As garotas iriam participara da sua primeira caça a bandeira, e estavam muito animadas. Elas se sentiam preparadas, sentiam que o pouco treinamento tinha surgido efeito em seus corpos. Jôh já estava praticamente a melhor na esgrima depois de alguns campistas. Anne era a melhor na luta depois de alguns campistas. Elas estavam muito felizes.

As duas estavam na orla da floresta esperando que Quíron anunciasse as equipes. Anne estava do lado de Leo conversando qualquer coisa. Jôh estava do lado de Noah batendo o pé nervosamente, e estralando os dedos nervosamente. Nico estava distante encostado em uma arvore batucando nela com os dedos.

– Os times são Hermes, Atena, Hades, Hefesto e Nix. – Anunciou Quíron lendo os nomes em um pergaminho.

Houve um burburinho entre os campistas.

– Campistas! – Falou Quíron entregando o pergaminho para um sátiro. – Queria dizer também que nosso oráculo, Rachel, voltou hoje a tarde.

Uma garota ruiva, com sardas e cabelos cacheados apareceu do lado de Quíron e por um momento Leo, Anne, Jôh e Nico fixaram nela.

A garota levitou três dedos acima do chão, seus olhos ficaram verde ácido, e uma fumaça verde saiu da sua boca. Começou a recitar:

A luz, a viajante, a morte e a escuridão.

A filha que detém o caos buscarão.

Controlados serão, aqueles que vivem na solidão.

A senhora esquecida renascerá em busca de vangloriação.

O labirinto atravessarão, e no final perecerão.

A Raquel caiu no chão desacordada, e dois filhos, imediatamente, foram ate ela ajuda-la a voltar a si.

– Caça cancelada! – Exclamou Quíron calma, mas seu rosto transparecia nervosismo. – Chefes dos chalés, comigo! Exceto Nico e Johanna, vocês ainda estão de castigo! O resto dos campistas voltem para os seus respectivos chalés!

Anne foi ate Jôh, e as duas começaram a andar em direção ao chalé de Nix.

– Você sentiu aquilo? – Perguntou Anne esfregando os braços arrepiados.

A prima acenou positivamente.

As duas entraram no chalé de Nix. Jôh sentou na cadeira da escrivaninha e Anne na cama. Elas pensavam o que podia ser aquele arrepio na espinha que sentiram quando a profecia foi falada. Já haviam ouvido sobre essas profecias nos dias que estiveram ali, mas nunca ninguém falou que profecias podiam causar um puxão no espírito e um arrepio horrível na espinha como se um gato tivesse aranhando sua coluna vertebral.

A porta do chalé foi escancarada. Nico e Leo entraram no chalé correndo e ofegantes.

– O que estão fazendo aqui?! – Perguntou Jôh com os olhos arregalados de susto.

– Precisamos conversar sobre a profecia. – Falou Nico, se recostando na parede do chalé e olhando em volta. – Acho que fala de nós.

Leo assentiu nervoso olhando as coisas quebradas no chalé de Jôh. Suas mãos se mexiam nervosas para consertar tudo.

– Como pode ter certeza? – Pergunta Anne, agora nervosa andando para lá e para cá Np chalé. – E você não devia estar na reunião? – Perguntou Anne para Leo.

– Disse que tinha que resolver uma coisa urgente, se não ia explodir. – Explica dando um sorriso maroto. – E sobre sua primeira pergunta. Ando tendo uns... Sonhos estranhos. Somos nos andando em uma cidade mal assombrada com as armas na mãe, e falamos que devemos buscar a Helena.

Jôh se levanta da cadeira, e tira um livro da mão de Nico.

– Não toque nas minhas coisas! – Diz com os olhos violetas brilhando perigosamente.

– Que estresse! – Exclama ele revirando os olhos.

– Eu fico estressada se tem um idiota no meu chalé. – Devolveu o livro para prateleira.

Leo e Anne se olharam com as testas franzidas.

– Você pode ter razão. – Responde Jôh, pensando na primeira linha da profecia. – A primeira linha da profecia podia falar de nós. – A luz, Leo, por ser filho de Hefesto, e exercer poder sobre o fogo. Hermes é o deus dos viajantes, e Anne é filha dele. – Falou refletindo. – A morte, isso é obvio, Nico, o único filho de Hades. Nix é a deusa da escuridão a absoluta. A escuridão pode ser eu.

