A descendente de Qetsiyah escrita por OnceUponAWriter


Capítulo 1
Sonhos


Notas iniciais do capítulo

Gente, é a minha primeira fic, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/437568/chapter/1

Você teve um sonho estranho, sonhou com um garoto que nunca viu, lindo, olhos azuis como o céu, cabelos negros, pele branca, ligeiramente mais alto que você e com um corpo definido. Em seu sonho, esse lindo garoto te abraçava forte e vocês pareciam flutuar juntos, o abraço dele era protetor e você não queria, por nada, sair de seus braços. Quando você acordou, baixou a cabeça e pensou um pouco sobre o que aconteceu.

Mãe grita do andar de baixo: “Já não está na hora de levantar?”.

— Já acordei, to me arrumando! — Você disse, aos berros.

Você procura uma roupa, aí vai arrumar o cabelo, de repente olha pela janela e vê um corvo. Você chegou lentamente perto da janela e de algum modo, aquele corvo parecia te hipnotizar, você ficou alguns minutos olhando para o corvo e logo, uma forte ventania começou a soprar, o vento espantou ele e quando você percebeu, o corvo e a ventania haviam ido embora. Logo depois você desceu pra tomar café, após o café foi direto pegar a correspondência e “OH!” Lá estava a carta que você tanto esperava, depois de semanas de agonia, você finalmente descobriu que foi aceita na Whitmore College!

Depois de uma longa sessão de comemorações, arrumações e despedidas, você escolheu sua roupa, um short escuro, quase preto e uma regata branca com detalhes na frente, o dia estava muito quente, seus pais tiraram o carro e vocês foram. Finalmente você chegou à faculdade, tanta coisa pra descobrir, o que faria primeiro?

Você — Acho melhor encontrar meu quarto logo. Onde será esse? 147-S

Caroline — Hey, eu ouvi direito? Você tá no quarto 147, bloco S?

Você — Sim, você tá também? Sabe me dizer onde fica?

Caroline— Aff, não acredito! E eu que achei que seríamos as únicas nesse quarto, Elena!

A linda loira parecia furiosa, quando atrás dela surgiu uma garota morena, lindíssima, e com tom suave disse: “Caroline, não precisa ser grossa, vamos tentar nos dar bem com a nossa colega de quarto”. Ela se dirigiu a você e disse: “Prazer, Elena Gilbert”.

Você se apresentou enquanto Caroline te olhava com uma cara de desgosto.

—Bom, vou dar uma volta pra conhecer o campus — Você disse.

—Vá!— Disse Caroline, friamente.

—Te vemos depois, então— Disse Elena.

Enquanto estava explorando o campus, você viu de longe, um garoto, parecido com o do seu sonho, você teve uma imensa vontade de correr atrás dele, mas não pôde, isso seria simplesmente irracional. Você tentou se aproximar, mas quando percebeu, ele já tinha ido embora.

– Pra onde ele foi? — Você disse. Frustrada, você se perguntou: “Afinal, por que eu me importo? Foi só um sonho.” Quando virou de costas para ir a seu dormitório, deu de cara com o garoto que procurava.

— Olá — Disse Damon. —Procurando alguém?

Você se espantou, mas logo fez uma expressão fria, de quem não se importava e disse: “Ninguém em especial, por que quer saber?”.

—Curiosidade, apenas. Prazer, meu nome é Damon. Damon Salvatore.

—Bom, Damon, eu tenho que achar meu dormitório, então, com licença.

Você perguntou a si mesma, por que agiu daquele jeito, porque fora tão grossa. Nem você entendia, estava tão espantada, com tanto medo, que não conseguiu agir de outra forma. Você não parava de se perguntar o porquê de Damon Salvatore ser tão extraordinariamente igual ao garoto do seu sonho. Nenhuma diferença, semelhança pura e além de tudo, ele parecia emanar algo, você não sabia o que era, mas quando chegava perto dele, você se sentia pesada, como se houvesse um manto de poder ao redor dele. Você ficou envergonhada com suas atitudes, mas a essa altura, não podia fazer nada, já perdera Damon de vista.

Quando finalmente chegou a seu dormitório, estava vazio, nem Elena e nem Caroline haviam chegado. Você arrumou suas coisas, escolheu sua cama e estava pronta para ir almoçar. Estava perdida no campus, procurando a cafeteria quando...

–Klaus? — Você falou, apertando os olhos para enxergar melhor. —Niklaus! Aqui.

Niklaus Mikaelson, amigo da família, Cortez, elegante, misterioso...

