Basket Case escrita por schristinef


Capítulo 13
I Was There


Notas iniciais do capítulo

Looking back upon my life, Faded memories on the wall, Looking now at who I am, I don't let it get me down...



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“Emma on”

Já são três horas da tarde e estou ficando impaciente, eu simplesmente não suporto mais a idéia de continuar no meu quarto. O médico veio até meu quarto, mas ainda não quer autorizar minha saída. A frustração está tomando conta da minha cabeça, não consigo nem pensar direito. Eu quero sair logo daqui!

Meu pai ficou a noite inteira acordado comigo, já que meus pesadelos tem se intensificado e nem ele conseguia dormir. Então resolvemos conversar um pouco, aproveitei para perguntar como ele me encontrou. Aposto que fiquei com o rosto mais vermelho que um tomate por causa do inicio.

As cinco eu pude sair do quarto, como não consigo me mexer direito fiquei de pijamas. Todos que me viram me abraçaram e ficavam me pedindo se eu estava melhor, dizendo como fui corajosa e etc. Passadas quatro horas assim, comecei a ficar decepcionada, por que a única pessoa que eu queria realmente ver não estava e eu não queria perguntar com medo do pior ter acontecido. Até que comecei a chorar no meio da sala, Banner – que estava perto de mim – me abraçou com força, o que só piorou a situação.

– Não queríamos te contar agora, estávamos esperando que você melhorasse para lhe falar essa noticia. Que não é tão ruim como aparentam minhas palavras. – Diz Banner.

– Steve foi gravemente ferido, ninguém notou que Loki havia feito outros ferimentos além daquele, o que piorou a situação. Mas Steve também não se ajudou, já que ele fez questão de te carregar até aqui e ainda ficou uma das noites com você. – Diz Barton sem desviar uma vez se quer seu olhar de mim. – Ele está no andar de baixo fazendo uma cirurgia e alguns outros tratamentos. Se quiser eu te levo lá.

Não consigo respondê-lo, fico apenas o encarando e começo a chorar novamente. Ele vem até mim e me tira do abraço de Banner para fazer o mesmo.

–Não hoje, acho que vou dormir. Não estou me sentindo muito bem.

– Tudo bem. Eu te levo até o quarto. – Diz ele.

Durmo até a hora do almoço do outro dia. Eles me perguntaram se eu queria ir ver o Capitão. Já que ele está acordado e se sentindo um pouco melhor. Mas a idéia me assusta, não sei se devo fazer isso. Ou se quero realmente. Sinto que tudo isso é culpa minha, mesmo que não seja.

– Você não precisa vê-lo hoje. – Meu pai fala. – Não que eu deseje isso, e não o desejo. Mas se não se sente confortável para ir até lá, simplesmente não vá.

Um alarme soa, nunca o ouvi antes. O que será que aconteceu. Banner corre até o elevador e antes de entrar olha para o meu pai com uma cara de quem não quer que ele me conte, pelo menos não agora, então desaparece pela porta.

– Te conto outra hora. – Fala Stark.

Eu concordo com a cabeça, pois ultimamente nada tem me interessado. Deito no sofá e fico olhando para o teto, não entendo o que está acontecendo comigo. Será que fiquei depressiva? Ou fiquei maluca? Já não me entendo mais, não que alguma vez eu tenha me compreendido.

São três da manhã. Desço até o quarto do Capitão. Não estou muito consciente de minhas atitudes. Sinto como se não tivesse pensado nada a tarde inteira. Abro a porta, ele está encarando o teto, pelo jeito também não consegue dormir. De repente ele me nota.

– Ah... é você. Não achei que fosse te ver tão cedo! – E abre um sorriso tão largo que eu não diria que ele está todo ferrado e com uma aparência péssima.

– Ah é.

– O que foi?

– Nada, pensei que estivesse dormindo.

– Hum. Por que não deita aqui comigo? A cama é pequena, mas acho que conseguimos ficar juntos nela.

– Acho melhor não. Eu vou me sentar na poltrona ao lado, tudo bem?

– Mas você não acha que eu mereço? Eu estou todo ferrado. Preciso de um carinho.

– Eu sei, mas...

Eu começo a chorar, não consigo nem entender por que. Ele tenta se sentar, mas a tentativa é ridícula, ele não vê quão grave é o seu estado? Vou até sua cama e começo a ajeitá-lo novamente, mas ainda não paro de chorar. Quando vou me afastar ele me puxa na cama e me aninha em seu corpo. Espero que eu não esteja o machucando. Ele começa a afagar meu cabelo e dizer que ele está bem, que vai dar tudo certo e que não há com o que se preocupar.

– Você teve medo de vir antes não é?

– Tive.

– Pode me dizer por quê?

– Por que eu achei que você não ia querer me ver mais. Que iria me dispensar ou até dizer que fui eu que causei tudo isso. Mas eu também não sabia o que pensar, então...

– Me diz um motivo para eu não querer ver você? Ou por que eu faria tudo isso e você sabe que a culpa não é sua. Quem poderia não querer mais me ver é você. Mas você não faria isso comigo, né minha princesinha? – Diz ele debochando. Eu não consigo rir, estou tão entorpecida que é como se eu estivesse em um transe.

– Não brinque com isso.

– Não seja tão séria, você não tem que ficar assim. Isso é desnecessário.

– Tá, então... Você sabe o porquê daquela sirene de ontem?

