The Heart Never Lies escrita por Vanessa


Capítulo 15
Beijo e segredos.


Notas iniciais do capítulo

Olá galera! Td bem com vcs?
Eu tentei postar antes, mas o capítulo não estava pronto D; sorry e.e
Sim, tem beijo nesse capítulo, AEEEEEE O/ *dança* but, n é da Eliza com o Ryan UAHSUAHS
Antes, quero deixa claro aqui que eu não tenho preconceito nenhum com homossexuais, ok? É apenas para a estória e tal u.u e outra coisa, eu espero que vc entendam e n fiquem com raiva! E nem queira me matar dps UAHSUAS
É isso, boa leitura.



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O dia não demorou muito para chegar. Graças a Deus. O sol batia na barraca fazendo um calor horrível. Abri os olhos devagar lutando para me acostumar com a claridade. O sol batia no rosto de Ryan o deixando mais bonito ainda. Percebi que havia uma certa aproximação entre meu rosto e o dele, novamente nós estávamos quase nos beijando. Aí eu fico nessa: me afasto ou continuo assim? Me aproximo mais e dou uns beijos nele? Não, para Eliza. Bom, vou fazer o que qualquer ser normal faria.

– AAAAAH – Me levanto gritando – SAI DE PERTO.

– O QUE FOI AGORA, GAROTO? - Ryan levanta assustado me encarando com desespero. Coitado. A cara toda amassada.

– VOCÊ TAVA MUITO PERTO, CARA – Coloquei a travesseiro na cara.

– E vai me dizer que você não gostou? - Senti Ryan chegar perto.

– Não! - Tirei o travesseiro do rosto. Ryan estava a centímetros de mim.

– Eu sei que gostou... - Ryan sussurrou. Senti sua respiração em meu rosto. Ai meu Deus, é agora.

– N-não gostei – Gaguejei. Quem eu estou querendo enganar? Eu gostei sim.

– Então prova. - Mas o quê? Que garoto chato.

– Ryan... Para com isso, tá ficando estranho. - O olhei nos olhos.

– Estranho porque? Você não quer? - E você quer isso?

– E você quer isso? - Arregalei os olhos. Peguei o travesseiro e o empurrei fazendo-o se deitar novamente.

– É claro que não quero. - Ryan gargalhou. Revirei os olhos e sai da barraca.

Depois de tomar um banho e fazer toda a higiene matinal fui atrás de Ryan, mas ele já não estava mais na barraca. Percebi uma movimentação diferente ao redor e fui atrás do professor saber o que era. Ele me disse que teria uma festa essa noite para a galera se divertir mais. Já sei até o que vai rolar nessa festa. Adolescentes no meio do mato em um festa com bebida só me vem uma coisa na cabeça. Sexo. Não pode se esperar mais nada.

E se isso acontecer comigo? Ai meu Deus, que desespero. Não, isso não vai acontecer. Nem preciso me preocupar, quem é que iria querer um menino? Meninas. Sem chance.

Fiquei sentada em baixo de uma árvore vegetando. Não tinha nada de melhor pra fazer, pessoal todo sumiu. Ryan não apareceu mais, Dylan deve tá por ai pensando na amada dele, Erin deve tá se pegando com o Fred. Então, sobra eu sem amigos. Fiquei pensando em como ir para essa tal festa, eu podia voltar a ser Eliza por uma noite e surpreender a todos. Não, não tem como, não tem roupas de Eliza aqui. Vai ser John mesmo.

–.-

As horas passaram voando e aqui estou eu na festa. Eu realmente pensei que seria a festa, mas isso aqui tá uma completa bosta. Tu bem que pessoa tá bem animado, mas nem se compara a uma festa de verdade. Alugaram uma chácara perto do acampamento, o que por uma lado é bom, já que no meio daquele mato todo não iria dar.

Ryan ainda não apareceu e eu nem sei se ele veio pra essa festa. Deve tá por aí com alguma vadia da escola. E para não ficar sozinha, estou com Dylan. Ele bebendo e eu só olhando a desgraça que isso vai dar. Do nosso lado tem um grupo de garotas nos secando e Dylan parece que tá com a bunda coçando pra ir lá falar com elas. Eu não vou, não fazem meu tipo.