—Minha querida *Seu nome*, posso lhe dizer que o tempo apenas fez sua beleza aumentar. — Ele beijou sua mão, de um jeito Cortez, então você disse: “Klaus, parece que você não envelheceu nem um dia!”.

–Querida, minha família tem traços característicos, não envelhecemos facilmente.

Você e Klaus se conheciam há muito tempo, você não sabia o porquê, mas sempre que entrava em apuros, era ele quem a ajudava. Mas hoje você percebeu que de alguma forma Klaus emanava a mesma energia que Damon, um poder amedrontador, mas por mais assustador que isso fosse você não tinha medo de Klaus, porque ele sempre te salvava nas horas finais.

—O que está fazendo aqui? —Você disse, entusiasmada.

–Pode-se dizer que vim inspecionar o local.

—Niklaus Mikaelson, sempre misterioso, um dia você irá se abrir comigo. — Você disse, num tom desafiador.

–Pode apostar, querida— Replicou Klaus, num tom debochado. —Procurando um lugar para comer?

—Nossa. Como você sabia?

—Digamos que eu sou bom com adivinhações— Klaus riu, olhou para o seu relógio e disse: “Está na hora do almoço, é isso. Eu lhe convidaria para almoçar comigo, mas tenho certos assuntos a resolver.”.

—Claro, bom, te vejo mais tarde?

—Sem dúvidas, querida.

Você achou o caminho até a cafeteria, lá encontrou sua colega de quarto. Caroline estava sentada sozinha em uma mesa, parecia aborrecida, você foi lentamente falar com ela.

—Está tudo bem? — Você disse devagar, parecia estar chegando perto de um animal feroz.

—Por que quer saber? Por acaso se importa?

—Acho que começamos com o pé esquerdo, e ao contrário do que você pensa, eu não quero trazer problemas, pelo contrário, agora somos colegas de quarto e se eu puder fazer alguma coisa pra ajudar, eu vou fazer.

Caroline deu de ombros, você sentou ao lado dela na mesa e ela começou a falar, mas sem te olhar diretamente: “Eu e meu namorado brigamos, ele parece dar mais atenção aos outros que a mim.”, ela deu um longo suspiro e continuou: “Não nos víamos há meses e quando finalmente nos veríamos, ele resolve passar um tempo ajudando os amigos em outra cidade.”.

Você ficou, de certo modo, surpresa ao ouvir aquilo, ficou com pena de Caroline, queria chegar mais perto, abraça-la, mas sabia que se tentasse, provavelmente perderia os braços.

–Com licença senhoritas. Permitiriam que eu me sentasse?

—Ah, olá Klaus. — Você disse

—Pera aí! Vocês dois se conhecem?— Disse Caroline, espantada. — O que está fazendo aqui Klaus?

—Klaus é um amigo da minha família e, pensando bem, ainda não sei o que ele realmente veio fazer aqui.

—Ah senhoritas, não sejam tão curiosas. Caroline, querida, quanto tempo.

—Achei que fosse passar um tempo em New Orleans, pra minha felicidade. — Disse Caroline, com um sorriso não muito largo, porém brilhante, parecia ter mudado instantaneamente de humor.

Você riu e disse: “Nossa, vocês parecem íntimos.”.

—Sim— Disse Klaus, ao mesmo tempo do severo “Não” de Caroline.

Klaus deu uma risada e lhe disse: “Ciúmes?”

—Vá sonhando. — Você retrucou num tom de deboche.

Vocês três comeram juntos e ficaram um bom tempo conversando, Caroline parecia finalmente estar te aceitando.

—Bom, vou dar uma olhada no campus, ainda me sinto muito perdida aqui. — Você disse.

—Ok, te vejo mais tarde, quem sabe eu não posso te mostrar uns lugares depois. —Disse Caroline.

—Te vemos mais tarde.— Corrigiu Klaus. —E eu adoraria ajudar nesse tour, também.

Você saiu da cafeteria e passou o dia explorando o campus, conhecendo pessoas novas, vendo o horário de suas aulas... Depois de um tempo, encontrou Caroline e Klaus, eles te levaram a lugares interessantes, vocês tomaram café juntos e desfrutaram à beira de um majestoso lago, já eram quase 18 horas, você estava indo para seu quarto.

—Foi esplêndido passar o dia com vocês, senhoritas. —Disse Klaus, alegremente. —Mas receio que tenha que ir agora.

—Foi realmente muito bom, obrigada Klaus, obrigada Caroline.

—É, não posso reclamar, realmente, foi ótimo, desculpe ter agido daquele jeito com você antes, *seu nome*. E Klaus, vou te levar até seu carro.

—Bom, vou indo para o nosso quarto, Caroline.

