Don't Be Afraid escrita por Barbara


Capítulo 2
Pretty Little Face


Notas iniciais do capítulo

Bom minhas delicias estou muito feliz com o comentário da Noca Walsh... Para mim mais valeu algo divertido e que me motive a continuar do que mil que não dizem nada. São pessoas assim que me inspiram! Valeu sá lindoca!



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***

– O encontro ainda está de pé? – Chris perguntou parando ao lado de Eva.

– Terão um encontro? – Tuck perguntou entrando na sala. Eva desviou os olhos do jornal que lia.

– Não vai ser especificamente um encontro. Vamos apenas sair juntos, como sempre fazemos.

– Mas dessa vez sem metade do hospital no nosso pé. – Completou Chris.

– Então será um encontro disfarçado... Entendi. – Tuck brincou fazendo Eva sorriu.

– Não será um encontro. – Mentiu. Tuck não resistiu a rir.

– Ah qual é pessoal! Todos nós sabemos que vocês são loucos um pelo outro. – Tuck saiu deixando eles sozinhos pensando na ideia.

– Acha que isso é verdade? – Chris perguntou enquanto Eva deixava a sala. – Será que está tão na cara?

– Que vamos sair? Oh não, acho que não. Se bem que Tuck deve contar a alguém sobre isso. - Se esquivou.

– Não... Não é isso... – Murmurou quando ela caminhava pelo corredor. Através da porta de vidro ele observou cada bela curva enquanto Eva se afastava.

***

– Lá se foi nosso encontro... – Reclamou Chris notando o horário.

– Pois é... É sempre assim. – Eva completou se encostando em seu carro.

– Que tal uma pizza? Podemos comer na minha casa.

– Nada mal. Eu dirijo. – Pulou para o jipe e arrancou enquanto Chris ainda fechava a porta. – Ainda está fechando essa droga? Ande Chris! Seu molenga! – Brincou irritando-o.

Compraram uma pizza e seguiram bebendo um refrigerante até a casa de Chris.

– Você é o terror do volante! Se o ponteiro parasse apenas de subir eu respiraria até com mais facilidade. – Disse enquanto acendia as luzes do apartamento.

– Pare de reclamar Chris! Já me disse isso uma vez e eu não estou nem aí. – Se sentou no sofá e deixou a caixa da pizza na mesa de centro. Tirou os sapatos e colocou os pés em uma almofada.

– Que bom que está a vontade... Nem precisei dizer.

– Entre a gente não precisa disso. – Sorriu abrindo a caixa.

– Ok, estou morto de fome.

– Oh não fale de morte! Já basta a bagunça do plantão. – Trocavam olhares, piadas internas, riam sem motivos...

– Pode me passar a coca? – Chris perguntou do outro lado do sofá. Eva estendeu a garrafa para ele e quando ele estendeu a mão para pegar sua mão tocou a dela, eles se encaram e rápido como se fosse inevitável Chris deixou tudo de lado e se aproximou de Eva com urgência. Quando se beijaram se sentiram completos pela primeira vez... Os dois, ali naquele sofá, naquele apartamento, naquele dia. – Finalmente... – Chris sussurrou começando se deitar sobre o corpo de Eva. Ela sorriu deslizando as mãos por dentro da camisa dele e puxando-a para cima. Os lábios de Chris desciam pelo pescoço de Eva e suas mãos passeavam das coxas até a cintura. Ele começou a se levantar deixando a camisa de lado. Pegou Eva nos braços, ela laçou sua cintura com as pernas e ele caminhou até o quarto com ela nos braços, deixou-a sobre a cama e se livrou da calça que ela usava, lentamente se deitou sobre ela, os corpos se encaixavam perfeitamente como se nascidos um para o outro, as mãos apressadas de Chris sobre a camiseta de Eva a faziam sorrir, ela tirou sem muita dificuldade a calça que ele usava... Completamente despidos Chris beijou-a enquanto a penetrava, o gemido abafado de Eva fazia cada centímetro da pele da Chris se arrepiar... A cada movimento ele sentia a respiração dela ficar mais ofegante. Sorriu voltando a beijá-la. Com um gemido baixo ele atingiu seu clímax com tamanha intensidade que a fez fechar os olhos e aproveitar cada momento, logo em seguida houve o mesmo com ela. Ofegante ele se inclinou beijando o pescoço dela e logo se voltou aos lábios. Se deitou ao lado dela e a acomodou em seu peito. – Boa noite... – Sussurrou beijando sua testa. Nenhum dos dois precisou dizer alguma coisa. Palavras não são necessárias quando está com os sentimentos a flor da pele. Com um sorriso satisfeito Eva depositou um beijo no peito de Chris logo em seguida se acomodando para dormir.