Por um minuto todos ficaram quietos, pensando no que Jôh acabará de falar.

– Se é isso, por que não falamos com Quíron? – Pergunta Anne, mordendo o lábio inferior.

– Quíron não ia deixar nós sairmos sem mais provas de que somos nós. – Respondeu Nico, passando a mão no rosto.

Ficaram em silencio de novo. Nico abre e fecha a boca, e então fala:

– Podemos sair sem falara com ele. Tipo, agora. – Nico olha para os três na sua frente.

– De novo? Quando voltarmos, se voltarmos, Quíron vai nos matar. E não falo de uma morte rápida e sim uma morte lenta e dolorosa! – Exclama Leo, já imaginado a cena da morte deles.

– Mas é nossa melhor opção. – Rebate Nico.

Leo pensa na situação. Ele não poderia deixar Helena para trás sabendo que ela estava viva e precisava de ajuda, ela era sua amiga, uma das melhores. Precisava fazer isso.

– Vamos arrumar nossas coisas, e nos entramos na colina daqui a quinze minutos.

Nico assente e os dois começam a se encaminhar para saída.

– Quando falam “nós” querem dizer eu, e Jô também, não? – Pergunta Anne, mas é mais fazendo uma pergunta retórica. – Por que com certeza eu vou.

– Eu também. – Confirma Jôh, já puxando uma mochila de seu roupeiro.

– Não, não vão. Vocês mal sabem segurar uma espada, vão nos atrapalhar. – Nico diz para elas, nervoso pela demora nessa conversa.

– Vamos! Por que vocês não iriam durar um dia sem nós, e nós estávamos também no sonho de Leo, e provavelmente se não formos algo dará errado, pois estávamos na profecia também. – Jôh assumi um tom totalmente ameaçador. Mais tarde todos poderia jurar que ela ficou muito parecida com sua mãe.

– Ok. – Nico sede. – Mas, antes de ir devemos saber por onde começar se não, nossa viajem será em vão.

Todos assentem, começando a pensar. Jôh tem uma súbita lembrança.

Ela corre para seu roupeiro sobressaltando a todos, arranca um papel amarelado e grosso do roupeiro. Ela estende o papel no chão e todos ficam em volta para ver o que é. O papel era um mapa enorme cheio de x, lugares com os seus nomes escritos em caneta permanente em cima. No mapa tinha parte de Nova York, mas mostrava mais as cidades em volta.

– É um mapa. – Explica Jôh sorrindo para o pedaço de papel.

– Serio? Não tinha percebido. – Ironizou Nico.

Jôh ignora.

– A questão é, achava que não significava nada, mas se ligar os pontos agora pode ser a localização de alguma coisa. – Explica Jôh, olhando para o x mais perto do acampamento.

– Você tem razão! – Exclama Leo, analisando o mapa. – Não me lembro de termos ido a esses lugares, provavelmente ela se esqueceu do mapa. – Ele se senta do lado do mapa, e aponta para o x mais perto do acampamento. – Me lembro dela falando sobre contas que estava fazendo para descobrir onde aparecia mais monstros, e tal. Eu não acreditei, mas pode ser possível. – Leo sorri impressionado com a capacidade da amiga. – Podemos seguir o caminho que ela traçou. Talvez ela esteja no ultimo x.

– Muito possível. – Concorda Anne, olhando o ultimo x. – Mas se ela não estiver. O que faremos?

– Não sei, mas é nossa única pista. – Leo e Anne se encaram por uns segundos.

– Então tá! – Diz Anne, se encaminhando para porta. – Quinze minutos na colina.

Quando todos estão na porta. Jôh fala, mas não como se estivesse falando com alguém na sala, mas consigo mesmo.

– Helena vai estar lá, eu sinto. Vamos acha lá.

Foi fácil passar a noite pelo acampamento, todos estavam nos chalés, exceto alguns filhos de Hermes. Ninguém percebeu os quatro, um por um, indo ate a colina do acampamento, e a descendo na ponta dos pés.

Eles caminharam a noite toda, para chegar na sua primeira parada seria em uma pequena ilha evacuada perto de Nova York.