–-- Filha? Você acordou! – Disse minha mãe entrando lentamente no quarto.

–-- Mãe! Por que estou no hospital...? – Disse fazendo cara de confusa.

–-- Você não lembra querida? Os dois policiais lá fora te acharam caída na casa de uma tal de Amy. – Disse minha mãe sentando na cama que estava deitada.

–-- Ah... Sim... Agora me lembro. – Disse fazendo uma expressão triste.

–-- Oh! Lucy... Finalmente acordou! He-He! – Disse meu pai entrando no quarto.

–-- Querido, você falou com os médicos? – Perguntou minha mãe um pouco preocupada.

–-- Sim, eles disseram que ela não sofreu nada grave... Apenas torceu o pé, nada mais. – Disse meu pai dando um sorriso.

–-- Oh! Graças a Deus! – Disse minha mãe suspirando aliviada.

–-- Filha, o que você estava fazendo na casa dessa tal de Amy? Ela era uma amiga sua? – Perguntou meu pai curioso.

–-- Sim, nós éramos amigas... – Disse ainda fazendo uma cara triste.

–-- Sinto muito querida, mas... Ela não sobreviveu. Quando os policiais chegaram lá ela já estava morta... – Disse minha mãe segurando minha mão para me confortar.

–-- Eu sei disso. – Disse agora fazendo uma expressão mais séria.

–-- C-Como assim você sabe? – Perguntou meu pai surpreso.

–-- Posso explicar isso depois? Não quero muito falar sobre isso agora... Por favor! – Disse fazendo uma expressão de cansaço.

–-- Ah... Sim... Tudo bem... Vamos querida. – Disse meu pai levemente puxando minha mãe para fora do quarto.

–-- Se precisar de algo nos chame querida, vamos estar lá fora! – Disse minha mãe indo com meu pai para fora do quarto, me deixando ali sozinha.

Bando de idiotas! Enganar meus pais é tão fácil... Chega a ser chato! Esta tudo programado, tenho apenas que falar com os policiais em breve! Eles com certeza vão vir conversar comigo sobre o que aconteceu na casa da Amy... Mas não me preocupo, já tenho todo o tipo de historinha na minha cabeça para engana-los com perfeição! E do jeito que são esses policiais inúteis de hoje em dia, vai ser “fácil-fácil”...

–-- Com licença, senhorita Lucy? – Disse um dos policiais entrando no quarto e indo em minha direção.

–-- Sou eu... – Disse olhando para os policiais.

–-- Agora que esta acordada, gostaríamos de perguntar algumas coisas para você... – Disse o policial – Ele tinha cara de mais velho. – de forma simpática.

–-- O que querem saber? – Perguntei curiosa.

–-- O que estava fazendo naquela casa? – Perguntou o policial velho com um olhar sério.

–-- A dona da casa, Amy. Ela e eu éramos amigas! Eu fui lá para conversar com ela... – Disse ainda olhando para os policiais.

–-- Fomos informados que você teve um tipo de surto antes de ir para lá, pode nos contar o que aconteceu? – Disse o policial ainda mais sério.

–-- Bom, uns outros policiais foram até minha casa me perguntar sobre uma amiga que tinha sumido... E numa situação dessas já imaginava minha amiga morta! Por causa disso eu acabei surtando e fugi de casa... – Disse fazendo mais uma expressão tristonha.

–-- Então você fugiu para a casa dessa sua amiga Amy? – Perguntou o policial com cara de mais novo que ainda esta perto da porta.

–-- Sim! Amy era minha amiga mais próxima depois de Alice... Por isso fui lá para que pudéssemos conversar, mas... Quando cheguei lá ela estava estranha, ela me disse coisas que me deixaram com muito medo! – Disse olhando nos olhos do policial mais novo .

–-- O que aconteceu lá? – Perguntou o policial mais novo.

–-- Amy estava louca! Ela estava com uma faca na mão, falava coisas sem sentido... O que consegui entender era que ela queria que eu fosse cúmplice dela, e que ajudasse ela a matar mais pessoas! – Disse tentando parecer nervosa.

–-- Como assim MAIS pessoas? Ela já matou outras pessoas?! – Perguntou o policial mais velho surpreso.

–-- Sim... Estão enterrados nos fundos da casa, pelo menos foi isso que ela me disse... Lá ela escondeu o corpo de um homem e da minha amiga... Alice. – Disse soltando algumas lágrimas.

–-- Nossa... Manoel! Volte para a casa e faça uma revista nos fundos, vamos encontrar esses corpos! – Disse o policial mais velho.

–-- Sim senhor! – Disse o policial mais novo saindo da sala.

–-- Lucy, essa sua amiga foi encontrada morta, eu meio que imagino o que aconteceu, mas... Poderia me contar como terminou assim? – Disse o policial.

–-- Eu acertei ela com a pá para me defender quando ela ia tentar me esfaquear... – Disse com um olhar sério.

–-- Certo... Bom, agora tenho que ir de volta para a casa, obrigado pelas informações! – Disse o policial que logo depois saiu do quarto.

–-- Hihi... Eu que agradeço... – Disse para mim mesma estampando um grande sorriso no rosto.