Revenge! escrita por Raquel Ferreira
Notas iniciais do capítulo
Ola... aqui esta outro cap!
Prometo que amanha escrevo outro, hoje já nao vou colocar mais nenhum!
por isso até amanha ♥
POV ROSE
– ROSE! – Gritou alguém e logo a seguir uma cabeleira loira atingiu-me. Lexi abraçou-me. – Ainda bem que voltaste. Senti tanto a tua falta!
– Calma, Lexi! Ainda há duas semanas me viste – ri.
– Não sejas desmancha-prazeres – pediu a brincar.
– Olá ruivinha – Luke cumprimentou-me e, de seguida puxou-me para um abraço rápido. – Tu estás velha!
– O quê?! – Quase gritei, antes de perceber que ele estava a brincar comigo. – Ora, seu desgraçado!
– Então onde está a Rose junior? – Perguntou ele.
– Ela não está aqui? – Perguntei preocupada. Sophie tinha entrado na casa antes de mim. Onde estava ela?!
– Olá, querida – cumprimentou a minha mãe, vinda da cozinha.
– Rose, acho que isto te pertence! – Atrás dela vinha Draco com Sophie ao colo. – Ela é linda!
– Sim, mas também já é grande demais para andar ao colo – afirmei. – Parece que se deram bem.
– Não sejas assim – pediu Draco. – Ela é tão pequena!
Ele poisou a minha filha no chão e veio até mim. Abraçamo-nos! Eu realmente tinha saudades dele.
– Senti saudades, miúda – admitiu ele.
– Eu também, Draco! Onde estão os outros? – Perguntei para ninguém em especial.
– O Hugo e a Lily andam em missão, juntamente com o Harry – informou a minha mãe. – Os teus avós estão na Toca. E a Rachel está com o Al.
Albus!
– Como é que ele está?
– É melhor veres por ti própria – garantiu Luke.
Acenei com a cabeça, depois ajoelhei-me de modo a ficar da altura da minha filha.
– Sophie, tu vais ficar aqui com a tia Lexi, o Scorpius e a avó, pode ser? Eu depois venho cá ter contigo, ok? – Ela concordou com a cabeça. – Aproveita e conhece o tio Luke e o Draco, está bem princesa?
– Sim, mamã – disse ela.
– Ele está onde? – Perguntei para o ar, depois de me levantar. Sophie sentou-se no sofá ao lado de Luke.
– Num dos quartos de visitas – disse a minha mãe. – Ao lado da biblioteca.
Acenei e subi as escadas para o primeiro andar.
A casa dos meus pais era enorme. Aparentemente, o meu pai e a minha mãe planeavam ter vários filhos, no entanto esse plano foi excluído devido ao trabalho de auror do meu pai.
Atravessei o grande corredor do primeiro andar passando pelo meu quarto. Quase não consegui resistir á vontade de entrar no quarto e comprovar se tudo estava no seu devido lugar. Continuei a caminhar até chegar ao quarto indicado pela minha mãe.
Bati levemente á porta e entrei.
O quarto estava iluminado, a janela aberta. No centro uma cama de casal, ocupada pelo meu primo. Depois vi-o bem. A pele vermelha e suada indicando que estava com febre, os braços estavam cobertos por manchas negras que eu não sabia o que eram. No geral, Albus estava uma desgraça.
A seu lado, estava Rachel com lágrimas nos olhos.
– Rachel – chamei gentilmente.
Ele levantou a cabeça e olhou para mim por segundos, até que correu na minha direção e abraçou-me. As lágrimas começaram a cair-lhe pelas faces.
– Oh, Rose – lamentou-se. – Ele não pode morrer. Não pode!
– Shii, calma Rachel – tentei acalma-la. – Ele não vai morrer, eu não vou deixar!
– Eu não pode morrer – repetiu. – Eu amo-o!
– Ele não vai morrer! – Prometi. Eu sabia que era errado prometer algo que não sabia se podia cumprir, mas algo me dizia que entre todos iriamos conseguir uma solução.
Minutos mais tarde, eu retomei á sala, onde Sophie brincava com Luke e Draco no chão. Todos olharam para mim.
– E então Rose? Alguma coisa? – A minha mãe parecia esperançosa. Todos pareciam! Eu odiava quebrar essa esperança.
– Eu não consegui decifrar o enigma, ainda – admiti. – Mas não vou desistir enquanto não conseguir!
