Destinação escrita por Marys


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Enfim arranjei tempo! Quero pedir desculpas pela demora, tava envolvida com minha gincana e deu tudo certo e ganhamos *-* E agora terei mais tempo para a minha fic. Está ai e boa leitura!



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POV Brian

Esse adolescente me lembra muito Justin. É incrível. Parece coisa do destino. Só que sua personalidade era bem duvidosa, ele era parecido com alguém, não com Justin. Ele tinha um ar de autoridade, ele era indiferente, ele era confiante demais nas coisas e apostava em tudo sem receio. Ele era.. eu. O que? Não, ninguém é igual a mim, ninguém é igual a Brian Kinney. Onde eu estava com a cabeça? Claro que não, impossivel. Vou fumar um cigarro que ganho mais. Estou com fome. Vou ao Dinner.

Michael estava falando sem parar hoje, estava irritado com alguma coisa que eu não estava interessado em saber. Ted e Emmett estavam ajudando ele a procurar soluções para o tal problema dele e eu me pus a levantar, pegar meu pacote e voltar para o loft, não iria comer ali, estava sem paciência para tudo aquilo. Além de tudo ainda iria para a Babilônia mais tarde e queria melhorar o humor, não piorá-lo.

POV Justin

Essa pintura está boa, pensei. A coruja está bem posta ao lado da grade que separava o natural do artificial do Central Park. Com certeza esse iria vender facilmente, até eu compraria. Estava satisfeito. Guardei meus pinceis e lápis na estante ali perto. Me concentrei a analisar um pouco mais o desenho que acabei de elaborar. Meus pensamentos foram direcionados para o espaço. Um bom espaço e com um aluguel considerável, ainda ficava perto de casa. Geoff fora bem generoso comigo com o preço. Já havia conseguido um emprego em uma lanchonete e estava me saindo bem. Já havia feito alguns amigos e saia de vez com eles. As coisas estavam indo bem até. Isso me lembrou Brian e sua razão quando falou que eu iria conseguir tudo que eu quisesse, que eu sempre consigo. E falando em Brian.. O telefone toca.

– Alô? - Atendi sem vontade.

– Sunshine! - Escutei a voz que tanto queria, de preferência pessoalmente. - Estava comendo e lembrei de você.

– Sempre tão romântico.. - Ri baixo. - Tudo bem?

– Estaria melhor se você estivesse aqui para me ajudar a escolher uma camiseta que ficasse sexy para esta noite.. - Notei seu tom sarcástico.

– Você fica sexy em todas e sabe disso. - Admiti sem perceber. Não queria que ele notasse minha total carência.

– Conseguiu o espaço para trabalho? - Ele mudou de assunto e eu sabia o porquê.

– Sim. Estou nele agora. O lugar é bom, o aluguel também e não tenho do que reclamar, está ótimo. - Apoiei a mão na perna.

– Sabia que iria conseguir. - Ele afirmou meio.. aliviado. Assenti e levantei a cabeça.

– Vou te fazer uma surp.. - Só ouvi o mudo indicando o final da ligação. O sinal naquele lugar era péssimo. A ligação caiu. Droga.

Tentei ligar mais outras vezes e não consegui. Acabei por desistir. Queria Brian comigo, agora. Ele deve estar se preparando para ir a Babilônia fazer o que sempre soube fazer de melhor. Como eu queria fazer o mesmo, só que com ele, como uns tempos atrás. Mas eu irei fazer, em um dia, quando eu estiver em Pittsburgh novamente. Decidi visitar todos, principalmente Brian, para acabar de vez com a saudade e sentir o prazer de estar com ele por mais vezes. Comprimi meus olhos e imaginei as vezes em que estávamos juntos na cama no loft. Senti a excitação e a sensação dessas vezes de uma vez. Apertei a região do meu membro e suspirei. Balancei a cabeça e abri os olhos. Precisava de um drink. Fechei tudo no espaço e tomei uma dose de whisky no bar mais próximo. Só queria voltar pra casa, pegar minha mala e embarcar de vez naquele avião, e o fiz, naquela mesma noite.