Com os primeiros raios de sol fazendo um convite a realidade Chris abriu os olhos e sorriu ao ver Eva em seus braços. Beijou sua testa acordando-a.

– Bom dia... – Disse com sua voz grave fazendo Chris ter certeza que não era um sonho.

– Fiquei apavorado com ideia de acordar agarrado ao travesseiro outra vez. – Riu beijando-a suavemente.

– Não se preocupe, sou bem real. – Deslizou a mão pele peito dele e o beijou novamente. As mãos dele estavam passeando pelas coxas dela. – Sabe o que também é real?

– Plantão... – Resmungou se levantando. – Pelo menos temos tempo para um banho?

– Claro que sim. – Ela deslizou a mão pelo pescoço dele pousando-a em sua nuca enquanto ficava de joelhos para beijá-lo. Ele a ergueu e seguiu para o banheiro com ela nos braços.

***

Eva usava o jeans de ontem e uma camisa branca de Chris, era visível que ela não passara a noite em casa. Enquanto dirigia sua mão que estava repousava entre as poltronas era segurada por Chris.

– Chris e Eva... Eva e Chris. – Ele sorriu. – Soou bem... O que acha? – Perguntou fazendo-a sorrir.

– Bonitinho... – Brincou sorrindo. Quando estacionou não receberam muitos olhares, afinal não era a primeira vez que ela dava carona ele.

– Vítimas de uma batida, lacerações por todo o corpo e uma perna quebrada em 3 pontos diferentes, esmagamento e suspeita de fratura na medula, 4 minutos. – Foram avisados assim que pisaram dentro do hospital, se trocaram rápido e seguiram para receber os pacientes.

– Brandon Winchester 32 anos, esmagamento...

– Nossa! – Chris disse notando a bagunça que era o corpo do rapaz. – Isso algum dia foi uma pessoa? – Brincou começando o trabalho.

– Carlos Cassanova 25 anos, possível fratura na medula.

Eva e Proctor trabalhavam na fratura da medula... Era impossível reverter, era permanente. Descartaram a possibilidade de fisioterapia ou qualquer movimento. Agora era estabilizar o paciente e contar a ele... Essa parte quase sempre ficava para Eva.

Warren seguiu para o último paciente.

– Emily Wellington 18 anos, lacerações por todo corpo perna quebrada em 3 pontos diferentes. – Warren parou ao lado da maca e observou Emily.

– Meu rosto... – Emily disse fraca. – Eu não posso ficar deformada! Consegui uma vaga como modelo!

– Senhorita Wellington eu sou a doutora Warren e esse é o enfermeiro Tuck, vamos fazer o possível para salvar sua vida.

– Não! Minha vida não importar se eu estiver feia! – Ela gritava apavorada.

– Senhorita Wellington eu preciso que fique calma! – Emily gritou tocando o rosto e ao sentir o sangue que havia lá gritava mais. – Emily! Fique calma! – Acenou para Tuck aplicar uma anestesia nela e rapidamente ela apagou. – Tudo bem, ela não pode acordar feia. – Disse ofegante.

Todos os pacientes estavam estabilizados, exceto o paciente esmagado de Chris, esse demoraria mais um tempo.

