A descendente de Qetsiyah escrita por OnceUponAWriter


Capítulo 2
Capítulo 2 - O Mistério




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—Calma, calma, mas pera, você disse que aconteceu justamente como no seu sonho. Explica isso melhor.

—No meu sonho... Bem, não era o Damon, mas era o Damon, se é que você me entende. Eu ainda não o conhecia, mas o garoto do meu sonho, não dá pra dizer que não, com certeza era o Damon, e pelo que eu me lembro do sonho, bom, a gente tava abraçado e a sensação era muito boa e parecia que existia só a gente no universo e...

—E foi exatamente o que aconteceu agora — Completou Rebekah.

—Eu não falei que foi bom, nem que parecia que só existia a gente...

—Mas dá pra ver isso nos seus olhos, e eu acho que te conheço bem o bastante pra dizer o que você está sentindo, *seu nome*.

Vocês duas se sentaram na sua cama, você suspirou e Rebekah te abraçou, ela notou que você estava um tanto nervosa ainda.

—Nossa *seu nome*, já notou que essas coisas estranhas só acontecem com você? Você parece que atrai esquisitices. —Disse Rebekah, num tom curioso e risonho.

—Bom, somos amigas, não? Então acho que a resposta é sim. Eu atraio MUITAS esquisitices.

Rebekah te empurrou de leve, rindo. Seu humor parecia ter melhorado desde que ela chegou, mas a alegria logo acabou quando Elena entrou no quarto e viu vocês duas sentadas na cama. Elena parecia pasma ao ver Rebekah e olhava para os lados procurando Damon. Assim que ela percebeu que ele não estava mais lá, ela olhou diretamente pra Rebekah e perguntou: “O que você está fazendo aqui?”

Você olhou pra Elena, não gostou do tom com que ela falou com Rebekah, quando se tratava de pessoas importantes pra você, você mudava, virava uma fera pra proteger as pessoas que amava.

—Ela é minha amiga, Elena, tem algum problema com isso? — Você disse, num tom desafiador.

Elena se inclinou pra frente como se quisesse dizer “Sim, eu tenho.” e você se levantou da cama, mostrando que não tinha medo, você estava furiosa, logo, ouviu-se um barulho altíssimo, trovões e mais trovões, a chuva começou a cair de repente, mas era incrivelmente forte, a janela se abriu com a força da chuva e do vento, o vento balançava seus cabelos e os das garotas no quarto, você estava ficando com raiva, ninguém podia tratar mal seus amigos, a tempestade ficava cada vez mais e mais forte, mas parecia que você nem tinha percebido.

—As duas, PAREM! —Gritou Caroline, da porta, ela estava toda molhada, tinha pego muita chuva.

—Caroline, o que aconteceu? — Você disse, enquanto pegava uma toalha pra levar pra ela.

—Essa tempestade maldita! —Caroline disse, furiosa.

—Car, vou dar uma volta. — Disse Elena, ainda braba.

—Ok amiga, não volte tarde, temos aula amanhã. —Disse Caroline, com um olhar de preocupação. E logo em seguida ela cochichou para Elena: “Lembre-se: Garotas NORMAIS!”.

Rebekah levantou da cama graciosamente e disse: “Bom, acho melhor eu ir pro meu dormitório”.

—Rebekah!? — Disse Caroline, surpresa.

—Até mais *seu nome*, até Caroline. — Disse Rebekah

Assim que Rebekah saiu do quarto, Caroline te olhou com um olhar de espanto, pelo visto ela e Rebekah se conheciam muito bem.

—Ok, você vai precisar me explicar tudo! —Disse Caroline, enquanto vocês duas se sentavam no pequeno sofá que havia no quarto. Ela estava se enxugando enquanto você tentava se acalmar.

—Bom, não há muito que explicar, Elena entrou no quarto, Rebekah e eu estávamos na cama conversando, Elena foi grossa, eu fiquei braba, a tempestade começou e aqui estamos. Mas hey, de onde você conhece a Rebekah?

—Ah, bom, ela e a família moravam na minha cidade natal, Mystic Falls, mas, tem certeza que Rebekah é uma boa companhia?