—Lhe verei amanhã, querida? —Disse Klaus, a você.

—Sim. —Você disse. —Até amanhã Klaus, até mais tarde Caroline.

—Até. — Disseram Klaus e Caroline ao mesmo tempo.

Você atravessou o campus da faculdade sozinha, estava cansada e louca para tomar um banho, subiu as escadas devagar, cada degrau parecia te deixar com mais e mais sono, quando você entrou no quarto, Elena estava aos amassos com um garoto.

—Desculpe. — Você disse, muito surpresa. —Não queria interromper.

Elena saiu rapidamente do colo do garoto: “Nossa, eu que peço desculpas.”

Elena parecia tão constrangida quanto você, talvez até mais, vocês duas estavam vermelhas de vergonha. Você, lenta e suavemente desviou o olhar para a cadeira em que Elena e o garoto estavam sentados, assim que pôs os olhos ali, você imediatamente percebeu que o garoto sentado na cadeira era Damon.

—Sério *seu nome*, não sei o que dizer, realmente me desculpe. Bom, esse é meu namorado...

—Damon Salvatore. — Você completou.

—É, vocês se conhecem da onde?

—Olá ! — Damon disse, te encarando. —Nós nos conhecemos aqui no campus mesmo. Certo, *seu nome*?

O celular de Elena tocou e ela saiu rapidamente do quarto, Damon não parava de te olhar, você estava mais que constrangida, mas tinha que se desculpar por antes, por ter sido tão grossa com ele.

—Desculpe. —Você disse.

—Não precisa se desculpar, nós que estávamos errados.

—Não por isso, pelo jeito que te tratei mais cedo, fui grossa, sem motivos, realmente, me desculpe.

—Ah, sobre isso? Nem se preocupe, eu apareci do nada, devo ter te assustado, devo ter parecido um maníaco sexual. — Disse ele, rindo graciosamente.

Você deu uma leve risada, leve, porém descontraída, ainda estavas envergonhada, meio cabisbaixa, aquele era um momento muito tenso, mas também te dava vontade de rir.

—Bom, é melhor eu ir e deixar vocês dois sozinhos.

—Ah não se preocupe conosco, pode ficar.

Elena entrou apressada no quarto: “Damon, tenho que sair rapidinho, pode ficar aqui, bom, se isso não te importar *seu nome*.”.

—Não, não, por mim não tem problema. — Você disse.

—Ok, te esperarei aqui. — Disse Damon.

Elena saiu do quarto numa velocidade impressionante, agora eram apenas você e Damon, por mais que você tentasse, não conseguia tirar os olhos de Damon, sua semelhança com o garoto do teu sonho, sua beleza, tudo chamava atenção.

—Tem algo no meu rosto?

—Ah, desculpe, é que você realmente parece... hum... deixa pra lá.

—Ah, ah, é esse o caso? Bom, sabia que você se parece com alguém que conheci há muito tempo?

—Muito tempo, quanto?

–MUITO tempo.

Você o fitava, ele te fitava, o tempo parecia não ter fim, o silêncio era imenso, estava ficando frio. Você estava sentada na cama e ele na cadeira, a alguns metros de distância. Damon se levantou lentamente e andou em sua direção, você ficou nervosa e seu coração começou a bater rápido. Damon chegou mais e mais perto, o rosto dele quase podia tocar o teu, você se esgueirou para trás lentamente enquanto ele estendia a mão para pegar a jaqueta que estava atrás de você.

—Está ficando meio frio, não é? — Ele falou, colocando a jaqueta.

—Sim, hum... tenho que desfazer minhas malas por completo, você não se importa ??

—Fique a vontade, sinta-se como se eu não estivesse aqui.

“Impossível”, você pensou, enquanto se levantava para arrumar suas coisas. Você abriu a mala pequena, com itens pessoais, dela, tirou um colar muito, muito antigo, feito de madeira, redondo e com um símbolo grego e pensou: “Por que isso está aqui? Eu não tinha posto aqui, eu não ia trazer.”. Você ficou fitando o colar sem entender como ele havia parado em sua mala. Será que sua mãe pôs ele ali? Difícil pensar que ela teria mexido em suas coisas sem te consultar. Damon ainda estava de pé, analisando o quarto, quando virou o rosto, viu você, fitando o colar sem entender nada, parecia que você não via mais nada ao seu redor. (Colar)

—Esse colar, onde conseguiu? —Disse Damon.

—É uma relíquia de família, por quê? —Você disse, confusa.

Damon disse: “Nada não, é que... hum... eu já vi um parecido nos meus livros de história”. Ele deu uma leve risada desconfortável.

