Love Behind The Money escrita por PequenaFeh


Capítulo 43
I can't Believe it


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou :D Esse capítulo é mega importante e espero que gostem,fiz ele com muito carinho :3



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Estava pronta para abrir a porta e entrar em casa quando escutei uns barulhos estranhos vindo de dentro dela.

Abri uma frestinha e coloquei a cabeça para dentro... perai o que é aquilo ali no chão?

Entrei e fui até a coisa vermelha que estava no chão,peguei e vi que era uma camiseta,e mais para frente tinha um shorts... e as roupas iam fazendo um tipo de caminho até a sala.

Olhei em direção ao sofá e Henrique e Nara se atacavam de um jeito que me deixou até sem reação.

Eles AINDA não estavam fazendo nada mas não iria demorar muito não.

–Hum,hum.-Cocei a garganta mas nada deles ouvirem.-Vão para um motel logo.-Os dois se separaram rapidamente e no susto Henrique acabou caindo no chão,os dois pelados.

#VisãoGrátisDoInferno.

–Sô???-Henrique me olhava espantado e Nara também,eles não esperavam que eu voltasse para casa tão cedo.

–O que esta fazendo aqui?-Nara perguntou.

–Bom essa é minha casa e eu moro aqui,agora me expliquem isso aqui.-Levantei o braço mostrando a calcinha vermelha de Rah,ela ficou quase da cor da calcinha.

–ÉÉÉ....-Os dois só gaguejam,não diziam uma palavra.Revirei os olhos.

–Pelo menos subam para o quarto né.-Joguei as roupas para eles e subi para meu quarto.

–DESCULPA.-Eles gritaram juntos,apenas ri e entrei em meu quarto.Tirei minha roupa e coloquei apenas uma camiseta velha e um shorts,vesti meu chinelo e me posicionei na frente do espelho. Levantei minha camiseta e vi a tatuagem,passei a mão por cima do papel filme e sorri. De um jeito eu me sentia mais próxima a Gui.

Meu olhar foi em minha cômoda,lá estava o meu pen drive do Harry.

Peguei ele e voltei a descer as escadas,espiei antes de entrar na sala. Bom nenhum dos dois estava lá,melhor assim.

–Filha.-Escutei a voz de minha mãe,ela e Humberto entravam em casa.

–Oi mãe.-Fui até eles e dei um beijo em cada um.

–Como foi o seu dia?

–Bem e o de vocês?

–Também,muito trabalho como sempre.-Assenti.-Bom e você foi no hospital?

–Henrique me levou.

–E ai como foi?-Suspirei.

–Tive que fazer uma série de exames e o resultado sai só amanhã.-Ela passou a mão pelo meu rosto e deu um leve sorriso.

–Tudo vai dar certo filha.

–Eu espero...-Sorri e lhe dei um abraço.

–Cade seu irmão?

–No quarto.-Revirei os olhos.

–E Nara?

–Adivinha.-Dei meia volta e fui em direção ao sofá,a cena de mais cedo não saia da minha cabeça mas não me importei,me joguei no sofá e senti meu corpo pesar.-Mãe...

–Diga?-A fitei. Humberto subia as escadas.

–Daqui a pouco eu vou ver o que tem no pen drive que Henrique me deu e eu queria que todos vissem comigo.-Ela sorriu.

–Claro... bom daqui a pouco chame seu irmão e Nara,mas antes pergunte se eles já terminaram você-sabe-o-que.-Assenti e olhei para a tv,passava jornal.

–Hoje mais um homossexual foi encontrado espancado no meio da trincheira entre a rua 21 e a 20. Não sabemos quem é a vitima mas testemunhas disseram que viram um carro preto parar e jogar a vitima para fora. Uma ambulância foi chamada e os policiais também,a vitima teve os primeiros socorros no local e logo depois foi levada ao hospital mais próximo. Informações dizem que o estado da vitima é grave.

–Aff.-Não da mais para ligar a tv que só tem tragédia,tragédia e tragédia. Minha ficha do nada caiu,homossexual,bom se Deus quiser não é Alex.

