos fazer, ficaremos apenas olhando um para a cara do outro? – perguntou Leo visivelmente entediado.

– Podemos jogar verdade e consequência – sugeriu Rachel, nessa hora todos fizeram muxoxo-, mas podemos fazer diferente. Primeiro a pessoa escuta a pergunta ou o desafio, se ela aceitar tudo bem, se não terá que beber um copo – completou a mesma e dessa vez todos concordaram, visivelmente excitados com um novo jogo – então eu começo – falou a garota girando uma garrafa que caia em Leo.

– Consequência – falou o mesmo sem hesitar.

– Te desafio a beijar ele – falou apontando para Jason. Não foi preciso dizer duas vezes, para o garoto beber o copo e logo em seguida girar a garrafa que caia em Piper.

– Verdade – disse a mesma de forma insegura.

– Verdade que você se atracou com o líder do clube de matemática? – perguntou o mesmo com um sorriso malicioso, não é necessário dizer que a mesma também bebeu o copo e novamente girou a garrafa caia em Percy.

E foi assim que o jogo seguiu, com todos bebendo, porque apesar de ser unânime a vontade deles de participar, ninguém ali estava disposto a revelar qualquer segredo ou tomar alguma consequência.

– Verdade ou consequência? – questionou Jason, já alto, para Rachel.

– Verdade – deu nos ombros a mesmo.

– Verdade que você quer ficar com o Percy? – a ruiva apenas deu nos ombros sorrindo na direção do moreno que corou, a mesmo girou a garrafa que por coincidência caiu em Annabeth.

Dessa vez foi à vez da mesma girar a garrafa caindo para Percy enquanto uma Rachel sorria e olhava diretamente para o moreno com os olhos apaixonados. Annabeth via aquilo e não sabia o que fazer. Estava na cara que o amigo não tinha interesses na garota, mas ao mesmo tempo não queria decepcionar a mais nova amiga. No final do dia, por não saber o que fazer para resolver essa situação, acabava por preferir apenas fingir que nada daquilo existia, embora em seu subconsciente culpasse o amigo por tudo aquilo.

– Verdade ou consequência, Percy? – perguntou sorrindo.

– Consequência – respondeu o garoto sorrindo.

– Te desafio a beijar a Rachel– todos se surpreenderam com o súbito desafio de Annabeth.

Todos na sala então ficaram abismados por tamanha ousadia da garota. O olhar do moreno então foi para sua melhor amiga, ninguém ali compreendia bem o que estava acontecendo, mas Annabeth e Percy sabiam o que os olhares que ambos estavam dando para o outro tinha um significado. Percy implorava para a garota dizer que ele não podia ficar com Rachel, que aquele era um dos pedidos que ele queria. A garota apenas suspirou e deu um olhar afirmativo, aceitando então que ela não queria que ele ficasse. Então, tentando evitar um sorriso para não constranger à ruiva, ele pegou outro copo e bebeu.

O jogo então continuava, ate que por fim ninguém mais se aguentava. Rachel, decepcionada, tinha se retirado primeiro para dormir e depois foi à vez de Percy, que já estava começando a sentir os efeitos da bebida. Enquanto isso Jason e Piper, que não se aguentavam mais, já estavam um dormindo no ombro do outro, Grover dormia no sofá porque não se aguentava mais de tão bêbados. Só restavam Leo que estava muito alto, Luke que ainda estava bem consciente, Annabeth e Nico que praticamente não tinham bebido nada e Thalia, esta por sua vez era a pior de todas porque ao contrario de Leo a mesma não era acostumada a beber tanto.

– Então bora fazer só mais quatro rodadas e depois ir dormir porque ninguém aqui aguenta mais – anunciou Nico girando a garrafa que caia em Annabeth.

– Verdade – anunciou com indiferença.

– Verdade que o Percy é o segundo homem mais importante da sua vida? – perguntou o garoto serio ainda não entendendo o porquê das atitudes da menina.

– Verdade– respondeu ela simplesmente com a mesma indiferença que tinha feito horas atrás. Dessa vez a mesma girou e caiu em Leo que pediu verdade.

Annabeth perguntou para ele se era verdade que estava querendo ficar com Piper, ao que ele respondeu sim. O mesmo então girou de novo a garrafa que caiu em Thalia que sem prestar atenção escolhera verdade.

– É verdade que você gosta do Luke mais que um amigo? – perguntou maliciosamente.

– Sim – respondeu a garota totalmente bêbada- eu amo muito ele desde sempre, só que ele nunca nem ao menos olhou para mim – virou-se na direção do mesmo- por quê? Eu sou feia? Por que você não consegue olhar para mim como uma mulher, droga, eu te amo muito – dito isso todos na sala olharam para ela espantados enquanto a mesma desatou em rir sem parar.

Ninguém ali decidiu falar mais nada, todos ainda estavam bem espantados com a tamanha declaração que a morena tinha feito em alto bom som. Luke por sua vez, olhava a amiga atentamente como se ele não acreditasse que esta tivesse tamanha coragem, tudo bem que ela só falou aquilo por estar bêbada, mas mesmo assim. Outra pessoa olhava a cena com dor no coração, não podia imaginar que todas as suspeitas do garoto realmente estavam certas, mas ele não iria deixar assim.

– Nico, verdade ou consequência? – perguntou Leo já que Thalia não tinha nem mais condições de fazer qualquer tipo de pergunta.

– Consequência – respondeu o moreno convicto.

– Te desafio a beijar a Thalia – disse o garoto com um sorriso maroto, rindo do fato da menina estar já totalmente louca – pode beber logo ai você é o que menos bebeu – completou de forma indiferente.

Mas ao contrario do que Leo esperaria, Nico puxou uma Thalia completamente bêbada e a beijou num só ato. Ninguém ali, a não ser Luke, prestava atenção na cena que acontecia diante dos próprios olhos. Mas se tivessem prestado teriam entendido que aquele beijo não significava muito mais que um simples encostar de lábios, eram sentimentos que estavam sendo postos na mesa e naquele instante Nico quis dizer claramente que não importava se Thalia era apaixonada por Luke e se o mesmo correspondesse, ele iria lutar a todo o custo para fazer cm que a morena o quisesse. Embora naquele dia estivessem jogando um simples jogo da verdade, mal sabiam eles o quanto aquele simples joguinho iria afetar as decisões dos mesmos.

Nova York – 2013

– Então vocês vão para Londres quando? – perguntou Nico para Thalia e Luke.

– Devemos estar lá no sábado à noite, por quê? – retrucou a garota pegando um pedaço de batata do prato do moreno.

– Por nada, apenas cuidado – disse.

– Não se preocupa não, vou cuidar muito bem dela – falou Luke sorrindo abraçando a garota carinhosamente.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso. Espero que comentem, não gosto de postar pro vento =]



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