Os quatro estavam saindo da pequena cidade fantasma, quando uma voz surgiu atrás deles. A voz era conhecida, mas era uma voz que ninguém esperava ouvir tão cedo.

– Ora, ora... Nunca pensei que conseguiriam passar por Fobos. Quando a senhora contou quase cai duro.

– Devia ter caído. – Jôh virou com um sorriso maléfico.

Todos viraram para Augustus, que estava segurando uma espada de bronze ao alguns metros de distancia deles.

– Como assim? – Pergunta Leo, batucando a musica Creep do Radihead.

– Quer dizer que ele está nós traindo! – Exclama Nico, andando ate ele puxando sua espada.

Nico para três passos de Augustus, com a melhor cara assustadora. Aponta a espada para a garganta do traidor.

– Como você pode trair a sua casa?! Como você pode?! – Gritou Nico, com suas pupilas dilatadas de raiva.

– Por que eu odeio os deuses. Meu próprio pai, que vive no mesmo lugar que eu, não me dá as horas. – Respondeu como se estivesse tomando chá das cinco com Nico.

– Que egoísmo. – Falou Jôh, com seus olhos começando a faiscar.

– Egoísmo? Isso é bem maior que eu! – Gritou de volta.

– Qualquer coisa é. – Sussurrou Anne.

– Chega de bate-papo. – Riu ele. - Morram!

Videiras se enrolaram nos pescoços de Nico, Leo e Anne, que não tiveram tempo de revidar. As videiras apertaram seus pescoços, em segundos estavam inconscientes.

Jôh observou tudo pasma. Não gostava de Augustus, e o sentimento era recíproco, mas nunca imaginou que ele era mal. Mas, ao ver seus amigos ficarem inconscientes uma raiva, que ela apenas havia experimentado apenas uma vez, tomou conta dela. Suas pupilas diminuíram, seus olhos violetas faiscaram com se estivessem pegando fogo.

Jôh não se deu o trabalho de sentir o pulso dos amigos, sabia que estavam vivos. Puxou a adaga da bainha de Nico.

– Você vai morrer! Pelas minhas mãos! Vou ser piedosa, vai ter uma morte lenta se me disser quem é sua senhora. – Andou lentamente ate Augustus.

Ficou tão perto que sentia seu halito.

– Minha senhora disse que quando eu chegasse ate vocês poderia acertar as contas com você. – Disse sorrindo. – Disse que provavelmente não teria força alguma depois de ver seus amigos quase morrendo, mas vejo que errou. – Augustus segurou o queixo dela. – Meus amigos no subterrâneo viram o que você fez com Joufrey. – Deu duas batidas de leve na bochecha dela. - Você tem a força de uma tigresa que mata pelos filhotes. Tem sangue frio de uma assassina.

– Obrigada pelos elogios. – Responde fazendo um pequeno rasgo na bochecha dele com adaga. – Mas agora responda!!

– Seus amigos têm 3 minutos antes de morrer.

Augustus toma distancia dela, e assumi a posição de luta.

– Juro pelo Estige, que vou te matar hoje! – Grita, e um raio cai no meio dos dois.

Os dois avançam. Espada e adaga se chocaram formando faíscas. Jôh tenta dar uma rasteira, mas ele pula levantando a espada a cima da cabeça, e baixando com um machado. Jôh, mesmo agachada, gira nos calcanhares aparando o golpe agachada.

Levantou-se. Girou nos calcanhares de novo, e ele achando que iria ser atacado pela esquerda já se preparou, mas apenas levou um chute no estomago com toda força. Augustus apenas desequilibrou, tendo uma pequena vantagem sobre Jôh, que ficou uns segundos pasma, fez um corte no ombro dela.

O corte só fez sua raiva borbulhar. Passaram-se apenas um minuto e quatro segundos.

Jôh avança com golpes da esquerda para direita, e de baixo para cima, mas ele se esquiva facilmente. Augustus faz uma finta em direção ao lado direito do corpo da adversária, e quando tenta parar ele volta para trás, fazendo a perder o equilíbrio com tamanha força colocara no golpe. Augustus faz um corte fundo na lateral esquerda do corpo de Jôh, que cai de joelhos de dor. Ele chuta a mão de que Jô segura adaga, fazendo a mesma voar longe.

Dois minutos.

Uma voz entra na cabeça de Jôh. Por incrível que pareça não é sua mãe, e sim, sua professora de astronomia. A voz de uma lembrança de alguns meses atrás, quando ainda tinha aula.

A maldita é apenas uma idiota maldita. Sabe que você tem que fazer? Olhe-a nos olhos, pense que as pupilas são duas luas, e como um Astrônomo estude os e descubra o que vão faze.

Jôh olhou para os olhos malditos de Augustus, que gargalhava. Levantou-se, limpou a testa. Olhou o mais profundo possível, e descobriu o que ele faria a seguir.

Augustus atacou pela direita, e Jôh segurou seu golpe batendo com o antebraço no pulso de seu adversário. Com a mão que restou a ele tentou socar Jôh, mas ela segurou o punho dele. Jôh deu um pulo muito alto, e com os dois pés chutou ele, que caiu no chão sem reação.

Jôh foi ate ele, que mantinha as mãos no estomago, onde Jôh pisou em cima das mãos, para imobiliza-las. Pegou a espada dele, e apontou para a garganta dele.

Seus olhos transmitiam medo.

– Nos vemos no inferno.

Jôh enfiou a lamina toda no pescoço dele, fazendo jorrar sangue no seu rosto.

Deu três passos para trás para observar o cadáver que tinha na sua frente, o segundo morto pelas suas mãos, notou que ele tinha a mesma marca no pulso que os zumbis do subterrâneo. Uma cobra enrolada no pulso com a cabeça em cima da mão.

Jôh sentiu uma fraqueza repentina, e quase caiu, só não caiu por que braços fortes a seguraram antes mesmo de seus corpo tocar o chão e desmaiar.