Teddy escrita por Black


Capítulo 6
Comida para Aedes Aegypti


Notas iniciais do capítulo

Olá, bem depois de muuuuuuito tempo sem postar, aqui estou eu novamente.

Por favor, guardem as armas e relaxem a bunda na cadeira, eu não vou demorar aqui explicando o porque nem nada, apenas aconteceu okey?

Eu não sou a rainha da comédia e também não consigo fazer um só bebê rir, mas dei o meu melhor aqui. Boa leitura pessoal.



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Sabe aquela pessoa, aquela chata, que insiste em dizer que por pior que as coisas estejam, nada pode piorar? Pois é, ela esta errada. Como se não bastasse estar confinada no mato, na companhia de um bando de babuinos delinquentes juvenis e pior, dividir um chalé com o roqueiro satanista número um da Pensilvânia, eu ainda teria de bancar a natureba.

Parabéns, Teddy! Você realmente não podia estar mais ferrada, ou poderia? Ops... Acho que esqueci de mencionar minha participação forçada nos Jogos do Capetamento, era isso ou ter um Ayres West vestido de diabinho e atormentando a minha vida. E claro, a minha repentina vontade de fazer xixi.

– Ayres - choraminguei baixinho - Eu preciso fazer xixi.

Ayres, que olhava para cima, parou de cantarolar algum solo de guitarra e logo seus olhos negros estavam em mim. Não tem aqueles desenhos, em que os olhos dos bichinhos estão quase saltando das orbitas? Multiplique por cinco e você vai entender o que eu estou falando.

– Como? - ele disse em descrença.

– Quero fazer xixi - fiz bico.

– Você só pode estar de brincaderia, garota!

Admito aquilo me assustou e muito, não que eu já não estivesse acostumada com pessoas gritando o tempo todo, mas aquela foi a primeira vez que eu vi Ayres gritando e bem, não foi nada legal. Ele respirava fundo, acho que ponderando se arrancaria minha cabeça com um machado ou com os dentes. Nenhuma das opções era a melhor, mas se eu pudesse escolher, eu preferiria um machado. Vai saber onde os dentes, língua e todo o conjunto bocal de Ayres já passou?

– Olha só Hower, vamos fazer o seguinte - Ayres disse, me trazendo de volta a realidade - Você vai ali atrás, faz o que quer e volta aqui.

– Mas, você vai olhar! - protestei.

– Por Deus, por que você acha que eu olharia isso? - questiona - Você nem é bonita, Teddy.

Não vou mentir, falando que fiquei mal por Ayres ter dito isso e todo aquele blá blá blá, que mocinhas idiotas e bestas dos livros de romances fazem. Ao contrário, isso me deixou muito feliz, primeiro porque Ayres não falou nada que eu já não soubesse, segundo com ele me achando feia, certamente eu poderia tirar o abuso, estupro e espionagens pela fechadura do banheiro, da lista de "o que esperar de um roqueiro maluco viciado em cogumelos, que é o seu colega de chalé."

Rapidamente soltei meus braços extra finos do tronco da árvore, olhando-os mais de perto haviam muitos calombos que não estavam lá, realmente Teddy, você deveria ter usado o repelente. Tirei minha blusa da cintura, olhando para Ayres, que por sua vez olhava para cima murmurando algo, aposto meu God of War que estava me xingando.

Só para tirar uma com a cara dele, não que isso fosse do meu feitio, procurei a árvore mais próxima do tal lago e mais longe o possível dos olhos de Ayres e bem, foi ali mesmo.

Meia hora depois, tendo que me virar sem papel e utilizando do meio das "balançadinhas", eu estava de volta a tal árvore, onde o moreno não havia se movido um milímetro se quer. Se na minha mente Ayres já era um roqueiro idiota, com predisposição para se meter em furadas e aparentemente com um fraco por ser o maioral, eu poderia juntar teimoso e turrão na minha lista.

– Então... Você tem irmãos, Ayres?

Não que eu odiasse o silêncio que existia no momento, é que eu estava tentando ser legal e como os meus níveis de amizade e popularidade não são nada elevados no ensino médio, passou pela minha cabeça que eu deveria ao menos puxar assunto com o West, só não sei se ele queria o mesmo.

– O que te faz pensar, que eu quero conversar? - Ayres 1, Teddy 0.

– Não precisava ser ignorante - bufei - Eu só quis tentar ser legal!

– E eu não quero que seja legal comigo, melhor, nem respire na mesma direção que eu. - e assim nossa breve conversa se encerrou.

Juro, se eu fosse um dos X-Men e tivesse raio-lazer saindo dos olhos, o senhor West ia ficar sem um de seus filhos, se ele tivesse mais de um. A realidade era que, em menos de um dia Ayres já tinha conseguido esgotar toda a minha paciência e eu sentia a minha sanidade ser levada do meu corpo.

