O Coração do Vento escrita por shimotekun


Capítulo 1
Capítulo 1 - Era só uma brisa


Notas iniciais do capítulo

Dedico essa história a todos que acreditam com todas as forças e sem medo, que a realidade é muito mais que isso.



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“A vida humana é um saco não é?... estudar é um saco e desnecessário, os empregos não têm tanta importância assim, e tornam as vidas humanas repetitivas, a não ser que alguém tome realmente vergonha na cara e mude esse curso, como fizeram Da Vinci, Einstein, ou os irmãos que criaram Matrix, eles mudaram alguma coisa, sem coisas como essas ficamos presos, é tão injusto que porque alguém decidiu que tinha que ter quem fizesse leis, fiquem todos presos a seguir essas leis.” Era nisso que pensava o garoto em cima do telhado do colégio, Alan havia novamente fugido da aula de matemática, não suportava ficar parado por quase uma hora vendo o professor encher o quadro de números para depois passar um exercício, por mais que Alan tentasse memorizar as fórmulas, e até conseguisse com algumas delas. Na hora dos exercícios ele se distraía tanto que não conseguia lembrar de fórmula alguma, quando percebeu que o tempo passa e se você não o ocupar com nada que preste é um grande desperdiço, ele deu inicio a sua estratégia de saída de sala de forma indolor e não prejudicial, que envolveu chegar bem perto de uma pessoa “importante” tomar um gole de água e ir pra enfermaria, ainda conseguiu dar um tapa na cabeça de Rick, o menino mais violento e “donzelo” da sala, e como ele já estava saindo e o professor não viu, foi indolor e não prejudicial, ao chegar na enfermaria, pediu apenas um remédio para dor de cabeça (apesar de ter atuado perfeitamente com uma dor de barriga mortal na sala de aula), quando a enfermeira saiu, ele adiantou o relógio e quando ela chegou, ele foi embora...Mais tarde o professor iria conferir se ele tinha mesmo ido a enfermaria, e a enfermeira diria a ele que ele ficou lá por bastante tempo por causa da hora que ela viu quando chegou na enfermaria. Tinha dado tudo certo, agora estava em um dos lugares que mais gosta, bem alto, ventilado, e silencioso. Não exatamente. Naquele dia havia um som diferente, parecia com o som do vento, mas formava uma melodia, lembrava muito aquelas flautas japonesas, pareciam ser umas 50 flautas, não estava alto mais com certeza dava pra chamar atenção. Alan deu uma lá pra baixo, pelo jeito o sinal já havia tocado, a praça do colégio estava ocupada com os grupinhos que se reuniam para provavelmente fazer alguma fofoca. Ele não precisou procurar muito, logo abaixo da terceira árvore de cerejeira havia uma garota diferente daquela multidão de robôs, Yui, era incrível como ela se encaixava bem no cenário em que estava, decendente direta de japonêses... ela estava deitada na mesa de mámore e olhando pra cima, parecia estar cantando pelo movimento da boca, Alan nunca a vira falando sozinha.

O vento jogava os fios lisos do cabelo dela por cima do rosto, ele não percebera que ela sabia que ele estava olhando pra ela naquela hora, ela o observava pelo canto do olho se perguntando o que ele estaria fazendo ali em cima. Pra ela, Alan era um menino acima de tudo estranho, ele era bem diferente dos outros meninos e isso era bom, e ele parecia gostar dela as vezes, ela não sabia se o jeito prestativo dele fazia parte da personalidade dele ou se era porque ele tinha algum interesse nela, de qualquer forma Alan era apenas um amigo, e se ela começasse a gostar dele é obvio que isso não mudaria nada, ela não queria se arriscar se apaixonar novamente, já havia sofrido demais com coisas que envolviam amigos e paixão, chegou até mesmo a pensar em fingir que é gay, mas isso não adiataria muito pro psicológico dela. Alan parecia ter saído de cima do telhado, ela não podia mais vê-lo, isso porque ele estava chegando do outro lado do prédio  do colégio. -"Não posso vacilar deixando que ela me veja, já acho que ela tá desconfiando que sou apaixonado por ela, tenho medo que ela pense que meu jeito prestativo tem a ver com algum interesse que sinto por ela, sou prestativo a qualquer pessoa que respeito, se ela pensar que é por interesse, toda vez que ela me ver sendo prestativo com alguma menina, vai achar que tou afim dela!, agora tenho que saber de onde vem esse som..."

O som havia aumentado um pouco, ele podia sentir que aquela música não era produzida por um instrumento humano, sentia tambem que a brisa que trazia a música vinha de uma lagoa que ficava perto de onde morava... finalmente alguma coisa interessante estava aconteçendo. Ele nem sonhava na mudança que aquela brisa traria.