– Sei sim, mas se não lhe contaram não serei eu que vou te falar. Isso é seu pai que deve lhe contar.

– Imaginei que você diria isso.

– Eu sei que sim.

Ficamos em silencio o resto da madrugada, nenhum dos dois conseguia dormir. O médico entrou no quarto e eu tentei sair de cima do Capitão, mas ele apertou o abraço e me fez ficar lá.

– E então doutor?

– Bem, eu entendo seus motivos para querer sair daqui. Mas receio que eu ainda não possa lhe dar alta.

– Isso por quê?

– Suas feridas não estão querendo cicatrizar e a perda de sangue continua, mesmo que pouca.

– E você falou com Stark ou Thor sobre isso ontem?

Olho para o Capitão, por que o médico falaria com meu pai ou Thor sobre isso? Mas ele não está prestando atenção em mim.

– Falei sim, eles estão vendo isso agora.

– Alguém pode me dizer o que está acontecendo? – Digo.

– Receio que não. – Diz o doutor. – Steve, agora peço que a solte para que possamos fazer os exames.

– Mas ela pode continuar aqui? Isso claro, se você quiser. – Diz ele olhando para mim.

– Acho melhor não, quero falar com meu pai.

– Então tudo bem. – Diz ele, pelo jeito ficou decepcionado.

– Eu volto mais tarde tudo bem? – Pergunto.

– Sim.

– Não fique bravo. Eu quero entender tudo isso.

– Sim e não estou bravo.

– Então não fique decepcionado.

Ele tenta começar a falar, mas lhe dou um beijo e ele assente com a cabeça.

– Ok, agora você pode ir. – Mas ele ainda diz sem querer isso.

Saio dali e quando chego ao andar de cima começo a procurar meu pai. Esbarro com Natasha e ela me diz que ele ainda está no quarto. Vou até lá e bato na porta.

– Pode entrar. – Diz ele.

Entro no quarto, meu pai está colocando a camisa. Vou até ele quando ele termina e o abraço.

– O que foi briguenta?

– Não sei bem ao certo Sr. Stark.

– Não me chame assim.

– Ok Sr. Stark. Então...

– Então o que?

– Vai me dizer o que foi aquela sirene?

– Você nunca espera muito, não é?

Dou de ombros e faço cara de inocente. Ele ri.

– Então, é um assunto delicado.

– E...

– E que nós reforçamos uma cela, que eu construí aqui na torre. E Loki está aqui.

A noticia faz com que meu coração acelere, tanto que parece que vai explodir.

– Eu sei que não deveríamos ter feito isso, mas era necessário.

– Sim, está tudo bem. E... Eu posso vê-lo?

– Quem? Loki?

– Sim.

– Pode, isso por que ele perdeu a memória.

– Tá, mas eu iria mesmo que ele tivesse memória.

– Não iria não.

– Você sabe que sim. – Teimo.

– Sei sim. – Diz ele desistindo. – Quer vê-lo agora?

– Não hoje, talvez amanhã.

Dou um beijo na bochecha dele e saio do quarto. Mas antes ele me pergunta:

– Me diz que você não vai ver o Picolé.

– Não, eu vou mais tarde. Antes quero ver umas coisas.

Não vou procurar Loki agora, por que não acredito que ele tenha perdido a memória. Antes quero estudar essa situação. Por isso me tranco no meu quarto e começo a fazer algumas pesquisas e tentar encontrar um por que nessa situação. Isso não me parece inteligente, de nenhuma das partes.

Acabo caindo no sono e quando acordo já são nove da manhã. Merda! Eu deveria ter me monitorado, acabei me esquecendo do Steve. Espero que ele não tenha ficado muito chateado. Desço o mais rápido que posso até seu quarto. E ele está acordado. Entro e ele fica me observando.

– Não dorme não? – Pergunto, por que eu tenho que fazer tanta merda?

– Até durmo, mas eu fiquei esperando uma pessoa vir aqui ontem. Então não consegui mais dormir.

– Ah Steve, sinto muito. Eu acabei me focando tanto no que eu estava fazendo que esqueci.

– Não tem problema. Isso se você deitar aqui comigo para eu dormir.

– Mas não tem espaço e você vai ficar sem conforto algum aí.

– E quem disse que eu quero conforto. Eu só quero você aqui comigo.

– Que fofo, mas não acho certo.

– Não me faça ter que te chantagear emocionalmente. – Então ele começa a fingir estar chorando.

– Mas Steve...

Ele aumenta o som desse choro. O que me irrita muito.

– Tá bom bebezão.

– Que bom, achei que ia ter que ficar mais tempo fingindo.

Eu bufo e ele ri. Deito com ele e tivemos que ficar de conchinha, já que a cama era muito pequena.

– Você vai ter que ficar o dia inteiro aqui comigo.

– Por que eu faria isso?

– Para se redimir por ter esquecido de mim ontem.

– Até parece.

– Vai sim, senão vou descer a porrada em você!

Nós rimos.

– Eu vou ficar aqui, mas só por que não quero mais ser espancada!

– Claro, é por isso sim.

– Mas é.

Ele beija minha nuca e eu aperto meu toque no seu braço. Espero que esse momento nunca chegue ao fim. Acho que eu amo ele. Melhor, eu amo muito ele.

– Emma...

– O que?

– Eu te amo minha sarna.

– Eu também te amo muito velhinho.

Ele ri e aperta seu abraço. Me pergunto como não amá-lo.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam??



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