Finnick Odair - Uma lenda viva em Panem escrita por IsaQueiroz
Acordo de madrugada, apesar de não ter verdadeiramente dormido, e saio da caverna para caçar, mato outro esquilo, parece que existe bastante deles por aqui, e o como, depois vou andar pela floresta, para ver se acabo me deparando com outro tributo, não encontro ninguém, parece que sou o único nessa ilha, ou pelo menos nessa parte dela, mas nesse momento ouço um grito, não está muito longe então vou em sua direção, quando estou correndo ouço o tiro do canhão, encontro um menino morto no chão, ele está todo picado por teleguiadas, e tem um ninho vazio delas ao seu lado, olho para cima e quando vejo, reparo que tem inúmeros ninhos de teleguiadas em cima de mim, e qualquer tentativa de subir em uma árvore pode levar a morte, volto à olhar para o menino, não sei que distrito ele é, mas lembro de ter visto ele no treinamento, deve ter uns 12 anos, bem menor que eu, branco e cabelo preto, ao seu lado tem uma mochila, eu à pego, tem uns bifes crus, um saco térmico de dormir, e uma garrafa de água vazia.
Volto para o lago, e encho a garrafa de água. Estou pensando em ficar aqui, pois mesmo com os ninhos de teleguiada aqui é um ótimo abrigo, tem água e uma caverna que eu posso dormir sem ser percebido, mas nesse momento ouço o barulho de outro ninho caindo aqui perto, pelo jeito o menino talvez não tenha tentado subir em uma árvore, talvez o ninho tenha simplesmente caído em seu lado. Saio correndo em outra direção para o lado esquerdo e encontro o caminho sem nenhuma faixa de terra, mas no momento não me importo, eu tenho que sair dessa ilha de qualquer jeito então mergulho e nado em direção ao outro lado e quando chego lá começo a andar em busca de outro esconderijo para passa a noite. Ando por mais ou menos duas horas e quando estou quase decidido a passar a noite acordado ali, pois não dá para andar sem ver nada, vejo uma menina tentando acender uma fogueira, preparo minha lança, mais percebo quem é.
– Charlie! – Ela olha para mim e sorri, corro para seu lado e ela se levanta.
– Finnick! – Ela me abraça e depois me solta com rapidez, olho para seu rosto e vejo que está vermelho de vergonha.
No braço dela vejo um corte de faca.
– O que aconteceu com seu braço?
– Jade acertou uma faca em mim no banho de sangue, mas estou bem.
– Você está com fome. – Pergunto, pois ela está sem mochila e sem arma para caçar.
– Um pouco. – Ela admite tímida.
– Como você tem se virado?
– Eu estava em outra ilha, mas encontrei uma menina morta no chão com a mão cheia de amoras. Quando percebi que tudo nela era envenenado, tanto as flores como as frutas, resolvi sair de lá e vim parar aqui, onde pelo jeito nenhuma flor ou fruta é envenenado, é disso que estou me alimentando. E você o que aconteceu.
– Eu também estava em outra ilha mas a do nosso lado direito e encontro um menino morto por teleguiadas, então vejo que aquela ilha está cheio delas e que seus ninhos caem de tempos em tempos fazendo as teleguiadas matarem que estiver por perto.
– Pelo jeito cada ilha tem algo perigoso. O que será que tem nessa?
– Não sei, mas pelo jeito quando alguém morrer aqui amanhã vamos descobrir. – Ela olha para mim e eu vejo que ela está morrendo de medo. – Toma aqui, você tem que comer alguma coisa.
Entrego para ela um bife e a garrafa de água. Ela come e dá um gole.
– É melhor você dormir, eu tenho um saco térmico, pode deixar que eu fico de guarda.
Ela concorda e no momento em que se deita ela adormece. Durante a noite fico pensando que se foi sorte ou azar ter ela como aliada, pois só pode haver um vitorioso e em algum momento a gente terá que se separar.
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