Lovesick Fool escrita por Sappho


Capítulo 3
3.


Notas iniciais do capítulo

Foi ótimo ter vocês aqui para mais essa fic, galera *-* espero que gostem do final.



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Acordara, assustada. Sem ar. Olhando ao redor como que buscando se apegar àquela realidade, uma realidade onde ainda estava na delegacia e só havia tirado um cochilo. Emma conseguia pensar bastante sobre duas coisas ultimamente: Regina e Morte. Ela havia perdido o medo de morrer, havia perdido o medo de enfrentar o perigo na mesma medida em que perdera a vontade de ter Regina, de amá-la como se nada tivesse acontecido.

Não era fácil para si continuar vivendo daquele jeito, mas tinha Henry, seu filho e claro, Emma aprendera a amá-lo e a viver em sua função na maior parte de seu tempo, principalmente depois de que todos os seus sonhos de família feliz foram destruídos pela mulher que mais amava, pela única pessoa que já se permitira realmente baixar todos os muros construídos depois de anos em lares adotivos, depois de anos de rejeição.

A situação seria cômica, se não fosse trágica. Nem mesmo Neal decepcionara tanto Emma quanto Regina o fizera. Tudo bem que não fazia nem um mês que terminaram, mas as duas últimas semanas pareciam pior que um pesadelo. Parecia que não terminariam nunca.

O relógio parecia não doer mais tanto, já que seu horário ali terminara e agora só faltava ir pra casa, se arrumar para encontrar o filho e a ex-quase-futura-esposa.

Chegara em casa poucos minutos depois e tomara banho no chuveiro, olhando para a banheira com receio do que poderia fazer. Sua mandíbula travara, seu coração parecia bater mais forte, doía tanto.

Arrumou-se, sabia que precisava ficar perfeita para a prefeita, sabia que precisava chamar sua atenção e o fato de saber de tudo isso só parecia doer mais em seu peito. Só parecia fazer seu coração bater ainda mais apertado.

Lágrimas começaram a escorrer por seus olhos e a loura precisou se sentar na cama, olhando para o distintivo de xerife e sua arma logo ao lado. Engolira em seco e suspirara, destravando-a e verificando a quantidade de balas. Era uma pistola automática, sem roleta russa, sem medo.

Pegou o telefone, ligando para Regina e sorrira de forma meio débil, secando as lágrimas sem sucesso, já que não conseguia parar de chorar.

–Sim?

Ouvira a animação da mulher no outro lado da linha e aquilo fora como uma facada a mais em seu peito. Regina era uma pessoa fria, ridícula. Simplesmente não podia acreditar que se deixara levar por alguém como ela. Sua voz saíra fraca de seus lábios, demonstrando o quão mal a mulher estava, debilitada.

–Regina... Eu... -Eu sinto muito. Eu não posso, eu não consigo.

–Emma... Por favor... Eu…

BANG!

–EMMA! EMMA! ATENDE! PORRA, EMMA! NÃO…

O desespero era nítido na voz da mulher e aquilo tirou um sorriso de Emma. O último. Era ridiculamente romântico pensar assim, que fizera aquilo por ela, que fizera aquilo com ela.

–Eu te amei…

Suas ultimas palavras saíram fracas, em um sussurro baixo, calmo, parecia até... Em paz.


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Notas finais do capítulo

http://fanfiction.com.br/historia/441562/Let_Her_Go/ < "continuação", ponto de vista de Regina.