—Sim, eu tenho. Rebekah sempre foi uma ótima amiga, Klaus sempre foi muito gentil comigo, a família deles em si, Elijah, Kol, sempre foram muito gentis e carinhosos com a minha família.

—Onde se conheceram?

—Também já moramos na mesma cidade, Nova Orleans.

—Bom, se você confia neles... — Disse Caroline, enquanto se levantava. —Vou ir tomar um banho e acho melhor você se deitar, teve um longo dia.

—É, acho que você está certa...

Caroline foi pro banho e você se dirigiu à janela que tinha sido aberta pelo vento, percebeu que a tempestade havia parado, agora apenas chovia muito, muito fraco, sem vento, sem raios, sem trovões. Você ia fechar a janela, mas parou um pouco e percebeu que não era mais possível ver nem as estrelas nem a lua, você pensou um pouco sobre tudo o que aconteceu, fechou a janela, foi trocar de roupa e direto pra cama. Você virou pro lado e se remexia na cama, por mais que tentasse não conseguia dormir, depois de longas horas acordada, você finalmente pegou no sono.

Alguns dias depois você acordou cedo, o dia estava nublado, as nuvens tomavam conta do céu, as aulas foram adiadas por causa da tempestade que se aproximava.

Já era de manhã, você tinha acabado de levantar e as garotas ainda estavam dormindo, você se dirigiu para o chuveiro e tomou um longo e relaxante banho. Você estava se secando quando fixou os olhos no balcão branco do banheiro e viu seu colar ali em cima, você levou lentamente sua mão até o colar e pegou ele devagar, quando você saiu do banheiro, as garotas já estavam de pé, você perguntou gentilmente: “Meninas, foram vocês que botaram meu colar no balcão do banheiro?”.

Tanto Caroline quanto Elena negaram, você pensou “Deve ter sido a Rebekah, ontem”. Você estava se dirigindo para a porta, ia encontrar Rebekah para tomar café da manhã.

—Hey *seu nome*, quer tomar café da manhã conosco? —Perguntou Caroline, enquanto Elena olhava com uma cara de desaprovação para ela.

Sua situação com Elena ia de mal a pior, você não sabe porque, mas vocês duas sempre brigavam, discutiam ou algo do tipo.

—Ah, eu fiquei de tomar café com a Rebekah, bom, se quiserem ir, vai ser ótimo!

—Não precisa, não. —Retrucou Elena.

Você se irritou, mas não disse nada, apenas desceu rapidamente pelas escadas, foi para o campus e estava se dirigindo ao refeitório, mexendo no celular e tentando ligar pra Rebekah.

“PUF”

—Ai!! —Você disse

—Desculpe, eu deveria prestar mais atenção por onde eu ando.

—Não, não, a culpa foi minha.

Sem querer, um lindo garoto de olhos verdes esbarrou em você e você caiu no chão. Não tinha se machucado seriamente, só raspou a mão de leve.

—Venha— Disse ele, estendendo a mão pra te ajudar.

Você estendeu a sua, e ele te ajudou a se levantar.

—Se machucou? —Ele perguntou, preocupado.

— Não, é só um arranhão.

Ele fitou seu machucado por um tempo, parecia gostar do que via, ele disse: “Mas está sangrando”.

—Nem está doendo.

—Para com isso. — Ele disse. Ele pegou sua mão e tirou do bolso da calça um curativo que tinha guardado, gentilmente ele fez o curativo em sua mão.

—O...Obrigada — Você disse, envergonhada.

— Não há de que, a propósito, qual é o seu nome?

Você se apresentou e perguntou o nome dele, mas a resposta te fez estremecer, o nome ecoava em sua mente... Seus olhos involuntariamente se dirigiram pra baixo enquanto ele te olhava fixamente.

—Prazer, Stefan Salvatore.

‘Salvatore, Salvatore, Salvatore, Salvatore... ’ esse nome só te trazia a mente uma coisa: Damon.

—Me desculpe perguntar, mas por acaso você é parente de Damon Salvatore?

—Ah. —Bufou Stefan, meio desapontado. — Vejo que já conhece meu irmão.

