Eternit escrita por Uma Jujuba Azul


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Ta ai, eu to enrolando o maximo para não acabr mas ta ficando meio dificil!!!



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“Uma promessa que você pede para alguém fazer traz consigo o peso da responsabilidade que essa pessoa tem em fazê-la. Porém, um promessa feita por livre e espontânea vontade, sem que ninguém peça, é a mais verdadeiras promessas e não depende de uma responsabilidade para ser comprida, mas sim de um sentimento que se sente por alguém.”

Acordar nos braços de Nico seria algo ótimo qualquer outro dia da minha vida, porém hoje, era algo um tanto doloroso. Meu corpo estava muito frágil pela quantidade de hematomas que se espalhavam por ele, e os braços do di Ângelo pareciam pesar toneladas em cima do meu corpo. Felizmente eu havia dormido de jaqueta, de maneira que ele não pode ver os hematomas nos meus braços.

Sai lentamente de baixo de seus braços, tendo o máximo de cuidado possível para não acorda-lo, mas meus esforços forma inúteis, pois ele acordou assim que consegui me desvencilhar dos seus braços.

– Bom dia – Nico falou sorrindo – Como você está?

– Bem...eu acho – falei me levantando da cama.

Alguns raios de sol entravam por uma fresta da cortina revelando que já havia amanhecido. Parei sentada na beira da cama, olhando para janela e pensando o quão estranho era ter passado a noite com Nico sem brigar com ele e nem beijar ele, apenas ter dormido na segurança do seu abraço, apenas pelo fato de que ele parece se preocupar um pouco comigo.

Senti alguém me abraçar por trás e me dar um beijo na bochecha. Não pude evitar dar um pequeno sorriso com isso. Caralho o que eu estou me tornando, uma garotinha melosa que causa nos outros a vontade de vomitar arco-íris? Os deuses que livrem disso!

– Tudo bem? – perguntou Nico.

– Tudo sim di Ângelo. – falei desanimada.

– Vamos tomar café? - perguntou ele se levantando da cama.

– Seus pais não estão em casa?

– Estão, mas eles não vão se importar de ter uma visitinha no café – ele disse rindo.

– Então tá – respondi e me levantei, afinal eu estava com fome, e não sou do tipo que recusa comida de graça.

Fomos até a cozinha lá estava Hades sentado numa mesa redonda, lendo o New York Times e tomando café em uma caneca. Em frente ao fogão estava Perséfone preparando o que me parecia ser panquecas. Eu simplesmente amo panquecas!

– Bom dia! - disse Nico e deu um beijo em Perséfone e empurrou o jornal de Hades atrapalhando-o em sua leitura, o que foi até engraçado. – A Thalia vai tomar café com a gente algum problema?

– Se eu dizer que tem você vai mandar ela embora? – perguntou Hades e eu tive vontade de mostrar o dedo do meio para ele, mas achei melhor manter a educação que eu raramente tinha.

– Não – respondeu Nico.

– Então fazer o que né?! – disse Hades e voltou a ler seu jornal.

– Sente-se – disse Perséfone e foi logo colocando um prato com panquecas e waffles na minha frente.

O café da manhã na casa dos di Ângelo foi até divertido, Hades ficou soltando algumas piadinhas sem graça, Nico fazendo caretas para ele que me faziam rir e quase cuspir o suco na cara de Hades, Perséfone não parava de encher meu prato e suas panquecas eram deliciosas. Eu posso dizer que por alguns instantes me senti numa família de verdade, como eu não me sentia a muito tempo, tanto tempo que eu nem lembrava como era.

Depois do café eu disse que iria para casa e Nico desceu comigo até o meu andar.

– Obrigada Nico – disse em frente a porta do meu apartamento.

– Não precisa agradecer, até porque você não é de ficar agradecendo – eu ri com isso – mas quando precisar de alguém, ou de uma cama para dormir – ele sorriu malicioso e eu bati em seu braço – calma eu estou brincando, mas é serio se precisar contar com alguém, conte comigo. Mas me prometa uma coisa?

– O que? - perguntei seria.

– Não faça mais isso ok? Não tente mais se matar de novo Thalia, você é muito importante para mim e eu não quero perder você – ele disse me olhando nos olhos.

Eu não sabia o que responder, então apenas o abracei. Ele me abraçou de volta com força e eu tive que segurar um gemido de dor.

– Promete? – ele perguntou.

– Prometo – respondi baixinho, de maneira quase inaudível.

Ele me apertou um pouco mais e, apesar de ser uma sensação boa ficar aconchegada no abraço apertado de Nico, aquilo estava doendo por causa dos hematomas no meu corpo, porém eu não podia o deixar descobrir isso, pois naquele momento admito que eu senti medo, um medo que eu nunca tinha sentido, o medo de perder alguém que faz toda a diferença na sua vida, que te faz seguir em frente e não te deixa desistir, sentia medo pois tinha certeza que se ele soubesse o que vinha acontecendo comigo, sentiria tanto nojo quanto eu mesma sinto de mim e eu não teria mais esse porto seguro que Nico havia se tornado para mim.

