Céu Infinito escrita por Anna


Capítulo 5
Parte V


Notas iniciais do capítulo

Adivinhem quem está de férias!
Adivinhem quem tomou vergonha na cara e colocou uma foto de si no perfil!
Adivinhem quem acaba de expulsar a irmã do quarto!
Adivinhem quem só foi lembrar da existência desse site hoje!

Sim, fui eu '-' A inteligencia pura aqui realmente esqueceu da existência do Nyah!, sem comentários.



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– Deus só pode estar de zoeira comigo. – Sky deu mais um gole na latinha de cerveja – Tipo, ele deve ter acordado no dia que eu vim para cá e pensado “Poxa, a Skyler pode voltar a ser feliz ali... Acho que vou ferrar ela só um pouquinho né?”, mas aí ele exagerou na zoeira e tudo está essa merda.

Se Skyler estava meio bêbada? Talvez, mas acredito que os tapas dela ainda doem então preferi manter minha boca bem fechadinha.

Estavamos no apartamento dela e já era de madrugada, Sky não tinha bebidas alcoólicas na casa e eu peguei algumas latinhas de cerveja que eu tinha, ela precisava se acalmar (mesmo que aquela não fosse a melhor forma de fazer alguém se acalmar, nunca repitam isso. Álcool mata, crianças).

– Mas a sorte é que Nanette aceitou de boa ficar com o Stan, acho que até ficou feliz de estar com ele.

– Claro que ficou! Minha mãe é muito sozinha Josh, tipo, eu morava longe, o Sam mora longe e a Star era muito ocupada com o Stan e o emprego. Sem contar com o fato que meu pai morreu e ela não pode arrumar outro companheiro.

– Por quê?

– Porque minha mãe teve uma criação muito rígida, meus avós acreditam muito nesse lance de monogamia e abominam o divórcio. Acho que se minha mãe arrumasse outro marido eles nunca a perdoariam. – Sky suspirou – Pena que ela continua sozinha.

– É... Depois que você ficou independente as coisas devem ter piorado.

Ela me olhou confusa, tratei de explicar.

– Tipo, naquela época ela estava acostumada a cuidar de você né? Além do trabalho e tal, ela só tinha você. Se eu que te conhecia há dez meses fiquei sentido quando você começou a se tornar o que é hoje... Imagina sua mãe! Nossa, ela deve ter ficado chateada e feliz ao mesmo tempo por saber que a filha voltou a sorrir, mas começou a sorrir cada vez mais longe dela... Você entende?

Ela abaixou a cabeça, sem precisar dizer nenhuma palavra conseguiu me mostrar que entendia.

Ficamos algum tempo calados, Sky parecia meio incomodada com alguma coisa, mas não toquei nesse assunto porque mulheres quando estão incomodadas não devem ser questionadas de o que as incomoda (isso fez sentido né?).

De repente Sky ficou olhando para mim e sorriu de leve sem mostrar os dentes. Momentos depois estávamos nos despedindo, com Potter pulando encima de mim e Shakespeare me olhando com daquela mesma forma séria de sempre.

Passaram dois meses e nós (eu e Sky) estávamos no chalé comendo bolo de chocolate com Stan enquanto víamos Naruto (que, por acaso, era um anime que a Sky gostava mais do que o próprio Stan). Era o aniversário de cinco anos dele e Nanette precisou ir trabalhar, agendei meus pacientes para outro dia e Sky cancelou com os dela, Stan era mais importante.

– E aquele ali é o Sasuke, eu acredito que ele é um viado, mas tem quem diz que ele não é. Ao lado do Sasuke está meu lindo e gostoso Neji, mas o Neji vai morrer no Shippuden então nem dá muita bola. Só que você tem que dá bola para o Rock Lee ali, ele é muito legal. Porém nenhum deles supera o Naruto, que é lindo, sexy e delicioso. Ele é o personagem favorito da Tia Sky e vai ser seu personagem favorito também porque você ama a Tia Sky né?

– Amo sim.

– Essa é minha criaturinha linda. Meu lindo. – E abraçou ele com força

A relação de Sky e Stan era uma coisa realmente admirável, eu nunca vou conseguir me ver sendo tão carinhoso com uma criança como Sky era com elas. Mas, penso que ela tem que ser mesmo (afinal uns 80% dos pacientes dela eram crianças e adolescentes).

Deitei minha cabeça no encosto do sofá e fiquei pensando... Eu e Sky éramos amigos ou namorados? Tipo, desde sua volta nos beijamos apenas uma vez e nem tínhamos oficializado nada, mas... Nos víamos todos os dias e quando dava sempre fazíamos algo legal, vez ou outra nos paquerávamos e tal (mas de brincadeira).

Algumas horas depois Nanette chegou com um boneco grandão do Bob, o construtor e aí sim a criança mostrou felicidade estampada na cara.

