Teddy escrita por Black


Capítulo 5
Natureza é furada


Notas iniciais do capítulo

Hey Girls *u* como vão? Talvez esse capítulo não agrade vocês, mas ele era preciso. Mesmo que ele seja chato e sem sentido. Estou muito feliz com as duas recomendações que recebi em Teddy, obrigado Gêmea Boa (u/157186/) e para Mary Rios (/403257/).

Vou parar por aqui, e deixar vocês lerem...



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Um ser mutado geneticamente por uma divindade olímpica, como eu, deveria receber noticias boas em sua vida, como: parabéns caralho você foi nossa décima cliente na fila do mercadinho orgânico, ganhou uma viagem para a Finlândia. Mas, ao invés de viagem para a Finlândia com o Ed Sheeran a tira colo o que eu ganhei?

A chance de entrar para o narco tráfico da Pensilvânia, juntamente com Ayres West e mais um bando de valentões, drogados e viciados em gritos brutais e acordes extremos de guitarras. Realmente a sorte deveria ter batido na minha porta e eu devo tê-la mandado ao Iraque, junto com uma boa dose de “vá a merda e nunca volte”.

Porque por mais irônico que meu destino fosse, ele também era sacana. Sacana por me fazer chegar nesse inferno, sacana por ter me deixado sem lugar para dormir, sacana por ter jogado Ayres West na minha cola e mais sacana ainda por me fazer entrar nesses jogos do capetamento, buscando um aquecedor que eu nem poderia usar.

Realmente o destino é um maldito sacana.

– Eu não vou fazer isso – disse invicta, me preparando para dar meia volta e retornar a minha cama quente e com cheiro de perfume masculino.

Tenho que admitir, Hanter deveria tomar um banho de perfume, porque mesmo em sua ausência o cheiro amadeirado continuava impregnando na madeira escura da cama.

Se minhas pernas fossem maiores e eu tivesse o mínimo de coordenação motora exigida pela sociedade, ou tivesse um pouco mais de peso, nunca Ayres teria puxado meu braço e me virado para o seu lado, como se eu fosse um graveto e não uma pessoa. E se eu fosse um pouco mais inteligente teria percebido como estávamos próximo e que com essa proximidade eu podia perceber nitidamente uma fina cicatriz na sobrancelha de Ayres.

– Só abrace a porra da árvore, Teddy – grunhiu entre dentes.

West estava com raiva, talvez esse aquecedor fosse realmente uma coisa muito importante para alguém. Ah, é mesmo Teddy, ele te impede de congelar nesse frio da Pensilvânia.

– Eu não vou bancar a natureba descerebrada e nua na sua frente, Ayres! – soltei tudo de uma vez.

Se eu tivesse uma máquina fotográfica, daquelas mesmas de polaroides, eu teria batido uma foto da cara de Ayres agora. Parecia a junção de confusão com pouco entendimento, mas que na minha mente se assemelhava a cria de um cavalo e uma vaca.

Mordi minha língua para controlar a vontade de pedir a Ayres uma foto de seus pais.

– Oi? – depois de longos 64 segundos ele disse – Natureba descerebrada e nua? Você tem problemas Hower.

Viva ,passei de menina estranha do concurso de soletração para a maluca estupradora de ursos de pelúcia, que fugiu e se refugiou com um bando de proles empesteadas do Satã. Cuidado ursinhos do mundo, titã Teddy está à solta.

– Que? Não! Mas, é claro que eu não tenho problemas – respondi cruzando meus braços – Sou completamente normal.

– Ótimo, não vamos ficar discutindo o quanto essa água oxigenada do seu cabelo afeta seu cérebro – se virou para um pinheiro grande – Vamos lá, abrace aquela árvore.

Acho que West acabada de falar que meu cabelo é pintado. Ei! Meu cabelo é natural, naturalmente loiro cor de palha, por favor, eu poderia ser uma Malfoy em outra vida e ficaria podre de rica como a Emma Watson.

– Você vai abraçar a árvore também? – perguntei quase cedendo.

– Mas é lógico Hower, quero aquele aquecedor. A dupla que ficar mais tempo abraçados à árvore vence.

Até que parecia algo bem prático e pouco lógico, e meu forte era a lógica. Pensando pelo lado positivo, se eu me comportasse Ayres seria sociável e eu teria com quem tomar um chá a tarde, mas se por uma desgraça tamanho família, nós perdêssemos West seria o próprio demônio durante dois meses.

Pensando bem, virar a natureba podia até ser legal. Mas, nada de nudismo.

Amarei minha blusa de frio na cintura e passei a frente de Ayres, eu poderia parecer uma pessoa determinada a expressar todo o meu amor pela natureza – que era mais raro que o shampoo preto – ou simplesmente fingir que essa árvore era uma pessoa especial.

Só que eu não tinha ninguém especial para fingir, triste.

– Espero que consiga aguentar Hower – Ayres disse abraçando a árvore depois de mim.

– Espero o mesmo – murmurei baixo, mas pelo silêncio presente entre nós sei que ele ouviu.

O sol ali era escasso, o que deixava o clima meio nublado e isso eu adorava. A jaqueta de West estava pendurada em um dos ganhos da árvore vizinha, enquanto o mesmo assobiava um solo de guitarra, com os orbes negros fechados.

– Ayres – o chamei.

– Que foi?

– Como você veio para aqui? – na falta de assunto, invente.

Ele elevou a cabeça, como se fosse olhar a copa das árvores, mas tinha os olhos fechados. Deveria na certa estar lembrando-se de como veio parar aqui e até um singelo sorriso escorreu por seus lábios.

– Sou o filho idiota e problemático de um dos fundadores – começou – Há três anos estava em um racha e bati com o carro. Desde então meu pai me manda para cá todos os verões, porque não queria um “rebelde sem causa sobre o seu teto”.

Não era lá a história com estupros, mortes, sangue, máfia e drogas que eu silenciosamente bolei na minha mente, mas mesmo assim era algo sério. Todos os rachas que eu já vi foram patrocinados por Velozes e Furiosos.

Essas coisas eram perigosas, e eu acho que o pai de Ayres estava certo por trazê-lo para cá.

– Por que não gostou de mim logo de cara? – essa pergunta me matava.

– Não tenho nada contra você, tenho contra quem você me lembra – disse como se encerasse o assunto.

Então eu lembrava alguém a Ayres? E eu ainda estava ponderando a ideia se isso era bom ou ruim, dei de ombros. Melhor deixar isso para depois, no momento eu não posso deixar essas formigas malditas me morderem.

Olhei ao redor , até que tinha um riachinho bonito por perto, e riachos me lembravam água que consequentemente me lembrou de uma coisa.

– Ayres – o chamei novamente.

– O que é dessa vez Hower?

– É que eu, bem, quero usar o banheiro – senti minhas faces corarem.

Como se não fosse uma puta sacanagem ter que abraça uma árvore, ser taxada de louca pelo seu colega de chalé gostoso e roqueiro, eu tinha que estar com vontade de fazer xixi agora? Bem na frente dele?


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Notas finais do capítulo

Bem bem, como eu já tinha avisado esse capítulo ficou uma bosta. Porque eu sou uma merda em tentar fazer comédia, espero que conte a minha intenção. Ah meta de 10 reviews para o próximo, fora que recomendações são mega bem-vindas *-*

Até...

PS: Para os leitores de Violet Hill, atualização amanhã.



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