Ele fedia a irresponsabilidade, falta de planejamento, nenhum pingo de cultura e pior, era predestinado ao fracasso eterno. Então sim, em menos de 24 horas Ayres West, juntamente com a minha família, a prisão juvenil e os jogos do capetamento já tinham sugado todo o meu cosmos existêncial.

Que Atena me salve, ou se ela estiver ocupada, que o Seya me salve.

Depois de três longas e dolorosas horas, servindo de alimento para mosquito e sendo confundida por doces para formigas, finalmente um dos inúteis dos monitores do acampamento, os quais eu nem sabia a existência, nós avisaram que a primeira prova estava acabada.

Rapidamente senti uma vontade incontrolável de cair de joelhos no chão e dormir, o que realmente eu fiz, não antes de ver o cabelo castanho cacheado de Ayres, juntamente com um outro garoto do cabelo azul se voltarem para mim. Aposto que foi o baque do meu joelho em um pedra que chamou a atenção deles.

Acordei com alguém batendo no meu rosto e alguma coisa molhada sendo precionada no meu nariz, inalando fundo e rapidamente percebi que aquilo era álcool, logo abri os olhos.

– Ela acordou - o tal garoto do cabelo azul falou.

Olhando ao redor pude perceber que estava no meu quarto, deitada na minha cama, curtindo meu cérebro revirar em 360º graus e de quebra, tendo o perfume de Hanter ao fundo. Realmente uma delícia.

Quando finalmente tudo ao meu redor parou de rodar, pude ver Ayres encostado no batente da porta, e bem, eu preferia não ter visto. Ele estava com uma expressão fechada no rosto, sem camisa deixando algumas de suas tatuagens a mostra, as quais eu nem sabia que ele tinha. Ele parecia prestes a pular sobre a cama e me estapear até que eu ficasse roxa, coisa que conseguiria facilmente.

– Obrigado, Mark. Agora já pode ir - Ayres murmurou para o garoto do cabelo azul, ou Mark como eu acabará de descobrir.

Mark logo se levantou, me deu um sorriso fraco, uma leve batida no ombro de Ayres e se foi. Rapidamente me encolhi, agora sozinha com West e sua cara nada boa, eu realmente não ia bancar a mocinha corajosa, que luta pelos preceitos ideais para um mundo melhor.

– Nós - engoli a seco - Ganhamos o aquecedor?

– Eu ganhei - Ayres falou - Você desmaiou. Eu até te achava fraca, agora tenho certeza que não aguenta nada.

E simplesmente assim Ayres me deu as costas e saiu. Ridículo, foi o que automaticamente meu subsconciênte gritou assim que Ayres saiu disfilando com a sua bunda arrebitada e me dando uma ampla visão de suas costas.

Me levantei subtamente, com uma raiva da peste morena borbulhando dentro de mim, me olhei rapidamente no espelho só para ter a confirmação de que sim, eu realmente estava um lixo. Calçei meus tênis e puxei um moletom de capuz do armário e sai do quarto, fiz questão de bater a porta do chalé para que Ayres ouvisse o quão irada eu estava.

Rodei por árvores e mais árvores, até encontrar o caminho correto para a salinha da diretora, dei duas batidas na porta e não me incomodei em esperar a aprovação para a entrada. O estofado continuava sujo e as paredes ofuscavam meus olhos, a senhora poste do não sei o que, estava sentada em sua mesa, com o nariz arrebitado e bebericando um café.

– Quero fazer uma ligação - pedi prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo.

– O dia da família é daqui a duas semanas - murmurou enrugando o nariz.

– Mas, eu preciso! - protestei. Eu não iria passar mais um só dia na companhia do West.

– A senhorita está morrendo? - neguei - Então, por favor, volte ao seu chalé.

Me levantei bufando e saí daquela sala empoeirada e fedorenta, sério, acho que nem o esgoto de Paris deveria feder tanto assim. Não sei se era o dia, talvez a quantidade absurda de feromônios no meu corpo, ou até mesmo minha raiva, só sei que tudo me irritava. O sol, os mosquitos, o som do alto falante, a garota ruiva fazendo dedo para mim...

– Você é Teddy, não é? - o garoto do cabelo azul me parou.

– Ah, sou - falei baixo - Me desculpe por mais cedo, acho que nunca tinha ficado tando tempo debaixo do sol.

– Sem problemas - ele sorriu, mostrando dentes extra brancos, com uma sutíl falha no meio - Sou Mark, Mark Terlinden.

– Teddy - estendi a mão - Teddy Hower.


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Notas finais do capítulo

Então... Se ainda existirem leitores aqui, eu gostaria muito de reviews.

Para saber se minha escrita foi uma bosta, ou se eu devia parar ou até mesmo para me xingar :3

PS: Sou totalmente aberta a sugestões.



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