Avistei Ryan encostado na parede com uma garrava de vodka na mão. Isso não vai prestar. Ele já estava meio chapado, dava pra perceber de longe. Olhava pra mim e fazia careta, depois ria sozinho. Eu ein. Ele caminhou até onde eu e Dylan estava. Tão bêbado que trocava os pés, esbarrando em quem estava por perto.

– Ei cara – Ele sentou perto de Dylan – Tá fazendo o que com meu parceiro? Não vai roubar ele de mim – Ryan me encarou. Esse garoto tem problemas, só pode.

– Tu já tá bêbado? Não tô roubando ninguém de você não – Dylan franziu o cenho.

– O John é só meu – Ryan fez careta depois gargalhou. O John é seu? Mas o quê?

– John é só seu uma ova, sai pra lá com essa veadagem – Dylan o fuzilou com os olhos. Agora é o quê? Dois machos brigando por outro? Mereço.

– Da pra parar? Eu não sou de ninguém aqui – Joguei as mãos pro alto.

– Ele que pensa – Ryan gargalhou e depois saiu cambaleando por aí.

Me levantei e fui atrás de um banheiro, preciso respirar um pouco sozinha. Mas em qual banheiro eu entro? Meninos ou meninas? Meninos, é claro. Ai que nojo.

Entrei e logo fiquei mais aliviada ao ver que não estava tão sujo assim e que não tinha ninguém. Me encarei no espelho e quase gritei ao ver meu reflexo. Mas que diabos de ser feio é esse? Ah, claro, sou eu. Eu ia tirar o boné, mas o barulho da porta me impediu. De lá veio Dylan quase correndo em minha direção, me encurralando na parede. Se fosse o Ryan eu nem ligaria tanto, mas o Dylan? O que esse garoto pensa que está fazendo?

Ele me olhava de olhos arregalados e sorria. Tinha uma expressão calma e serena no rosto. Quase bati nele. Mentira.

– Dylan? - Perguntei assustada. - O que você tá fazendo? - Por um momento eu esqueci de engrossar a voz. Espero que ele esteja completamente chapado e não tenha percebido isso.

– Eu? Nada. - Dylan se aproximou e eu prendi a respiração. Mas o que deu nesses garotos hoje? Deve tá escrito “me beije” na minha testa, só pode.

– Dylan, me solta – Tentei o empurrar, mas minha força é tanta que não moveria uma formiga do lugar.

– Não. - Ele me olhou nos olhos. - Eu não sei o que está acontecendo comigo, John. Tô ficando louco, eu sei, mas eu não consigo mais. Desde que me aproximei de você, algo estranho vem acontecendo comigo, eu to me deixando levar por esses seus olhos cor de mel – É O QUÊ GAROTO? SE DEIXANDO LEVAR POR MEUS OLHOS COR DE MEL? SOCORRO. - Eu acho que... - Dylan parou. Provavelmente o efeito do álcool passou.

– Você o quê? O que você tá querendo dizer com isso, Dylan? - O olhei de lado. Eu tô querendo rir disso tudo na verdade.

– Que... - Ele fechou os olhos. - Que... Eu vou me arrepender disso depois, mas... - Dito isso ele me beijou. Sim, esse ser estranho me beijou. Ou melhor, beijou o John. Ah, vocês entenderam. Meus olhos estavam mais arregalados que tudo. Eu sentia o gosto do álcool em seu hálito. O beijo não era desesperado, era calmo. Dylan apertava de leve minha cintura e eu tentava corresponder o beijo, até que finalmente algo despertou em minha cabeça e eu empurrei Dylan.

– MAS O QUE FOI ISSO? - Eu o olhava assustada, me afastando.

– Isso não foi o suficiente pra você saber? - Ele disse o óbvio. Então quer dizer que eu sou a pessoa que Dylan falou? Eu sou a paixão dele?

– DYLAN! - Gritei – Você não é gay... e você me beijou... e eu estou confuso – Coloquei a mão na cabeça. Dylan se aproximou.

– Não sou gay, mas eu não sei o que esta acontecendo comigo, John... - Ele ia encostar em mim mas eu me afastei.

– Dylan, isso não é certo. Meu Deus garoto, você é louco, ai socorro – Coloquei as mãos no rosto.