– Senhor Cassanova? – Eva entrou no quarto.

– Donde estoy? – Perguntou tocando a cabeça. - Lo que pasó? Sólo recuerde... Un coche. Estaba caminando. Quién es usted?

– Soy la Dra. Eva Zambrano. Usted fue golpeado por un coche después de un accidente.

– Qué? Voy a estar bien? – Começou a se levantar mas se assustou quando não conseguiu movimentar as pernas.

– Cálmese. – Eva foi até a maca e o segurou para impedir que ele levantasse. Ele a olhou por alguns segundos e sorriu.

– Si supiera cómo las médicas son hermosas... – Ele sorriu antes de terminar a frase e se deitou calmo. A enfermeira que estava no quarto saiu depois que terminou o trabalho. – Prefere que não fale espanhol? – Disse com um pouco de dificuldade a outra língua.

– Eu não tenho problema com o espanhol, mas os outros terão. É melhor que continue assim.

– Como quiser... – Ele sorriu olhando no fundo dos olhos dela.

– Tenho algo para contar, Senhor Cassanova...

– Carlos, por favor. – Ele sorriu encarando-a.

– Carlos então... – Sorriu hesitante. – O senhor sofreu uma fratura na medula e perdeu o movimento das pernas.

– Eu sei. – Ele sorriu novamente totalmente tranquilo. – Ouvi todo o procedimento. Como um observador. Eu não sentia dor nem estava acordado. Mas ouvi tudo. E sem contar que não sinto minhas pernas. – Eva sorriu satisfeita pela aceitação.

– Se todos os pacientes fossem assim.

– Pode ter esse paciente para você se quiser... – Disse encarando-a.

– Com licença. Eva, Warren precisa de você... Rápido. – Chris anunciou nervoso.

– Até mais doutora Eva... – Carlos sorriu observando ela caminhar pelo corredor apressada.

– O que aconteceu? – Eva entrou na sala que Warren estava com a garota Wellington.

– Eu estava pesquisando sobre minha paciente e descobri várias coisas... Interessantes. – Eva parou ao lado de Serena e ouviu com atenção enquanto observava Emily. – Não se chama Emily Wellington, muito menos tem 18 anos... É uma órfã do Lar de Meninas do Brooklyn, veio para Miami há 2 dias, passou em uma concurso para ser modelo da Ann Taylor... O nome dela na verdade é Scarlet Sandseed... E ela tem 15 anos...

– Como descobriu tudo isso? – Eva perguntou impressionada.

– Tem uma moça na espera que está louca para falar com ela. Ela não me disse nada. Ela insiste que não é Scarlet Sandseed.

– E quer que eu tente? – Warren sorriu. – Tudo bem. – Eva suspirou caminhando para perto da maca. – Sente alguma dor na perna senhorita Wellington? – Eva perguntou.

– Pouca... Eu posso ver meu rosto? – Perguntou amedrontada.

– Claro. – Eva pegou a uma bandeja e virou-a usando como espelho. – Está linda. – Scarlet sorriu.

– Pergunte... – Suspirou soltando a bandeja.

– Por que mentiu?

– Fugi do Lar das Meninas... Ser uma órfã do Brooklyn não é meu sonho para vida todo. Surgiu essa oferta, fiz o teste mas tive que mentir a idade pois sou menor. Consegui uma identidade falsa. Oh céus eu estou muito encrencada! – Reclamou fechando os olhos.

– Não está encrencada por tentar mudar sua vida querida.

– Posso pedir uma coisa? – Scarlet disse.

– Claro.

– Eu acho que preciso de um abraço... – Eva sorriu e se inclinou abraçando-a. – Uma dica de amiga senhorita Zambrano... Não acredite em rostinhos bonitos. – Scarlet jogou Eva do outro lado da maca e sua cabeça bateu com força na mesa deixando-a desacordada. Scarlet se levantou arrancando os tubos e fugiu com sua perna quebrada...


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