– Legal passar um tempo com o Stan né? – Já estávamos dentro do meu carro, eu dirigia de volta para o nosso prédio – Acho que nesse final de semana eu vou buscá-lo para brincar um pouco com o Potter e o Shakespeare, ultimamente estou dando pouca atenção para os dois.

– Muito legal essa idéia mesmo. – Sorri fraco

– Ok, o que está te incomodando senhor Harrison?

– Ahñ? – Olhei desentendido – Ah, é! Você é psicóloga especializada em sinais corporais... Esqueci disso. Só estou incomodado com uma coisa entre nós dois.

– O que?

– Tipo, o que nós somos um do outro Skyler? Namorados? Amigos? Porque, honestamente, eu acho que namorados não ficam quase três meses sem se beijar e... – Eu já tinha estacionado na garagem do prédio, por isso não foi nem um pouco perigoso quando Skyler saltou do seu assento e me beijou, com muita vontade ainda por cima.

O problema é que ela não me deu tempo de reagir ao tal beijo, apenas me beijou e saiu do carro. Quando me vi livre de meu estado de choque, Sky já tinha entrado no elevador.

Sim, começamos a namorar como adultos de verdade.

Sem declarações de “eu te amo” e tal, mas nos beijávamos e tínhamos encontros diariamente. Depois do trabalho eu ia buscá-la na Carmichael Elementary School e íamos conversando animadamente para casa. Depois de uns dois meses dessa forma comecei a me achar um monógamo também. Era como se eu e Sky estivéssemos destinados a ficar juntos (nossa, quanta viadagem Vou ali me atirar da ponte e já volto), mas é claro que alguém tinha que estragar isso.

Eu estava na sala de estar do meu apartamento, Potter estava deitado no chão e Shakespeare estava no meu colo porque meu passatempo favorito tinha virado acariciar aquela bola felpuda. Sky tinha trago os dois porque pretendíamos passar aquele domingo inteiro juntos (o que o trabalho não tinha deixado que fizéssemos durante a semana). Ela estava na cozinha fazendo pipoca (Sky tinha toda a coleção dos filmes de Harry Potter, nem preciso dizer que ela está me fazendo engolir esses filmes pela goela abaixo).

A campainha tocou, coloquei Shakespeare no sofá e fui atender a porta.

– Sophia? – Fiquei surpreso ao ver aquela figura ali, com uma roupa extremamente inapropriada (para não dizer: roupa de puta) – Como você sabe onde eu moro? – Sério, como essa coisa sabia onde eu morava? Tipo, foram seis anos evitando ela. SEIS ANOS!

– Isso não é importante, o importante na verdade é o que eu vim fazer aqui...

– O que?

– Bem, fiquei sabendo que você terminou com sua noiva então... – Ela tirou o sobretudo curto que usava e mostrou o que já dava para se ver nitidamente (o sobretudo era bem transparente), ela não usava roupa por debaixo dele, apenas calcinha e sutiã bem escuros – Vim te fazer feliz.

– Larga de ser doida Sophia! Eu não quero nada com você!

– Como não?! Aquela asiática com cara de furão foi embora!

– Eu não ligo mais para a Marie, agora saí daqui!

– Ah, já sei! Você ainda gosta daquela depravada da Skyler! Quando você vai entender que aquela loira burra não gosta de você? Ela está namorando um gostosão europeu e não precisa se preocupar mais com gentizinha dos EUA.

Nesse segundo ouvi uma leve risada ao meu lado, Skyler estava encostada na parede ao nosso lado, sorria e ria de forma meio meiga e assustadora ao mesmo tempo. Ela olhou para Sophia (que claramente não sabia da existência de minha namorada no PAÍS) e sorriu.

– Loira burra é? Queria, meu Q.I é de 180, e o seu? – Sophia a olhou confusa – Ah, é... Seu Q.I deve ser tão baixo que você nem deve saber o que é isso né? Então, é tipo o nosso nível de inteligência e pelo meu nível eu sou considerada bem inteligente sabe?

Ela andou até mim e me abraçou pela lateral, retribui o abraço instantaneamente e senti seus lábios roçando nos meus por um tempo.

– E quanto a mim e o Josh, bem... Somos namorados sabe? O que significa que gostamos um do outro e não é pouco não. – Ela olhou para Sophia debaixo pra cima – E a melhor parte é que eu consegui isso sem aparecer de calcinha e sutiã... Ao menos dessa vez né Josh? – Eu gesticulei que sim e apertei um pouco o abraço

Sophia pegou o sobretudo do chão e saiu correndo do prédio, instantaneamente eu e Sky começamos a rir sem parar (Potter até acordou). Demorou um pouco para que parássemos de rir, mas quando conseguimos fomos ver os filmes juntos e bem abraçados.

É muito boa a sensação de ter alguém para chamar de: minha pequena.


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Notas finais do capítulo

Dá próxima vez faço uma parte maior :3 Beijos na bunda, até segunda (planejo postar um novo capítulo na minhas duas fics e mais uma parte dessa fic aqui na segunda).