POV Jones

Ali estava ele, o tal do Kinney. Fingi esbarrar no mesmo por acaso e fiz uma cara de surpreso ao ver seu rosto furioso por ter derrubado bebida na sua camisa.

– Olha o que você fez, seu.. Ei, eu te conheço.. Você não é o cara da..? - Ele parecia estar tendo dificuldade para lembrar meu nome.

– Sim, sou Jones. - Disse por fim.

– Ah é, o Whickler. O que faz aqui? - Ele se aproximou com uma cara curiosa.

– Ué, lembra que eu disse que estaria aqui hoje?

– Você disse que eu te encontraria chupando um pau ou sendo comido por um. - Ele especificou e sorriu de forma sarcástica.

– Pra sua sorte.. - E nessa parte deixei bem claro. - .. ou não, você me encontrou antes. - Me limitei a sorrir pra ele e sai com meio copo cheio.

Tratei de ir ao centro do clube e dançar com alguns caras quentes e lá fiquei, sem me importar se ele ainda olhou para mim ou não. Depois de passar um tempo vi o mesmo dançando com uns caras também e resolvi aprontar para deixa-lo furioso novamente, havia gostado da sensação.

Me aproximei de onde ele estava e comecei a dançar para atrair a atenção dos caras que estavam com o mesmo. Não demorou muito e os homens já estavam comigo em uma dança bem sensual. Nesse momento, observei bem seu rosto na total atenção para ver sua cara furiosa novamente. Mas não havia nenhum sinal dela, apenas uma expressão vazia no seu rosto. Logo depois ele saiu rapidamente dali e foi em direção ao bar. Não havia entendido mais nada, era para ele ter tido alguma reação e nem isso. Fui atrás dele para uma explicação. Virei o mesmo com minha mão em seu ombro e o fitei.

– Qual é o seu problema? Porque saiu? - Perguntei meio indignado.

– Não te devo nenhuma satisfação. - Falou seco enquanto bebia uma dose de whisky e fitava o nada. - Agora SAIA!

– Não, não vou sair. Me deve explicação sim! Porque saiu? Era para ter ficado com raiva e nem isso. - Admiti meio sem pensar.

– Desculpe estragar seus planos. - Falou com uma sarcasmo cru e ele mesmo saiu dali, me deixando sozinho e alterado.

– Que imbecil! - Exclamei pra mim mesmo e voltei para o centro do clube dançar, não iria ter uma noite estragada por causa dele. Não mesmo.

Eu geralmente não faria esse tipo de coisas, mas esse cara tinha algo diferente e me sentia na necessidade de me vingar de qualquer forma. E isso iria acontecer de um jeito ou de outro. Era para ele me notar, gostar de mim e sentir algum tipo de ciúme. Ele não deveria sair com outros caras. Eu to gostando desse cara e nem me dei conta disso, no final das contas.

POV Brian

A última coisa que eu queria que acontecesse comigo nessa situação era essa. A partir do momento que aquele merdinha chamou a atenção dos caras eu pude ver e lembrar de Justin fazendo o mesmo comigo anos atrás. Senti uma angústia profunda a ponto de admitir para mim mesmo que eu não estava mais conseguindo ser eu mesmo sem admirar aqueles olhos claros, sem fazer amor com o único homem que eu realmente amava, sem poder senti-lo de forma alguma e sem poder ouvir sua voz de perto e sem contrastes que o telefone fazia.

Acendi mais um de muitos cigarros que já tinha fumado aquela madrugada. Passei a mão no rosto em contorno e suspirei. Eu o queria agora, comigo. Fui para a janela e olhei o desprezível movimento da rua, abaixei a cabeça e lembrei de Justin por completo.

– Você bem que poderia estar aqui agora, sunshine. - Falei para o vazio do loft escuro.

Peguei o celular em cima do balcão da cozinha e disquei o número de Justin, seria a décima vez que eu ligaria para ele esta madrugada e nada de sinal para a chamada, estava indisponível, era o que dizia. Onde ele estaria, afinal? Precisava ouvir sua voz, precisava dele naquele momento, mal sabia o quanto.

"Um verdadeiro homem sabe quando tem que pedir ajuda."

"Brian Kinney se importa comigo, haha."


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e próximo capítulo tem mais eim! Abraço! :D



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