Revenge! escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 22
Papá!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!!!!
Espero que gostem do cap... pela primeira vez vamos ter um pov de Sophie!!!
boa leitura!



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POV ROSE

– Crucio – a voz gélida disse.

Eu não sabia se era noite ou dia. Não sabia quanto tempo já se tinha passado. Na realidade, a única coisa que eu sabia era que doía. Todo o meu corpo me doía.

Eu estava deitada no chão frio, já não me dava ao trabalho de levantar. Sabia que voltaria a cair com a dor!

Scorpius e Sophie! Estas eram as únicas coisas de que eu me conseguia lembrar quando a dor começava.

Scorpius e Sophie!

Os meus dois Malfoy’s! Tão iguais e tao diferentes, um do outro.

Os dois eram irónicos e sarcásticos. Os dois eram teimosos e não descansavam até ter as respostas que queriam, foi isso que me levou a fazer o acordo com a minha filha. Os dois tinham a mania de cruzar os braços e encostarem-se á parede, numa atitude descontraída, mesmo quando as coisas estavam prestes a explodir.

Sophie e Scorpius! Ambos tinham aquele sorriso de canto que eu tanto amava! Os seus olhos brilhavam quando tinham ideias ou simplesmente quando estavam entusiasmados. Devia ser uma mania Malfoy, mas ambos passavam as mãos pelos cabelos quando estavam nervosos.

Ambos me faziam rir, chorar, ter medo, ficar irritada, mas acima de tudo, ambos ocupavam o meu coração.

– Crucio – repetiu Parker.

Eu tinha de pensar neles, caso contrário a minha sanidade iria passear sem mim. Eu daria em maluca! Gritei!

Scorpius e Sophie!

Scorpius e Sophie!

Sim, eles iriam ficar bem!

Jéssica iria matar-me mais cedo ou mais tarde e acabaria a sua vingança. Scorpius e Sophie estariam a salvo. Ele conheceria uma mulher nova, apaixonar-se-ia, talvez se casasse e tivesse filhos, e Sophie teria uma mãe para cuidar dela, e quem sabe irmãos!

Eles iriam ficar bem! Afinal, o tempo cura tudo….

Toda a dor! Toda a magoa! Toda a ferida!

Eles iriam ultrapassar tudo isso, e seguir em frente, sem mim… mas seguros! E só isso me importava!

POV SOPHIE

Deitei-me na cama e o papá ajeitou-me os cobertores. Ele estava cansado, eu vi-a isso! As suas olheiras eram maiores a cada dia que passava.

– Boa noite, querida – desejou enquanto me beijava a testa.

– Espera, Scorp – pediu. – Podes ficar aqui um pouco?

Ele suspirou e sentou-se na cama.

– O que queres saber, princesa? – Perguntou com um sorriso cansado nos lábios. Sorri.

– Sabes, a mamã nunca me contou como é que vocês os dois eram na escola – informei. – Podes me contar?

Sim, eu realmente queria saber, mas sempre que perguntava a minha mãe, ela desviava o assunto.

O meu pai suspirou de novo.

– A Rose e eu conhecemo-nos no primeiro ano de Hogwarts – informou. Scorpius falava perdido no olhar, como se estivesse a reviver esses tempos.

Ele contou-me tudo. Contou-me o que os meus avós esperavam deles, um devia ser o mais inteligente e o outro devia humilhar os Weasley. Scorpius contou-me como se sentiu quando a minha mãe se foi embora, e como se voltou a sentir quando ela regressou. Ele explicou tudo o que se passou no sétimo ano, ou quase tudo pelo menos, e depois a minha mãe voltou a partir.

À medida que o papá falava eu via nos seus olhos um brilho que eu costumava ver na avó Hermione quando falava com o avô Draco. Ou no tio Al e na tia Rachel. E até mesmo em Lexi e Luke. Eu também já tinha visto esse brilho nos olhos da mamã.

Esse era o bom de ser criança. Eu via tudo á minha volta, e os adultos nem pareciam entender que eu percebia.

– E foi isso princesa – concluiu. – O resto tu já sabes!

Olhei para ele séria.

– Tu ainda gostas da minha mãe?

Scorpius olhou para mim em choque. Pois, adultos nunca vêm que eu percebo mais do que eles querem! Scorp fechou a boca e suspirou.

– Eu ainda amo a tua mãe – admitiu.

– Ela ainda te ama, também – assegurei. – Apenas é muito teimosa para se permitir ser feliz!