Digitei os números dele rapidamente e esperei atender.

–Oi amora.–A voz dele ecoou do outro lado me trazendo um alivio imenso.

–Oi Alex,ai que bom que você esta bem.

–Por que? O que houve?

–Acabou de passar na tv que mais um homossexual foi agredido e eu só queria ter certeza que não era você.

–Não Sô,eu to no trabalho ainda. Mas esta tudo bem.

–Fico muito feliz em saber disso,bom era só isso mesmo.

–Ah então tá.

–Tchau Alex,boa noite.

–Boa noite flor.–E desliguei. Olhei para a tv e agora passava sobre um acidente de carro,tive que desligar a tv,não aguentava mais ver isso.

Resolvi ir ver se minha mãe precisava de ajuda para fazer o jantar.

Acabei a ajudando.

–Rick,Rah.-Bati na porta do quarto de Henrique.

–Entra.-Ouvi a voz dele.

–Estão vestidos?

–Sim.-Disseram juntos.Abri uma frestinha da porta e espiei,eles estavam deitados na cama VESTIDOS e apenas assistiam tv.

–O jantar esta pronto,é para vocês descerem.-Eles sorriram.

–Já estamos indo.-Assenti e fechei a porta novamente.Desci e terminei de colocar a mesa,Humberto desceu também e se juntou a nós a mesa,logo depois Nara e Henrique fizeram a mesma coisa.

Conversamos um pouco durante o jantar.

–Gente.-Todos já tinham jantado e estavam na sala assistindo a novela. Todos me olharam.-Eu queria que vocês vissem comigo o que tem dentro do pen drive que Rick me deu.-Henrique sorriu de uma orelha a outra.

–Pode colocar filha.-Minha mãe disse.Fui até a tv e pluguei o pen drive,peguei o controle e me sentei ao lado de Henrique e de Humberto.

Apertei o play e demorou uns segundos para começar.

–Ta gravando?–O rosto de uma criancinha apareceu na tela,não era ninguém menos que Henrique quando criança.

–Ta filho.–Escutamos a voz de meu pai,Henrique saiu da frente da câmera e foi até o rádio. Meu pai levantou a câmera e minha mãe apareceu,e sentada no chão encostada no espelho estava eu.

A música começou e minha mãe começou a dançar,girar preciosamente para lá e para cá.

Eu a olhava atentamente com um sorriso no canto dos lábios.

Meu pai por um momento filmou Henrique e ele olhava a capa do cd enquanto balançava o corpo para lá e pra cá.

Meus olhos já estavam cheio d'água,tudo estava igualzinho ao meu sonho.

Quando um vídeo acabava,começava outro e depois outro e mais outro,era os momentos mais felizes de nossa família.

Olhei para minha mãe e para Henrique,minha mãe chorava e Henrique tinha um sorriso vitorioso no rosto.

O vídeo acabou e todos aplaudimos.

–Henrique.-Pulei em cima dele e lhe abracei forte.-Muito obrigada mesmo,esse foi um dos melhores presentes que já ganhei.

–Sabia que ia gostar.-Sorri e lhe fitei.-Faço qualquer coisa para ver um sorriso nesse rostinho.

–Valeu Rick.-Me levantei e fui até minha mãe.-Mãe.-Me agachei na sua frente e segurei suas mãos.

–Foram momentos felizes não foram?-Ela perguntou tentando controlar o choro.

–Sim e com certeza haverá outros momentos mais felizes ainda.-Ela assentiu,lhe dei um abraço apertado.

[. . .]

Sai do banheiro já pronta para ir para o colégio.

Tomei meu café e Henrique deu uma carona para mim e para Nara.

–Hoje sai os exames né Sô?-Rick perguntou me olhando pelo retrovisor.

–Sim.-Respirei fundo.

–Posso ir com você?-Ele perguntou.

–Claro e se a Nara quiser,pode ir junto.-Ela se virou e me olhou.

–Ah miga você vai ter que me perdoar mas eu tenho ensaio,nós estamos ensaiando bastante pois semana que vem tem o festival de música e vai ter competições sabe.-Assenti.

