– O que foi Kratos? – Jôh se aproximou dele, mas ele não parou. – Pare, você esta chamando muita...

Jôh é interrompida quando alarmes de carros começaram a soar, e o som de algo pesado correndo sobre as latarias ia ficando cada vez mais alto. Um borrão escuro voa sobre os quatro semideuses e aterrissa as suas costas.

Eles viram-se rapidamente, já desembaiando suas armas.

Agora a frente deles estava uma Quimera, ela tinha quase dois metros de altura e uns três de comprimento, era enorme.

Anne e Jôh distraiam o monstro, desviando de seus ataques, enquanto Leo e Nico tentavam se aproximar para cortar a serpente que era sua cauda.

Jôh quase foi atingida por uma das patas de leão da Quimera, mas conseguiu desviar, e desferiu um golpe com a adaga, acertando a parte de baixo da sua pata, mas ela não se desintegrou.

Nico conseguiu cortar a serpente, o que deixou a Quimera agitada, esquecendo das garotas e se virando para Nico e Leo, mas eles já estavam preparados. Di Angelo pegou impulso e saltou por cima do monstro, descrevendo um arco com a espada e cortando suas duas cabeças, a de leão e a de bode, ao mesmo tempo, como se fosse manteiga. O que sobrou, virou pó.

***

De volta ao ônibus, o resto da viajem foi tranquila e cansativa, todos dormiram ate chegar em NY. Chegaram á rodoviária de Nova York por volta das oito horas da manha.

– Bem-vindas á Nova York garotas! – Leo disse,sorrindo e com os braços abertos, como se fosse abraçar a paisagem grandiosa de Nova York.

Na calçada as garotas olhavam para tudo com a maior cara de maravilha, elas nunca haviam ido para Nova York.

– Lindo! – Exclamaram as duas.

– Stêthi. – gritou em grego antigo. – Ô hárma diabolês!

Ele atirou a moeda grega na rua, e de vez cair no chão ela desapareceu e um taxi nova-iorquino cinzento apareceu no lugar da moeda, quer dizer parecia feito de fumaça. A janela desceu e uma velhinha com pouco cabelo colocou a cabeça para fora.

– Passagem? Passagem?

– Quatro, para acampamento meio-sangue. – Disse Leo, puxando mais moedas gregas do bolso.

A porta abriu-se e os quatro se apertaram no banco de trás. Kratos pulou no colo de Jôh.

– Não levamos animais! – Exclamaram três vozes roucas.

Leo olhou para Kratos e de Kratos para Jôh, que tinha uma carinha fofa.

– Pago mais.

O Taxi arrancou, fazendo todos se grudarem no banco. A cada curva eles caiam um sobre o outro.

– Ira, devolva o olho para mim! – Gritou uma velhinha, a velhinha que dirigia.

Tinha três velhinhas no banco da frente.

– Olho? – Sussurrou Anne, preocupada.

– Não, você estava com ele semana passada, Tempestade! – Gritou Ira.

– Mas eu estou dirigindo! – Gritou Tempestade, dando uma guinada violenta para a direita.

Todos lá atrás deram um grito, por que quase atropelaram uma menininha. E Kratos, quase degolou Nico quando ele caiu por cima dele.

– Diga, Vespa! – Gritou Tempestade.

– Devolva! – Gritou Vespa, em resposta.

No final as irmãs levaram os quatro para o acampamento em meio à briga. Leo as pagou, e todos saltaram do taxi com cara verde.

Todos olharam para a colina meio-sangue e começaram a subir, quanto mais chegavam perto do acampamento mais Anne vibrava de felicidade, como se sentisse a magia que flutuava por ali. Já Jôh ia se arrastando, escorregando, tropeçando e não sentia nada alem de ardência em todo seu corpo como estivesse pegando fogo.

Ao chegar ao topo, Anne deu pulinhos ao ver Peleu, o guarda do Velocino de Ouro.

– Bem-vindas! – Exclamou Leo, suspirando.