– Diz-nos o que sabes – pediu Lexi. – Nós podemos ajudar.
– “A Fúria pode morder, arranhar e até comer, mas nunca vencerá o sangue inocente.
E aquele por quem a tua confiança recai será vítima da Furia” – recitei o enigma já decorado.
– A Fúria pode morder, arranhar e até comer, mas nunca vencerá o sangue inocente? – Perguntou a minha mãe confusa. – Temos de matar alguém?
Choque geral!
– Eu também pensei isso – afirmou Scorpius. – Mas a Rose disse que não!
– Não vamos matar ninguém – assegurei, vendo a cara de medo de Sophie. As vezes, perguntava-me se não a deixava saber demasiado das coisas. – O enigma deve querer dizer outra coisa!
– Mas o quê? – Questionou Draco.
– Não sei – admiti. Ninguém mais falou.
Durante toda a tarde, fiquei encostada á parede a pensar no significado do enigma. Sophie brincava com Draco pelo que não me preocupei com ela, o resto dos meus amigos e família estavam sentados a pensar, ou no caso de Scorpius a andar de um lado para o outro.
“sangue inocente”
O que raio queria isso dizer?! Não podíamos matar uma pessoa inocente! Isso estava fora dos limites!
– Mas porquê? – Perguntou Sophie pela milésima vez.
– Porque as folhas caem no outono – explicou Draco.
– Mas porquê? – Voltou a repetir a pergunta.
Não sei se era o facto de estar irritada por não conseguir decifrar o enigma, ou o facto do meu melhor amigo correr risco de vida ou, simplesmente, o facto de Parker andar atrás de mim, mas as perguntas constantes de Sophie chegaram ao limite da minha paciência.
– Chega, Sophie – gritei do outro lado da sala. Todos olharam para mim e a minha filha ficou com lágrimas nos olhos com o susto. – Já chegas dessas perguntas!
Sabia que todos olhavam para mim, surpresos pela minha demostração de raiva. Eu, no entanto, olhava para Sophie. A minha filha sustentava o meu olhar. Só havia uma pessoa que tinha alguma vez segurado o meu olhar daquela maneira. E essa pessoa estava parada em pé a olhar para mim.
A raiva só cresceu ao perceber que para além do seu pai, só Sophie me enfrentava daquela maneira. Quando eu estava prestes a explodir.
Calma-te Rose, é só uma criança!
Só uma criança a fazer perguntas inocentes!
Perguntas inocentes!
Talvez… só talvez fosse esse o significado…
– Rose? – Chamou Lexi, receosa. – Eu conheço esse olhar. O que descobriste?
– Como é que eu pude ser tão estupida e não ver o que estava á minha frente? – Perguntei, mais para mim mesma, do que para alguém na sala. – Sophie, querida, desculpa a mãe. Eu não queria ter gritado contigo! Tu não estavas a fazer nada de mal, a mãe é que está um pouco preocupada com o tio Al e acabou por descarregar em ti. Desculpas?
– Sim, mamã – disse Sophie, abraçando-me.
– Olha querida, eu acho que descobri como ajudar o tio Al – afirmei. – Tu queres ajudar?
Antes que Sophie pode-se responder, Scorpius interrompeu.
– Em que estás a pensar?
Olhei para todos á minha volta.
– Nós estávamos a lidar com a palavra inocente, como se a pessoa fosse ou não culpado de alguma coisa – disse. – Mas isso implicaria ter de matar alguém! No entanto, ninguém é completamente inocente, todos já fomos culpados de algo.
– Onde queres chegar? – Perguntou Luke, confuso.
– E se a palavra “inocente” remetesse para alguém que nunca fez anda de errado? – Perguntei. – Ou alguém que não tem a capacidade de saber distinguir o que é errado do que é certo? Alguém demasiado novo para ser culpado de alguma coisa?
– Estás a pensar na Sophie? Tu queres matá-la? – Scorpius perguntou chocado.
Sophie encolheu-se ao meu lado.
– Claro que não – assegurei. Nunca tal ideia me passaria pela cabeça. – Ela é minha filha! - Aparentemente, Scorpius percebeu o que tinha dito e pediu-me desculpa com o olhar. – Eu estou a dizer que talvez uma gota do sangue dela possa salvar o Albus.
Todos olharam para Sophie, analisando a minha proposta.
– Eu quero ajudar – afirmou a minha filha.
Eu sorri, orgulhosa da minha menina.
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