Antes de começar o capítulo da fanfic, quero lhes mostrar o poema feito por minha Nee-sama (Megumi) inspirado no capítulo Amor:

Corte

Você sabe o quanto dói?

Você não sabe, então cale-se.

Você não vê a minha dor,

Você não me dá nenhum amor,

Eu quero ir,

Me deixe partir.

A lâmina é o alívio

Você é a dor

Não cite a palavra amor

Deixe que o corte

Salve minha vida

                                             Ele não é a verdadeira ferida.

Agora, a fic :3 .

 OOO

Memória 3 - Memórias.
   
    Todas as minhas lembranças mantém você próximo.
All of my memories keep you near
    Em momentos silenciosos imagino você aqui.
In silent moments imagine you be here
    Todas as minhas lembranças mantém você próximo.
All of my memories keep you near
    Seus sussurros silenciosos, lágrimas silenciosas.
Your silent whispers, silent tears
Memories - Within Temptation

De que você se lembra mais? Momentos tristes, felizes, marcantes? Seres humanos tem Memórias, estas memórias dizem o que ele fez, quem ele conhece, o que ele sabe... São registros de uma pessoa, algo que prova que ele realmente existiu. Se alguém lembra, aconteceu. Se ninguém se lembra, nunca aconteceu.
 Memórias têm dois lados: quando o presente é ruim, as pessoas se prendem a um passado, evitando a dor do presente e revivendo seu doce passado milhares de vezes. E quando o passado é ruim, as pessoas o revivem milhares de vezes, e as vezes nunca são capazes de se perdoar...
 Mas, decerto, algumas pessoas gostariam de apagar suas memórias ou revivê-las. Seriam elas nossa porta de escape do mundo real, da realidade e presente que nos atormenta? Ou seria elas nosso passe de volta a um passado que nós não queríamos que existisse? Mas, por mais que tentemos nossas memórias nunca são esquecidas. Você tentaria apagar suas memórias?

Suicídio 3 - Me lembre meu motivo para viver

 Estava sentado no meu quarto, abraçava os joelhos. Era um dia de sol, apesar da cortina fechada, eu ainda conseguia ver os raios de sol que iluminavam o mundo. Veio a minha mente lembranças de quando era pequeno, Otou-san brincava comigo em dias de sol... Tudo era maravilhoso para nós. Eu era uma criança feliz e sorridente, não sabia o significado da palavra "Tristeza" ou "sofrimento". Okaa-san, não era tão ocupada. Nos fins de semanas nos reuníamos no jardim e ficávamos juntos. Lembro-me até hoje, que em uma viagem Otou-san ensinou-me a jogar Futebol.
 Otou-san sempre foi ocupado. Vivia viajando, e eu sempre aguardava ansioso a sua volta de tais viagem. Lembro-me que a cada viagem para um País diferente ele me trazia um carrinho de brinquedo e me mostrava o que ele fazia. Meus olhos brilhavam com aquele curto momento.
 Agora, aqui estou encarando a minha coleção de carrinhos. Guardados numa estante lembrando-me que aquele passado foi real, não foi apenas mais um sonho. Levantei-me do chão e olhei o calendário. Por coincidência Otou-san chegava hoje de uma viagem à Paris. Meus olhos brilhavam, talvez hoje ele não tivesse trabalho e poderíamos finalmente passar um tempo juntos.
 Olhei a janela, respirei fundo e a abri. A luz do sol adentrou o quarto rapidamente e com força, aquela claridade queimava os meus olhos. Devíei-los da luz até que me acostumasse, então, quando os abri novamente vi o carro de Otou-san estacionado frente à nossa casa. Desci correndo as escadas, chegando lá vi Otou-san com uma expressão abatida.
 - Otou-san...? - Disse me aproximando lentamente dele. Fitava em silêncio a janela, talvez olhasse as nuvens, sei que seu olhar estava tão perdido que não consegui localiza-lo.
- Filho... - Ele disse sem se voltar para mim. - Eu não tenho tempo para você agora. Me desculpe. - Dito isto, pegou as chaves do carro e saiu. E eu continuei ali, pasmo em meio a sala.