Galväne escrita por Perfil Inativo


Capítulo 4
Guerreiro vermelho




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O bom é que o acampamento estava em silêncio, e Murtagh conseguiu ver apenas poucos guardas e sentinelas. O ruim era que o acampamento deles ficava na base da colina, onde Thorn ficaria muito exposto. Poderia fazer a terra afundar e criar um abismo fundo, mas isso o esgotaria. Ele tinha algumas ideias olhando dali, mas Thorn teve outra, que divertiu os dois. Pousaram em um lugar relativamente seguro. Então, como ouvira os Eldunarís falando, ele buscou um animal pequeno. Havia uma coruja ali perto, e Murtagh entrou na mente dela que não se esforçou para combatê-lo. Experimentou observar pelos olhos dela, enquanto se aproximava do exército. A fez procurar comiga para não levantar suspeitas, e então a deixou em um galho observando tudo. Murtagh conseguiu ver e ouvir um pouco da conversa entre os guerreiros. Era uma língua bem diferente, ele não sabia traduzi-la. Um Gigantai vermelho parecia ser maior que os outros, era vermelho e usava uma roupa de couro de dragão também vermelha. Devia ter uns 7 metros vendo pelos olhos da coruja. Ele parecia estar dando ordens pelo tom de voz para alguns guerreiros. Ele seguiu o guerreiro e o que viu o deixou tão chocado que quase perdeu o controle da coruja. Era o armamento deles, ou talvez apenas uma parte. Vários crânios, clavas e machados, assim como muitos ossos em formato de facas e alguns tinham formas de espadas. Murtagh se perguntou onde achariam tantas coisas assim. Haveria dragões nas terras desses Gigantais? Haveria Cavaleiros de Dragão lá? Isso perturbava os dois. Murtagh encerrou o encantamento. Pelo menos agora poderia observar o acampamento inimigo, mas precisava achar um modo de detê-los. Se conseguisse desarmá-los, será que iriam embora? Provavelmente não, já que poderiam atacar do mesmo jeito desarmados com a vantagem do tamanho.

Se eu os distraísse você poderia destruir as armas. Thorn disse.

Mas então você seria morto, e eu não entraria sem ser visto. Mesmo que não me visse, ainda poderiam me atacar e atacar você.

Então nós dois atacaremos sem sermos vistos. Ao anoitecer.

Murtagh não conseguia calcular algo melhor que isso, então optou por executar o plano. Tiveram sorte de fazer um pouco de frio, o que fez os Gigantais ficarem em suas tendas. Thorn foi para o oeste e Murtagh para o leste. Então Murtagh ficou invisível primeiro e cuidadosamente entrou. Escondia-se entre as árvores e ia em direção ao armamento que vira. Quando algum deles se aproximada Murtagh ficava imóvel até ser seguro o suficiente andar novamente. Ele estava quase chegando, mas parou ao ver que o Gigantai vermelho estava perto das armas.

Agora seria uma boa hora.

Então sentiu mais do que ouviu Thorn rugir e jogar fogo em uma parte do acampamento. Alguns segundos depois os Gigantais estavam em pânico, já que não viam o inimigo, e mesmo vendo que o guerreiro vermelho não sairia dali Murtagh foi. Ele criou fogo com a sua mão e a espalhou por onde conseguia. Os guerreiros perto dele gritaram e se dissiparam, mas o vermelho olhou para Murtagh como se pudesse mesmo vê-lo. Ergueu sua espada-osso e tentou atacar Murtagh, que aparou o golpe com dificuldade, se esquivou e atacou. Sua espada bateu contra a pele do guerreiro, mas não o feriu. O guerreiro golpeou o Cavaleiro com a base de seu martelo bem onde a sua costela havia quebrado. Então o guerreiro falou na língua antiga para que Murtagh entendesse.

–Vae weohnata ono vergarí, eka otherúm. – a confiança do guerreiro o assustou.

Murtagh encerrou o encantamento de invisibilidade e lançou outro encantamento.

–Flauga! – o martelo do Gigantai saiu voando da mão dele. – Jierda! – o martelo quebrou ao meio.

Murtagh aproveitou a distração do guerreiro vermelho e saiu correndo para o mais longe possível, depois de recuperar a espada. Sentiu uma fisgada de dor na perna, mas isso era Thorn. Haviam atirado um osso-flecha nele, e Murtagh o mandou recuar. Thorn subiu e foi em direção á Murtagh desviando de alguns ossos-flechas. Murtagh se deparou então com uns sete guerreiros o cercando. Outros viriam logo.

–Böetq istalri! – Murtagh gritou e logo os guerreiros estavam em chamas.

Ele continuou a correr. Thorn se aproximou e o agarrou com a pata e continuou a voar até estar longe o suficiente. Murtagh sentia-se exausto. O ferimento de Thorn não era tão fundo, apenas o estava irritando. Murtagh ficou ponderando sobre o guerreiro vermelho, e o que ele disse na língua antiga. Como eles saberiam?

Eles devem estar alertas a ataques desse tipo.

Quantos acha que conseguiu destruir? Murtagh perguntou.

Muito pouco em comparação ao exército todo.

Conseguia sentir a frustração de seu dragão. Se pelo menos ele tivesse uma proteção forte o suficiente dos ossos-flechas poderia acabar com muitos apenas com seu fogo.

Temos que bolar algo que seja eficiente.

Primeiro durma pequenino. Eu ficarei de olhos nos inimigos.

Murtagh resmungou um pouco, mas depois dormiu debaixo das asas de Thorn.


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Notas finais do capítulo

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