Você ficou meio cabisbaixa, fez um sinal de sim com a cabeça e não conseguiu evitar fazer a pergunta: “E... Ele está bem? Por que...”. Stefan não deixou você terminar de falar, logo disse: “Eu e meu irmão não somos muito próximos”.

—Ah, desculpe, Stefan.

—Não, não, tudo bem, bom, eu tenho que ir procurar minha ex-namorada.

—Ah, talvez eu possa te ajudar.

—Bom, não quero te atrapalhar, apenas me diga se a conhece, se sabe onde ela está. O nome dela é Elena Gilbert.

Você ficou pasma, Stefan percebeu que já sabia sobre Elena e Damon, ele ficou envergonhado.

—Ah, eu sou colega de quarto dela, acho que ela e Caroline ainda estão lá, 147-S.

—Bem, obrigado *seu nome*.

Stefan se dirigiu ao dormitório de vocês e quando você se deu de conta, Caroline estava na sua frente.

—Caroline, me explica tudo AGORA!

—Venha, temos muito o que falar.

Caroline levou um bom tempo pra te explicar tudo, você ficou confusa, chocada, pasma, depois tava de boa.

—Ok, deixa eu ver se eu entendi. A Elena namorava o Stefan que é irmão do Damon que ficava com você que queria ficar com o Stefan. Aí a Elena se apaixonou pelo Damon, vocês não ficavam mais há muito tempo, ela e Stefan terminaram, você e Stefan viraram melhores amigos, agora ela namora o Damon.

—Exato.

—Não foi tão difícil.

Vocês duas se olharam e começaram a rir espontaneamente, de algum jeito, você conseguiu conquistar a amizade Caroline Forbes, mesmo sem saber como. Depois da longa conversa vocês encontraram Rebekah pra tomar café, comeram, beberam, conversaram e saíram da cafeteria.

— Ai, ai, tenho algumas coisas pra fazer, depois eu vejo vocês. —Disse Caroline.

—Ok — Disseram você e Rebekah ao mesmo tempo.

Você e Rebekah começaram a caminhar e a botar o papo em dia, mas você parou, parecia que não conseguir dar mais um passo.

—Você está bem *seu nome*?

Você olhou pra Rebekah e em seguida olhou pro lado, Rebekah entendeu na hora e disse: “Bom, eu tenho uns assuntos pra resolver, te vejo depois...”.

Você se aproximou devagar e disse: “Olá Damon”.

Damon te olhou, hesitou um pouco e logo disse: “Oi”.

Ele estava quieto, parecia não querer falar, parecia não querer estar ali, você não sabia se estava mais envergonhada ou preocupada.

—Damon, sobre ontem, eu estou preocupada...

—Não se preocupe — Damon te interrompeu. — Estou bem.

—Mas...

—Não, sem ‘mas’, eu estou bem, agora, com licença.

“O que aconteceu com ele?” Foi o primeiro pensamento que veio na sua cabeça. Depois do melhor abraço de já tinha recebido na sua vida, Damon simplesmente agiu como se não te conhecesse, foi frio e de certa forma, grosso. “Será que ele e Elena brigaram por minha causa? Mas pera, foi ELE quem me abraçou, a culpa não foi minha... O QUE HÁ DE ERRADO COM ESSE GAROTO?” Você estava prestes a surtar. Damon já havia se afastado, você estava sozinha no meio de muitas pessoas.

De repente você sentiu um calafrio atravessar seu corpo inteiro.

—Hey, por acaso eu te conheço?

— Hã? Acho que não, qual seu nome?

— Jeremy Gilbert, e o seu?

Você disse seu nome e parou pra pensar, há certo tempo você já tinha ouvido esse nome.

—Bonnie! Você tava namorando Bonnie Bennett, certo? Mas pera, a gente nunca chegou a se conhecer pessoalmente, como você me conheceu? E esse nome, Gilbert, é muito familiar...

— Ah, minha irmã estuda nessa faculdade, talvez vocês se conheçam, o nome dela é Elena Gilbert, e bom, eu simplesmente senti que te conhecia, você e Bonnie eram amigas? Mas pera, e como você me conheceu?