–Tudo bem,aliás eu quero ir vê-las se apresentar numa dessas competições.-Ela sorriu de uma orelha a outra.

–Claro,se quiser pode me ligar depois que pegar os exames e ir ver a gente ensaiar.

–Ta.-Sorri de canto. Nara estava se dedicando ao máximo tanto na banda tanto no colégio,ela e Henrique nunca mais trocaram palavras com o pai deles.

[. . .]

O último sinal bateu fazendo todos saírem rapidamente das salas,eu não estava muito animada e acabei sendo uma das últimas a sair da sala.

Caminhei sozinha até o estacionamento,Henrique estava encostado no carro a minha espera.

–Oi.-Dei um beijo na sua bochecha.

–Oi,como você ta?-Eu devia estar com uma cara péssima,estava me sentindo estranha.

–Bem e você?

–Também... Por que eu sinto que tem algo te incomodando?

–Descobriu isso sozinho?-Entrei no carro e respirei fundo,ele entrou do outro lado e me fitou.-Desculpa,eu só estou meio... estressada.-Passei a mão pelo rosto.

–Tudo bem,estou acostumado com o seu estresse e com o da Nara.-Ele revirou os olhos.

–Você sabe que...

–Sei Sô,você esta mal por causa dos exames e tudo mais.-Assenti.Ele ligou o carro e deu a partida,nenhum dos dois falava e o peso do ar pairava sobre nós.

Hoje pelo menos não passei mal,só o nervosismo mesmo.

Encostei minha cabeça na janela e fechei meus olhos,minha cabeça estava começando a doer.

–Sô chegamos.-Henrique disse depois de uns minutos,abri meus olhos e vi a faixada do hospital.Respirei fundo e sai do carro,uma garoa fina caia.

Era estranho pois agora pouco estava o maior céu.

Entramos no hospital e fomos até a recepção.

–Bom dia.-Falei.

–Bom dia,como posso ajuda-la?-A enfermeira loira respondeu sorridente.

–Eu queria saber se os resultados dos exames que eu fiz ontem já saiu?

–Como é seu nome?

–Sôphie Yanks.-Ela digitou algo no computador.

–Ah claro,saiu sim mas os exames estão com o doutor e ele gostaria de falar com você.-Engoli seco,isso não é bom um sinal.

–Ele vai falar agora?

–Agora não pois ele esta numa emergência mas daqui uns 15,20 minutos ele virá falar com a senhorita.-Assenti.-Podem esperar ali na sala de espera.-Assentimos e fomos até a sala de espera.

–Sô aquele ali não é seu amigo?-Henrique apontou.

–Quem?-Me virei e vi ninguém menos que Alex,ele estava com a cabeça apoiada no braço e mexia a perna em sinal de nervosismo.-Alex?-Caminhei até ele e o cutuquei.-Alex?-Ele se assustou e me olhou de olhos arregalados.

–Sô?-Ele estava assustado.

–Me desculpa se te assustei.

–Tudo bem.-Ele suspirou.

–O que você esta fazendo aqui?-Ele me fitou e vi seus olhos ficarem distantes.

–Lembra daquele homossexual que foi agredido ontem?-Assenti.-Era o Patrick.

–O QUE?-Gritei,levei a mão na boca não acreditando.-Sério mesmo que é ele Alex?

–Hoje de manhã me ligaram e avisaram,eu vim correndo pra cá.-Ficamos uns segundos em silêncio.

–Me deixe te dar um abraço.-Ele assentiu e se levantou,lhe dei um abraço apertado tentando demonstrar conforto.Ele me abraçou forte como se fosse me quebrar ao meio,de repente senti minha blusa molhar e o seu choro baixinho.-Chora meu amor,coloca tudo para fora.-E seu choro aumentou.

–Eu to com tanto medo Sô.-Ele sussurrou no meu ouvido,soltei um pouco do abraço e o olhei.