– Para de desespero, eu que te beijei – Dylan praticamente sussurrou.

– Mas eu correspondi... Dylan... - O encarei – Eu não posso fazer isso com você, cara. Tu tem que ir atrás de uma gostosa peituda por aí, larga de besteira – Meu desespero era nítido, eu estava praticamente chorando.

– Mas eu quero você... - Ai minha santa do fogo, me ajuda. O que esse garoto tem na cabeça? O que eu faço? Ô vontade de entrar num vaso sanitário e dar descarga.

– Mas você não me pode ter – Bati o pé no chão.

– E PORQUE NÃO? - Dylan gritou me fazendo recuar.

– Dylan... Eu não sou quem você pensa que é – Seus olhos estavam confusos. Eu ia contar a verdade pra ele, não vou mais esconder.

– Como assim? Você é o John, eu sei disso.

– Não sou... - Abaixei a cabeça. - Dyn, lembra quando eu te perguntei se você ficaria chateado se alguém te escondesse um segredo? - É agora.

– Sim, lembro. - Ele se aproximou.

– Eu tenho um segredo Dyn... - Falei baixinho.

– E qual é? Por acaso tem uma namorada e por isso não pode se envolver comigo? - E tu pretendia se envolver comigo? Socorro.

– É o quê? Olha, tira essa ideia de envolvimento da cabeça – O encarei.

– Me fala o que é – Ele segurou uma de minhas mãos.

– Dyn... - O olhei nos olhos. - Eu não sou John, nunca fui, nem serei – Sorri de lado – Eu na verdade sou uma menina, me chamo Elizabeth – Tirei o boné e deixei meus cabelos se soltarem. Dylan soltou minha mão e arregalou os olhos. Eu podia ver a confusão em seu rosto. - Fala alguma coisa – Finalmente não precisei engrossar a voz.

– Eu... N-não sei o que dizer – Ele gaguejou. - Porque me escondeu? Eu fui seu amigo desde que entrou aqui – Ele se afastou.

– Eu não podia contar, por favor, me entenda. - Tentei me aproximar, mas ele recuou.

– Entender? Entender o quê? Eu fui verdadeiro contigo, John... Elizabeth! - Ele se escorou na porta que tinha ali perto.

– Eu não podia entrar aqui como Elizabeth, não tinha quartos femininos – Falei baixo. - Dyn, por favor, não fica assim, eu tentei contar, mas eu não podia – Me aproximei.

– Não toca em mim – Ele levantou as mãos. Eu acharia isso bem gay se não fosse o momento triste. - Porque? Você deixou que crescesse um sentimento em mim por você, ou melhor, por quem você finge ser – Essas palavras pesaram. Doeu ouvir isso.

– Eu lá sabia que você se interessaria por meninos, ou melhor, por John. Você não me contou – O olhei. Dylan tinha uma expressão triste no rosto.

– Eu também não sabia. Não mandamos no coração, simplesmente acontece – Ele me deu as costas.

– Dylan... Espera, por favor – Tentei o segurar.

– Nunca mais fala comigo, John... Elizabeth. Esse é mesmo seu nome? - Ele me olhou com desgosto e saiu batendo a porta. Que ótimo Eliza. Estragou uma amizade.

Me encarei o espelho e senti as lágrimas rolarem. Odeio ser fraca. Fechei os olhos e me deixei levar pelas lágrimas. Porque as coisas não poderiam ser mais fáceis? Porque eu tive que aceitar essa ideia idiota de vim pra cá como meu irmão? Eu poderia esperar o próximo ano, não causaria essa merda toda. Agora Dylan não vai mais querer olhar na minha cara, como vou me desculpar? Eu acabei de perder meu melhor amigo aqui dentro. Talvez eu devesse sair daqui e acabar logo com isso. Assim eu iria embora daqui e não precisaria olhar mais na na cara de ninguém, ninguém se lembraria de mim. Se com Dylan foi assim, imagina quando Ryan souber. Eu me apeguei tanto as pessoas daqui, não quero magoa-las. Mas é exatamente isso que eu estou fazendo.