Sua casa estava silenciosa, não era normal, geralmente seu ai não saia a tarde e ficava o dia todo assistindo televisão, pelo menos não teve que avisar a ninguem que estava saindo, deixou sua bolsa na cama , preparou um sanduíche e saiu de casa, ele tinha que visitar a lagoa, e não era só por causa da brisa musical daquela manhã, ele sempre sentia uma presença boa naquele lugar, e o visitava sempre que precisava pensar.

Ele precisava pensar... sobre Yui, ele tinha certeza que estava apaixonado por ela, já havia se apaixonado muitas vezes, então conhecia bem o sentimento, mas a quantidade de vezes que sofreu por isso fez cicatrizes que lutava para não encostar, como faria pra não acabar mais apaixonado por ela do que já estava? Concerteza o dia estava estranho, a lagoa não era tão pouco frequentada nas quartas-feiras, assim que chegou na academia ao ar livre da lagoa o vento afagou seu cabelo, como um irmão mais velho ou como um pai recebendo a visita de seu filho.

Ele começou a caminhar ao redor da lagoa, se distraindo hora com seus pensamentos, hora com os pássaros nas árvores e os que circulavam a imensa lagoa. 

-"Monótono..., é assim que esse lugar está, está tudo tão monótono hoje, eu gosto do silencio mas assim já não é demais?" pensou. -"Hm... eu queria que tudo fosse nos animes e mangás!, a vida concerteza seria mais interessante, e as histórias de amor seriam muitos mais legais de se viver e românticas. Estava mesmo com esperança de que algo diferente aconteçesse comigo! Imagina se eu fosse atropelado por um carro e depois fosse chamado pra me tornar detetive espiritual? ou se eu viesse de uma linhagem de dominadores de algum elemento? mas que droga! até hoje sou frustrado porque Dumbledore* ou Hagrid** não vieram me buscar quando completei 11 anos? Isso é tão frustrante! Hm... mas acho que o que eu queria mesmo...

O céu estava claro e não havia um pássaro voando, uma brisa fria e incomum passava por Alan, ele devia estar enlouquecendo, o vento parecia puxa-lo como se alguem estivesse segurando sua mão. Ele começou a andar e quando olhava para certas direções o vento ficava mais forte, e ele seguia esse caminho.

A logoa era cercada por um mangue, através de uma pequena brecha entre varios pés de araçá entrelaçados, o vento soprava como um canhão de ar constante bem mais forte que a  brisa que o guiava. Ele não queria passar pelo terreno lamacento do mangue, e ficou lá, parado, deixando que o canhão de vento jogasse seus cabelos pra trás com força.

-"Eu queria mesmo, era controlar o vento". pensou -"Decidir quando ele iria soprar dessa forma, ou mais levemente... poder voar, seria perfeito, eu vou aprender a ser como o vento, ter essa facilidade de mudar seu jeito, se adaptar, como a água porem sendo mais leve, mais compreensivel, o vento ode ser carinhoso, consolador, confortavel, e do nada mudar, se tornar forte, destruidor, imbatível, e eu usaria essa segunda parte para proteger meus amigos, e a primeira para ser a melhor companía possível para Yui..."

-"Você quer mesmo poder controlar o vento? ser como o vento?" disse uma voz em sua cabeça. Pronto, fato inquestionavel, só podia estar louco, seu "eu" interior estava conversando com ele.

-"Mas é claro!, daria tudo por isso, faria qualquer coisa..." E ele estava respondendo a essa voz! doido!

-"Aceitaria qualquer desafio? qualquer um mesmo?" Ah não, ela respondeu de volta.

Alan fechou os olhos e respirou fundo. -"Qualquer um".

-"Alan, preciso que você acredite em mim, pare de pensar que sou sua conciencia ou que você está louco!!!" Ela agora estava lutando por sua independencia!!

-"Pare com isso!, que saco cara!, eu sou real, não sou parte da sua mente!" Estava começando a ficar mesmo estranho, por mais que tentasse Alan não achava que podia calar essa voz.

-ALAN!!!. A voz agora parecia um rugido alto, Alan sentiu o impulso de olhar para a direita, havia um caminhão na calçada a mais ou menos 65Km/h e agora a dois metros de distância dele. Alan apenas fechou os olhos. 

Dentes grandes e afiados cravam no tórax de Alan e algo que devia ser imenso pela area da mordida e pela força com que o atingiu o arrastou e antes que pudesse perceber o movimento, estava afundando na lagoa.


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Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo : Wind Nogard

*Referencia ao personagem da saga de livros Harry Potter de J.K Rowling, Albus Percival Vulfrico Brian Dumbledore.

**Referencia ao personagem da saga de livros Harry Potter de J.K Rownling, Rúbeo Hagrid.



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