—Não precisa me contar se não quiser. — De algum modo, você sabia que Damon estava mentindo. — Afinal, nós nem nos conhecemos direito.

Damon pareceu espantado com a sua resposta. Ele parecia confuso e triste ao dizer: “É, NÓS não.... hum.... mas, mas...”

—Damon, se você tem alguma coisa pra me falar, pode falar, eu não mordo.

—Você não morde... Ainda. —Ele sussurrou, tão baixo que você nem pôde escutar.

Damon parecia confuso e meio amedrontado, ele foi até a janela para tomar um ar. — Ei, se importa se eu te fizer uma pergunta?

—Não, pode falar.

— Alguma vez na vida você sentiu como se a decisão de salvar ou não o mundo estivesse em suas mãos? — Damon olhava a lua brilhante no céu, já havia anoitecido, as estrelas reluziam nos olhos de quem as via, por trás, um céu tão inimaginavelmente negro que chegava a ser o mais lindo que tinha visto até agora.

—Damon, você está se sentindo bem? —Você se aproximou lentamente, preocupada.

Damon virou pra você com um olhar desesperado, agarrou fortemente seus ombros e disse: “Eu não quero ter que fazer isso *seu nome*, EU NÃO POSSO!”

—Damon, o que está acontecendo? Você está me machucando! — Você gritou. Não entendia e não fazia ideia do que estava acontecendo com Damon, porque ele agira assim com você? De algum modo, você não conseguia ficar braba com ele, estava preocupada, preocupada e assustada.

De repente, um terremoto começou e tudo estremecia, a Whitmore College parecia que ia desmoronar. Você não sabia se estava com mais medo de Damon ou do terremoto. Damon, em um ato surpreendente te abraçou forte, foi surreal, um abraço protetor e acolhedor, o medo todo parecia fluir pra fora do seu ser, justamente como aconteceu no seu sonho.

—Não! —Falou Damon, bem baixinho, enquanto te abraçava mais e mais forte.

Quando você percebeu, o terremoto já tinha parado, agora eram apenas você e Damon, abraçados, não existia mais nada além de vocês dois, eram vocês e mais nada, vocês e ponto. Damon foi aos poucos afrouxando o abraço, foi soltando você, mas você não se afastou, não saiu correndo, não gritou, só ficou ali parada, olhando pra ele.

Uma lágrima escorria daqueles grandes e profundos olhos azuis, você olhou preocupada e involuntariamente suas mãos se dirigiram ao rosto de Damon, limpando suas lágrimas. Ele se esquivou e foi parar do outro lado do quarto, se moveu com tamanha velocidade que você mal conseguiu ver, ficou uns minutos parado naquele canto, parecia mais assustado que nunca.

—Me desculpe *seu nome*, me desculpe... — Choramingou Damon, enquanto saia porta a fora.

Você correu atrás dele, mas ele já tinha sumido então você deu meia volta e sentou na sua cama, chocada com o que acabou de acontecer. “O que foi isso?”, “Ai meu deus, o que Elena vai pensar”, “Será que Damon está bem?”, “Por que ele me abraçou?”, “O que ele não quer?”, “O que ele não pode?”, “Como assim salvar ou não o mundo?”, “Por que eu agi daquela forma?”, “Por que eu não me assustei?”, “Por que eu estou tão preocupada?”... Uma avalanche de perguntas e pensamentos caía sobre você e de alguma forma, você tinha que buscar respostas. A primeira coisa que você fez depois disso foi pegar o telefone e ligar pra sua melhor amiga.

—Sério, eu preciso de você aqui— Você parecia alarmada ao telefone. —Aconteceu muita coisa, eu to com medo.

—Sei, eu imaginei que você não ia conseguir ficar nem um dia sem se meter em confusão...

De repente, sua melhor amiga entrou porta adentro: “Então eu vim, se acostume, vou estar no prédio ao lado, bom, é melhor que quilômetros de distancia”.

Você estava tão surpresa que deixou o celular cair no chão, você pulou da cama e se atirou nos braços de sua amiga, quase chorando.

—Ai meu deus, como você chegou aqui? Eu to com medo, eu tenho tanta coisa pra falar!

—Não se preocupe, eu sabia que isso ia acabar acontecendo, respira e fala, devagar.

Você explicou tudo nos mínimos detalhes pra sua melhor amiga, ela parecia surpresa.

—Damon Salvatore então, nossa, há tempos que eu não vejo ninguém mexer tanto com você amiga, você não deu uma brecha nem pro meu irmão, que era louco por você.

—Rebekah Mikaelson, se você repetir isso eu juro que te mato.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem !!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A descendente de Qetsiyah" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.