–Eu sei que você esta com medo mas se Deus quiser tudo vai dar certo Alex,ele vai conseguir sair dessa,eu tenho certeza.-Enxuguei suas lágrimas.

–Os médicos disseram que o seu estado é grave e que agora ele esta em cirurgia.-Ele fungou.

–Eles vão fazer de tudo para deixa-lo como antes Alex mas você tem que ter esperanças.

–E eu tenho.

–Ele vai lutar para viver por você pois ele te ama e não vai querer deixar esse homão nesse mundo sozinho.-Ele sorriu de canto.

–Você não sabe a raiva que eu estou sentindo daqueles malditos que fizeram isso para ele.

–Ah justiça será feita eles vão se ferrar mas você não pode fazer nada entendido?-Ele assentiu,no seu olhar pude ver medo e raiva,tudo misturado e isso não era bom,ele pode fazer alguma burrada e acabar se ferrando.

–E você o que esta fazendo aqui?-Suspirei,nos sentamos e enquanto isso Henrique falava ao telefone e pelo sorriso maior que o mundo devia estar falando com Rah.

–Bom como você sabe eu ando passando mal né.-Ele assentiu.-Ontem eu vim fazer uma série de exames e hoje buscar o resultado.

–Se Deus quiser não vai ser nada grave.

–É...-Ficamos em silêncio.

–Eu e o Patrick iríamos morar juntos semana que vem.-Ele disse olhando para o nada.-Ele alugou um apartamento maior e disse que não queria ficar sozinho.-Ele me fitou.

–E vocês ainda vão.-Segurei sua mão.Ele sorriu de canto,sua dor era transmitida através dos seus olhos.

Conversamos por mais alguns minutos até que a mesma enfermeira que me atendeu me chamou.

–Ele pode ir comigo?-Perguntei apontando para meu irmão.

–Claro.-Olhei para Alex e ele sorriu me desejando boa sorte.

Henrique e eu a seguimos por um corredor e entramos numa sala,era o mesmo doutor que tinha feitos os exames em mim ontem.

–Bom dia doutor.-Falei apertando sua mão.

–Bom dia senhorita,bom dia.-Ele apertou a mão de Henrique.-Fiquem a vontade por favor.-Nos sentamos a sua frente,ele ajeitou uns papéis e tirou os óculos.

–Então doutor o que eu tenho? Tem cura?-Ele suspirou.

–Bom cura não tem.-Meu coração falhou uns batimentos,senti Henrique apertar minha mão.

–O que é então que eu tenho?-Do nada ele abriu um sorriso de uma orelha a outra.

–Parabéns você esta grávida.-Abri a boca para falar mas nada saia,meu coração parou por uns segundos.Olhei para Henrique e ele também estava de olhos arregalados e boca aberta.

–Como é que é? Eu vou ser mãe?-Foi a única coisa que consegui dizer.

–Sim.Meus parabéns.-Ele sorria mas eu simplesmente não conseguia fazer ou dizer qualquer coisa.

–Não doutor,você esta brincando comigo não é?-Ele negou.

–Aqui esta os exames,todos deram negativo exceto o de gravides.-Ele me entregou as folhas e realmente todas deram negativo,menos a de gravides.

Estava escrito positivo com letras bem grandes e gordas.

Levei a mão na boca não acreditando,meus olhos começaram a se encher de lágrimas.

Então eu simplesmente me levantei e olhei para Henrique e para o doutor.

–Obrigada doutor.-E saí da sua sala,andei apressadamente sentindo as lágrimas rolarem pelo meu rosto.

–Sô?-Alex se levantou e veio em minha direção.-Esta tudo bem? Por que esta chorando?

–Depois eu te ligo Alex,tchau.-Apressei mais meu paço e sai do hospital,a chuva tinha engrossado mas eu não me importei.Fiquei parada sentindo minha roupa molhar cada vez mais,as lágrimas se misturavam com as gotas da chuva.

–SOPHIE.-Escutei a voz de meu irmão,me virei e ele também estava na chuva,a poucos metros de mim.

Apenas me virei e fui até o carro,entrei e fiquei olhando para um ponto na rua.