—Ah sim, Elena e eu somos colegas de quarto, e Bonnie, bom, nós não éramos amigas, somos, na verdade, somos mais que amigas, quase irmãs, Bonnie e eu somos primas. Bom, ela provavelmente vai me matar... Mas ela sempre me mostrava fotos suas, ela sempre te achou lindo.

“Na verdade, faz tempo que não falo com ela” Você continuou. “Sabe me dizer se ela está bem?”

Jeremy olhou para o chão com uma expressão desolada, ele não sabia como te falar, ele não sabia sua reação.

—*seu nome*, a Bonnie, bom, ela, ela sofreu um acidente e...

Ele não conseguiu completar a frase, mas você entendeu, você ficou arrasada, sem chão, você não teve forcas para se manter de pé, se ajoelhou no chão, começou a chorar, Jeremy se agachou e te abraçou, você chorava, mas ainda tinha forças o bastante pra perguntar quando. A resposta te alarmou, talvez até mais que o fato de Bonnie estar morta. Sua prima morreu há alguns meses, no dia do seu 17º aniversário, naquele dia em que você tinha desmaiado, e tinha ficado inconsciente por horas, o motivo sempre fora desconhecido e a hora do seu desmaio foi a hora quase exata em que Bonnie morreu, de algum modo vocês duas sempre foram muito próximas e naquela noite, você sonhou com Bonnie, como esquecer seu, agora ainda mais marcante, 17º aniversario??

Você começou a gritar, involuntariamente: “Não, não, não, não...”. As nuvens que já estavam no céu se carregaram mais ainda, a tempestade estava prestes a voltar, você sentia que não ia conseguir se mover. Raios e mais raios começaram a cair, um deles, perto de você e Jeremy, ele estava assustado tentando te levantar, mas você não conseguia parar de chorar, sua cabeça latejava, você estava perdendo o foco, seus olhos viam tudo embaçado quando rapidamente alguém te pega no colo, você consegue ouvir a voz de Jeremy dizendo: “Leve ela pro saguão, rápido, a tempestade está piorando, é muito perigoso ficar aqui fora”.

Você começou a ficar febril enquanto era levada pro saguão, você estava mal, mas não deixou de se sentir melhor quando estava sendo socorrida, nos braços daquele alguém você se sentiu protegida, você disse meio atordoada: “Klaus?”. Mas não ouviu resposta. Você desmaiou antes mesmo de chegar ao saguão. A chuva já começava forte, o vento levava tudo em seu caminho, Rebekah foi correndo para lá pra ver como você estava, você ainda estava desmaiada, Elena e Caroline estavam lá quando você chegou, Caroline correu para ver como você estava e Elena ficou pasma ao ver a cena. Quando finalmente você acordou, estava em seu quarto, Rebekah e Klaus estavam ao seu lado, você ainda estava meio atordoada, olhou para Klaus enquanto ele te olhava preocupado.

—Eu vim assim que Rebekah ligou dizendo que você tinha passado mal.

Sua voz estava falhando, você ainda estava fraca, mas disse: “Mas não foi você quem me socorreu?”

Klaus balançou a cabeça enquanto Rebekah te tapava mais.

—Bekah, você sabe quem me trouxe?

—Olha, acho melhor você descansar, depois falaremos disso. Fique quieta, vou te preparar um chá. —Insistiu Rebekah.

—Querida, não se mecha, vou comprar remédios. —Disse Klaus.

Rebekah foi ao dormitório dela pegar um chá especial, Klaus saiu porta a fora, estava indo a farmácia para comprar remédios, você ficou sozinha em seu quarto, estava bem tapada na cama e pretendia ficar daquele jeito, mas você não se conteve ao ouvir Caroline e Elena discutindo na porta ao lado, elas estavam no corredor...

—Elena, tem alguma coisa nela que me faz não conseguir odiá-la!

—Eu sei, eu sei, como era com a Bonnie, mas Caroline, você não pode me impedir, não depois do que viu, do que vimos. Eu sei que elas são muito parecidas, mas ela não é a nossa amiga, Bonnie se foi, elas provavelmente nem se conheceram.