– Eu prometo que nunca, nunca, vou te deixar Thalia. – ele sussurrou e eu senti meu coração apertar e falhar uma ou duas batidas. Uma lagrima escorreu pelo meu rosto e logo molhou a camiseta preta de Nico que fazia questão de não me soltar.

Ficamos um tempo parados em frente à porta do meu apartamento apenas abraçados um no outro. O momento perfeito que poderia ser congelado e eu seria a pessoa mais feliz do mundo se pudesse vive-lo para sempre. Mas infelizmente precisei me soltar dele.

– Você está bem? – perguntou Nico.

– Sim – respondi.

– Então eu já vou indo – me deu um beijo na testa e foi indo até o elevador.

Abri a porta e entrei em casa, vi minha mãe sentada na sala, porém a ignorei.

– Onde você estava Thalia? – perguntou furiosa.

– Não te interessa – respondi seca e fui para o meu quarto.

Depois de tomar um banho e almoçar passei o dia trancada no meu quarto escutando música e trocando algumas mensagens com Nico, nada de mais apenas coisa do tipo “você está bem?”, “sim e você?”, “que tal sairmos amanha”, piadinhas idiotas e chingamentos, nada fora do nosso normal. Mas tinha uma coisa diferente, agora eu sabia que ele realmente se importava comigo e agora eu tinha um motivo para não desistir, uma razão para seguir em frente, uma promessa para cumprir.

Um mês depois...

Um mês havia se passado desde o dia em que eu tentei me matar e Nico me salvará. As coisas não mudaram muito, a diferença é que agora eu tinha um motivo para não desistir. Eu e Nico nos víamos quase todos os dias, não estávamos ficando, não passávamos dos abraços apertados e um pouco dolorosos para mim. Steven continuava a aparecer para “dar dinheiro a minha mãe” em torno de duas vezes por semanas e agora também levava outros amigos para “se divertirem” comigo. Aquilo tudo era terrível, eu tinha vontade de fugir ou de parar o tempo em algum momento em que estou distraída com Nico e viver apenas este momento para sempre. É claro que Nico não sabia de nada, apenas me chamava de louca quando estava um calor de matar e eu estava de casaco ou manga comprida e eu apenas fingia rir e batia nele, coisa que, aliás, havia virado praticamente uma mania, bater no di Ângelo, as vezes ele batia de volta mas eu fazia cara feia e ele me abraçava.

Neste exato momento estou sentada no terraço esperando um di Ângelo atrasado. Havíamos marcado de nos encontrarmos as nove da noite aqui e já eram nove e meia. Hoje era domingo então eu sabia que não teria a infeliz visita do Steve nem de seus amigos, então não precisava me preocupar com a hora, mas o fato do di Ângelo estra meia hora atrasado estava me irritando e me deixando preocupada.

Me levantei do chão e caminhei até a beirada, me escorando na pequena mureta que me impedia de cair do 13° andar para uma morte certa.

Fiquei observando as estrelas. De repente uma luz se acendeu no terraço do prédio na frente que era mais baixo que o meu, e lá em baixo, no terraço vi escrito com luzinhas, iguais aquelas a gente usa no Natal a seguinte frase:

THALIA GRACE

QUER NAMORAR COMIGO?

Eu não acreditava no que estava vendo, sorria e fazia cara de idiota. Aquilo era simplesmente incrível, mas devia ser algum tipo de pegadinha, isso não podia ser verdade.

– E então aceita? – me virei e vi Nico parado com uma caixinha na mão me olhando e sorrindo.

– Eu... – eu não consegui falar as palavras simplesmente não saiam da minha boca, eu encarava seu rosto e só conseguia sorrir – Eu aceito – falei finalmente.

– Então vem cá? – ele disse e me puxou para mais perto e me entregou a caixinha que segurava.

Eu sorri ao abrir e ver uma pequena correntinha pratada com um pingente de lua. O olhei e sorri. Ele tirou da caixinha e colocou em meu pescoço.

– Obrigada – eu disse sorrindo.

– Não agradeça, apenas me beija de uma vez Grace.

– Achei que nunca fosse pedir – falei e logo juntei nossos lábios.

Como era bom beijá-lo, eu amava fazer isso. Seus beijos eram quentes e suas mãos frias seguravam minha cintura fortemente.

Algum tempo depois já me via entrando em seu quarto. Mas algo aconteceu e vi Nico me olhar com um jeito assustado, então que eu percebi que estva sem blusa e meus hematomas estavam expostos.


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Notas finais do capítulo

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