Henrique entrou do outro lado e me encarou.

–Sô...-O fitei,as gotas do seu cabelo desciam pelo seu rosto.

–Rick...-Comecei a chorar como uma doida dentro do carro,Henrique se esticou e me deu um abraço tentando me reconfortar.-Eu não podia estar grávida Henrique,não podia,não podia.

–Claro que sim,Sô é normal as pessoas ficarem grávidas.

–Sim mas quando o namorado ou marido estão do seu lado e não na cadeia.

–Sophie você não entendeu o que acabou de acontecer?-O fitei.-Você vai ser mãe,mãe de uma criança maravilhosa e eu vou ser tio.Ai meu Deus eu vou ter um sobrinho ou sobrinha.-De repente seus olhos ficaram marejados.

–Mas...

–Nada de mas Sophie,você vai ter essa criança e todos nós vamos te ajudar.Só quero que me prometa uma coisa.-Ele enxugou a bochecha.

–O que?

–Que nunca em possibilidade alguma você pense em tirar essa criança entendeu?-Ele disse sério.Olhei para minha barriga e passei a mão por ela.

–Eu nunca faria isso,eu nunca teria coragem de tirar um pedacinho do Gui de dentro de mim. Eu estou decidida a ter esse bebe e cuidar dele até que o Gui saia da cadeira.-Sorri para Henrique,seus olhos brilharam e um sorriso de uma orelha a outra cresceu em seu rosto.

–Quero ver quando ele souber que vai ser pai.-Henrique riu.

–Ele vai ter um treco isso sim,mas eu não vou lá na cadeia falar isso e não quero que ninguém faça isso ouviu?-Ele assentiu.-A pior coisa para um homem preso é saber que sua namorada vai ter um filho e ele não vai estar do lado para cuidar.

–Entendo Sô,Nara vai ficar louca quando souber que vai ser tia.-Sorri.

–Quero até ver a reação de minha mãe,ela vai querer me matar.-Ri sem humor.

–Mas eu não vou deixar. Aliás o doutor pediu para que amanhã se desse você voltasse pra cá e lhe deixasse explicar os próximos procedimentos,já que você saiu correndo da sala.-Senti minhas bochechas queimarem.

–Eu... não me orgulho disso,foi uma atitude de criança mas eu estava em desespero,na verdade ainda estou. Mas tudo bem,amanhã eu volto e converso com ele.

–Bom irmã o que me resta é lhe dar meus parabéns.-Ele me abraçou novamente.-Que essa criança venha com muita saúde,pois o resto a gente conquista.

–Obrigada Rick.-Sorri de canto.

–Agora esta na hora de irmos para casa e contar essa maravilhosa notícia ao pessoal.-Assenti,meu coração começou a ficar mais acelerado e um nervosismo me bateu.

O caminho inteiro fomos conversando sobre o meu bebe.

Meu bebe,é estranho pensar que vou ter um filho ou uma filha,eu ainda sou novinha mas com a ajuda dos meus amigos e dos meus familiares tudo ocorrerá bem.

Chegamos em casa e vimos a luz do quarto de Nara acesa.

Entramos em casa e pelo jeito nem mamãe,nem Humberto estavam aqui.

–NARA.-Gritei.

–JÁ VAI.-Henrique parou do meu lado e colocou a mão no meu ombro. Ela desceu as escadas com um leve sorriso no rosto.-Oi gente.

–Oi Rah.-Falamos juntos.

–Achei que estivesse no ensaio.-Comentei.

–E estava,acabei de chegar.Deu um problema com a mãe da Lia e o ensaio acabou mais cedo.

–Hum,entendi.-Falei.

–E ai como foi no hospital?-Respirei fundo.

–Rah você e o Henrique vão ser titios.-Ela demorou uns segundos para processar.

–Tios?... -Do nada ela arregalou os olhos e ficou boquiaberta.-Ai meu Deus Sô,você esta...-Ela apontou para minha barriga,assenti.-AHHHHHHHHHHHH.-Ela veio correndo e pulou em cima de mim,o seu abraço era bem forte.