— É aí que você se engana, temos outro motivo pra você não fazer isso com ela, Jeremy me contou que... Bom, a *seu nome* e a Bonnie são primas.

— O QUE? —Disse Elena, em choque.

—Exato, acha que Bonnie ia gostar que você fizesse algo assim com a prima dela ??

— Caroline, meu namorado raramente se preocupa com alguém além de mim, o Damon é capaz de amar incondicionalmente e faz de tudo pra proteger as pessoas que ama, já os desconhecidos, podem morrer. Agora como você explica o fato dele ter arriscado a própria vida no meio de uma tempestade de raios pra salvar uma garota que supostamente ele nem conhece direito? Car, você sabe que nós não podemos nos queimar E VOCE AINDA ME DIZ PRA MIM NÃO...

— ELENA PARA!

A discussão estava começando a ficar séria, quando uma voz grossa gritou do corredor.

—AS DUAS PAREM AGORA!

Tanto Elena quanto Caroline pararam para ouvir o que Stefan tinha a dizer, você estava com o ouvido grudado na porta, torcendo para que Klaus e Rebekah demorassem a voltar.

—Elena, Caroline está certa, você já tentou falar com o Damon? — Perguntou Stefan.

—Tentei, mas desde outro dia Damon vem agindo estranho, parece que ele esta me evitando, Stefan, eu estou preocupada com ele.

Você ficou chocada ao ouvir aquilo, depois de ter agido daquele jeito com você, Damon arriscou a própria vida pra te salvar, foi Damon quem te proporcionou aquela sensação de segurança em seus braços. Você começou a ficar atordoada de novo, se dirigiu para a cama e se tapou de novo. De longe, você ouviu a voz de Stefan: “Vou ver como ela esta”.

—Agora você também? Por que esta preocupado com ela, Stefan, por que está todo mundo tão preocupado com ela?

—Elena, é o que eu faço, eu me preocupo com as pessoas, por que seria diferente com ela?

Elena deu de ombros, virou de costas e disse: “Vou procurar Damon”. Stefan e Caroline entraram no quarto e você já tinha pegado no sono de novo, Caroline se dirigiu a cama para ver se você estava bem, a febre tinha baixado, depois ela foi ao banheiro e Stefan ficou ali ao seu lado, sentado na cama, ele acariciou seu cabelo e disse baixinho: “Que magia é essa que você tem que faz todos se preocuparem com você ??”. No momento em que Stefan terminou a frase, Damon apareceu ao lado da cama e tirou a mão de Stefan do seu cabelo.

—Olá irmãozinho, por que não deixa nossa menina dodói descansar em paz? —Disse Damon, com um sorriso irônico.

—Por acaso você é guarda-costas dela?

—Talvez sim, talvez não, quem sabe?

—Acho que já chega disso.

—Eu que o diga, irmão.

Stefan se levantou da cama, afrontando Damon, eles estavam prestes a matar um ao outro, Damon pegou Stefan pelo pescoço e jogou ele do outro lado do quarto, você acordou com o barulho: “O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?”. Damon te olhou, preocupado, se agachou do lado da cama e olhou fixamente para os seus olhos: “Você está bem?”.

—Sim. —Você disse meio hesitante.

—Ótimo. —Disse Damon, enquanto se levantava.

Damon se dirigiu até Stefan, que estava atirado no chão, você perguntou o que tinha acontecido, mas Damon disse que Stefan tinha tropeçado e, obviamente você não acreditou.

—Eu e meu irmãozinho aqui temos que dar umas voltas e botar o papo em dia, se você nos permite...

Damon pôs o braço por cima do ombro de Stefan e eles foram embora, Stefan parecia contrariado, você ficou confusa, novamente. “Por acaso Damon é bipolar? Que garoto louco” você pensou.

—Damon, ESPERA! —Você gritou.

Damon olhou pra você, triste, largou Stefan e se aproximou.

—Diga. —Disse Damon, sendo frio.

—Eu só... Bom, obrigada.

Você olhava diretamente pros olhos dele e ele olhava pros seus, ele chegou mais perto e pôs a mão na sua cabeça.