– Bom saber – disse Scorp, enquanto se levantava. Ajeitou os meus lençóis e deu-me um beijo na testa. – Até amanha, princesa!

– Boa noite papá – desejei.

Scorp parou em choque. Depois, lentamente, um sorriso foi aparecendo.

– Boa noite, filha!

E saiu do quarto, fechando a porta.

POV ROSE

Parker havia saído dali há algum tempo, ou pelo menos, assim me parecia. O meu corpo protestava com dores e eu sorri.

Nem quando a Sophie nasceu senti tantas dores.

Flashback On

– Faz força querida – disse a minha mãe, apertando-me a mão.

– FORÇA?! FORÇA? – Eu nem queria acreditar naquilo. – O QUE ACHAS QUE TENHO ESTADO A FAZER? BEBER CHÁ ENQUANTO LEIO O JORNAL!

A enfermeira ao meu lado riu-se.

– Cada grávida reage de maneira diferente – explicou. – Mas usar sarcasmo eu nunca tinha visto!

A minha mãe riu-se e eu revirei os olhos. Caso elas não tivessem reparado, EU ESTAVA PRESTES A TER A MINHA MENINA! Seria esperar muito que elas me ajudassem em vez de se estarem a rir?

– AHHHH – gritei quando outra contração apareceu.

– Vamos, Rose – disse o medibruxo. – Eu vou contar até três e tu fazes forças, ok? – Perguntou. – Um, Dois, Três …. Agora!

Eu obedeci.

Fiz toda a força que consegui. Apertei tanto a mão de Hermione que provavelmente ela não a mexeria no dia a seguir.

O choro de um bebé interrompeu os meus gritos. Eu calei-me e lágrimas grossas irromperam pelos meus olhos.

Pouco tempo depois, enfermeira colocou-me um monte de panos no meu colo. E eu, suada, cansada, com o corpo todo a tremer ainda por causa das dores, não mudaria nada!

Naquele momento, eu estava a olhar para o meu mundo! Aquela pena criatura linda que assim que olhou para mim se calou.

Ela tinha pequenos cabelos loiros, parecia penugem, e uns olhos enormes, azuis e cinzentos.

O meu primeiro pensamento? Ela é tão linda e tão pequena, e eu já a amo tanto!

Logo a seguir? Bolas, porque é que ela tinha de ser loira como o pai?!

Flashback Off

Deixei cair duas lágrimas.

Ela era o meu mundo! A minha metade de mim!

Como é que eu poderia nunca mais a ver?

Fácil! Se eu nunca mais a ver significasse que ela teria uma vida feliz e longa, eu não a queria ver mais. Embora a dor no meu peito discordasse.

Fechei os olhos e suspirei, ainda com dores.

A porta abriu-se e eu sobressaltei-me. Outra vez não!

Mas em vez de Parker, era Alison que entrava pela sala.

– Rose? – Perguntou cautelosa.

– Sim? – A minha voz estava rouca.

– Eu quero pedir desculpas – admitiu. Sentei-me com muito custo. Desculpas? – Eu sei o quanto tu amas aquela menina, eu nunca a devia ter raptado.

– Eu não acho que as tuas desculpas vão servir de algo agora – rebati. – Agora não há nada a fazer! Ela vai matar-me e a Sophie fica bem!

– Rose – chamou, enquanto se ajoelhou ao meu lado. Recuei com nojo dela. – Isto ainda não acabou! Ela é minha irmã mas…

– IRMÃ? – Como assim irmã?

– Sim, Rose – confirmou. – Somos filhas de mães diferentes.

– Foi por isso que tu fizeste aquilo? – Procurei entender. Eu estava cansada demais para me irritar, então só me restava compreender.

– Sim, eu devo-lhe muito. Ela sempre me protegeu quando eramos mais novas – explicou. – Mas ela agora está a passar das marcas – Alison baixou a cabeça, com culpa.

– O que é que ela vai fazer? – Sem resposta. – ALISON?

– Ela foi atrás da Sophie, outra vez – informou Kingsley.

Choque! Raiva! Odio!

Cansaço? Dor? Simplesmente tinham desaparecido!

– ONDE? QUANDO? – Questionei.

– Agora – informou. – Acho que isto te pertence!

Entregou-me a varinha.

– Desculpa Rose – pediu outra vez.

Acenei, sem realmente pensar.

Com forças que eu nem sabia que tinha, aparatei no jardim da Mansão Weasley.


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Notas finais do capítulo

E então?
Eu tenho uma pergunta: Sera que mais ninguem acha a minha fic boa o suficiente para ter uma recomendação?