Fiquei um tempo ali, de olhos fechados, pensando em tudo que acabou de acontecer. Fui acordada do meu transe com o barulho da porta abrindo, olhei em direção a porta e vi Ryan entrar por ela. Nem percebi que estava sem boné. Ryan ao me ver ali arregalou os olhos e seguiu em minha direção.

– Cara – Pela sua voz pude perceber que estava mais que bêbado. - Você precisa cortar os cabelos ein, estão grandes – Se não fosse meu momento triste eu teria rido da sua idiotice. Como ele não percebeu nada ainda? Claro, está bêbado.

– É, talvez precise – Disse com desânimo.

– Você... - Ele pegou meu rosto com as mãos – Está chorando? - Ele secou minhas lágrimas. - O que houve? - O encarei e ele começou a rir. Mas o quê?

– Veio aqui pra ficar rindo de mim? - Tirei suas mãos do meu rosto e tratei logo de juntar os cabelos e colocar o boné novamente. Passei água no rosto e respirei fundo.

– N-não – Ryan estava tão bêbado que mal conseguia falar. Cambaleou pro lado e eu tive que o segurar. Quase caio com ele, o ser é três tamanhos de mim.

– Vamos sair daqui – O ajudei a sair e procurei logo por um dos quartos que tinha ali. Entrei no primeiro que achei e ajudei Ryan a se deitar. - Você precisa de um banho – Fiz careta.

– Pode me dar? - Ele me olhou com um cara que eu diria fofa.

– Tu não sabe fazer isso sozinho? - Ergui a sobrancelha. Ryan resmungou algo e se virou na cama. - Tá, vamos lá.

O ajudei a se levantar e seguimos para o banheiro. Lá tirei sua blusa e ele tirou a calça. Liguei o chuveiro na água gelada e o empurrei lá dentro. Ryan sambou lá a saiu me empurrando. Ri da cena e fui atrás dele, o colando de novo lá dentro.

– Não mandei você beber, agora aguenta – O fuzilei com os olhos.

– Tá muito fria – Ele se tremeu todo. Que dó.

– É pra você aprender.

Depois de uns 5 minutos dentro da água o tirei de lá e o levei até a cama de cueca molhada mesmo. Ryan quase caiu no chão no caminho até a cama. O joguei na cama e ia sair do quarto, mas sua voz me fez parar.

– Fica aqui – Hã?

– O quê? - O encarei.

– Dorme comigo – Ele tava de olhos fechados.

– Você sabe dormir sozinho – Me virei e continuei meu caminho.

– Tenho medo do escuro – Parei e me virei pra ele que me encarava. Comecei a rir descontroladamente da sua cara. Medo do escuro?

– Conta outra Ryan. - Cruzei os braços.

– É sério – Ele fez biquinho. Ai, assim eu não aguento de tanta fofura.

– Tudo bem, fico até você dormir. - Caminhei até a cama.

– Não, quero que durma comigo – Ele se sentou na cama.

– Mereço – Fiz careta. Me deitei na cama e fiquei o olhando. Ryan fez o mesmo e sorriu pra mim.

– Agora boa noite – Ele sorriu feito criança e fechou os olhos. Não respondi, apenas fiquei olhando pro nada. - John? - Ryan chamou.

– Hm? - Resmunguei.

– Me abraça? Tô com frio – Só pode tá de brincadeira comigo.

– Você tá brincando com a minha cara né, Ryan?

– Não... Por favor – Fez cara fofa. Quem resiste a esse rostinho? Ninguém.

– Tudo bem – Meio relutante fui até ele e o abracei meio sem jeito.

– Bem melhor – Ele sorriu.

– Boa noite, criança – Ri de leve.

– Boa... - Acho que dormiu.

Tratei logo de fazer o mesmo que ele. Assim eu esqueço um pouco de tudo que aconteceu.


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Notas finais do capítulo

Quem ai tá morrendo com esse momento da Eliza e do Ryan? mds *-*
Quem tá com dó do Dyn? D; UAHSU n querem me matar por causa disso, né?
Taí seu momento yaoi não yaoi Allask, como eu prometi u.u USHUASH espero q n tenha te desapontado D:
Como eu disse, a partir de agr as coisas começam a acontecer, então, se preparem.
Obg a todos os cometários do capítulo anterior *-* vcs são divas.
Comente, por favor :c
1bj



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