—Você não tem que me agradecer, só me garanta que vai ficar bem.

Você fez um gesto de ‘Sim’ com a cabeça e Damon beijou sua testa, seus olhos se arregalaram, você ficou surpresa, não estava esperando isso, depois de Damon ser frio ele vem e age assim. Tinha algo nele que você não conseguia parar de querer desvendar, um mistério, um segredo, e de algum jeito, você sabia que isso machucava ele.

—Acho que já esta na hora de botar o papo em dia, certo Damon? —Disse Stefan, furioso.

—Sim.

Damon te olhou, você olhou pra ele, ele virou de costas e junto com Stefan, saiu porta a fora.

Damon levou Stefan até o saguão do prédio ‘S’, Stefan estava furioso.

—Qual o seu problema? —Disse Stefan, bufando.

—Meu problema são vocês! Todos vocês tem que se afastar dela, todos nós, nossa espécie, não podemos trazer isso pra vida dela. —Damon parecia estressado, furioso e preocupado, tudo ao mesmo tempo. —Elena, Caroline, Rebekah, Klaus, Você, eu, o pequeno Gilbert, Bonnie, provavelmente Elijah e Kol também, essa menina não precisa de mais nada sobrenatural na vida dela, ELA NÃO PODE TER CONTATO COM NADA DISSO!

— Como assim, Damon, por que ela não pode ter contato com nada disso? Por que vocês parecem tão próximos, Elena sabe disso? —Stefan estava claramente com ciúmes.

Damon desviou o olhar, hesitou, deu um passo pra trás e botou as mãos nos ombros de Stefan.

—Irmãozinho, quantas vidas nós destruímos? Olha o que fizemos à Elena, Caroline e Bonnie, olha o que aconteceu com o pequeno Gilbert, Stefan, eu não posso permitir que isso aconteça com mais ninguém. Eu e *seu nome* não somos próximos, mas como você mesmo disse: ‘Ela tem uma magia que faz com que todos se preocupem com ela’.

—Damon, Bonnie nasceu uma bruxa, Jeremy é um caçador e a culpa não é nossa, Caroline, bom isso foi obra da Katherine, e Elena... —Stefan olhou pra baixo e falhou a voz. — Mas ela, ela é normal, ela vai ser, ninguém vai destruir isso, eu te garanto.

—Ela não deveria ter mais contato com nada sobrenatural, Stefan — Damon falou baixo. —Quem te disse que ela é normal? Irmãozinho, você não pode garantir nada... NADA!!

—Então porque ainda esta aqui? Por que salvou ela? Por que ela parece tão intrigada quando o assunto é você? E o que ela tem que não é normal?

—Bom... eu... AH, CALA A BOCA, STEFAN, você não sabe de nada e eu, pra variar, tenho SEMPRE que dar um jeito de salvar esse seu traseiro E ESSE MUNDO MISERÁVEL. VOCÊ NÃO SABE NADA SOBRE ELA, NÃO FOI VOCE QUE...

Damon arregalou os olhos e percebeu que Stefan estava pasmo, ele notou que não devia ter dito aquilo, um segredo deve ser sempre bem guardado. Damon se moveu para trás de Stefan numa velocidade quase que imperceptível, ele murmurou no ouvido do irmão: “Desculpe”.

Damon quebrou o pescoço de Stefan e rapidamente o levou para a mansão Salvatore; A tempestade de raios tinha passado, agora apenas chovia forte. Damon trancou Stefan no porão e ligou para Klaus imediatamente.

—Klaus, eu preciso de você AGORA!

—Af, sempre se metendo em confusão, o que é agora?

—Eu contei um pouco pro Stefan, ele não pode saber de nada, NADA! E bom, ele vem ingerindo verbena todo dia, assim como Katherine, então vamos ter que esperar a verbena sair do organismo dele pra você compeli-lo a esquecer de tudo.

—Estou a caminho, Stefan não é bom em guardar segredos, temos que fazer isso rápido.

—E, Klaus, enquanto as garotas? *Seu nome* está rodeada do que ela mais deveria manter distancia!

—Veremos isso depois.


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