À noite tudo está resolvido. Quer dize mais o menos. Leo fechou o corte de Jôh colocando pólvora negra, que ele tinha em seu cinto, e colocando fogo na pólvora. Claro que instantaneamente Jôh acordou gritando, e Anne e Nico tiveram que segura-lá.

– NOITE

Eles acharam uma casa abandonada com uma chaminé redonda bem alta. Ela tinha uma escada que levava ate o topo da chaminé.

– O.K! – Fala Anne tomando as rédeas da situação. – Eu e Leo ficaremos de vigia a noite toda, e vocês ficaram parados ai.

Jôh estava recostada em uma parede que era branca, que ficava na frente da porta, agora a parede era sem cor e estava cheia de musgo, e úmida. Nico estava em outra parede, que ficava a direita.

– Eu me recuso a ficar aqui sentada com esse traste. – Diz Jôh tentando levantar-se, mas ela fica tonta e volta a sentar.

– Acho que você não tem escolha. – Fala Leo fazendo uma fogueira no meio da casa.

– Eu me recuso a ficar sentada com essa inútil! – Exclama Nico indo para a escada da chaminé, mas Anne o puxa de volta.

– Vocês ficarão ai e resolverão suas diferenças de um jeito ou de outro. - Anne olha para Nico, muito decidida. – E, por favor, cuida dela. É um pedido solene. – Quase implora Anne. - Jôh fica inquieta quando está machucada, mas dessa vez ela não pode se mexer mesmo. – Sussurra Anne para Nico olhando de soslaio para a prima, que fazia caretas de dor.

– Fazer o que? – Ele rola os olhos.

Anne e Leo sobem a chaminé. Quando chegam ao topo sentam na chaminé um de costas para o outro. Por uma hora eles ficam em silencio. Ouvem alguns barulhos na floresta, mas são apenas animais inocentes. Ouvem umas brigas lá em baixo,mas logo elas acabam.

A noite estava muito estranha. Tinha uma nevoa sobre a floresta, a lua estava encoberta por nuvens e estava muito frio.

– Você acha que vamos conseguir acha lá? – Pergunta Leo, preocupado com sua amiga Helena.

– Não sei. – Responde Anne, rouca por não usar a voz por certo tempo.

Silencio.

– Eu ouvi uma coisa que não era para ouvir. – Diz Anne, nervosa, para Leo. – Uma conversa entre você e a Katie.

Leo enrijecer, e segura a respiração.

– O que falávamos? – Pergunta Leo, nervoso.

Conto a ele o que ouvi. O que falei. O que ouvi de volta.

– Sinto muito por Katie ser assim.- Diz com muita tristeza em sua voz. - Sabe, eu me apaixonei por ela no segundo que a vi. Mas, quando falei isso para ela já era tarde demais... Ela gostava de outro. O resto você sabe.

– Sinto muito. – Diz indo para o lado dele.

– Eu também. – Leo dá uma risadinha fraca. – Quer saber? Já a esqueci!

Suspiro aliviada por ele.

– Estou pensando em ficar sem pensar em garotas por certo tempo. – Relata sorrindo para o nada. – Mesmo tendo como companheira de missão duas garotas surpreendente. – Diz sorrindo mais ainda.

– Ei! – Repreendo de brincadeira. – Eu estou aqui, sabia? – Empurro de leve com meu ombro.

Leo dá uma risada.

– Mas se quer saber? Sua prima me assusta com aqueles olhos. - Diz com a testa franzida. – Já você, mocinha. – Leo olha para Anne rindo. – É um ponto de interrogação para mim.

Anne sorri sem jeito, e fica ruborizada.

– Você... É diferente de qualquer outra. – Sorri, confuso.

Anne sorri de volta.

Depois dessa conversa eles voltam a ficar em silencio ate ao amanhecer. Os dois descem para acordar os dois outros.

Todos voltam a caminhar para pegar o primeiro barco de volta para Nova York. Foi fácil pegar o barco, difícil foi evitar os olhares maliciosos no barco.

Os quatro acabam onde começaram no Central Park. Sentados, discutindo o próximo passo.