–Rah vai com calma ou vai me quebrar ao meio.-Ri e ela me soltou mas continuou me segurando pelos ombros.

–Você esta gravida Sô,você vai ser mãe e eu tia. Ai meu Deus,meus parabéns amiga.-Ela me abraçou novamente,eu e Henrique só ríamos.

–Obrigada Rah.-Ela sorriu e seus olhos estavam marejados.

–Rick...-Ela olhou para Henrique.-Imagine quando nós tivermos nossa mini Nara ou nosso mini Henrique.

–Vai ser uma bença amor.-Os dois se abraçaram.

–Bom se vocês não se importam eu preciso ir tomar um banho,essa roupa esta começando a me gelar.-Me olhei e estava toda encharcada,eles assentiram e eu subi para meu quarto.Tirei minha roupa e a joguei no cesto de roupa suja. Entrei no banheiro e liguei o chuveiro.

A água estava uma delícia,quentinha que só.

Meus pensamentos estavam em meu filho e na reação da minha mãe,como será que ela vai agir?

–Meu filho.-Olhei para minha barriga e sorri,era estranho de se pensar que uma vida esta se criando dentro de mim.

Terminei meu banho e me vesti, a chuva tinha engrossado e o frio aumentado.

Sai do quarto e parei enfrente ao espelho de corpo inteiro,levantei minha blusa e virei de lado. Minha barriga já estava aparecendo um pouquinho,mas por enquanto só parecia que eu tinha engordado.

Desci para a sala e o casal assistia a alguma coisa,fui até a cozinha e preparei um sandwich para mim.

Escutei um barulho na porta e depois dela se fechando.

–Chegamos.-Ouvi a voz de minha mãe,eu simplesmente congelei.

Respirei fundo e me levantei,fui até a sala e os dois falavam com Nara e Henrique.

–Oi mãe.-Falei baixinho,ela se virou e sorriu para mim.

–Oi filha.-Fui até ela e lhe dei um abraço,em Humberto também.

–E ai como foi lá no médico?

–Então mãe... eu preciso te contar uma coisa.

–O que filha?

–É...-Levei a mão na cabeça,meu coração parecia que ia sair pela boca.

–Então... eu estou grávida.-Falei baixinho apenas para nós escutarmos,fechei meus olhos esperando sua reação.

–VOCÊ O QUE?-Ela gritou,Humberto ficou boquiaberto.

–Parabéns mamãe a senhora vai ser avó.-Henrique disse.

–Avó? Ai meu Deus.-Abri um olho de cada vez e a vi,ela estava pasma com a mão na boca e olhos arregalados.-Isso é sério Sophie?

–É...-Peguei o exame do meu bolso e lhe entreguei,ela e Humberto leram tudo. Os olhos de minha mãe começaram a se encher de lágrimas.

–Filha...-Ela me olhou.

–Desculpa mãe.-Meus olhos também marejaram.

–Se desculpar pelo o que? Você vai ter um bebe,uma vida esta se criando dentro de você. Poxa.-Ela veio até mim e me abraçou forte,senti as lágrimas descerem pelo meu rosto.-Essa é a melhor notícia que eu já ouvi em tempos.

–Serio mãe?-A fitei,ela assentiu.

–Só me responda uma coisa.

–O que?-Ela passou a mão pelo meu rosto.

–É de Guilherme?-Sorri.

–Completamente dele,cada pedacinho.-Ela sorriu.

–E você vai contar para ele?

–Só quando ele sair da prisão,melhor assim né mãe.

–Obvio filha,bom... eu mal posso acreditar que vou ser avó.-Ela sorriu de uma orelha a outra.

–Meus parabéns Sophie.-Humberto veio até mim e me abraçou.-Que essa criança venha com muita saúde.

–E ela virá.-Sorri.

–Bom que tal prepararmos um jantar para comemorar?-Minha mãe perguntou toda animada.

–Claro.-Sorri.

–Eu ajudo.-Nara disse se levantando.

–Eu também.-Falei sorridente.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? O que acharam da grande revelação?